Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Lembramos, e somos tentados.

Transigimos, e ficamos prostrados.

Mas, afinal, não são nossas vidas

 

Ninguém está imune ao pecado.

Quem pode dizer: — Estou imunizado?

Assim, ora escorregão, ora defasagem;

logo, pecar é matéria da aprendizagem.

 

Mas, é preciso extirpar a ambivalência

e temos que pôr um fim na insciência.

A ambiviência1 é prisão + dolorimento

causa eficiente2 do desmoronamento.

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Ambiviência = ambivalência + insciência.

2. Causalidade é a relação entre um evento (a causa) e um segundo evento (o efeito), sendo que o segundo evento é uma conseqüência do primeiro. Em um sentido mais amplo, a causalidade ou determinação de um fenômeno é a maneira específica na qual os eventos se relacionam e surgem. Apreender a causalidade de um fenômeno é apreender sua inteligibilidade. Embora causa e efeito sejam, em geral, referidos a eventos, também podem ser referidos a objetos, processos, situações, propriedades, variáveis, fatos ou estados de coisas e, particularmente, à compensação (retribuição) mística. Entretanto, a caracterização de uma relação causal, distinguindo-a da simples correlação, ainda é um assunto meio controverso.

Seja como for, Aristóteles acreditava que toda questão pode ser respondida de quatro diferentes maneiras, que são os quatro tipos de causas. E assim, aristotelicamente, tem-se:

Causa material de uma coisa é o material de que esta coisa consiste (por exemplo, a causa material de uma mesa pode ser a madeira, a de uma escultura, pode ser o barro ou o bronze).

Causa formal de uma coisa é a sua forma, ou seja, um determinado arranjo de sua matéria (a forma de uma escultura, por exemplo).

Causa eficiente de uma coisa é a causa primária de mudança ou repouso ou a coisa que pode levar outra coisa a existir. Uma causa eficiente de X pode estar presente sem que X seja de fato produzido, e, por isto, a idéia de causa eficiente não deve ser confundida com a de causa suficiente. Um incêndio, por exemplo, pode ter como causa eficiente um raio, mas um raio nem sempre provoca um incêndio. Já Aristóteles dizia que, para uma mesa, a causa eficiente é o trabalho manual do carpinteiro. No caso do poeminha que escrevi, a causa eficiente dos desmoronamentos humanos, geralmente, é a ignorância.

Causa final é o propósito ou objetivo de uma coisa. A causa final de uma casa, por exemplo, pode ser morar; a do nariz é cheirar. Aristóteles considerava a causa final a explicação mais determinante.

Esta nota foi editada da fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Causalidade

 

Página da Internet consultada:

http://www.animationplayhouse.com/new/people22.html

 

Música de fundo:

Não Existe Pecado ao Sul do Equador
Composição: Chico Buarque & Ruy Guerra
Interpretação: Ney Matogrosso

Fonte:

http://www.4shared.com/get/gY_5kEFB/
ney_matogrosso_-_no_existe_pec.html

 

Direitos autorais:

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