TERCEIRA CARTA ROSACRUZ

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

O Website da Fraternidade Rosacruz Max Heindel divulga em sua biblioteca on-line amplo e diversificado material sobre o Rosacrucianismo de vertente heindeliana. Nesta oportunidade, estou divulgando a Terceira Carta Rosacruz, que remonta ao século XVIII, escrita por um antigo membro da Ordem. Ao final, apresentarei alguns comentários.

 

 

 

 

Carta III

 

Verdade Absoluta e Relativa

 

 

Toda a ciência do mundo se funda na hipótese de que as coisas são como parecem ser. Contudo, pouco é preciso pensar para compreender o erro da suposição, visto que a aparência das coisas não depende somente do que são em si, mas, também, de nossa própria organização, da constituição de nossas faculdades perceptivas.

No caminho do progresso, o maior obstáculo que encontra o estudante das ciências ocultas é a crença errônea de que as coisas são o que parecem ser. A menos que possa se sobrepor a este erro e considerar as coisas não sob o mero ponto de vista de sua limitada pessoa, mas relativamente ao Infinito e ao Absoluto, não poderá conhecer a Absoluta Verdade.

Antes de prosseguir nas instruções sobre o modo prático de te aproximares da LLuz, será necessário que radiques, com toda a energia, em tua mente, que todos os fenômenos são ilusórios. O que o homem conhece do mundo externo chegou à sua consciência através dos sentidos. Comparando, umas com as outras, as impressões repetidamente recebidas, e tomando o resultado, o que julga conhecer, corno base de especulação sobre o que não conhece, pode formar certas opiniões sobre causas que transcendam o seu poder de percepção sensitiva. Tais juízos serão válidos para si e para aqueles que tenham idêntica estruturação. Para os demais seres, que tenham organização por completo diferente da sua, estas especulações e estes argumentos lógicos não têm nenhum valor. É de esperar que possam existir no Universo incalculáveis milhões de seres de organização superior ou inferior a nossa, mas completamente distinta, que percebam as coisas sob aspectos muito diferentes. Semelhantes seres, ainda que vivam neste mundo, podem, contudo, nada conhecer dele, para nós o único concebível. Podemos, também, nada saber, intelectualmente, acerca do seu mundo, apesar de ser uno e idêntico com o nosso.

 

 

 

 

 

Para compreender o seu mundo, necessitamos de suficiente energia que arroje todos os erros e preocupações herdadas e adquiridas. Devemos elevar-nos a um nível superior ao do eu inferior, ainda preso ao mundo sensorial por milhares de cadeias, e atingir mentalmente o lugar onde possamos contemplar o mundo sob um aspecto superior. Devemos morrer, por assim dizer, ou antes, devemos viver inconscientes da nossa existência pessoal, até podermos adquirir a consciência da Vida Superior e olhar para o mundo sob o ângulo de visão de um Deus.

A ciência moderna é somente conhecimento relativo, o que equivale a dizer que os nossos sistemas científicos ensinam unicamente as relações existentes entre as cousas externas e mutáveis e esta outra cousa, transitória e ilusória, a pessoa humana, mera aparência externa de uma atividade interna completamente desconhecida da ciência acadêmica. Os tão louvados e enaltecidos conhecimentos científicos são pura superficialidade; referem-se, tão-só, a alguns dos infinitos aspectos da manifestação divina. A ignorância, ainda que ilustrada, julgando ser a sua maneira especial de considerar o mundo dos fenômenos a única verdadeira, agarra-se desesperadamente a estas ilusões que toma por únicas realidades. Aos que distinguem as ilusões qualifica-os de sonhadores.

Enquanto a ciência se mantiver presa destas ilusões, não se elevará acima delas, continuará sendo enganosa e incapaz de transmitir o verdadeiro caráter da Natureza. Em vão pedirá provas da existência de Deus enquanto cerrar os olhos à Eterna LLuz. Entenda-se, todavia, que não estamos pedindo à ciência moderna para se colocar no Plano do Absoluto porque, neste caso, deixaria de ser relativa para as coisas externas e não teria valor algum.

 

 

 

Homo mechanicus1

 

 

Admitiu-se que as cores não são realidades por si mesmas, mas produto de certo número de ondulações da luz, o que não impede a fabricação das cores e o seu útil emprego.

 

 

 

 

 

Análogos argumentos são aplicáveis às demais utilizações da ciência. Obviamente, não se pretende opô-los aos trabalhos de investigação da ciência, mas instruir aqueles que não encontrem satisfação no meio conhecimento superficial e externo e, se é possível, moderar a presunção dos que crêem saber tudo e, escravos de suas ilusões, negam a existência do Eterno e do Real.

Não é o corpo físico que vê, ouve, respira, raciocina e pensa. É o Homem Interno Invisível que o realiza por meio dos órgãos corporais. Não existe nenhuma razão para crer que o Homem Interno cessar de existir quando o corpo morre; pelo contrário, como adiante veremos, supor tal coisa seria insensatez.

Sem dúvida, se o homem interno, pela morte do organismo físico, perde o poder de receber impressões sensíveis do mundo externo e, perdendo o cérebro, perde o poder de pensar, certamente mudarão por completo as relações condicionadoras da sua permanência no mundo. Conseqüentemente, as condições da sua nova existência serão totalmente distintas. Seu mundo não será o nosso mundo, considerando, todavia, que, no sentido absoluto da palavra, não há senão um só mundo.

Vemos, portanto, que pode coexistir com o nosso mundo um sem-número de mundos diferentes, desde que exista um número indeterminado de seres de constituições diferentes uma das outras. Por outras palavras, a Natureza é uma só e pode se manifestar sob infinito número de aspectos. A cada uma das mudanças de nossa organização, observamos o mundo através de um prisma distinto. Ao morrer, entramos em um mundo novo, notando que não é o mundo que muda, mas as nossas relações com ele.

Que sabe o mundo sobre a verdade absoluta? E nós, que realmente sabemos? Sol, Lua, Terra, fogo, ar, água, só os consideramos existentes em conseqüência de certo estado de nossa consciência, que nos leva a crer que existem. A verdade absoluta não existe no reino dos fenômenos. Nem sequer nas matemáticas a encontramos, porque todas as suas regras e princípios estão fundados em certas hipóteses respeitantes à grandeza e à extensão, já, por si, de caráter fenomênico. Mudem-se os conceitos fundamentais das matemáticas e o sistema inteiro será modificado.

 

 

 

 

Do mesmo modo, pode-se conceituar quanto à matéria, ao movimento e ao espaço. Tais palavras somente exprimem conceitos, formados sobre cousas inconcebíveis, dependentes do nosso estado de consciência.

Se olharmos a uma árvore, forma-se uma imagem em nossa mente, o que equivale a dizer que entramos em certo estado de consciência que nos relaciona com um fenômeno de cuja inteira natureza nada sabemos, ao qual damos o nome de árvore. Para um ser organizado de modo distinto, talvez a nossa árvore seja inteiramente diferente, quiçá transparente e sem solidez material. E, assim, para milhares de seres diferentes, isto é, de constituições diversas umas das outras, parecerá ter outros tantos aspectos distintos. O Sol, outro exemplo, pode ser considerado simplesmente como uma bola de fogo. Mas um ser de compreensão superior poderá ver nele alguma coisa para nós indescritível, por carecermos das faculdades precisas para tal concepção e descrição. O homem externo guarda certa relação com o mundo externo e, como tal, nada mais pode conhecer do mundo do que esta relação externa.

Algumas pessoas podem objetar que o homem deve se contentar com aqueles conhecimentos, e não tentar aprofundá-los. Isto equivaleria a privá-lo de todo o progresso ulterior e condená-lo a permanecer preso da ignorância e do erro.

A ciência que depende de ilusões externas é uma ciência ilusória. O aspecto externo das coisas é produto da atividade interior. Se esta atividade não for conhecida, o fenômeno externo não poderá ser compreendido. O homem real, interno, residente na forma externa, mantém certas relações com a atividade interna do Cosmos, não menos estritas e definidas do que as relações existentes entre o homem interno e a Natureza externa. Se o homem não conhecer as relações que o ligam àquele poder interno, por outras palavras, que o ligam a Deus, não compreenderá a própria natureza divina e não atingirá, jamais, o verdadeiro conhecimento de si mesmo.

O único e verdadeiro objetivo da verdadeira religião e da verdadeira ciência deve ser ensinar ao homem a relação entre si e o infinito, e a se elevar àquele exaltado plano de existência para o qual foi criado.

Pelo fato de um homem ter nascido em certa casa ou em certa cidade, não se conclui que tenha de permanecer ali toda a vida. Do mesmo modo, as condições física, moral e intelectual não impõem a necessidade de ficar sempre em tal estado, nem que não faça nenhum esforço por se elevar a maiores alturas. A mais sabida de todas as ciências tem por finalidade o mais elevado de todos os conhecimentos. Não pode existir objetivo mais sublime nem mais digno de ser conhecido que a Causa Universal do Bem. Deus é o objetivo mais elevado dos conhecimentos humanos; nada podemos saber Dele, fora da Sua manifestação ativa em nós próprios. Obter o conhecimento do Eu equivale a obter o conhecimento do Princípio Divino que habita em nós ou, por outras palavras, o conhecimento do próprio Eu depois que ascendeu ao Divino.

O Eu Interno e Divino reconhecerá, por assim dizer, as relações existentes entre si e o Princípio Divino no Universo, se permitido é falar de relações entre duas coisas que não são duas, mas uma só e idênticas. Mais corretamente deveríamos dizer: o conhecimento espiritual, no homem, realiza-se quando Deus nele expressa sua própria Divindade.

Todo poder – quer pertença ao corpo, à alma ou ao princípio inteligente – nasce do centro, do espírito. Ver, sentir, ouvir e perceber são capacidades dos sentidos que o homem deve à atividade espiritual. Na maior parte dos homens, despertou somente a potência intelectual que pôs em atividade os sentidos. Mas, há pessoas excepcionais que desenvolveram esta atividade espiritual em grau muito maior, e expandiram extraordinariamente suas faculdades internas de percepção. Tais pessoas podem perceber realidades imperceptíveis para os demais e por em exercício poderes que os restantes mortais não possuem. Se os pretensos sábios encontram pessoas dessa natureza, geralmente consideram-nas enfermas de corpo, vítimas de uma condição patológica.

Todos os dias, a experiência demonstra que a ciência do exterior, da superfície, ignora quase inteiramente as Leis Fundamentais da Natureza, porque, contínua e equivocadamente, toma as causas por efeitos e os efeitos por causas.

 

 

 

Com igual razão e a mesma lógica, se, em um rebanho de carneiros, um obtivesse a faculdade de falar como homem, poderiam os restantes considerar o companheiro enfermo e se ocupar de sua condição patológica. A sabedoria parece loucura para o louco. Para o cego a luz não se distingue das trevas. Para o vicioso a virtude é como o vício, e o falso diz que a verdade não vale mais do que o embuste.

Vemos, pois, que o homem percebe as cousas pelo que imagina e não pelo que são.

 

 

 

Assim, tudo a que chamam bom ou mau, verdadeiro ou falso, útil ou inútil, tem sentido relativo. E a conceituação difere, ainda, de um para outro, de acordo com as distintas opiniões, objetivos ou aspirações. Conseqüência: onde começa a linguagem nasce a confusão, porque diferem as constituições humanas, donde resulta, em cada um, uma concepção das cousas distinta das concepções dos outros.

Isto é verdadeiro já nos assuntos comuns, mas se evidencia muito mais nas questões do Ocultismo, do qual os homens comuns só possuem idéias falsas. Não será aventuroso dizer que o simples enunciado de uma sentença de natureza oculta daria origem a disputas e a interpretações falsas.

As únicas verdades que se encontram fora de toda disputa são as Verdades Absolutas. Não precisam ser enunciadas porque são evidentes por si mesmas. Expressá-las pela linguagem equivale a dizer o que todo o mundo sabe e ninguém põe em dúvida.

Dizer, por exemplo, que Deus é a causa de todo o bem equivale, simplesmente, a simbolizar a origem desconhecida de todo bem pela Palavra Deus. A verdade relativa respeita unicamente às personalidades transitórias dos homens.

Só pode conhecer a Verdade no Absoluto aquele que, sobrepondo-se à esfera do ego e do fenômeno, chega ao Real, ao Eterno e ao Imutável. Fazer isto é, em certo sentido, morrer para o mundo; o que é o mesmo que se desembaraçar por completo da noção do ego pessoal e ilusório, e chegar a ser um com o Universal, onde não existe o mínimo sentido de separação.

Se estiveres disposto a Morrer assim, poderás penetrar no Santuário da Ciência Oculta.

Todavia, se as ilusões do mundo, sobretudo a ilusão de tua existência pessoal, te atraem, buscarás em vão o conhecimento do que existe por si e independente de qualquer relação com coisas, qual seja: o Eterno Centro flamígero, o Pai, do qual só pode se aproximar o Filho, a LLuz, a Vida e a Verdade Suprema.

 

Fonte:

http://www.fraternidaderosacruz.org/cartasrc3.htm

 

 

 

 

Três Comentários

 

 

 

Citação 1: A menos que [o homem] possa se sobrepor a este erro e considerar as coisas não sob o mero ponto de vista de sua limitada pessoa, mas relativamente ao Infinito e ao Absoluto, não poderá conhecer a Absoluta Verdade. Citação 2: Só pode conhecer a Verdade no Absoluto aquele que, sobrepondo-se à esfera do ego e do fenômeno, chega ao Real, ao Eterno e ao Imutável. Penso que tudo o que se refira ao Infinito (melhor seria usar o vocábulo Ilimitado), ao Absoluto em Si e à Verdade Absoluta só pode ter sentido se o entendimento for relativo. Tenho discutido muito esta matéria em diversos textos, e creio já ter argumentado o suficiente quanto à impossibilidade de qualquer ser no Universo ter acesso ao Absoluto em Si e à Verdade em Si – à Verdade Absoluta. Mas, vou repetir, com prazer, o que disse em um comentário à Segunda Carta Rosacruz (Um Meio Prático de Aproximação à Luz): a maravilha da relatividade das Verdades progressivamente alcançadas é que elas nos dão a certeza cordial de que cada Verdade é sempre relativa. Por isto, cada Verdade relativa conquistada funciona como uma espécie de catalisador impulsionante para a frente e para o alto, para uma Verdade mais avançada e mais concertada – primeiro ponto iluminante de um novo triângulo a ser dialeticamente construído e laboriosamente finalizado. Sentar em cima de uma Verdade, como se fosse a última, é um dos erros que um Iniciado não pode cometer. Portanto, ao se estudar a última Carta do último Irmão, na realidade, estamos apenas avançando e – quem sabe!? – nos habilitando para ler outras cartas em nosso Coração.

 

 

Logo, por exemplo, quando se faz uma acusação, ela sempre estará alicerçada em um conhecimento relativo, geralmente equivocado, parcial e preconceituoso. O mesmo vale para os elogios. Quem elogia um discípulo, o que fará frente a um Adepto?

 

Em segundo lugar, comentarei a citação: Devemos morrer, por assim dizer, ou antes, devemos viver inconscientes da nossa existência pessoal, até podermos adquirir a consciência da Vida Superior e olhar para o mundo sob o ângulo de visão de um Deus. Aqui, penso que seja totalmente impossível viver inconsciente da existência pessoal. Se houver perda da consciência, é porque está a se manifestar algum tipo de morbidez (temporária ou crônica), e ficar orando e orando e meditando e meditando horas a fio não deixa de ser também uma ilogicidade patológica meio cilicializante. Por outro lado, é impossível esquecer os malfeitos praticados. Ora, seria muito fácil esquecer os pecados cometidos e se lançar em uma espécie de vazio moral abestalhado ou em um vazio intelectual imbecilizado. Mais do que uma covardia, isto é uma inutilidade, pois só a dialética místico-iniciática poderá libertar, ou seja, não podemos empurrar o lixo para debaixo do tapete nem tirar o sofá da sala. Engrossando o feijão: mais do que uma inutilidade, isto é uma deformidade. Bem, quando tenho usado a expressão morrer para o mundo, minha intenção tem sido no sentido de alertar que, se continuarmos a caleidoscopizar o incaleidoscopizável, a valorizar o invalorizável, a festejar o infestejável e a engolir o iningolível, tanto no sentido concreto da coisa quanto no seu aspecto puramente metafísico, de duas uma: ou sairemos desta vida do jeito que entramos ou sairemos pior, o que, misticamente, é equivalente (mas não deixa de ser pior). Portanto, a coisa não é e é como está escrito nesta Terceira Carta: até que podemos, pois nosso livre-arbítrio permite tudo, mas não devemos viver inconscientes da nossa existência pessoal; todavia, é imperativo e precisamos adquirir a consciência da Vida Superior e olhar para o mundo sob o ângulo de visão de um Deus. Realmente não sabemos, mas aprenderemos que

 

 

Enfim, o preferencial e frutuoso Caminho para que possa ser adquirida a Compreensão é a Via Iniciática, que não é exclusivamente Rosa+Cruz nem obrigatoriamente precisa ser Rosa+Cruz. O Rosacrucianismo, de qualquer vertente, é Illuminante, mas não é o único Caminho. Há outros. Penso que, por exemplo, o Padre do Deserto Santo Antão (251 – 356) – o Pai de Todos os Monges – Ghiyath al-Din Abu'l-Fath Umar ibn Ibrahim Al-Nishapuri al-Khayyami (1048 – 1131) e Francisco de Paula Cândido Xavier (1910 – 2002) não tenham sido Rosa+Cruzes; na verdade, cada um interpretou e viveu internamente a Coisa a seu modo. O que precisamos aprender é que a Lei é a mesma e opera tanto no deserto quanto em Nova Iorque ou na Floresta Amazônica. E, quanto a isto, e por isto, não houve, não há nem poderá haver uma religião escolhida por um deus ou uma fraternidade iniciática privilegiada por um mandamento hierofântico. Então, quando na abertura deste parágrafo eu disse que o preferencial e frutuoso Caminho para que possa ser adquirida a Compreensão é a Via Iniciática, esta Via Iniciática poderá até independer de Iniciações regulares do tipo como são conhecidas. Se você puxar um pouquinho pela cabeça vai entender isto sem muito esforço. É só usar como ponto de partida o fato inexorável que a Divindade está dentro, em nós – nós somos a própria Divindade encarnada. Se, algumas vezes, agimos como demônios, é porque abafamos a Voz do nosso Deus Interno. Bem, não é bem assim; mas digamos que seja mais ou menos assim, porque é mesmo mais ou menos assim. Pense nisto: unterseeboot nunca voou e caranguejola nunca disputou Fórmula 1.

 

Por último, vamos reler juntos: Se estiveres disposto a Morrer, poderás penetrar no Santuário da Ciência Oculta. É muito custoso estar disposto a Morrer Iniciaticamente. Cobiças desejos e paixões são muito difíceis de ser dominados. E tudo acaba sendo procrastinado como regime (dieta): — Segunda-feira eu começo. Ora, segunda-feira pode ser qualquer uma! Ou nunca! O concerto está em dizer e fazer assim: Hoje, estou começando; agora, já.

 

 

Oba!

 

 

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Nota:

1. Segundo José Eduardo Franco e Jacinto Jardim, no trabalho Para um Projeto de Educação Integral Segundo Manuel Antunes, S. J., e um Novo Programa de Competências, Manuel Antunes [(1918 – 1985), professor universitário e ensaísta português] não fica somente pelo questionamento, mas propõe um novo paradigma sócio-cultural assente num projeto de educação totalizante de raiz personalista e na formação de um novo modelo de homem, o 'Homo misericors' que dê lugar ao 'Homo mechanicus' da automatizadora e serializadora era industrial e tecnológica. Homo misericors, definido por Manuel Antunes e citado por Manuel Pinto no texto O Riso e o Pranto Perante o Mundo é aquele que é objeto de misericórdia; é como que gerado por aquele que da mesma misericórdia é sujeito.

 

Música de fundo:

Lost Horizon
Composição: Burt Bacharach & Hal David
Interpretação: Shawn Phillips

Fonte:

http://beemp3.com/

 

Páginas da Internet consultadas:

http://mediascopio.wordpress.com/
2008/11/24/o-riso-e-o-pranto-perante-o-mundo/

http://media.photobucket.com/image/%22fat+dancing
%22+/grmerrill/Animated%20Gifs/fat-man.gif

http://liveunderconstruction.wordpress.com/
2011/03/18/animated-gif-showcase-free-download/

http://dexterium.tumblr.com/

http://peperonity.com/go/media/15007978!3

http://newopticalillusions.blogspot.com/
2009_11_01_archive.html