PhiloSOPhIa

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

Mantenha-se bom, puro, sério, livre de afetação, amigo da justiça, gentil, apaixonado, vigoroso em todas as suas atitudes. Lute para viver como a PhiloSOPhIa gostaria que vivesse.

Cæsar Marcus Aurelius Antoninus Augustus (121 – 180)

 

 

A PhiloSOPhIa é um caminho árduo e difícil, mas pode ser percorrido por todos, se desejarem a liberdade e a felicidade.

Baruch Spinoza (1632 – 1677)

 

 

Ó PhiloSOPhIa, guia da Vida!

Marcus Tullius Cicero (105 – 43 a.C.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Filosofar é aprender a Morrer.1

Não há revés; não há boa sorte.

A Vida só enflorará pela Morte.

 

Todavia, o que significa Morrer?

Simplesmente e apenas desquerer.

Enquanto quisermos, prisioneiros

estaremos dos nossos farrapeiros.

 

Portanto, a tão querida Libertação

só virá, a custo, da Compreensão.

Por que adiar para o venturo ano?

 

Adiar é necedade; adiar é boboriça.

Adiar é insabidade; adiar é preguiça.

Quem adiar poderá perder o bonde.

Tudo in Corde; não no cu-do-conde.

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Michel Eyquem de Montaigne (Saint-Michel-de-Montaigne, 28 de fevereiro de 1533 – Saint-Michel-de-Montaigne, 13 de setembro de 1592).

2. SOPhIa é Aquilo que detém o Sábio. Na tradição gnóstica, SOPhIa é uma figura feminina, análoga à alma humana e simultaneamente um dos aspectos femininos de Deus. Os gnósticos afirmam que Ela é a Sizígia de Jesus e o Espírito Santo da Trindade, ou seja: um par ativo-passivo (ou masculino-feminino) de Aeons (para sempre, o mundo eterno das idéias, entidade intermédia entre a Divindade Suprema e o mundo perceptível ao pensamento) complementares; em sua totalidade, eles configuram o domínio divino da Pleroma (totalidade dos poderes divinos) e caracterizam em si os diversos aspectos do deus gnóstico. Nos textos da Biblioteca de Nag Hammadi, SOPhIa é o mais baixo dos Aeons ou a expressão antrópica da emanação da LLuz de Deus. Ela é considerada como a responsável pela criação do mundo material (ou uma das responsáveis) dependendo da tradição gnóstica. A filosofia religiosa judaica se ocupou muito com o conceito da divina SOPhIa, como uma revelação do pensamento interno de Deus, e atribuiu a Ela não somente a formação e ordenação do Universo natural como também a comunicação de toda percepção e conhecimento à Humanidade. Em Provérbios VIII:1 e seguintes, a Sabedoria (substantivo feminino) é descrita como conselheira de Deus que habitava dentro Dele antes da Criação do mundo e que faz muitas coisas diante Dele. De acordo com a descrição dada no Livro dos Provérbios, uma morada foi atribuída a SOPhIa pelos gnósticos e a sua relação com o mundo superior e também com os sete poderes planetários abaixo dela. As sete esferas planetárias (ou céus) eram para os antigos as regiões mais altas do Universo criado. Estas sete esferas planetárias eram entendidas como sete círculos subindo um sobre o outro e dominado por sete arcontes (servos do Demiurgo, o Deus Criador que estava entre a raça humana e o Deus Transcendente que podia ser alcançado apenas através da gnosis). Juntos, estes círculos constituíam a Hebdomad (os sete arcontes criadores-de-mundos). Acima do mais alto, e sobre ela, estava a Ogdóade – a esfera de imutabilidade, e que estava próxima do mundo espiritual. Diz o Livro dos Provérbios IX:1: A Sabedoria edificou a sua casa; cortou as suas sete colunas. Estes sete pilares foram interpretados como sendo os céus planetários, e a morada de SOPhIa foi colocada acima da Hebdomad, na Ogdóade. O Livro dos Provérbios VIII:2 diz ainda sobre a mesma Sabedoria Divina: No cume das alturas junto ao caminho, nas encruzilhadas, Ela se coloca. Na interpretação gnóstica, isso significa que SOPhIa tinha sua morada no cume das alturas, sobre o Universo criado, no lugar do meio, entre o mundo superior e o inferior, entre o Pleroma e a ektismena. Ela se senta junto às portas, à entrada da cidade, ou seja, nas vias de aproximação aos reinos dos Sete Arcontes, e é na entrada do Reino Superior de LLuz que recebe seus elogios. A SOPhIa (Sabedoria) é, portanto, o governante superior sobre o Universo visível e, ao mesmo tempo, a intermediária entre os reinos. Ela dá forma ao universo mundano com base nos protótipos celestes e forma os sete ciclos estelares com seus Arcontes, e sob o domínio deles é colocado – de acordo com as concepções astrológicas da Antigüidade – o destino de todas as coisas terrenas, especialmente o homem. Ela é a Mãe ou a Mãe da Vida. Tendo vindo das alturas, Ela é formada pela essência pneumática – a Meter Photeine (Mãe Illuminada) – da qual todas as almas pneumáticas se originam.

Nota editada das fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arconte_(gnosticismo)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pleroma

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sophia_(gnosticismo)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Siz%C3%ADgia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Aeon_(gnosticismo)

 

Páginas da Internet consultadas:

http://archive.feedblitz.com/352381/~4049060

http://bostinnovation.com/2010/12/14/24-ways-to-
procrastinate-productively-online-boston-startup-edition/

 

Música de fundo:

As Time Goes By
Composição: Herman Hupfeld
Interpretação: Dooley Wilson

Fonte:

http://www.emp3world.com/mp3/102244/Dooley
%20Wilson/As%20Time%20Goes%20By

 

Observação:

A partir de 1942, As Time Goes By tornou-se uma canção internacionalmente famosa, quando foi cantada pelo personagem Sam (Dooley Wilson), no filme Casablanca (dirigido por Michael Curtiz e estrelado por Humphrey Bogart, Ingrid Bergman e Paul Henreid), a pedido de Ilsa Lund (Ingrid Bergman, no seu mais famoso e duradouro papel).