Observação:
O Conservadorismo
(ou Conservantismo) é um termo usado para descrever posições
político-filosóficas alinhadas com o Tradicionalismo e a transformação
gradual, que, em geral, se contrapõem às mudanças abruptas
(cuja expressão máxima é o conceito de revolução)
de determinado marco econômico e político-institucional ou
no sistema de crenças, usos e costumes de uma sociedade. É
uma corrente de pensamento político surgida na Inglaterra, no final
do século XVIII, com o filósofo e político anglo-irlandês
Edmund Burke (1729 – 1797), como uma reação à
Revolução Francesa (5 de maio de 1789 a 9 de novembro de 1799),
cujas utopias resultaram imediatamente em instabilidade política
e crise social na França. O pensamento conservador expandiu-se pelo
mundo, principalmente após o período do Terror Jacobino (período
compreendido entre 31 de maio de 1793 com a queda dos girondinos) e 27 de
julho de 1794), que, durante o auge da Revolução, causou a
morte de 35 mil a 40 mil pessoas. O termo conservador denota a adesão
a princípios e valores atemporais, que devem ser conservados a despeito
de toda mudança histórica, quando mais não seja porque
somente neles e por eles a História adquire uma forma inteligível,
como, por exemplo, a noção de uma ordem divina no cosmos ou
a de uma natureza humana universal e permanente. Para os conservadores,
as melhores instituições sociais e políticas não
são aquelas que são inventadas pela razão humana (como
defende o chamado racionalismo político), mas, sim, as que resultam
de um lento processo de crescimento e evolução ao longo do
tempo (como a não-escrita Constituição Inglesa face
às Constituições promulgadas pelos revolucionários
franceses). Não acreditando na bondade natural do homem, os conservadores
consideram que são os constrangimentos introduzidos pelos hábitos
e pelas tradições que permitem o funcionamento das sociedades,
pelo que qualquer regime duradouro e estável só poderá
funcionar se assente nas longevas tradições. Assim, para os
conservadores, não faz sentidos elaborar projetos universais de sociedade
ideal, pois, não só tal sociedade será inatingível
(devido ao que acreditem ser a imperfeição intrínseca
da natureza humana), como devido a diferentes povos terem diferentes histórias
e tradições. Assim sendo, para os conservadores, o modelo
social mais adequado a um povo não será o mais apropriado
a outro. Criticando os revolucionários franceses, o escritor, filósofo,
diplomata e advogado francês Joseph-Marie de Maistre (1753 –
1821) escreveu: A
Constituição de 1795 foi feita para o homem. Ora, não
existe homem no mundo. Tenho visto na minha vida franceses, italianos, russos
etc., mas quanto ao homem declaro nunca o ter encontrado na minha vida.
Os conservadores consideram que o individualismo e as promessas de liberdade
irrestrita conduzem ao Estatismo e ao Totalitarismo: para eles, a dissolução
da sociedade realmente existente e das suas instituições tradicionais
intermédias gera um vazio que abre caminho ao crescimento da máquina
estatal. Assim, os conservadores fazem a apologia de diversos corpos intermédios
(família, Igreja, comunidade local etc.), em oposição
tanto ao Individualismo como ao Estatismo e ao Coletivismo. Há conservadores
que se aproximam do Tradicionalismo, por exemplo quando se opõem
à representação política individualista, baseada
no princípio um homem, um voto, baseando-se no reconhecimento
exclusivo do Estado e do indivíduo, e ignorando os corpos intermédios.
Em alternativa ao sufrágio igualitário, direto e universal,
os tradicionalistas têm lutado por sistemas de representação
de grupos (e não dos indivíduos), defendo representações
não-ideológicas, como as representações municipal
ou sindical, o mesmo número de deputados por região (independentemente
da população) etc. Hoje em dia, os conservadores ingleses,
não só os ligados ao Partido Conservador do Reino Unido, tendem,
sobretudo, a defender o que está, como a defesa dos lordes hereditários.
Já os conservadores americanos, sejam ou não ligados ao Partido
Republicano dos Estados Unidos, defendem o Colégio Eleitoral (em
que o presidente é formalmente eleito pelos Estados e não
pelos indivíduos).
Já
o Neoconservadorismo (ou Neocon) é uma corrente da Filosofia Política
que surgiu nos Estados Unidos a partir da rejeição do Liberalismo
Social, do relativismo moral e da contracultura da Nova Esquerda dos anos
sessenta. O Neoconservadorismo influenciou os Governos de Ronald Reagan
(1911 – 2004) e George W. Bush (1946 –), representando um realinhamento
da política estadunidense e a conversão de alguns membros
da esquerda para a direita no espectro político. O Neoconservadorismo
estadunidense enfatiza a política externa como aspecto mais importante
nas responsabilidades de um Governo, com o fim de manter o papel dos Estados
Unidos como única superpotência – condição
indispensável para a manutenção da ordem mundial. O
primeiro neoconservador declarado foi o escritor, jornalista e intelectual
estadunidense Irving Kristol (1920 – 2009), que explicitou sua condição
em um artigo de 1979, intitulado Confessions
of a True Self-Confessed Neoconservative. O movimento Tea
Party (em inglês: Tea Party Movement, às vezes
traduzido como Partido do Chá) é um movimento social e político
populista, conservador e de ultradireita surgido nos Estados Unidos em 2009
através de uma série de protestos coordenados, tanto no nível
local como no nacional. Os protestos foram, parcialmente, uma resposta a
diversas leis federais, como o Plano de Resgate Econômico de 2008,
a Lei de Recuperação e Reinvestimento dos Estados Unidos de
2009 e as leis de reforma do Sistema de Saúde do País. O Movimento
defende uma política fiscal conservadora e o originalismo, isto é,
a interpretação do texto constitucional segundo o seu significado
na época em que foi adotado. O Tea Party não é
um partido político, oficialmente não apresenta candidatos
e seu nome não aparece em nenhuma cédula eleitoral. Enfim,
o nome Tea Party é uma referência ao Boston Tea
Party de 1773 (Festa do Chá de Boston) ou o Manifesto do Chá
de Boston, uma ação direta de desobediência civil dos
colonos americanos de Boston contra o Governo Britânico e a Companhia
das Índias Ocidentais, que detinham o monopólio do chá
que entrava nas colônias. No Porto de Boston, um grupo de desobedientes
colonos abordou os navios carregados de chá e atirou a carga às
águas, em protesto contra o monopólio e o imposto sobre o
chá, considerado abusivo.
Provavelmente,
sobre tudo isto, diria o filósofo, professor e político português
Leonardo José Coimbra (1883 – 1936): —
'cousismos', nada mais do que 'cousismos'.
Cristalizações da consciência, apegos pertinazes, conceitos
irredutíveis, verdades imutáveis, repetições
comportamentais et cetera – como bem explicou Leonardo Coimbra
– são cousismos,
que, em certo sentido, não deixam de ser semelhantes às reificações,
isto é, processos em que uma ou diversas realidades sociais ou subjetivas
de natureza dinâmica e criativa passam a apresentar determinadas características
de um objeto inorgânico – inamovibilidade, automatismo, passividade
– perdendo autonomia e autoconsciência (ainda que os objetos
inorgânicos não sejam efetivamente passivos e inamovíveis).
Enfim, estou convencido de que a verdadeira Liberdade – inclusive
e principalmente para unificar as oposições de forma sistemática,
coerente e ascensional – só poderá acontecer quando
todos os resquícios de cousismo
forem vencidos e quando todos os limites materiais e solicitações
inferiores forem ultrapassados. Como ensinou Leonardo Coimbra, tudo
o que se pretende encontrar isoladamente do lado do sujeito ou do lado do
objeto é esquecimento da unidade fundamental [e
indissociável] sujeito-objeto.
Observação
editada das fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Tea_Party
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conservadorismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Neoconservadorismo
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.pimpmyspace.org/
comments/code/721289/
http://www.historianet.com.br/
conteudo/default.aspx?codigo=51
http://tejiendoelmundo.wordpress.com/2010/05/24/aus
chwitz-dibujos-del-pasado-y-fotografias-del-presente/
http://boulderjewishnews.org/
2010/lost-seeking-the-hidden-jews/
http://www.gifsoup.com/view/1569749/
pride-and-prejudice.html
http://bravoafrobrasil.blogspot.com/2010/
06/ja-sao-mais-de-50000-acessos.html
http://www.hellokids.com/c_15163/pictures/animated
-gifs/spring-themed-animated-gifs/sun-animated-gifs
http://ideiascomideais.blogspot.com/
http://www.bandeirasanimadas.com/
organizacoes/Gay/
http://tundeswriting.wordpress.com/
category/life-in-lux/
http://escolatancredodoamaral.blogspot.com/2011
/02/o-preconceito-social-e-mais-um-tipo-de.html
http://n1noticia.wordpress.com/2011/07/19/
eu-tambem-tenho-preconceito/
http://rudaricci.blogspot.com/2011/11/
preconceito-contra-lula-e-classe-c.html
http://jennynharodrigues.blogspot.com/
2011/05/preconceito.html
http://cabaredopensamento.blogspot.com/2011/
09/preconceito-ate-quando-viveremos-esta.html
http://www.comshalom.org/blog/
carmadelio/tag/preconceito
http://rudaricci.blogspot.com/2011/11/
preconceito-contra-lula-e-classe-c.html
Música
de fundo:
Sem
Deus com a Família
Composição e interpretação: César Roldão
Vieira
Fonte:
http://search.4shared.com/postDownload/aCZ
y7tj9/14_-_Csar_Roldo_Vieira_-_Sem_D.html