ENSINAMENTOS ROSACRUZES V

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Navegando e pesquisando na Internet, descobri três páginas muito interessantes que, sob a forma de setenta e duas perguntas e respostas, analisam a Filosofia Rosacruz, segundo o entendimento da Fraternidade Rosacruz de Max Heindel. Os temas tratam da vida na Terra, da vida após a morte e do renascimento. Como gostei muito do que li, resolvi partilhar com vocês estas pérolas do Rosacrucianismo Heindeliano sob a forma de alguns fragmentos selecionados e editados em cinco partes distintas. Esta é a quinta e última parte. Entretanto, se você tiver interesse em ler integralmente o conteúdo destas páginas, os endereços são:

http://www.fraternidaderosacruz.org.br/
livrosonline/Perg_Resp/perg_resp.htm

http://www.fraternidaderosacruz.org.br/
livrosonline/Perg_Resp/perg_resp2.htm

http://www.fraternidaderosacruz.org.br/
livrosonline/Perg_Resp/perg_resp3.htm

 

 

 

 

Rosacrucianismo Heindeliano
(Fragmentos)

 

 

 

Não existe tal coisa chamada acidente ou, pelo menos, um acidente que termine em fatalidade. A vida de qualquer pessoa, quanto à sua duração, é geralmente determinada antes do nascimento. Mas há certas ocasiões na vida em que nos deparamos com algumas encruzilhadas no caminho, onde certas oportunidades de crescimento são colocadas diante de nós, que poderemos aceitá-las ou deixá-las escapar. Quando falhamos em aproveitar estas oportunidades, a vida se precipita em um beco sem saída, terminando logo em seguida. No entanto, este não é geralmente o caso que ocorre em um acidente. Pode haver certas razões pelas quais é preferível que o homem seja arremessado para fora do seu corpo de maneira violenta. Ele fica na mesma situação que todos os outros quando morrem; inicia imediatamente sua existência no Purgatório. No caso da vítima de um assassinato, como no caso do suicida, é diferente. O homem, devido à sua natureza divina, é o único ser que possui a prerrogativa de desordenar o esquema do seu desenvolvimento. Da mesma forma que pode pôr fim à sua vida usando a própria vontade, também pode pôr um fim à vida do seu próximo antes que o tempo dele tenha chegado. O sofrimento do suicida seria também o sofrimento da vítima do assassinato, pois o arquétipo do seu corpo estaria juntando material que vai ser impossível assimilar. Mas, no seu caso, a intervenção de outras entidades impede este sofrimento, e ele será encontrado vagueando aqui e ali no seu Corpo de Desejos, em um estado letárgico, pelo período de tempo que teria normalmente vivido. Se o assassino for levado à justiça e condenado à pena capital, a tração magnética irá levá-lo para junto de sua vítima, que permanecerá constantemente diante de sua visão, e isto é realmente um castigo bem mais severo do que qualquer outro que poderia lhe ser dado. Todavia, a vítima não sabe nada da presença do assassino.

 

Regozijar-se quando uma criança nasce e lamentar quando a morte a libera, é o mesmo que se alegrar quando um amigo é preso, e chorar e deplorar histericamente quando é posto em liberdade.

 

A morte não existe.

 

De forma geral, durante o ato da prece, a postura do corpo é secundária. É o fervor e a sinceridade que tornam a oração eficaz.

 

Embora seus joelhos nunca se dobrem,/De hora em hora ao céu suas preces sobem./E sejam elas para o bem ou para o mal formuladas,/Ainda assim são respondidas e gravadas. (Ralph Waldo Emerson, 1803 – 1882).

 

A faculdade de emitir um pensamento e o poder que este pensamento tem para cumprir o propósito pelo qual foi enviado depende da nitidez mental do pensador no visualizar aquilo que deseja realizar.

 

 

 

 

Aqueles que chamamos de mortos não se afastam geralmente da casa onde viveram senão algum tempo depois de ter ocorrido o funeral. Permanecem nos aposentos familiares e se movimentam ao nosso redor, embora invisíveis para nós, Naturalmente, quando chega o momento em que devem prosseguir, não permanecem mais nas nossas casas, mas nos visitam freqüentemente, até não terem mais consciência desta esfera física, no sentido de terem lares, amigos ou parentes.

 

Não há poder transformador na morte. A morte não acrescenta qualquer habilidade especial, e uma pessoa falecida não influenciará realmente nos nossos problemas, de forma que não seria correto considerá-la como nosso anjo guardião. Os mortos são meros espectadores interessados, com exceção de alguns poucos casos específicos em que um amor intenso os capacita a nos dar algum ligeiro auxílio em caso de grande necessidade. Este auxílio, no entanto, nunca seria usado para nos enriquecer ou qualquer coisa desse gênero, mas uma forma de nos avisar de algum perigo ou algo parecido.

 

Uma das maiores bênçãos conferidas ao homem consiste em nada saber sobre suas prévias experiências [encarnações] até que tenha alcançado um avanço espiritual considerável, porque há nas nossas vidas passadas (quando éramos bem mais ignorantes do que somos agora) atos sombrios que requerem justa compensação. Esta dívida está sendo liquidada gradualmente. Se tivéssemos conhecimento das nossas vidas passadas ou se soubéssemos como e quando a Lei de Causa e Efeito atuaria, trazendo-nos a retribuição por faltas passadas, veríamos esta calamidade suspensa sobre nós, e o temor do nosso destino nos despojaria da força de vontade para enfrentar a retribuição, e, no momento do ajuste, nos encontraríamos amedrontados e indefesos. Não sabendo o que aconteceu anteriormente, não precisaremos saber o que nos espera. Portanto, aprenderemos as lições sem estarmos despojados da nossa determinação em virtude do medo. Além disto, para aqueles que desejam saber, existem certos meios de reconhecer as lições que temos de aprender e qual a melhor forma de proceder. Por exemplo, a nossa consciência nos diz o que temos ou não de fazer. Se nos sentirmos inclinados a estudar a ciência da Astrologia, o horóscopo revelará nossas tendências e as linhas de menor resistência. Trabalhando com estas Leis da Natureza, poderemos avançar rapidamente e, na medida em que seguirmos os ditames da nossa consciência e estudarmos mais as Leis Cósmicas, tais como reveladas pela Astronomia, mais rapidamente estaremos em condições de receber o conhecimento direto. Em Zanoni, Bulwer Lytton fala-nos de um espectro temível que encontrou com Glyndon, quando este tentava dar um passo no caminho do desenvolvimento ainda não alcançado. No ocultismo, este espectro é chamado O Guardião do Umbral. No intervalo entre a morte e um novo nascimento, este Guardião do Umbral não é visto pelo homem, mas é a incorporação de todas as suas más ações passadas, que devem primeiro ser superadas por quem deseja penetrar nos mundos internos conscientemente e atingir um conhecimento pleno das condições ali existentes. Mas, há também outro Guardião, que é a incorporação de todas as nossas boas ações, e podemos afirmar que ele é o nosso Anjo da Guarda. Se tivermos a coragem de passar pelo espectro hediondo, percebido primeiro por ser formado da grosseira matéria de desejos, obteremos logo o auxílio consciente do outro Guardião. Então, teremos a força de resistir sem medo às tormentas malignas que atingem todos os que se esforçam por trilhar o caminho do altruísmo.

 

A entrada dos espíritos nos corpos humanos, como são constituídos atualmente, começou no estágio da solidificação do mundo, conhecido como a Época Lemúrica. O processo completou-se inteiramente nos meados da Época Atlante – período de tempo que se estendeu por milhões de anos. Desde então, não houve mais ingresso de espíritos na Terra. A porta está definitivamente fechada. Temos atualmente evoluído tanto que aqueles que, naquela época, não conseguiram alcançar o estágio para manipular um corpo humano, estariam muito atrasados em relação a nós, e seria impossível que acompanhassem o nosso desenvolvimento. Desde aquela época, os espíritos que incorporaram formas humanas têm evoluído através de repetidos renascimentos. Assim, sem exceção, cada um dos seres humanos existentes atualmente na Terra encarnou em diferentes épocas e lugares.

 

Retornamos à esta Terra até aprendermos as lições que podem ser aqui vivenciadas.1

 

O progresso é ilimitado; logo as limitações são impossíveis.2

 

 

As nossas antipatias e simpatias instintivas são guiadas por experiências anteriores que, geralmente, mostrarão ser confiáveis à luz de experiências posteriores.

 

Geralmente, esquecemos tudo sobre as experiências pelas quais passamos durante a aprendizagem, mas a nossa faculdade permanece e está pronta para ser usada a qualquer momento. De uma maneira similar, as experiências obtidas nas diferentes vidas são geralmente esquecidas pelo homem, mas as faculdades que cultivou permanecem e estão prontas para serem usadas quando forem necessárias.

 

Embora não lembremos, sempre retemos as faculdades cultivadas em nossas vidas passadas e podemos pô-las a nosso serviço. É isto que faz a diferença entre um homem e outro; entre o ignorante e o sábio.

 

A força centrífuga de repulsão – que tende a expelir as imagens dos desejos, das cobiças, das paixões e dos maus atos cometidos – é o que causa a dor experimentada nas regiões inferiores do Mundo do Desejo.

 

 

 

 

Há uma doutrina entre algumas das tribos mais ignorantes do Oriente que apregoa a teoria da transmigração, segundo a qual o espírito humano pode encarnar nos corpos de animais. Mas isto é bem diferente da doutrina da reencarnação, que sustenta que o homem é um ser em evolução, progredindo através da escola da vida por meio de repetidos renascimentos em corpos de textura gradualmente aprimorada. A transmigração é uma impossibilidade em a Natureza, pois há em cada corpo humano um espírito interno individual, enquanto cada categoria de animais é regida por um espírito comum – o Espírito-grupo – do qual todos animais formam uma parte. Nenhum Ego autoconsciente pode entrar em um corpo governado por outro.

 

Quando lidamos com um problema matemático, não nos preocupamos em saber quem o resolveu primeiro. Tudo quanto nos interessa é: será que foi adequadamente resolvido? Da mesma maneira, com a Doutrina-lei da Reencarnação não importa quem a formulou primeiro, mas é a única que resolverá todos os problemas da vida de uma forma racional. A teoria segundo a qual um homem, que talvez jamais tenha demonstrado interesse pela música e que nunca teve noção dos fundamentos da harmonia, desenvolverá imediatamente, após a sua morte, uma insaciável paixão por esta arte e ficará feliz em tocar uma trombeta ou dedilhar uma harpa por toda a eternidade é um tanto ridícula.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Até aprendermos é relativo. Que ninguém pense que poderá viver eternamente na sacanagem, encarnando e desencarnado sem parar. Isto não está no Eclesiastes, mas estou convicto de que: há tempo de sacanagem e tempo de aprendizagem; e quando estiver esgotado o tempo da aprendizagem, virará furacão o que antes era aragem.

2. Todas as limitações existentes decorrem de nossa ignorância, de nossa vaidade e de nossa sonolência.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www-pord.ucsd.edu/~ltalley/sio
210/dynamics_rotation/index.html

http://www.mylionking.com/
gallery/animations/?start=40

 

Música de fundo:

Love Me or Leave Me
Composição: Walter Donaldson (música) Gus Kahn (letra)
Interpretação:
Sammy Davis Jr.

Fonte:

http://mp3bear.com/
sammy-davis-jr-love-me-or-leave-me

 

Direitos autorais:

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