
Rodolfo
Domenico Pizzinga
Occultum
Lapidem – Veram Medicinam
Terá
sido Agartha temporânea
ou permanece
contemporânea?
Será
o Axis Mundi1
inatingível
ou poderá
se tornar acessível?
Precisará
acabar o Kali-Yuga?
Quem
vocaciona para tartaruga,
–
quem sabe? – precise esperar!
Quem
fica a esperar não alcança.
O que
poderá construir a esperança?
É
necessário, já, pôr mãos à obra,
e participar,
sim, da Grande Obra.
nesse
nosso desaplicado ir-e-vir.
É
soada a hora! Vamos embora,
hoje,
já, já agora, sem demora!
in
Corde poderá ser sentida.
Se trilharmos
a Vera Estrada,
sim, ela
será consciencializada.
Então,
não ao fiat
mea voluntas
Por que
birrar na inanidade?
Por que
vaivém-doloridade?
_____
Nota:
1. O Axis
Mundi
(centro do mundo, pilar do mundo) é um símbolo ubíquo
que atravessa as culturas humanas. A imagem representa um centro no qual
a eternidade e a Terra se encontram entre os quatro cantos do mundo. Neste
ponto, correspondências são feitas entre os reinos superiores
e inferiores. Mensagens dos reinos inferiores podem ascender à eternidade,
e as bênçãos dos reinos mais elevados podem descer a
níveis mais baixos e serem divulgadas a todos. É o omphalos
(umbilicus)
– o ponto de início do mundo. Esta imagem toma muitas formas
e pode ser feminina (um umbigo fornecendo alimento) e masculina (um falo
fertilizando). Pode ter origem natural (uma montanha, uma árvore,
uma videira, uma haste, uma coluna de fumaça ou fogo, uma ilha) ou
ser um produto da fabricação humana (um povo, uma torre, uma
escada, um mastro, uma cruz, um campanário, uma corda, um totem,
um pilar etc.).
O estudioso norte-americano
de mitologia e religião comparativa Joseph Campbell (White Plains,
26 de março de 1904 – Honolulu, 30 de outubro de 1987) trabalhava
com freqüência a questão do Axis
Mundi em suas obras. O
efeito da aventura bem-sucedida do herói é a abertura e a
liberação do fluxo de vida no corpo do mundo. O milagre deste
fluxo pode ser representado, em termos físicos, como a circulação
da substância alimentar; em termos dinâmicos, como um jorro
de energia; e, espiritualmente, como manifestação da Graça.
Estas variedades de imagens se alternam entre si com facilidade, representando
três graus de condensação de uma mesma Força
Vital. Uma colheita abundante é o sinal da Graça de Deus;
a Graça de Deus é o alimento do espírito; o resplandecente
raio é o precursor da chuva fertilizante e, ao mesmo tempo, manifestação
da energia liberada por Deus. Graça, substância alimentar,
energia: estes elementos se precipitam sobre o mundo vivo e, sempre que
falham, a vida se decompõe em morte. As torrentes se precipitam a
partir de uma fonte invisível. Seu ponto de entrada é o centro
do círculo simbólico do Universo, o Ponto Imóvel da
lenda do Senhor Buddha, em torno do qual, pode-se dizer, o mundo gira. Sob
este ponto, encontra-se a Cabeça — suporte da Terra —
da Serpente Cósmica, o Dragão, que simboliza as águas
do abismo — a energia e a substância divinas, criadoras de vida,
do demiurgo, o aspecto gerador do mundo do Ser Imortal. A Árvore
da Vida – isto é, o próprio Universo –
cresce neste ponto.
Está enraizada na escuridão e sustentada por ela; o pássaro
dourado do Sol está empoleirado em sua copa; uma fonte, poço
inexaurível, borbulha a seus pés. Pode-se utilizar também
a figura de uma Montanha Cósmica, com a Cidade dos Deuses, tal como
um Lírio de LLuz, no seu topo; em suas depressões, estão
as cidades.
Fonte desta nota:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Axis_mundi
Suporte
da Terra
(não é assim; mas é parecido)