Haikai
(haicai
ou haiku)
é uma forma poética de origem japonesa, com apenas
dezessete sílabas, que valoriza a concisão e a objetividade,
e, geralmente, tem como tema a Natureza ou as estações
do ano. Os poemas têm três linhas, contendo na primeira
e na última cinco caracteres japoneses (totalizando sempre
cinco sílabas), e sete caracteres na segunda linha (sete
sílabas).
Em
japonês, o haikai
é tradicionalmente impresso em uma única linha vertical;
em língua portuguesa, ele geralmente aparece em três
linhas, em paralelo. Muitas vezes, há uma pintura a acompanhar
o haikai
– que é chamada de haiga.
Haijin
é o nome que se dá ao escritor deste tipo de poema.
O principal haijin
(ou haicaísta), dentre os muitos que se destacaram nesta
arte, foi Matsuô Bashô (1644 – 1694), que se dedicou
a fazer do haikai
uma prática espiritual.
Estátua
de Matsuo Basho
(Hiraizumi, Iwate, Japão)
O primeiro autor brasileiro
de haicai
foi o médico, político, professor, crítico
literário, ensaísta, romancista e historiador brasileiro
Afrânio Peixoto (1876 – 1947), que, em 1919, publicou
o livro Trovas Populares Brasileiras. Todavia, quem popularizou
o haikai
foi o advogado, jornalista, crítico de cinema, poeta, ensaísta
e tradutor brasileiro Guilherme de Almeida (1890 – 1969),
com sua própria interpretação da rígida
estrutura de métrica, rimas e título. No esquema proposto
por Guilherme, além de o primeiro verso rimar com o terceiro,
e o segundo verso possui uma rima interna (a segunda sílaba
rima com a sétima sílaba). A forma de haikai
de Guilherme de Almeida ainda tem muitos praticantes no Brasil.
Nos
haikais
que escrevi, o primeiro verso rima com o terceiro, mas não
há esta rima interna no segundo verso proposta por Guilherme
de Almeida.
Texto
ediatado da fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Haikai