Nenhuma
pessoa tem o direito de se declarar verdadeiramente religiosa ou religiosamente
esclarecida, a menos que esse esclarecimento, de alguma forma, afete seu
caráter para melhor. [Uma
das mais daninhas ilusões é a ilusão religiosa, em
que a pessoa delirante supõe ser o que não é.]
Quando
a Compreensão é Verdadeira, a própria coisa traz consigo
a inevitável Compreensão de si mesma. Não há
esforço para Compreender. Isto é: ocorre uma Experiência
Universal de uma Realidade Total da Coisa Não-nascida. [Por
isto, este tipo de Experiência é pessoal e intransferível.
Não há palavras para explicá-La nem para defini-La.
É uma experiência
de eternidade capturada por um momento dentro do espaço-tempo da
nossa forma de vida. Enfim, Ela não pode ser ensinada.]
Precisamos
aprender a nos libertar dos pensamentos, das manias, dos desejos, das cobiças,
das paixões e das crenças que nos assombram, nos limitam e
nos escravizam.
De
repente, um Dia, como um relâmpago, sob a força da Consciência
Búdica –
pelo Mistério da Illuminação Interior –
todos os
nossos sentidos, faculdades e forças serão redimidos pela
Sabedoria, e serão convertidos ao Serviço da Compreensão
Illuminada. Através de uma Alquimia Interna, saberemos que sabemos.
Uma vez que esta Experiência acontece, nunca poderá ser removida.
Ela se torna a Nova Realidade, a Única Realidade.
O
indivíduo sempre é a soma de suas próprias partes.
Portanto, ele não é um ser infalível em um corpo falível;
é um verdadeiro ser falível em um corpo falível, e
toda a sua vida está sujeita não aos perigos e aflições
das gerações em que vive, mas à insuficiência
de si mesmo. [Insuficiência
esta derivada dos desejos, das cobiças, das paixões, dos preconceitos,
das outrofobias, das separatividades, enfim, da ignorância da unicidade
cósmica e das Leis Universais.]
Princípio
essencial da Filosofia Budista: Cada indivíduo tem como sua primeira
tarefa neste mundo descobrir a realidade sobre si mesmo e, sobre esse fato,
construir um caminho de vida consistente com a Verdade. [Esta
Verdade, para nós e para todos, sempre foi, é e sempre será
relativa. Por isto, a nossa caminhada nunca teve princípio e jamais
terá fim. Portanto, dormir ou desistir não são opções.]
Cada
um de nós deve aprender a analisar e compreender a natureza dos objetos
dentro de si, que produzem sons rítmicos e específicos. Até
que nós descubramos completamente a natureza desses objetos e que
sons são esses, nossa harmonia com a Vida será sempre inadequada
e desarmônica.
Cada
um de nós só pode experimentar sua própria morte. E
cada um de nós experimentará a morte exatamente de acordo
com as situações que existem dentro do seu próprio
conjunto de faculdades e de forças. Enfim, cada pessoa se aproxima
da transição equipada apenas com os recursos de sua própria
consciência.
[Devo repetir: todas as experiências da nossa existência (pregressa,
presente e futura) são pessoais e intransferíveis. Portanto,
querer que o outro seja de uma maneira ou de outra, desta maneira ou daquela,
é uma estupidez sesquipedal. Ajudar os outros em suas existências
terrenas é um coisa; impor aos outros um tipo de comportamento que
achamos adequado não tem o menor cabimento. O nosso frio e o nosso
calor são diferentes dos frios e dos calores dos outros.]
São
exatamente os modos diferentes de compreendermos e de percebermos as coisas,
muitos deles violentamente opostos entre si, apesar de cada um de nós
estar convencido de que sua interpretação está correta,
que nascem a intolerância, o ressentimento e a miséria que
tanto deformam uma parte das nossas vidas.
Os
edifícios existem. A diferença entre gostarmos ou não
deles não tem nada a ver com o edifício. Tem a ver, sim, com
alguma experiência que ocorre no interior de nós mesmos. [É
importante que compreendamos isto direitinho, para evitarmos ficar fazendo
juízo de valor (julgamento que expressa uma apreciação,
avaliação ou interpretação sobre a realidade,
sem compromisso com o ideal da neutralidade científica) das coisas
e das pessoas. Precisamos compreender que todo e qualquer juízo de
valor do que quer que seja que fizermos será sempre equivocado e
preconceituoso.
Desta forma, todas as nossas associações na vida são
o que são porque somos o que somos. Se fôssemos
diferentes, seriam diferentes.]
Há
dois tipos de delinqüentes juvenis. Um é a criança que
é desencaminhada por companhias miseráveis, descuido e coisas
dessa natureza; o outro é a criança que nasce desajustada
e nunca se adaptará. [Um
exemplo disto é a psicopatia. Psicopata é a designação
atribuída a um indivíduo com um padrão comportamental
e/ou traço de personalidade, caracterizados, em parte, por um comportamento
anti-social, diminuição da capacidade de empatia/remorso e
baixo controle comportamental ou, também, pela presença de
uma atitude de dominância desmedida. Esse tipo de comportamento é
relacionado com a ocorrência de delinqüência, crime, falta
de remorso e dominância, mas, também, é associado com
competência social e liderança. A psicopatia, descrita como
um padrão de alta ocorrência de comportamentos violentos e
manipulatórios, freqüentemente, é considerada uma expressão
patológica da agressão instrumental, além da falta
de remorso e de empatia. De maneira geral, nos homens, o transtorno tende
a ser mais evidente antes dos 15 anos de idade, e nas mulheres pode passar
despercebido por muito tempo, principalmente porque as mulheres psicopatas
parecem ser mais discretas e menos impulsivas do que os homens. Por se tratar
de um transtorno de personalidade, o distúrbio tem eclosão
evidente no final da adolescência ou no começo da idade adulta,
por volta dos 18 anos, e, geralmente, acompanha por toda a vida. Pode-se
dizer que a psicopatia é incurável.]
Jack
Nicholson — Jack
Torrance
(The
Shining — O Iluminado)
Theodore
Ted
Robert Bundy
(Assassino Serial Americano)
Adolf Hitler
(Todo mundo sabe quem é)
Quando
somos ou estamos inadaptados, não podemos encontrar um mundo normal
porque não temos o potencial de experimentá-lo dentro de nós
mesmos. Para nós, o mundo sempre será difícil, abominável
e trágico, porque criamos uma situação em nossa própria
natureza que não nos permite experimentar o mundo de outra maneira.
[E assim,
ao longo da História, no limite do absurdo e do inimaginável,
desceram do inferno e apareceram aqui na Terra, por exemplo, Calígula,
Nero, Augusto Pinochet, Jorge Videla, Idi Amin Dada, Átila,
o Huno, Genghis Khan, Pol Pot, Vlad, o
Empalador, Ivan,
o Terrível, Adolf
Eichmann, Leopoldo II, Josef Stalin, Lavrenti Beria, Paul Marcinkus, o
Banqueiro de Deus,
Carlos Alberto Brilhante Ustra, Doutor
Tibiriçá, Paulo Malhães, Doutor
Pablo, Antonina
Makárova, Daria Saltykova, Irma Grese, o
anjo da morte,
Belle Gunness, Maria Tudor, entre muitos e muitos outros maluquetes e despirocados.
Mas, em um certo sentido Oculto, Alquímico e Iniciático, normalmente
incompreendido pela maioria das pessoas, sem que eles soubessem e nós
também não, todos eles fizeram parte do corpo docente dos
nossos professores alquimiadores. E, ainda que eles, por demérito
e crueldade, tenham descendido na escala humana e no Teclado Cósmico,
pois, houve um rompimento dos seus Princípios, nós, por mérito
e dignidade, Ascendemos. Enfim, a questão não é termos
Ascendido, mas, sim, perenemente, mantermos acesa a Chama da Ascensão.
Por último, precisamos ter em mente que a Alquimia (que sempre é
Iniciática) não é só no sentido
(digamos assim, do pior para o melhor); eventual e raramente, poderá
ser no sentido (do melhor
para o pior, o que poderia ser denominado, talvez, de antialquimia). Seja
como for, nós somos responsáveis por tudo, e, particularmente,
pela construção do nosso futuro, que não deverá
ser no futuro, mas, sim, hoje, já, agora.]
(Simbolicamente)
De
alguma maneira, precisamos aprender a observar qualquer objeto e isolá-lo
de nossa falsa interpretação. Interpretamos mal as coisas
porque nos valemos das aparências das coisas, que não correspondem
às atualidades das coisas nem as suas intrínsecas naturezas.
[Isto significa
que, de maneira geral, vivemos no mundo de o-que-não-é,
um mundo de miragens e de ilusões,
sem acessar O-QUE-É.]
As
sombras dos objetos são meramente acidentais, não tendo nada
a ver com a realidade dos objetos.
Para
os jovens, o mundo está no futuro; para os idosos, o mundo está
no passado. Mas, o próprio mundo nunca muda. [Aqui,
devo discordar de Manly, pois, não é bem assim. Na verdade,
não é assim, pois, o mundo muda. Sim. Tudo muda. Tudo está
em movimento. O que não se movimenta não pode existir. Já
ensinava o filósofo pré-socrático Heráclito
de Éfeso (Éfeso, aproximadamente, 500 a.C. – 450 a.C.)
panta rei,
"tudo flui", sintetizando a idéia de um mundo em mudança
permanente e em movimento perpétuo. O fato de o mundo, para uns,
estar no futuro significa esperança; o fato de o mundo, para outros,
estar no passado significa saudade.]
Heráclito
de Éfeso
(Por Johannes Moreelse)
As
coisas não são boas nem más. Somos nós que colorimos
[e descolorimos]
a
História, as artes e as ciências.
[Na verdade, nós colorimos e descolorimos
tudo.]
Terra Plana
A
vida da imensa maioria das pessoas se resume a uma série de aceitações
e de rejeições, não com base em fatos, mas, sempre
com base nas pressões das suas próprias personalidades. Somente
reduzindo a pressão de nossas próprias faculdades interpretativas
poderemos nos livrar dos erros e das falácias que consideramos invariáveis
–
uma palavra que, neste caso, significa "sem valor", pois, são
tergiversações e deformações dos fatos –
embora,
geralmente, não a reconheçamos como tal.
LGBTQIA+
bom é LGBTQIA+ morto.
Negro bom é negro morto.
Judeu bom é judeu morto.
Muçulmano bom é muçulmano morto.
Índio bom é índio morto.
Curiboca bom é curiboca morto.
Nordestino bom é nordestino morto.
Mestiço bom é mestiço morto.
Comunista bom é comunista morto.
Ministro do STF bom é Ministro do STF morto.
Ministro do TSE bom é Ministro do TSE morto.
Adversário bom é adversário morto.
Reivindicador bom é reivindicador morto.
Babalorixá bom é babalorixá morto.
Tchetcheno bom é tchetcheno morto.
Afegão bom é afegão morto.
Alepiense bom é alepiense morto.
Ucraniano bom é ucraniano morto.
(Basta perguntar ao
e à sua entourage oligárquica, que é tão
cruel quanto ele.)
O outro bom é o outro morto.
Eu bom sou eu vivo.
A
Natureza simplesmente permite que continuemos em nosso próprio caminho,
até que o erro se torne insuportável, [e
sejamos obrigados a corrigi-lo].
Talvez,
a razão pela qual o homem se torne neurótico seja porque ele
é o único membro da sociedade natural visível que pode
ser egoísta.
Não
podemos depender de ninguém para mudar nosso modo de ser. [A
mudança é interna, pessoal e, em um nível mais elevado,
transracional.]
A
única pessoa que poderemos mudar somos nós mesmos. Poderemos
até influenciar um pouco os outros e, às vezes, modificar
seus caminhos, mas, somente se já possuem em si a inclinação
para essa modificação. [Eu
penso que ninguém muda ninguém. Em nada. O ato de mudar é
um processo interior, ao qual só nós podemos ter acesso. E
isto, fundamentalmente, envolve cultura, razão, reflexão e
disposição interior para mudar. Quem pode fazer isso por nós?
Bem, precisamos saber que o catalisador da e para a mudança está
em nosso Coração! Enfim, impor ao outro qualquer tipo de mudança
é tirania e despotismo.]
O
humor verdadeiro é quando aprendemos a rir de nós
mesmos, e não dos outros. Precisamos parar com essa babaquice de
nos levar a sério demais.
Nenhum
homem precisa ser punido com nenhuma coisa pior do que ser forçado
a viver em companhia de si mesmo.
Tomar
uma decisão é muito menos difícil do que não
tomá-la.
A
maior defesa de todas contra a injustiça é aquela que não
a aceita nem a rejeita.
Não
podemos ser persuadidos a culpar outra pessoa, a menos que tenhamos permitido
que ela nos engane ou nos convença.
Para
não termos que nos arrepender de nossos erros, em primeiro lugar,
não os devemos causar.
O
propósito fundamental do Zen é descobrir a sublime identificação
com a Vida Universal, [que
está em nosso interior].
Eu
quis encontrar a Paz do lado fora;
nunca a encontrei.
Eu quis encontrar o Bem do lado fora;
nunca o encontrei.
Eu quis encontrar a Beleza do lado fora;
nunca a encontrei.
Eu quis encontrar o Amor do lado fora;
nunca o encontrei.
Eu quis encontrar a Vida do lado fora;
nunca a encontrei.
Eu quis encontrar a
LLuz do lado fora;
nunca a encontrei.
Eu quis encontrar a Harmonia do lado fora;
nunca a encontrei.
Eu quis encontrar a Compreensão do lado fora;
nunca a encontrei.
Eu quis encontrar a Liberdade do lado fora;
nunca a encontrei.
Eu quis encontrar a Eternidade do lado fora;
nunca a encontrei.
Eu quis encontrar a Divindade do lado fora;
nunca a encontrei.
Um dia, de repente, descobri que tudo isto
estava em meu interior.
Cada
um de nós tem um mecanismo de autocorreção em seu interior.
Nenhum ser humano poderá fazer esta correção pelo outro,
mas, cada um pode fazê-la por si mesmo. Cada indivíduo tem
uma LLuz dentro de si mesmo, e por esta LLuz poderá efetuar todas
as correções necessárias. Este é o ensinamento
da Lei.
O
nosso karma terreno não poderá terminar, até que sejamos
Illuminados.
O
Zen diz claramente que é extremamente importante que o indivíduo
se torne um cidadão do Uni[multi]verso
enquanto estiver aqui, na Terra, para que, quando a transição
inevitável vier, ele não se sinta perturbado. [E,
depois
da transição, não
há perturbação maior do que os nossos apegos, quisquer
que sejam eles.]
Todos
os nossos infortúnios surgem da nossa ignorância e da nossa
própria falta de consciência das coisas.
Todos
os ditadores, todos os déspotas e todos os cruéis podem escravizar,
podem genocidar e podem destruir tudo neste plano de existência, mas,
no nível mais amplo das coisas, a Grande Quietude os engolirá
com toda a sua tribo. [Certamente,
é o que acontecerá, por exemplo, com o senhor
e toda a sua entourage oligárquica. A Grande
Quietude cobrará do senhor
o que ele fez na Chechênia, na Geórgia, na Criméia,
na Síria, na Armênia e no Azerbaijão, no Cazaquistão
e, mais recentemente, na Ucrânia – onde está acontecendo
o maior genocídio deste século XXI. A quantidade de cadáveres
aumenta todos os dias e todas as horas na conta cósmica do senhor
. Bem, seja
como for, o resultado, no final, será
apenas paz –
paz de alma, paz de discernimento, a despeito da criminosa e
desumana destruição da Ucrânia e da matança dos
ucranianos.]
Não
somos importantes como simples pessoas, mas, seremos irreversivelmente importantes
quando nos unificarmos com o que é Eterno, [ou
seja, quando nos tornarmos Deuses Conscientes.]
Devemos
estar permanentemente vigilantes para que o egoísmo e o interesse
próprio não nos afastem da Realidade. [Eu
traduziria esta Realidade
como sendo o Bom Combate e a busca da Illuminação.]
Muitos
vivem um vida inteira com base em suposições e, à medida
que avançam, quase sempre chegam a momentos em que as suposições
parecem ser inadequadas. Isto gera uma crise, porque se uma suposição
fosse provada como totalmente falsa, a pessoa poderia ser lançada
em um estado de confusão que seria muito difícil de ser aceito.
[Um exemplo
simples disto é a suposição (crença infundada)
que há um céu e um inferno. Ora, se, de repente, a pessoa
comprovasse a falsidade desta suposição, entraria em uma crise
existencial extremamente complicada e de difícil solução,
pois, teimosamente, defender a suposição e, estupidamente,
negar ou ignorar a validez da evidência contrária não
adiantam nada. Só pioram a crise. A mesma coisa acontecerá
depois da morte ou transição, quando – ao iniciarmos
a nossa Grande Aventura – confrontarmos a realidade da
Grande Quietude, e verificarmos que a maioria das coisas que
acreditávamos quando estávamos encarnados eram uma mistura
de miragens delirantes com ilusões descabidas. Esta, talvez, seja
a maior crise que teremos que enfrentar futuramente. Por isto, nada é
mais importante do que tentarmos compreender as coisas (Leis Cósmicas)
agora. Certamente não compreenderemos tudo, mas, é melhor
compreender um pouco (por menos que seja) do que nada.]
Para
muitas pessoas, infelizmente, suas vidas se tornam, de certa forma, apologias
para suas próprias suposições. [Mais
notadamente, isto acontece na esfera religiosa. Nada pode ser mais dramático
do que estarmos seguros de que desconhecemos e não realizamos.]
Precisamos
compreender que a suposição trata de um estado de coisas fenomenal,
isto é: um estado em que os valores que buscamos [ou
que acreditamos]
realmente não existem. [No
processo de Compreensão-Libertação precisaremos pôr
um fim nas suposições.]
Todas
as nossas dores, todas as nossas tristezas e todos os nossos infortúnios
são atribuíveis, de alguma forma, à nossa incapacidade
de superar a fixação
[fixidez] da
nossa própria natureza.
No
momento em que um desejo é alcançado, um outro desejo impulsiona
novamente a pessoa para a conquista de outra coisa. Muito freqüentemente,
também, a realização de um desejo requer mais conquistas
para ser sustentado ou coloca o indivíduo em um novo molde de ambições
ou de desejos, de cobiças e de paixões.
De
maneira geral, os desejos, as cobiças, as paixões e a suposição
de qualquer necessidade são inteiramente falsos. [A
única necessidade que temos – como necessidade primária
– é Compreendermos as Leis Cósmicas, nos Libertarmos
e, conscientemente, nos Divinizarmos. A decorreência natural disso
é o Serviço.]
Pitágoras
de Samos (Samos, cerca de 570 –
Metaponto, cerca de 495 a.C.) advertia seus discípulos a não
pedirem nada aos Deuses. [Ora,
não temos que pedir ou rogar lhufas a ninguém; temos, sim,
que nos esforçar, aprender a fazer as coisas... E fazê-las.
Bem, quando dá pau no meu computador, eu chamo o Arthur para consertar.
Eu também não sei operar um cérebro e não irei
mais aprender. Então, o que eu quis dizer com devemos nos esforçar,
aprender a fazer as coisas e fazê-las é que não devemos
ficar esperando ou rogando por um milagre. Ele não acontecerá,
até porque milagres não existem. Seja como for, os Deuses
já sabem o que precisamos, enquanto nós costumamos querer
o que não precisamos. Com relação a tudo isto, devo
dizer que nada peço para mim. Nada. Bem, como sou uma besta, de vez
em quando, meio sem jeito, peço, sim: Luz, Discernimento e Compreensão,
para melhor poder Servir à Humanidade. Só isso. O que mais
me apavora, e apavora pra caramba, é rassiossinar
e pençar
desastradamente e encinar
uma coisa errada. Por isso, sou muito parcimonioso e econômico nas
minhas afirmações.]
A
história é um registro do sempre querer, com este querer nunca
levando a qualquer satisfação final, útil ou duradoura.
Sempre desejando, as pessoas, geralmente, sacrificam o Propósito
Universal [O-QUE-É],
para
alcançar os fins particulares desejados. [Resultado
final: água de barrela ou águas de bacalhau.]
Cada
cobiça, paixão ou desejo alcançados é um momento
de prazer que, inevitavelmente, leva a causar dor. Quanto a isto, o Zen
nos diz que a única solução possível para toda
esta situação é a educação gradual do
desejo e a Illuminação gradual da suposição.
A
vida infeliz é o inevitável resultado da atitude quimérica
em relação à própria vida.
A
verdadeira felicidade deve ser altruísta.
Buddha
disse muito simplesmente que o transcendente é, por sua própria
natureza, aquilo que não pode ser definido, pois, se pudesse ser
definido, não seria transcendente. Portanto, de acordo com o Buddha,
o Verdadeiro Eu não é o que não existe, mas, sim, o
que não pode ser concebido pelo homem transitório. A Realidade
é, portanto, a Verdade além da concepção. Da
Atual, Eterna e Transcendente Substância não podemos ter uma
experiência imediata, porque Ela pertence a uma condição
que está além dos três fogos da nossa individualidade.
Portanto, Ela não pode ser definida. [Quando
muito, se tanto, a Atual,
Eterna e Transcendente Substância pode ser denominada
de O-QUE-É
ou AQUILO.
Aquilo-que-não-é
não tem energia,
nem poder, nem capacidade de experimentar O-QUE-É.]
Só
quando não houver mais desejos, cobiças e paixões (de
qualquer natureza) dentro de si mesmo (que está vinculado à
Lei da Causa e do Efeito e à Lei do Renascimento), o que requer uma
tremenda realização cumulativa de muitas vidas, o ser humano
poderá encontrar e concretizar a única Felicidade Duradoura
que pode ser conhecida.
Basicamente,
nós reencarnamos pela pressão cármica dos nossos desejos,
das nossas cobiças, das nossas paixões, das nossas miragens
e das nossas ilusões. [Isto
é a mesma coisa que dizer pressão cármica da nossa
ignorância (que, de modo geral, é decrescente).]
Buddha
ensinou que a moderação do desejo é desenvolvida de
forma mais completa e direta por meio de uma consideração
cautelosa do Nobre Caminho Óctuplo. [Nobre
Caminho Óctuplo: Compreensão Correta, Pensamento Correto,
Fala Correta, Ação Correta, Meio de Vida Correto, Esforço
Correto, Consciência Correta e Concentração Correta.]
Dharmachakra
Os
nossos desejos autocráticos serão derrubados com o estabelecimento
gradual de um estado democrático dentro da nossa própria consciência.
[O verdadeiro
e desejado Estado Democrático de Direito só será definitivamente
alcançado na Terra quando, em cada ser-humano-aí-no-mundo,
prevalecer um Estado Democrático Espiritual Interior. Antes não.
O maior exemplo disto é o que está acontecendo no Brasil na
atualidade, em pleno século XXI, com o apoio de, pelo menos, 25%
da população brasileira, o que é inacreditável,
em que as ameaças à Democracia e à Liberdade, desde
a redemocratização do País, com a implantação
progressiva de maiores direitos civis, desde o final da ditadura militar,
em 1985, nunca foram tão intensas, tão escalafobéticas,
tão falaciosas e tão variadas. Isto é mesmo inacreditável!]
Para
que haja moderação do desejo individual é indispensável
que ocorra a realização da prosperidade coletiva. [Prosperidade
Coletiva da Humanidade Repartição
Equânime da Renda Mundial. Como é possível que Elon
Musk (Tesla): US$ 219 bilhões, Jeff Bezos (Amazon): US$ 171 bilhões,
Bernard Arnault (Louis Vuitton): US$ 158 bilhões, Bill Gates (Microsoft):
US$ 129 bilhões, Warren Buffett (Berkshire Hathaway): US$ 118 bilhões
e Larry Page (Google): US$ 111 bilhões, por exemplo, sejam proprietários
dessas fortunas? É claro que, no futuro, ao longo das 6ª e 7ª
Raças-raízes, esses (e outros) desequilíbrios se ajustarão
e se reequilibrarão. Haveremos
de aprender e de saber que a única coisa que podemos possuir com
segurança é o domínio sobre as excentricidades de nossa
própria natureza.]
Para
haver Illuminação, o desejo deverá morrer inteiramente.
[Se houver
0,1% de desejo (apego) em nossa consciência, não seremos Illuminados!
Assim é a Lei. Neste caso, 0,1% = 100%.]
Nenhum
de nós é perfeito, mas, devemos nos esforçar para nos
afastar do ódio, do desespero, da raiva e da discórdia, e
tentar tornar a nossa vida tão plácida, suave e sincera quanto
a nossa natureza permitir.
O
Budismo, originalmente uma filosofia –
ou, talvez, mais corretamente, uma psicologia ética –
acabou
se tornando, gradualmente, uma religião. Isso não mudou a
base da doutrina, mas, a tornou mais aceitável para aqueles que ainda
estavam muito envolvidos em suas dificuldades físicas encarnativas.
O
Budismo ensina que não devemos ser bons por medo de desagradar a
Deus; devemos ser bons porque, se não o formos, não seremos
capazes de manter nossa própria integridade. Não podemos escapar
do sofrimento. Desta forma, o bem reduz o sofrimento. O caráter,
à medida que se desenvolve, reduz o sofrimento. E o sofrimento pode
ser notavelmente modificado ou reduzido, sem que nós tenhamos que
nos mover no âmbito de uma situação abstrata que não
entendemos. E isto, evidentemente, passa pela progressiva redução
dos desejos e dos apegos.
Uma
vez que apenas pensar não levará à superação
das nossas fragilidades [fundamentalmente,
desejos, cobiças e paixões], e
que nenhuma quantidade de pensamentos nos fará alcançar um
estado de elevação espiritual, ao determos o pensamento [não-mentalização
– atividade mental imaginativa], mais próximo ficaremos
da Sabedoria [não-nascida
e eterna]. A experiência da não-mentalização
é a primeira experiência de paz do homem. É também,
quer percebamos imediatamente ou não, a primeira introdução
a uma felicidade que não é perecível. A experiência
da não-mentalização, repentinamente, nos libertará
da condição humana apegadiça, sem perda da nossa identidade.
Nós
não precisamos morrer como método para não estar no
mundo, nem temos que morrer para nos livrar da pressão do mundo,
porque essa pressão nada mais é do que nossa própria
maquinaria mental em ação.
Na
realização contemplativa interior de não-mentalização
(estado de não-condição ou estado incondicionado) ocorre
uma redução progressiva da condição humana,
e o indivíduo supera o espaço-tempo, o mundo e o seu próprio
corpo.
A
não-mentalização do estado incondicionado
nos conduz a um nível de existência individual em um Uni[multi]verso
adimensional, ainda que a integralidade do estado incondicionado não
possa ser experimentado enquanto o indivíduo estiver encarnado. Portanto,
mesmo o mais alto grau de contemplação de um ser encarnado
não pode ser perfeito. O Paranirvana completo só poderá
ser alcançado no momento da transição, quando o indivíduo
é capaz de passar, na etapa final dessa mudança, do transitório
para o eterno. Isto não significa penetrar em um estado de não-ser,
mas, sim, de existir em um estado de ser não-condicionado. [O-que-não-é
—› O-QUE-É.]
O próprio
Buddha nunca tentou dar uma descrição positiva desse estado.
Ele nunca tentou definir essa alegria, essa felicidade e essa serenidade
perfeita que superam todos os conceitos humanos, mas, afirmou que elas existem.
[E por que o Senhor Buddha nunca definiu as condições prevalecentes
e sempre existentes do Paranirvana?
Porque sabia que qualquer definição
que desse jamais poderia ser compreendida por quem não O tivesse
pessoalmente vivenciado, e que isto, o que é pior, poderia transformar
o Estado Incondicionado Paranirvânico (sem causa e sem efeito) em
um estado dependente e condicionado pela expectativa, como, por exemplo,
é o inexistente céu do Catolicismo – inventado torpemente
pelos teólogos esquizofrênicos e mal-intencionados da Baixa
Idade Média e, até hoje, acreditado pelos fideístas
crédulos e ajoelhadores.]
As
dúvidas sempre surgem na consciência do deslumbrado, [por
quem se deixa ingenuamente fascinar por algo que lhe falta].
Portanto, a única mente que está completamente livre de
dúvidas é aquela que não pensa, ou seja, aquela mente
que deixou de funcionar [de
querer, de sonhar e de delirar], e que, portanto, não
pode gerar coisas nem dúvidas acerca das coisas, [sejam
existentes, sejam inexistentes, ainda que a maioria das nossas dúvidas
e aflições estejam relacionadas com coisas inexistentes,
como, por exemplo, acreditar que quem se vacina vira jacaré.]
As
nossas dúvidas só poderão ser [relativamente]
removidas
por uma circunstância –
que é a própria meditação. Se, na meditação,
o indivíduo experimentar, mesmo que seja por um breve instante, a
condição direta de não-pensar, então, ele saberá
o que experimentou, e confirmará que a fórmula é verdadeira.
Seja como for, a experiência da não-mentalização,
de repente, dá ao discípulo a Chave para o Uni[multi]verso.
E a Roda não girará mais. E a Roda não existirá
mais.
Quanto
mais Esclarecidos e Illuminados nos tornamos, menos pessoais e iludidos
ficamos.
Juramento
de Kuan Yin –
Bodisatva associada com a Compaixão e com a Misericórdia e
símbolo máximo da Pureza Espiritual: Não
entrarei no Nirvana, até que eu possa receber todos os seres Nele.
Buddha
apontou claramente que é apenas o grau das nossas próprias
intensidades que determina a medida do nosso universo. Redimir nossas faculdades
conduz ao que Buddha chamou de a
mais afortunada reincorporação. Em cada realização
que levamos a cabo, ganhamos não apenas uma virtude imediata, mas,
também, uma modificação da continuidade da consciência
ao longo do [inexistente]
tempo.
—
Eu não quero me redimir em
nada;
remissão é coisa de mané-coco.
Quero mentir, enrolar todo mundo
e ver o circo nacional pegar fogo.
Eu não quero me redimir em nada;
quero ver a desgraceira imperar
e a Humanidade sofrer e chorar.
Eu não quero me redimir em nada;
quero que a macacada vire jacaré.
Eu não quero me redimir em nada;
quero corromper e morrer corrupto.
Eu não quero me redimir em nada;
quero escravizar o mundo inteiro.
Eu não quero me redimir em nada;
quero vandalizar as imagens religiosas.
Eu não quero me redimir em nada;
quero pedofilizar os impúberes.
Eu não quero me redimir em nada;
quero preconceituar os LGBTQIA+.
Eu não quero me redimir em nada;
quero segregar árabes e judeus.
Eu não quero me redimir em nada;
quero humilhar negros e índios.
Eu não quero me redimir em nada;
quero desdenhar marafas e cafiolas.
Eu não quero me redimir em nada;
quero arrochar ceguetas e pernetas.
Eu não quero me redimir em nada;
quero sacanear pedintes e mendigos.
Eu não quero me redimir em nada;
quero rebaixar beberrões e abstêmios.
Eu não quero me redimir em nada;
quero esbandalhar os minerais.
Eu não quero me redimir em nada;
quero devastar os vegetais.
Eu não quero me redimir em nada;
quero massacrar os animais.
Eu não quero me redimir em nada;
quero destruir toda a Ucrânia.
Eu não quero me redimir em nada;
quero matar todos os ucranianos.
Eu não quero transmutar minha consciência;
quero continuar inconsciente até o fim.
Eu não quero me redimir em nada;
sou um demônio e morrerei um demônio.
Não ligo para a afortunada
reincorporação;
o meu universo é o inferno
que criei.
E, nesse inferno, que não saio nem a pau,
espero a evaporação da minha
Cósmica,
e,
em delírio,
a hora da minha entropia
e a minha desintegração na Oitava Esfera.
A
pessoa Zen, movendo-se constantemente em direção à
serenidade, à gentileza e ao cultivo da beleza, naturalmente, reduz
a tensão.
Precisamos
compreender que cada pessoa deverá se mover por si mesma. Não
temos o direito de tentar controlar o destino de ninguém nem tomar
decisões pelos outros.
A
mente Zen não reage, e porque não reage ela não sofre.
Não se defende, portanto, não pode ser atacada. Não
aceita o mal, e assim, não pode ser danificada.
Servir
o outro é simplesmente o instinto natural do não-pensar, quando
o preconceito foi removido. Auxiliar o próximo, fazer o bem e o que
é bom e não se comover com as conseqüências do
que foi feito é fazer sem mentalizar [e
sem desejar qualquer tipo de recompensa].
Quando
colocamos qualquer dor em movimento, a dor, de alguma forma, terá
que retornar a nós.
O
momento de tensão é mortal, porque é nesse momento
que puxamos o gatilho da pistola.
Se
a mente se tornar sujeita a medos e dúvidas, ipso facto, se transformará
em uma mente destrutiva e antinatural.
Todas
as nossas enfermidades estão diretamente relacionadas com as nossas
cobiças, com os nossos desejos e com as nossas paixões. Todas
as enfermidades, sem exceção. A vida que, desesperadamente,
busca os valores impermanentes, correspondentemente, será limitada,
desarmônica, doentia e aflita.
O
valor do método Zen é que ele reduz o estresse no sistema
nervoso central. Fisiologicamente, torna o corpo saudável, porque
possibilita que as energias se movam sem pressão. Também previne
a doença dos nervos, quando eles excedem o controle da máquina
mental, e, simplesmente, correm soltos por conta própria. Os nervos
são muito sensíveis e muito facilmente são estragados.
Portanto, vale muito a pena aplicarmos o nosso tempo em tentar alcançar
a quietude (não-mentalização).
A
nossa superação é muito mais do que apenas paz. É,
efetivamente, o início de uma existência na ETERNA
REALIDADE.
O
Estado Essencial é aquele em que seremos um com O-QUE-É.
Todas
as religiões um dia serão esquecidas, e darão origem
a outras. [Todos
os deuses serão esquecidos e ultrapassados, e a Humanidade se incumbirá
de criar outros, até que...]
Todas
as grandes conquistas que marcam a descoberta da consciência humana
devem ser produzidas em nós mesmos, por nós mesmos e para
nós mesmos.
O
céu e o inferno estão dentro de nós
mesmos.
A
VERDADE se manifesta através do homem, e não
para o homem.
[Na realidade, nós não temos que procurar a VERDADE,
pois, de fato, ELA sempre esteve, está
e sempre estará em nós. Só precisamos deixar que ELA
se manifeste. O nome disto é desamordaçamento.]