OU SIM, OU SOPAS
Rodolfo
Domenico Pizzinga
Ou
Sim, Ou Sopas
Ora
o fogo incendeia sem piedade;
ora alumia
a escuridade.
Ora um
vulcão dorme em vice-morte;
ora acorda
e muda a sorte.
Ora
a ventaneira engendra espuma;
ora o
zéfiro abonança a bruma.
Ora o
vento acarinha como oressa;
ora parece
que tem pressa.
Ora
o oceano parteja um tsunami;
ora não
há quem não o ame.
Ora o
caudal regala quem tem sede;
ora derriba
qualquer parede.
Ora
a Terra mostra do que é capaz;
ora está
a repousar em paz.
Ora a
crosta terrestre não implica;
ora, amofinada,
tremelica.
Ora
o homem é uma podre mais-valia;
ora age
com filantropia.
Ora ele
é um bonançoso mais-que-tudo;
ora é
um baita lanfranhudo.
Ora,
educativamente, retribuímos;
ora, venturosos,
sorrimos.
Ora desencarnamos
beijando o Amor;
ora defuntamos
com dolor!
Beijo
do Amor