AFANÃO

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Sou afanão, sim; mas, quem não é?

 

 

 

O problema de quem é afanão

é problema de quem é afanão.1

O problema de quem é ladravaz

é problema de quem é ladravaz.1a

 

 

Cada um deve fazer sua parte,

esquivando-se de ser comparte

naquilo que é torpe e malas-arte,

todavia, seu usar um bacamarte.

 

 

Pariste um Mateus? Embalarás.

Fizeste sofrer? Então, sofrerás.

Isto dá arrimo à Lei de Talião?2

 

 

Não. Uma coisa é compensar;

outra, bem diferente, é talionar.

 

 

 

A Compreensão de Einstein

 

 

 

 

Teoria da Relatividade

 

 

A Teoria da Relatividade é a denominação dada ao conjunto de duas teorias científicas: a Relatividade Restrita (ou Especial) e a Relatividade Geral.

A Relatividade Especial é uma teoria publicada em 1905 por Albert Einstein (Ulm, 14 de março de 1879 – Princeton, 18 de abril de 1955), concluindo estudos precedentes do matemático francês Henri Poincaré e do físico neerlandês Hendrik Lorentz, entre outros. Ela substitui os conceitos independentes de espaço e tempo da Teoria de Newton pela idéia de espaço-tempo como uma entidade geométrica unificada. O espaço-tempo na relatividade especial consiste de uma variedade diferenciável de 4 dimensões, três espaciais e uma temporal (a quarta dimensão), munida de uma métrica pseudo-riemanniana, o que permite que noções de geometria possam ser utilizadas. É nessa teoria, também, que surge a idéia de velocidade da luz invariante.

O termo especial é usado porque ela é um caso particular do princípio da relatividade em que efeitos da gravidade são ignorados. Dez anos após a publicação da Teoria Especial, Einstein publicou a Teoria Geral da Relatividade, que é a versão mais ampla da teoria, em que os efeitos da gravitação são integrados, surgindo a noção de espaço-tempo curvo.

Postulados da relatividade:

1º) Existem sistemas cartesianos de coordenadas – os chamados sistemas de inércia – relativamente aos quais as Leis da Mecânica (mais geralmente as Leis da Física) se apresentam com a forma mais simples. Podemos assim admitir a validade da seguinte proposição: se K é um sistema de inércia, qualquer outro sistema K' em movimento de translação uniforme relativamente a K, é também um sistema de inércia. (Este Postulado autoriza uma especulação mística muito interessante: a Lei é a Lei; aqui, ali, lá e acolá. Ninguém (nada) está acima da Lei, ou seja: não há privilégios; apenas Privilégios conquistados pelo mérito.)

 

 

 

 

 

2º A velocidade da luz no vácuo (c = 299.792.458 metros por segundo) é a mesma para todos os observadores em referenciais inerciais e não depende da velocidade da fonte que está emitindo a luz nem tampouco do observador que a está medindo. A luz não requer qualquer meio (como o Éter) para se propagar. De fato, a existência do Éter é mesmo contraditória com o conjunto dos fatos e com as Leis da Mecânica.

Conseqüências da Relatividade Especial:

• O intervalo de tempo em um referencial em movimento em relação a um observador externo parece ser, para este, maior do que o seu próprio intervalo de tempo. Explicando melhor: se um fenômeno periódico, que no referencial de um dado observador inercial ocorre com um período T, parece ocorrer em um período T' maior em um referencial inercial movendo-se em relação a este.

• Eventos que ocorrem simultaneamente em um referencial inercial não são simultâneos em outro referencial em movimento relativo (falta de simultaneidade).

• As dimensões de objetos medidos em um referencial podem ser diferentes para um outro observador em outro referencial em movimento. Se um corpo está em movimento ao longo de um eixo, a dimensão do corpo ao longo deste eixo parecerá menor do que quando o mesmo corpo estiver parado em relação ao referencial do observador (contração dos comprimentos).

 

Observação:

O Éter (Æther) é uma hipotética substância, postulada pela maior parte dos cientistas até o início do século XX, que, em síntese, defendiam a idéia da inexistência do vácuo em a Natureza. Esta linha de raciocínio foi apontada como causa, por exemplo, da falta do desenvolvimento abstrato do numeral zero (0) pelos ocidentais, que seguiam a tradição greco-romana. Pela teoria científica, o Éter seria o meio de propagação da luz, assim como o ar é o meio de propagação do som. Atualmente, contudo, a existência de tal substância é rejeitada pela maior parte da comunidade científica, embora novas descobertas como a energia escura volta e meia motivem a retomada da idéia da existência do Éter ou não-vácuo cósmico.

Segundo Aristóteles, o mundo é composto de cinco elementos básicos. Ele acreditava na existência dos quatro elementos do Planeta: a Água (como Tales de Mileto), o Ar (como Anaxímenes), o Fogo (como Heráclito), a Terra e um hipotético 5º elemento, o Éter, também chamado de quinta-essência (ou quintessência), presente no cosmo. Este misterioso elemento Éter seria uma substância não palpável, o contrário dos outros elementos, mais de acordo com o princípio do Mundo das Idéias, de Platão.

 

Informação editada das fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89ter_(elemento)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_
relatividade#Postulados_da_relatividade


 

 

 

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Notas:

1 e 1a. Preliminarmente, isto é assim, e, à primeira vista, parece que só é assim. Mas, não é. Em coerência com o que tenho dito, enquanto houver um afanão no Universo, seremos todos afanões; e enquanto houver um ladravaz no Universo, seremos todos ladravazes. Ou somos todos Um ou não somos todos Um! Não há essa esdruxulice de sermos todos Um para umas coisas e de não sermos todos Um para outras. Seria fácil e confortável se fosse assim.

2. A lei de talião, do latim lex talionis, também dita pena de talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena, denominada retaliação. Freqüentemente, esta lei é expressa pela máxima olho por olho, dente por dente. É uma das mais antigas leis existentes. Os primeiros indícios da lei de talião foram encontrados no Código de Hamurabi, em 1780 a.C., no reino da Babilônia. O termo lex talionis não somente está a se referir a um literal código de justiça olho por olho, dente por dente, uma espécie de castigo-espelho, mas se aplica à mais ampla classe de sistemas jurídicos que formulam penas específicas para crimes específicos, que são pensados para ser aplicados de acordo com a sua gravidade. Alguns propõem que este foi, pelo menos em parte, destinado a evitar excessiva punição nas mãos de qualquer vingador, justiça feita pelas próprias mãos, privada ou do Estado. Códigos, seguindo o princípio da lex talionis, têm uma coisa em comum: prescrevem uma punição do tamanho exato para uma ofensa. No famoso código jurídico escrito por Hamurabi, o princípio da reciprocidade é exatamente muito claramente usado. Por exemplo, se uma pessoa causou a morte do filho de outra pessoa, aquela pessoa que matou o filho (o homicida) seria morto por este crime. Diferentes idéias sobre as origens da lex talionis existem, mas a mais conhecida é de que ela se desenvolveu ao mesmo tempo em que as civilizações também se desenvolviam; e a falta de um sistema de leis para a retribuição de erros, feudos e vinganças, ameaçou o tecido social. Apesar de ter sido substituído por novas formas de teoria jurídica, a lex talionis serviu a um objetivo fundamental no desenvolvimento dos sistemas sociais: a criação de um órgão cuja finalidade foi a de aprovar as retaliações e garantir que este fosse o único castigo. Este organismo foi o Estado em uma das suas primeiras formas.

Nota editada da fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_tali%C3%A3o

 

Música de fundo:

Mr. Booze (do filme Robin and the 7 Hoods)
Compositores: Sammy Cahn (letra) e Jimmy Van Heusen (música)
Cantada por: Bing Crosby, Dean Martin, Sammy Davis, Jr., Frank Sinatra e outros

Fonte:

http://beemp3.com/

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.fisica.net/relatividade/as_principais_consequ
encias_dos_postulados_da_teoria_da_relatividade.php

http://bestanimations.com/
Nature/Flora/Roses/Roses2.html

http://www.thelivingweb.net/antigravity_
quantum_physics_relativity_time_travel.html

http://www.squaredot.com/11Baseplates.html

http://abdessalami.tripod.com/bqj.html