O MEU AMIGO ZÉ DO CAIXÃO

 

 

Zé do Caixão (José Mojica Marins)
(Homenageado em um carro alegórico no carnaval de 2018)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Nem filme horror do Zé do Caixão – o "pai" do terror brasileiro – pode ser mais horripilante, hediondo e horrendo do que a atual Guerra no Oriente Médio (irmã gêmea da maldita operação militar criminosa e genocida na Ucrânia), que começou no dia 7 de outubro de 2023, quando o Estado de Israel, inesperada e criminosamente, foi agredido pelo Hamas, e, conseqüentemente, vem pretendendo e fazendo de tudo, como segurança/vingança, para eliminar o Hamas do mapa.

 

No 22º dia do conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas (que será longo, trágico, destruidor e mortal) o número de mortos chegou a 9.103. O Ministério da Saúde do Hamas, no seu último relatório, publicado neste sábado (28 de outubro de 2023), informou que 7.703 pessoas morreram desde o início deste conflito descabido. O Governo de Israel, por outro lado, em sua última atualização, alegou que o número de mortos em território israelense é de 1.400, coisa que não acontecia desde o holocausto nazi-hitleriano. Os ataques à Faixa de Gaza ganharam ainda mais intensidade nas últimas horas.

 

Neste sábado (28 de outubro de 2023), o porta-voz do serviço de Defesa Civil de Gaza informou que centenas de edifícios e casas foram completamente destruídos, apenas nos bombardeios israelenses da madrugada. Quando este conflito terminar, não é impossível que a Faixa de Gaza tenha sido completamente destruída e se tornado desabitada. Será? Eu espero que não.

 

Mas, você já parou para pensar, de leve, só um pouquinho, que, em qualquer guerra, seja mixuruca, seja ±, seja em larga escala, as , os e as , além de assassinarem os seres humanos e de arrasarem as construções, poluem terrivelmente o meio ambiente (terra, ar e água), aniquilam a flora (vida vegetal) e a fauna (vida animal) e, por último, comprometem o equilíbrio do nosso Sistema Solar e da nossa Galáxia? Pois é, no popular: vai tudo pro brejo. É por isto que, entre outras entidades unimultiversais, sabidamente, os ITs, os ETs e os UTs (ou UDs) andam alarmados e preocupadíssimos com as cagadas sesquipedais que a Humanidade vem parindo dia-a-dia a galope e sem-crimônia. Essa preocupação se acelerou depois da 2ª Guerra Mundial (basta, por exemplo, ler o diário do Almirante da Marinha dos Estados Unidos Richard Evelyn Byrd, Jr., de 1947, e conferir a presença, na Terra, de Valiant Thor, em 1957), quando a Humanidade passou a dominar a energia nuclear e (depois de Hiroshima-Little Boy e de Nagasaki-Fat Man) se tornou a morte, a destruidora de mundos, como disse o cientista Julius Robert Oppenheimer, que teve um papel decisivo no sucesso do Projeto Manhattan e acabou sendo considerado o pai da bomba nucelar, citando uma passagem do Bhagavad Gita – a Canção do Bem-aventurado ou Canção Divina parte do poema épico indiano Maha-Bharata. Neste sentido, particularmente, no caso das guerras, inevitavelmente, sem choro nem vela, o karma educativo-compensatório (tanto individual quanto coletivo) que teremos que enfrentar será multíplice e extremamente mais complicado e doloroso do que se possa imaginar! Está mesmo além da imaginação! 2.034?

 

Nada, absolutamente nada, justifica uma guerra. Nada, absolutamente nada, justifica uma vida ceifada. Nada, absolutamente nada, justifica uma dor constrangida. Por isto, no meu parco entendimento, não há forma lícita, aceitável ou delimitada para o uso da força para manter ou restabelecer a paz e a segurança local ou internacional. Tanto a agressão injustificada de um Estado contra outro quanto o direito internacional estabelecido de um Estado se defender de um ato de hostilidade (como, por exemplo, está sendo o caso atual do Estado de Israel que, inesperada e criminosamente, foi agredido no dia 7 de outubro de 2023, vem pretendendo e fazendo de tudo, como segurança/vingança, para eliminar o Hamas do mapa) são abominações execráveis. Igualmente abomináveis e execráveis são o foro especial por prerrogativa de função (foro privilegiado) e o poder de veto do Conselho de Segurança das Nações Unidas exercido exclusivamente pelos cinco membros permanentes (China, Estados Unidos, França, Rússia e Reino Unido). No caso do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o exemplo mais recente de abominação execrável diz respeito a essa guerra fratricida entre Israel e o Hamas, que está produzindo a destruição total da Faixa de Gaza e a morte de milhares de palestinos, e que o Conselho de Segurança se encontra imobilizado, pois, é refém de ideologias díspares, ao mesmo tempo absurdas, desfraternas e paralisantes, e não aprova resolução nenhuma para dar um jeito nessa desarrumação. Veta-se por tudo e por nada. Veta-se por hipótese, por suposição, por conjectura. E toca de morrer gente!

 

Como analisou corretamente Demétrio Magnoli no GloboNews em Pauta da última sexta-feira, nenhuma resolução vai ser aprovada no Conselho de Segurança da ONU. Não há chance nenhuma, porque qualquer resolução que condenar nominalmente os ataques do Hamas e disser, como conseqüência disso, que Israel tem o direto de desarmar o Hamas, vai ser vetada pela Rússia e, possivelmente, pela China. Qualquer resolução que não disser isso, vai ser vetada pelos EUA. Isso é mesmo de amargar.

 

Mais de 7 mil civis palestinos já morreram com a Guerra Israel versus Hamas! Filme de horror! Essa unimultipolaridade mundial (leste/oeste e norte/sul), a formação de blocos econômicos e a dependência mundial da Economia dos EUA, para ficar só com três exemplos, jamais poderão botar ordem no fuzuê internacional nem produzir um estado de paz duradoura sonhado tanto por Immanuel Kant quanto por Albert Einstein. Todas essas abominações e execrabilidades precisam acabar ou essa tal Novus Ordo Seclorum fará a Humanidade retornar à Idade Média. Enfim, repito: nada, absolutamente nada, justifica uma guerra. E acrescento: nada, absolutamente nada, justifica o fedorento foro especial por prerrogativa de função brasileiro e o démodé poder (imperial) de veto exercido exclusivamente pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Nem filme horror do Zé do Caixão – o pai do terror brasileiro – pode ser mais horripilante, hediondo e horrendo do que isso, isto é, de termos, neste Kali Yuga, todos nós, nos tornado a morte, os destruidores de tudo e de todos nós.

 

Fogo –› Água –› Fogo –› Água –› Fogo...

 

 

 

Dedo mindinho...

Seu-vizinho...

Pai-de-todos...

Fura-bolo...

Mata-piolho...

E aí, Zé, diz: cadê o queijinho que estava aqui?

O rato comeu!

Cadê o rato?

O gato comeu?

Cadê o gato?

A guerra destruiu!

E a paz, ? Cadê a Paz que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê o Amor que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê a Empatia que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê o Bem que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê a Beleza que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê a Solidariedade que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê a Fraternidade que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê a Felicidade que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê a Unicidade que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê a Misericórdia que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê a Tolerância que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê a Harmonia que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê a Esperança que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê a Vida que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê o Futuro que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê a Possibilidade que estava aqui?

A guerra destruiu!

Cadê o Resto Todo que estava aqui?

A guerra destruiu!

 

 

Usquequo, dæmones, Terram destrues?

 

 

E agora, Zé, o que a gente faz?

Só tem um jeito.

E qual é?

Seguir o conselho do Manuel Bandeira.

E qual é?

A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

Pois é Zé, como Manuel Bandeira,

eu também faço versos como quem chora.

De desalento... De desencanto...

Eu faço versos como quem morre.

Fico desalentado, sim. Fico desencantado, sim.

Mas, não morro. Não. Estou mais vivo do que nunca.

Tenho certeza de que a Humanidade

ultrapassará o Cabo das Tormentas,

assim nomeado por Bartolomeu Dias.

Ora, não foi à-toa que o Rei João II, de Portugal,

mudou seu nome para Cabo da Boa Esperança!

Não há mal que dure para sempre.

Não há guerra que não chegue ao fim.

Não há tirano que não seja derrotado e deposto.

Depois do inverno, pinta a primavera.

Depois da noite, pinta um novo dia.

 

 

 

Los Pavos Tanguistas

 

 

 

Música de fundo:

Por Una Cabeza
Composição: Carlos Gardel (música) & Alfredo Le Pera (letra)
Interpretação: Astor Piazzolla

Fonte:

https://textmp3.ru/track/Astor%20Piazzolla%20-%20Por%20una%20cabeza

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.ohmygoodness.com/en/memegenerator/210/0/turkeys-tango

https://giphy.com/explore/hand-counting-its-fingers

 

Direitos autorais:

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