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Notas:
1. Mas,
de uma feridinha aqui, de outra ali, ninguém escapa. Quando eu disse
que as vidas podem ser vividas sem feijões e sem feridas,
quis afirmar que, na realidade, as chagas avassalantes, estas sim, são
desnecessárias.
2. Idiossinmania
= idiossincrasia + mania.
3 e
3a. Você pensa que não existe spray
anticapeta? Existe sim. Sua fabricação é recente, e
já está disponível no mercado ao módico preço
de R$ 100,00 o frasco, com a garantia garantida do fabricante de que dá
para remover o capeta do couro de umas vinte pessoas endemoniadas. Dê
uma pesquisada na Internet; você vai achar rapidinho. Bem, eu acho
que se o sacerdote agostiniano e professor de Teologia alemão Martin
Luther (1483 – 1546) soubesse de antemão que as coisas chegariam
ao ponto de fabricarem spray
anticapeta e outras baboseiras inócuas, não precursaria o
movimento reformista católico posto em movimento no início
do século XVI, denominado de Reforma Protestante. Quanto à
maldição da boceta maldita, que é outra coisa, se Pandora
(panta dôra
– a que possui todos os dons – ou pantôn
dôra – a que é detentora do dom de todos
os deuses) não tivesse embezerrado e aberto a boceta (que não
era dela, e, portanto, não tinha nada que mexer e, muito menos, que
abrir) – boceta amaldiçoada que continha todos os males do
mundo, e que Epimeteu, marido de Pandora, determinou à mulher que
não abrisse a tal da boceta de jeito maneira e para ninguém
– muita coisa ruim não teria acontecido e não estaria
acontecendo à Humanidade, hoje, totalmente embocetada, sem saber
o porquê de tanta embocetação. Conta-se à boca
pequena que, depois que abriu a boceta e viu o fudevu
de bucetolê
que causou, madame Pandora bem que tentou fazer careta e tocar clarineta,
alegando que era cegueta e maneta. Não adiantou nada; a bocetice
já havia sido feita! Bem, na Teogonia,
de Hesíodo, que viveu e faleceu em Ascra, no fim do século
VIII a.C., Pandora é descrita como um mal
belo. Seja como for, rodolfices à parte, pense nisto:
na Filosofia Pagã, Pandora não é vista como a fonte
do mal; ela é reverenciada como a fonte da força, da dignidade
e da beleza. Portanto, sem as adversidades (que os místicos costumam
chamar de provas), o ser humano não poderia melhorar nem evolucionar.
Então, é, mais ou menos, como eu (que sou e não sou
pagão) disse no poeminha: Problemas e obstáculos são
inevitáveis;
mas todos são contornáveis. Logo,
não pode haver maldição
de boceta; nós,
por ignorância, é que, geralmente, em nossos pesadelos deslumbrantes,
transformamos Pulex
irritans em Hippopotamus
amphibius, e, se bobear,
acabamos pondo a culpa na boceta da Pandora!
4. Santo do pau oco
é uma expressão popular utilizada no Brasil para designar
pessoas dissimuladas, cuja origem mítica é derivada de aspectos
históricos. Segundo
o imaginário popular, o santo do pau oco era, nas regiões
mineradoras brasileiras e durante o período colonial, um símbolo
do contrabando do ouro em pedra ou em pó ou de diamantes, ou seja,
as imagens devocionais eram utilizadas como esconderijo aos olhos do fisco.
Governadores, escravos e clérigos estavam envolvidos neste tipo de
contrabando. Esta
versão é tida como lenda, assim como muitas histórias
em Minas Gerais derivadas deste tipo de imagem, com pouca comprovação
desta utilização. Provavelmente, este tipo de imagem era feito
pelos mesmos motivos que na Europa, onde, desde a Idade Média, as
esculturas em madeira eram escavadas para que as peças rachassem
menos e ficassem mais leves.
Páginas
da Internet consultadas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_do_pau_oco
http://biraviegas.blogspot.com/
2009/01/expresses-populares.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pandora
http://www.fleamarketmobile.com/
http://www.animationlibrary.com/
sc/137/Hippos_and_Rhinos/
Fundo
musical:
Mr.
Bean
Fonte:
http://mp3bear.com/?q=mr+bean