Rodolfo
Domenico Pizzinga

Helena
Petrovna Blavatsky
O
Elixir da Vida não é um mito. É apenas o véu
que esconde um processo oculto real – o afastamento da velhice
e da dissolução durante períodos que pareceriam
fabulosos. Para todo ser humano, há um climatério quando
ele deve se aproximar da morte. Se ele desperdiçou as suas
forças vitais, não há escapatória; mas
se ele viveu de acordo com a Lei, pode atravessar este período,
e assim continuar no mesmo corpo quase indefinidamente.

Helena
Petrovna Blavatsky (1831 – 1891)
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Dom
Saladinha
—
Sempre
fui e ainda sou o Dom Saladinha.
Gastei
o que tinha e o que não tinha,
e
dilapidei
a mais não poder.
'Kundalini'? Oh!,
dissipei
até empobrecer!
—
Costurei aqui... Remendei ali...
Hoje,
meio gagá, dói até pra fazer xixi.
Em
criança, eu rezava a salve-rainha,
mas
acabei fazendo da vida um cu-de-galinha.
—Um
dia, chegou o grande climatério1,
mas nem por isso me tornei mais sério.
Até
que acabe a tinta que escreve a ata,
continuarei
a ser o mesmo sacanocrata.
—
Essa
coisa besta de reencarnação
é
pra quem gosta de isso-eu-não-faço-não.
Melhor
do que um conhaque, só dois traques.
'Horologium'?
Todos têm seus tique-taques.
—
A
Pasárgada1
é pra ser bem gastada.
De
outro, como poderá ser emprestada?
Haverei
de embarcar cantando;
não
como um chora-mínguas miserando.
—
Mas,
de uma coisa, eu tenho certeza:
Quando
eu partir lá pra eternidade,
as
vulvinhas ficarão com saudade!