Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

é um naco do presente.

Ele não está esvaziado;

é um cravo bem assente.

 

pais da ten$ão internacional

– amaldiçoados cousismos

são a matriz e a sucursal.

 

Tragando, fermentando,

anabolizando e venenando

idéias preconceituosas,

 

infamaremos até quando

– céus!, até quando? –

nossas lindas Rosas?

 

 

 

 

 

 

Observação:

O Conservadorismo (ou Conservantismo) é um termo usado para descrever posições político-filosóficas alinhadas com o Tradicionalismo e a transformação gradual, que, em geral, se contrapõem às mudanças abruptas (cuja expressão máxima é o conceito de revolução) de determinado marco econômico e político-institucional ou no sistema de crenças, usos e costumes de uma sociedade. É uma corrente de pensamento político surgida na Inglaterra, no final do século XVIII, com o filósofo e político anglo-irlandês Edmund Burke (1729 – 1797), como uma reação à Revolução Francesa (5 de maio de 1789 a 9 de novembro de 1799), cujas utopias resultaram imediatamente em instabilidade política e crise social na França. O pensamento conservador expandiu-se pelo mundo, principalmente após o período do Terror Jacobino (período compreendido entre 31 de maio de 1793 com a queda dos girondinos) e 27 de julho de 1794), que, durante o auge da Revolução, causou a morte de 35 mil a 40 mil pessoas. O termo conservador denota a adesão a princípios e valores atemporais, que devem ser conservados a despeito de toda mudança histórica, quando mais não seja porque somente neles e por eles a História adquire uma forma inteligível, como, por exemplo, a noção de uma ordem divina no cosmos ou a de uma natureza humana universal e permanente. Para os conservadores, as melhores instituições sociais e políticas não são aquelas que são inventadas pela razão humana (como defende o chamado racionalismo político), mas, sim, as que resultam de um lento processo de crescimento e evolução ao longo do tempo (como a não-escrita Constituição Inglesa face às Constituições promulgadas pelos revolucionários franceses). Não acreditando na bondade natural do homem, os conservadores consideram que são os constrangimentos introduzidos pelos hábitos e pelas tradições que permitem o funcionamento das sociedades, pelo que qualquer regime duradouro e estável só poderá funcionar se assente nas longevas tradições. Assim, para os conservadores, não faz sentidos elaborar projetos universais de sociedade ideal, pois, não só tal sociedade será inatingível (devido ao que acreditem ser a imperfeição intrínseca da natureza humana), como devido a diferentes povos terem diferentes histórias e tradições. Assim sendo, para os conservadores, o modelo social mais adequado a um povo não será o mais apropriado a outro. Criticando os revolucionários franceses, o escritor, filósofo, diplomata e advogado francês Joseph-Marie de Maistre (1753 – 1821) escreveu: A Constituição de 1795 foi feita para o homem. Ora, não existe homem no mundo. Tenho visto na minha vida franceses, italianos, russos etc., mas quanto ao homem declaro nunca o ter encontrado na minha vida. Os conservadores consideram que o individualismo e as promessas de liberdade irrestrita conduzem ao Estatismo e ao Totalitarismo: para eles, a dissolução da sociedade realmente existente e das suas instituições tradicionais intermédias gera um vazio que abre caminho ao crescimento da máquina estatal. Assim, os conservadores fazem a apologia de diversos corpos intermédios (família, Igreja, comunidade local etc.), em oposição tanto ao Individualismo como ao Estatismo e ao Coletivismo. Há conservadores que se aproximam do Tradicionalismo, por exemplo quando se opõem à representação política individualista, baseada no princípio um homem, um voto, baseando-se no reconhecimento exclusivo do Estado e do indivíduo, e ignorando os corpos intermédios. Em alternativa ao sufrágio igualitário, direto e universal, os tradicionalistas têm lutado por sistemas de representação de grupos (e não dos indivíduos), defendo representações não-ideológicas, como as representações municipal ou sindical, o mesmo número de deputados por região (independentemente da população) etc. Hoje em dia, os conservadores ingleses, não só os ligados ao Partido Conservador do Reino Unido, tendem, sobretudo, a defender o que está, como a defesa dos lordes hereditários. Já os conservadores americanos, sejam ou não ligados ao Partido Republicano dos Estados Unidos, defendem o Colégio Eleitoral (em que o presidente é formalmente eleito pelos Estados e não pelos indivíduos).

Já o Neoconservadorismo (ou Neocon) é uma corrente da Filosofia Política que surgiu nos Estados Unidos a partir da rejeição do Liberalismo Social, do relativismo moral e da contracultura da Nova Esquerda dos anos sessenta. O Neoconservadorismo influenciou os Governos de Ronald Reagan (1911 – 2004) e George W. Bush (1946 –), representando um realinhamento da política estadunidense e a conversão de alguns membros da esquerda para a direita no espectro político. O Neoconservadorismo estadunidense enfatiza a política externa como aspecto mais importante nas responsabilidades de um Governo, com o fim de manter o papel dos Estados Unidos como única superpotência – condição indispensável para a manutenção da ordem mundial. O primeiro neoconservador declarado foi o escritor, jornalista e intelectual estadunidense Irving Kristol (1920 – 2009), que explicitou sua condição em um artigo de 1979, intitulado Confessions of a True Self-Confessed Neoconservative. O movimento Tea Party (em inglês: Tea Party Movement, às vezes traduzido como Partido do Chá) é um movimento social e político populista, conservador e de ultradireita surgido nos Estados Unidos em 2009 através de uma série de protestos coordenados, tanto no nível local como no nacional. Os protestos foram, parcialmente, uma resposta a diversas leis federais, como o Plano de Resgate Econômico de 2008, a Lei de Recuperação e Reinvestimento dos Estados Unidos de 2009 e as leis de reforma do Sistema de Saúde do País. O Movimento defende uma política fiscal conservadora e o originalismo, isto é, a interpretação do texto constitucional segundo o seu significado na época em que foi adotado. O Tea Party não é um partido político, oficialmente não apresenta candidatos e seu nome não aparece em nenhuma cédula eleitoral. Enfim, o nome Tea Party é uma referência ao Boston Tea Party de 1773 (Festa do Chá de Boston) ou o Manifesto do Chá de Boston, uma ação direta de desobediência civil dos colonos americanos de Boston contra o Governo Britânico e a Companhia das Índias Ocidentais, que detinham o monopólio do chá que entrava nas colônias. No Porto de Boston, um grupo de desobedientes colonos abordou os navios carregados de chá e atirou a carga às águas, em protesto contra o monopólio e o imposto sobre o chá, considerado abusivo.

Provavelmente, sobre tudo isto, diria o filósofo, professor e político português Leonardo José Coimbra (1883 – 1936): — 'cousismos', nada mais do que 'cousismos'. Cristalizações da consciência, apegos pertinazes, conceitos irredutíveis, verdades imutáveis, repetições comportamentais et cetera – como bem explicou Leonardo Coimbra – são cousismos, que, em certo sentido, não deixam de ser semelhantes às reificações, isto é, processos em que uma ou diversas realidades sociais ou subjetivas de natureza dinâmica e criativa passam a apresentar determinadas características de um objeto inorgânico – inamovibilidade, automatismo, passividade – perdendo autonomia e autoconsciência (ainda que os objetos inorgânicos não sejam efetivamente passivos e inamovíveis). Enfim, estou convencido de que a verdadeira Liberdade – inclusive e principalmente para unificar as oposições de forma sistemática, coerente e ascensional – só poderá acontecer quando todos os resquícios de cousismo forem vencidos e quando todos os limites materiais e solicitações inferiores forem ultrapassados. Como ensinou Leonardo Coimbra, tudo o que se pretende encontrar isoladamente do lado do sujeito ou do lado do objeto é esquecimento da unidade fundamental [e indissociável] sujeito-objeto.

Observação editada das fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Tea_Party

http://pt.wikipedia.org/wiki/Conservadorismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Neoconservadorismo

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.pimpmyspace.org/
comments/code/721289/

http://www.historianet.com.br/
conteudo/default.aspx?codigo=51

http://tejiendoelmundo.wordpress.com/2010/05/24/aus
chwitz-dibujos-del-pasado-y-fotografias-del-presente/

http://boulderjewishnews.org/
2010/lost-seeking-the-hidden-jews/

http://www.gifsoup.com/view/1569749/
pride-and-prejudice.html

http://bravoafrobrasil.blogspot.com/2010/
06/ja-sao-mais-de-50000-acessos.html

http://www.hellokids.com/c_15163/pictures/animated
-gifs/spring-themed-animated-gifs/sun-animated-gifs

http://ideiascomideais.blogspot.com/

http://www.bandeirasanimadas.com/
organizacoes/Gay/

http://tundeswriting.wordpress.com/
category/life-in-lux/

http://escolatancredodoamaral.blogspot.com/2011
/02/o-preconceito-social-e-mais-um-tipo-de.html

http://n1noticia.wordpress.com/2011/07/19/
eu-tambem-tenho-preconceito/

http://rudaricci.blogspot.com/2011/11/
preconceito-contra-lula-e-classe-c.html

http://jennynharodrigues.blogspot.com/
2011/05/preconceito.html

http://cabaredopensamento.blogspot.com/2011/
09/preconceito-ate-quando-viveremos-esta.html

http://www.comshalom.org/blog/
carmadelio/tag/preconceito

http://rudaricci.blogspot.com/2011/11/
preconceito-contra-lula-e-classe-c.html

 

Música de fundo:

Sem Deus com a Família
Composição e interpretação: César Roldão Vieira

Fonte:

http://search.4shared.com/postDownload/aCZ
y7tj9/14_-_Csar_Roldo_Vieira_-_Sem_D.html