É
muito mais fácil odiar do que amar, e o ódio, a seu modo,
une as pessoas: cria fantasias de todo o gênero, promove a cooperação,
em várias formas, como na guerra. Mas, não podemos aprender
a Amar; o que poderemos fazer é observar o ódio e, mansamente,
o afastar de nós, vendo o ódio em sua essência própria
e o deixando se extinguir por si mesmo. Se cada vez que o ódio surgir,
nós o deixarmos passar sem que ele nos atinja, veremos que nossa
mente se tornará muito sensível, sem ser sentimental. Assim,
ela conhecerá o Amor. [In:
A Cultura e o Problema Humano (título do original: This
Matter of Culture), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
O
Amor é a única qualidade que pode abarcar
a totalidade da existência. [Ibidem.]
O
que está acontecendo no mundo é uma projeção
do que está sucedendo no interior de cada um de nós, pois,
o que somos, o mundo é. De maneira geral, vivemos quase sempre agitados,
dominados pelo espírito de aquisição e de posse, escravizados
pelo ciúme e criticando e condenando outras pessoas. A mesma coisa,
exatamente, está sucedendo no mundo, apenas de maneira mais dramática
e mais cruel. [Ibidem.]
Não
levamos a sério a busca da Felicidade, e, por isto, nos satisfazemos
com insignificâncias, migalhices e quinquilharias. Mas, o fato é
que a Felicidade não pode ser buscada; ela é um resultado,
uma conseqüência, um produto secundário. Nenhuma significação
tem ir ao encalço da Felicidade. A Felicidade vem sem ser chamada,
sem ser desejada. Todavia, só haverá Felicidade quando o ego
e suas exigências forem postos à margem. Aí, então,
conheceremos a beleza do Silêncio [em
nosso Coração]! [Ibidem.]

A
Beleza do Silêncio
—
Devorei uma picanha,
e fiquei muito feliz.
Degustei
um Caviar Siberian Baerii,
e fiquei muito feliz.

— Tomei um 'Royal Salute' 21 anos,
e fiquei muito feliz.
Saboreei um 'Cherries Jubilee',
e fiquei muito feliz.

— Papei uma nhá benta,
e fiquei muito feliz.
Tomei um sorvete de passas ao rum,
e fiquei muito feliz.
Comi 10 bombons cereja ao licor, da Kopenhagen,
e fiquei muito feliz.

— Fui ao cinema,
e fiquei muito feliz.
Fui
ao teatro,
e fiquei muito feliz.
Fui
ver um show da Maria Bethânia,
e
fiquei muito feliz.
Fui
ver um show do Simoninha,
e
fiquei muito feliz.
Conheci
a Bibi Ferreira,
e fiquei muito feliz.
Dei um punzinho,
e fiquei muito feliz.
Dei outro punzinho,
e fiquei muito feliz.
Comi uma melequinha,
e fiquei muito feliz.
Comi outra melequinha,
e fiquei muito feliz.
Puxei um ronco,
e fiquei muito feliz.
Cafunguei uma carreirinha,
e fiquei muito feliz.
Dei
um tapa numa manga-rosa,
e fiquei muito feliz.
Experimentei
cola de sapateiro,
e fiquei muito feliz.
Tomei
um pico,
e
fiquei muito feliz.
Tive
um Lindo Sonho Delirante,
e
fiquei muito feliz.

Lindo
Sonho Delirante
— Acertei no milhar,
e fiquei muito feliz.
Comprei um carro zerinho,
e fiquei muito feliz.
Comprei
um
,
e fiquei muito feliz.

—
Meu time ganhou,
e fiquei muito feliz.
Meu candidato foi eleito,
e fiquei muito feliz.
Fui a Nova Iorque,
e fiquei muito feliz.
Viajei a Paris,
e fiquei muito feliz.
Curei-me de uma doença grave,
e fiquei muito feliz.
Meu
LDL desceu,
e fiquei muito feliz.
Meu
HDL subiu,
e fiquei muito feliz.
Meu
pinto aumentou,
e fiquei muito feliz.
Minha
careca diminuiu,
e fiquei muito feliz.
Passei
num concurso,
e fiquei muito feliz.
Disseram
que eu era o máximo,
e fiquei muito feliz.
Fui logo promovido,
e fiquei muito feliz.
Cheguei
a ser sócio-gerente,
e fiquei muito feliz.
E
fui passar um tempo em Pasárgada.
Lá,
porque sou amigo do rei,
fiquei
de papo para o ar,
andei de bicicleta,
montei em burro brabo,
subi no pau-de-sebo,
tomei banhos de mar,
bati
papo com a mãe-d’água,
faturei uma gatona,
tive um baita orgasmo
e fiquei muito feliz.
Tive outro orgasmo,
e fiquei super feliz.
Tive mais um orgasmo,
e fiquei sesquipedalmente feliz.
Acabei me tornando milionário,
e fiquei super-hiper-ultra feliz.

— Nasci, vivi e morri.
Nunca fui feliz porra nenhuma;
na
verdade, minha tristeza nunca teve fim.
Minha
felicidade foi sempre
uma
pluma, que o vento levou pelo ar.
Minha
felicidade foi sempre
uma grande e esperançosa ilusão
–
a grande ilusão do carnaval,
e tudo se acabando na quarta-feira.
Minha
felicidade foi sempre como
a noite, passando,
passando...
Em busca da madrugada.
Minha felicidade
foi sempre
como
os arcos-de-deus,
que
ninguém consegue tocar.
Minha
felicidade foi sempre
como
a esperança de um milagre,
que
nunca irá acontecer.
Minha
felicidade foi sempre
como
as bolinhas de sabão
–
dublec
dublim, bolinhas de ilusão.
—
Oh!, eu nunca ouvi
a Voz do Silêncio!
Oh!, eu nunca ouvi
a Voz do meu Deus Interior!
Eu nunca pude
afastar a Noite Negra.
Sempre fui escravo
do meu Plexo Solar.
Dei leite e mel
aos meus demônios.
Eu nunca vi
o meu Sol nascer.
Eu nunca conheci
a Santa Palavra.
Eu nunca consegui
mudar de Cruz.
Eu nunca tive êxito
em entrever a LLuz.
Por isto, eu sei:
nunca fui feliz!
Será que conhecerei
a 6ª Raça-raiz?
Será que, um Dia,
receberei a 1ª Iniciação?
Será que, um Dia,
o meu Cristo Interior
nascerá no meu Coração?
Será que, enfim, um Dia,
eu, de fato, me libertarei
dos velhos desejos,
das medonhas cobiças
e das escravizantes paixões?
Será que, um Dia,
conhecerei o Svmmvm Bonvm?
Será que, um Dia,
conhecerei a Santa LLuz?
Será
que, um Dia,
conhecerei a Hierarquia?
Será
que, um Dia,
conhecerei Shamballa?
Bem, se estas coisas acontecerem,
então, sim, eu serei Feliz.
Não
porque, simplesmente, aconteceram,
mas,
porque eu, enfim, me Libertei,
Felicidade egoísta é
prisão!
Música
de fundo:
A Felicidade
Composição: Vinícius de Moraes & Tom Jobim
Interpretação: Tom Jobim (Ao vivo, em Montreal)
Fonte:
https://musicaq.mobi/descargar-musica/6c16f-tom-jobim.html
Páginas
da Internet consultadas:
https://magoz.is/
https://deskgram.net/
https://giphy.com/
https://www.rolex.com/pt_br
http://www.my-watchsite.fr/
http://www.oprah.com/index.html
https://www.lepetitsommelier.com.br/
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