ZANONI (Parte IV)

 

 

 

Edward George Bulwer-Lytton

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Zanoni é o romance ocultista mais famoso do escritor inglês Edward George Bulwer-Lytton. Ainda na juventude, movido por um desejo de saber mais a respeito da Ordem Rosacruz, o autor saiu em busca desse conhecimento, e, insolitamente, acabou chegando às suas mãos um manuscrito em uma linguagem críptica, quase ininteligível, bem como a chave para decifrá-lo. O que ele encontrou nesse manuscrito foi a impressionante história de um mago que alcançou a imortalidade ainda na juventude, obtendo-a por meio do Elixir da Vida. De beleza extraordinária, vasto conhecimento e enorme compaixão pela raça humana, Zanoni transitou pelo mundo agregando ainda mais sabedoria e ajudando as pessoas como pode. Até que conheceu Viola Pisani, uma cantora de ópera de Nápoles… Enfim, a narrativa se passa em Nápoles, e tem por protagonistas o Conde Zanoni, a cantora de ópera Viola Pisani, o aprendiz de pintor Clarêncio Glyndon e Mejnour. O livro tem como pano de fundo os princípios da Ordem Rosa+Cruz, tratando metaforicamente da personalidade-alma e da busca pelo ideal.

 

Bem, eu já havia lido esta magnífica obra, há mais ou menos uns cinqüenta anos, logo que fui admitido como membro da AMORC, e, hoje, decidi relê-la para poder oferecer a todos esta quarta parte de uma compilação de alguns fragmentos selecionados importantes, eventualmente comentados, aqui e ali editados, mas, jamais adulterados. Esta é uma daquelas obras que todos os buscadores da LLuz deveriam conhecer.

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Um dos escritores mais conhecidos no meio ocultista e esoterista, em especial devido ao conteúdo rosacruz de sua famosa obra Zanoni, o escritor, romancista, poeta e dramaturgo inglês Edward George Bulwer-Lytton (Londres, 25 de maio de 1803 — Torquay, 18 de janeiro de 1873) foi também político, atuando durante muitos anos como Membro do Parlamento Inglês e conservando uma estreita e longa amizade com o Primeiro-Ministro do Reino Unido Benjamin Disraeli, 1º Conde de Beaconsfield (Londres, 21 de dezembro de 1804 – Londres 19 de abril de 1881). O jovem Edward nasceu em uma família de razoáveis condições sociais e financeiras. Perdeu seu pai ainda cedo, fato que estreitou seus laços com a mãe, o que o marcaria para o resto de sua vida. Bulwer-Lytton foi uma criança delicada, neurótica e estava infeliz na maioria das escolas que passava. Mas, quando tinha quinze anos, uma de suas professoras o encorajou a publicar seu primeiro livro independente: Ishmael and Other Poems. Ele está enterrado na Abadia de Westminster, Westminster, Londres, Inglaterra, a oeste do Palácio de Westminster.

 

 

          

 

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

 

As crianças, mais freqüentemente do que nos lembramos, são os pais do homem.

 

Para podermos amar profundamente, precisaremos conhecer de perto a dor, a miséria e a tristeza, [pois, isto desenvolverá em nós a solidariedade, o compromisso e a misericórdia]. Para que o ser-humano-aí-no-mundo possa compreender todo o valor das coisas grandes da vida, é preciso que ele tenha sofrido desenganos, desencantos e desilusões nas coisas que são pequenas. Quando, enfim, o Amor for compreendido, Ele se transmutará em Sabedoria. [ShOPhIa]. [Enfim, devemos, sim, estar no mundo, mas, impessoais, conscientes e sem ser maria-vai-com-as-outras, não pertencer ao mundo, isto é, não depender e não estar subordinado às coisas do mundo. Isto é difícil? Sim, é muito difícil; porém, se não alcançarmos este estágio em nossa peregrinação, não nos livraremos da Roda do Samsara.]

 

Assim como há uma estação para a flor e outra para o fruto, igualmente, enquanto a flor da deliração não murchar, não amadurecerá o Coração, para que possa produzir as mudanças interiores que as flores da autoconsciência precedem e predizem.

 

Como está escrito em Eclesiastes III, 1,
tudo tem o seu momento determinado,
e há momento para tudo debaixo do céu.

Há momento de Satya Yuga, momento de Treta Yuga,
momento de Dwapar Yuga e momento de Kali Yuga (atual).
Há momento de mânvântâra e momento de prâlâya.
Há momento de conticinium, momento de media nox e momento de Aurora.
de todos os momentos = Aprendizagem cíclico-cumulativa.
Nada é criado, nada é deletado;
tudo fica registrado.
Há momento de estar do lado de lá
e momento de encarnar do lado de cá.
Há momento de flores da autoconsciência
e momento de mudanças interiores.
Há momento de desencarnar do lado de cá
e momento de retornar para o lado de lá.
Há momento de mamar do peito da mãe
e momento de se alimentar por conta própria.
Há momento de levar a vida na flauta
e momento de assumir compromissos.
Há momento de não se importar e de deixar-pra-lá
e momento de apreender a Unicidade.
Há momento de miragens e de ilusões
e momento de realidade e de síntese.
Há momento de antidialética
e momento de dialética – momento de rever o passado,
à luz do que está acontecendo no presente,
questionando-o, e se preparar para o futuro.
Há momento de imitar e de plagiar
e momento de considerar e de decantar.
Há momento de ser minion e papagaio de pirata
e momento de independência e de autenticidade.
Há momento de dúvida e de desconfiança
e momento de certeza e de insuspeição.
Há momento de aplausos e de elogios
e momento de modéstia e de humildade.
Há momento de mundanidade e de materialidade
e momento de sensibilidade e de espiritualidade.
Há momento de produzir a causa
e momento de experimentar o efeito.
Há momento de viver na caverna
e momento de acender a Lanterna.
Há momento de sentir dor
e momento de sentir Alegria.
Há momento de ser a doença
e momento de ser a Saúde.
Há momento de não-ser e momento de Ser.
Há momento de fiat voluntas mea
e momento de Fiat Voluntas Tua.
Há momento de ser a Lua e momento de ser o Sol.
Há momento de passado, momento de presente,
momento de futuro e momento de sempre.
Há momento de e momento de .
Há momento de [não] crer e momento de Buscar.
Há momento de estacionar e momento de Peregrinar.
Há momento de ignorar e momento de Compreender.
Há momento de se escravizar e momento de se Libertar.
Há momento de se ajoelhar e momento de Ascensionar.
Há momento de se toldar e momento de se Illuminar.
Há momento de se demonizar e momento de se Divinizar.
Há momento de viver e momento de .
Há momento de morrer e momento de .
Há momento de ser escravo e dependente do limitado
e momento de lutar para conhecer o .
Há momento de buscar o do lado de fora
e momento de encontrá-o do lado de dentro!

[O Fogo d]a Natureza dissolve e renova eternamente as antigüidades. [Obsolescências.] [Mas, permanece inalterável, pois, é o mesmo desde sempre e para sempre.]

 

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando o ódio,
mas, o permanece inalterado,
pois, é o mesmo desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando a crueldade,
mas, o permanece inalterado,
pois, é o mesmo desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando as guerras,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando a desinteligência,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando a mentira,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando a traição,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando a corrupção,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando as rachadinhas,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando o negacionismo,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando a magia negra,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando a tristeza,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando a desarmonia,
mas, o permanece inalterado,
pois, é o mesmo desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando o caput mortuum,
mas, o permanece inalterado,
pois, é o mesmo desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando a tirania,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando a incompreensão,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando os fideísmos,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando a vida,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando a morte,
mas, a permanece inalterada,
pois, é a mesma desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando 1 + 1 = 2 e 1 – 1 = 0,
mas, permanecem inalterados,
pois, são os mesmos desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando o mânvântâra e o prâlâya,
mas, o permanece inalterado,
pois, é o mesmo desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando as raças-raízes,
mas, o e o permanecem inalterados,
pois, são os mesmos desde sempre e para sempre.

O Fogo da Natureza
acaba desagregando e reestruturando o-que-não-é,
mas,
permanece inalterado,
pois, é o mesmo desde sempre e para sempre

 

A moderna filosofia é uma vulgaridade superficial.

 

A Alta Magia da antiga Cólquida consistia apenas no minucioso estudo da Natureza em seus mais ocultos trabalhos.

 

Na Terra, há homens que, sem o querer, estão destinados a ser perigosos para os outros. [Neste século XXI, desde 2022, há, na Terra, homem mais perigoso do que o senhor ?]

 

Precisamos ter cuidado e estar atentos, para que as nossas fantasias não personifiquem as nossas idéias. Precisamos ter cuidado e estar atentos, para que a nossa a imaginação não se interesse antes que o Coração.

 

O poder, de maneira geral, não tem Coração para a solidariedade, para a misericórdia e para o arrependimento. [O poder, de maneira geral, só tem Plexo Solar para a escravidão, para a intolerância e para o preconceito.]

 

A flor que comunicar a sua fragrância à rocha, sobre cujo coração cresce, em pouco tempo, morrerá, porém, a rocha subsistirá.

 

As Inteligências Celestes se manifestam e se comunicam, de preferência, no silêncio e na tranqüilidade da solidão.

 

Descuidado e desatento,
incompetente e inexperiente,
ressentido e fragilizado,
odiento ao invés de amoroso,
rancoroso
ao invés de perdoador,
pretensioso e presunçoso,
ignorante e papagaio de pirata,
maria-vai-com-as-outras,
extravagante e excêntrico,
mirabolante e coisista,
concretado na 'res extensa',
ululante e negacionista,
fingidor e mentiroso,
conspirador e 'conciliabulista',
ambicioso e venal,
mal reputado e desonrado,
pau-mandado e inocente útil,
mistura de lemuriano com atlante
recusando-me a me tornar ariano,
ebúrneo por fora, mas, negro por dentro,
desonrado perante mim mesmo,
nunca abandonei minhas muletas
e perdi o Bonde da História.

Descuidado e desatento,
permiti que meus delírios
se tornassem realidades.

Descuidado e desatento,
permiti que minhas miragens
se transformassem em coisas.

Descuidado e desatento,
permiti que minhas ilusões
capitaneassem minha vida.

Descuidado e desatento,
permiti que meus desejos
me cegassem e escravizassem.

Descuidado e desatento,
permiti que minhas cobiças
se alucinassem e sujeitassem.

Descuidado e desatento,
permiti que minhas paixões
me fascinassem e oprimissem.

Descuidado e desatento,
permiti que meus preconceitos
fizessem com que eu retrogradasse.

Descuidado e desatento,
permiti que minhas crendices
milagrassem pareidolias.

Descuidado e desatento,
permiti que minha incultura
reverenciasse o sobrenatural.

Descuidado e desatento,
sempre me apresentei como
presságio de tristeza e de desgraça.

Descuidado e desatento,
sempre reverenciei a fealdade,
a monstruosidade e a deformidade.

Descuidado e desatento,
sempre fui um catastrofista
e um embaixador de calamidades.

Descuidado e desatento,
sempre fui um medievalista
e antagônico da primavera.

Descuidado e desatento,
permiti que minha religiosidade
acreditasse em glossolalias.

Descuidado e desatento,
permiti que meu ufanismo
apoiasse um golpe de Estado.

Descuidado e desatento,
apoiei o 8 de janeiro de 2023
e a impatriótica Festa da Selma.

Descuidado e desatento,
apoiei a Guerra Civil Síria
e o massacre dos opositores.

Descuidado e desatento,
apoiei a Ditadura da Nicarágua
e o fechamento da Cruz Vermelha.

Descuidado e desatento,
apoiei a Guerra no Sudão
e a catástrofe ambiental-humanitária
.

Descuidado e desatento,
apoiei o conflito árabe-israelense
e as matanças de parte a parte
.

Descuidado e desatento,
apoiei a destruição da Ucrânia
e o putinicídio dos ucranianos.

Descuidado e desatento,
apoiei a devastação da Amazônia
e o genocídio do Povo Yanomami.

Descuidado e desatento,
acreditei que foi construída
uma narrativa contra a Venezuela.

Descuidado e desatento,
acreditei que a
governa melhor do que a .

Descuidado e desatento,
sempre acreditei em mentiras
que ninguém consegue provar.

Descuidado e desatento,
permiti que meu demônio
açaimasse meu Deus Interior.

Descuidado e desatento,
permiti que minha desvirtude
me arrastasse ao 'poço sem fundo'.

Descuidado e desatento,
recusando a Lanterna da Sabedoria,
vivi entre a escuridão e a sombra.

Descuidado e desatento,
comuniquei minha fragrância à rocha,
e, por isto, acabei sucumbindo.

Descuidado e desatento
acabei vazio do meu Sexto Princípio,

e me tornei uma 'não-entidade absoluta.'
1

 

 

Gráfico Animado Simbólico

 

 

Os melhores Conhecimentos que poderemos adquirir virão da imensa Página da Natureza, [cujo reflexo está em nosso interior.]

O maior de todos os privilégios humanos, se assim puder ser dito, é o livre- arbítrio; todos nós podemos escolher e traçar o nosso próprio caminho. [A Prima Categoria é a ; todas as outras são suas filhas. Todas as nossas contradições acabarão se harmonizando pela aplicação correta, digna e justa da .]

 

Com a minha liberdade,
fui avarento e egoísta.

Com a minha liberdade,
fui agiota e roubador.

Com a minha liberdade,
fui rachadinheiro e mordedor.

Com a minha liberdade,
fui de miragens um mercador.

Com a minha liberdade,
fui de ilusões um vendedor.

Com a minha liberdade,
fui um projetista de quimeras.

Com a minha liberdade,
fui um plantador de esperas.

Com a minha liberdade,
fui de
news um espalhador.

Com a minha liberdade,
fui da injustiça um defensor.

Com a minha liberdade,
fui da pouca-vergonha um articulador.

Com a minha liberdade,
fui pirrônico e coisista.

Com a minha liberdade,
fui casmurro e achadista.

Com a minha liberdade,
fui apocópico e escravizador.

Com a minha liberdade,
fui corrupto e corruptor.

Com a minha liberdade,
fui maquinador e cabalador.

Com a minha liberdade,
provoquei aflição e dor.

Com a minha liberdade,
fui pedófilo e abusador.

Com a minha liberdade,
fui déspota e opressor.

Com a minha liberdade,
fui poluidor e desmatador.

Com a minha liberdade,
fui regressista e conservador.

Com a minha liberdade,
fui antidemocrata e conspirador.

Com a minha liberdade,
fui anti-republicano e um horror.

Com a minha liberdade,
de minutas golpistas, fui um inventor.

Com a minha liberdade,
de jóias do Estado, fui um afanador.

Com a minha liberdade,
da esperança, fui um 'implodidor'.

Com a minha liberdade,
fui negacionista e descolorizador.

Com a minha liberdade,
fui antivacinista e infectador.

Com a minha liberdade,
fui intolerante e inflexível.

Com a minha liberdade,
fui crudelíssimo e genocida.

Com a minha liberdade,
transfigurei Unicidade em separatividade.

 

 

Com a minha liberdade,
de mim mesmo, fui
um destruidor.

Por todas essas assimetrias,
nunca tive acesso à ShOPhIa.

Por todas essas assimetrias,
nunca tive acesso à .

Por todas essas assimetrias,
vivi em uma caverna no deserto.

Por todas essas assimetrias,
vivi sem e morri sem .

Por todas essas assimetrias,
perdi o Bonde da História.

Por todas essas assimetrias,
perdi a Onda Evolutiva Terrena.

Por todas essas assimetrias,
continuo agrilhoado ao Plano Astral.

Por todas essas assimetrias,
minha foi só liberdade!

 

Um Amor nobre e generoso produzirá a nossa Felicidade e Libertação; uma paixão frenética e egoísta nos levará à miséria e à desgraça.

 

O bem ou o mal permanentes que fazemos aos demais está, mais do que em outra coisa, nos sentimentos que difundimos. [Não há propriamente um bem ou um mal permanentes; porém, uma coisa é certa: responderemos, cosmicamente, tanto pelos bens quanto pelos males que fizermos.]

 

Só uma [personalidade-]alma desenvolvida pelo afeto poderá elevar outra [personalidade-]alma.

 

De todas as fraquezas que são objetos de burlas por parte dos homens de escassa inteligência, nenhuma é por eles mais ridicularizada do que a credulidade. E de todos os sinais de um Coração corrompido e de uma inteligência curta, a tendência à incredulidade é o sinal mais seguro.

 

O Verdadeiro Filósofo prefere antes tentar resolver o problema, ao invés de negá-lo.

 

O homem não deve contrariar as Leis da Natureza. [E quando cisma de contrariar, a Lei da Causa e do Efeito entra em ação. E este entrar em ação poderá ser imediato, demorar um pouco ou demorar séculos e até milênios. Seja como for, tudo deverá ser educativamente compensado.]

 

É inteiramente desnecessário querer ver o efeito, para, depois se esforçar para verificar a causa. O nosso Deus Interior, o Bom Combate e a Transintuição são os nossos insubstituíveis professores. Então, o sobrenatural será reduzido à Natureza.

 

É inteiramente criminoso e demeritório fazer dos nossos (eventuais) poderes psíquicos um objeto hipotético de especulação ou fonte de ganância, de avareza ou de ambição. [Portanto, seja lá do jeito que for, vender milagres falsos e impossíveis e comercializar santinhos, imagens, missas, intermediações, passes espirituais, bênçãos, águas consagradas marca roscofe, feijões mágicos fajutos etc. não são menos do que crimes contra a Humanidade. Aproveito para repetir o que já comentei em outro texto: ser proprietário algum tipo de poder psíquico não indica, de forma nenhuma, possuir uma elevada e desenvolvida espiritualidade. Às vezes, até, muito pelo contrário! Adolf Hitler (Braunau am Inn, 20 de abril de 1889 – Berlim, 30 de abril de 1945), Führer da Alemanha Nazista e o maior mago negro que já pintou aqui na Terra, por exemplo, quase levou a Humanidade à ruína.]

 

A suspeita e a dúvida são próprias à generalidade dos homens não-espiritualizados.

 

Profecias fictícias e ameaças descabidas são apenas artifícios 'religiosos' usados para enganar e dominar.

 

Os Poderes Espirituais e os Segredos Iniciáticos da Fraternidade da Rosa+Cruz herdeira, por exemplo, de tudo o que os Caldeus, os Magos, os Ginosofistas e os Platônicos ensinaram no passado, e que difere inteira e diametralmente de todos os tenebrosos poderes dos Filhos da Magia Negra, pelas virtudes da vida de seus membros, pela pureza das suas doutrinas, por sua insistência, como base de toda a Sabedoria [ShOPhIa], em subjugar os sentidos nunca puderam ser conhecidos, senão parcialmente. [Todos os atos, sem exceção, praticados por um Rosa+Cruz são, minimamente, de misericórdia, de generosidade e de beneficência. Todos os que têm a oportunidade de se encontrar com um Iniciado Rosa+Cruz, em pouco tempo, sem eles mesmos perceberem, se sentem transformados, pois, neles são despertados pensamentos mais puros, palavras mais caridosas, ações mais categóricas e uma tendência a reformar seus costumes e atitudes.]

 

Neguei, sim, sistemática e veementemente
porque minha inteligência é curta,
porque sou lerdo como mula guaxa
e porque meu Coração é duro e está corrompido

a existência de Shambhala, da Grande Loja Branca,
dos Adeptos e dos Mestres Ascensionados,
a Lei do Renascimento,
a Lei da Causa e do Efeito,
a possibilidade das Rondas e das Raças-raízes,
os protoplásmicos, os hiperbóreos, os lemurianos e os atlantes,
a repetição ilimitada dos 'mânvântâras' e dos 'prâlâyas',
o movimento e a mudança unimultiversais,
a construção-destruição-reconstrução como norma unimultiversal,
a Música das Esferas,
o 'Harmonium' com regra apropriada,
o 'Fiat Voluntas Tua',
a 'Res Cogitans',
o 'Svmmvm Bonvm',
o meu Deus Interior,
que a Terra seja redonda,
a efetividade das vacinas,
a crueldade da lenda do jacaré,
a insubstituibilidade da Liberdade,
a inalterabilidade da Independência,
a importância da Cidadania,
a estabilidade da Democracia,
a impermutabilidade do Estado Democrático de Direito,
o despatriotismo das minutas golpistas,
a infâmia dos conciliábulos, dos conluios e das conspiratas,
a impiedade dos gabinetes odientos,
a desfraternidade das news,
a execrabilidade das ditaduras,
a abominabilidade da tortura,
a deplorabilidade da censura,
a estupidez da devastação das florestas,
o contra-senso das diversas formas de poluição,
a boçalidade da intolerância,
a desinteligência do preconceito,
a desfraternidade das guerras,
a desirmandade das anexações,
a criminalidade do genocídio,
a como a Coisa Mais Sagrada do Unimultiverso.

Neguei, sim, veementemente,
tudo isso e muito, muito mais,
porque minha
inteligência é curta,
porque sou lerdo como mula guaxa
e porque meu Coração está corrompido.
Sabem o que me aconteceu?
1º) Acabei terminantemente impedido
de prosseguir nesta Onda Evolutiva Terrena;
2º) perdi o Bonde da História e fiquei a pé;
3º) fui deslocado para um Sistema Solar
menos evoluído e mais brutal do que este; e
4º) temporariamente, mas, não sei até quando,
perdi a chance de me tornar um .
Ainda não bolaram um filme de horror igual a este,
do qual eu sempre adorei ser o ator principal!

 

Aprende com os Filósofos a procurar sempre causas naturais em todos os acontecimentos extraordinários.

 

Chegaremos a um tempo em que a filantropia substituirá o patriotismo. Chegaremos a um tempo em que o único amor digno de animar o peito de um homem generoso será aquele que abraçar toda a Humanidade. Chegaremos a um tempo em que todos compreenderão a Ciência, e cujos resultados todos desfrutarão. Chegaremos a um tempo em que não haverá mais separatividade nem confissão da inferioridade. Chegaremos a um tempo em que não haverá mais sentimento de obrigação. Chegaremos a um tempo em que não haverá mais escravização do mérito.

 

Em cada século, poucos produzem o progresso dos muitos.

 

Ainda que o mundo inteiro conspirasse para reforçar a mentira, não conseguiria torná-la lei. Nivele todas as condições de hoje, e não fará mais do que preparar o caminho para a tirania de amanhã. Uma nação que aspira à igualdade é incapaz de gozar liberdade. Em toda a criação, desde o arcanjo até ao verme, desde o Olimpo até o seixo, desde o radiante planeta perfeito até à nebulosa que, através dos séculos de névoa e de viscosidade, se vai consolidando até se tornar um mundo habitável, a primeira Lei da Natureza é a Desigualdade. [Todavia, em meio a essa desigualdade patente, há uma só Escada, há um só Esforço, há um só Combate, há uma só Meta. Iniciaticamente, desigualdade significa que uns já alcançaram o Degrau da Escada em que se tornaram Deuses Conscientes; outros ainda não. Mas, todos alcançarão!]

 

Magia Branca é um perpétuo estudo e uma pesquisa incansável e interminável de tudo o que é latente e obscuro em a Natureza, e aquele que se dedica a esse estudo e a essa pesquisa, lentamente, vai se aproximando, mais e mais, da Fonte de toda a crença.

 

O verdadeiro sempre aborrece o real. Há Dois Caminhos que, das pequenas paixões e das tristes calamidades da Terra, conduzem ao céu e se afastam do inferno; estes caminhos são a Arte e a Ciência. [Céu Interior e Inferno Interior. Arte Alquímica (in Corde) e Ciência Iniciática.]

 

 

Continua...

 

 

_____

Nota:

1. Na Oitava Esfera, caem somente as não-entidades absolutas. Esses 'fracassos da Natureza' serão completamente remodelados. Suas Mônadas Divinas se separaram dos Cinco Princípios durante suas vidas terrestres (tenha isso acontecido no nascimento anterior ou em vários nascimentos anteriores, pois, tais casos existem nos nossos registros), posto que viveram como seres-humanos-sem-alma. Essas pessoas foram abandonadas pelo seu Sexto Princípio, enquanto o Sétimo por ter perdido o seu 'vahan' (ou veículo) não pode existir independentemente por mais tempo; seu Quinto Princípio ou alma animal, naturalmente, desce 'ao poço sem fundo'. (Mestre Ascensionado Kut Hu Mi).

 

Música de fundo:

Ah! Sweet Mystery of Life (Naughty Marietta)
Compositor: Victor August Herbert

Fonte:

https://www.haletheater.org/theaterfiles/vs/Soprano%203/CD2/

Observação:

Admite-se que esta composição esteja associada ao 2º Raio (llluminação).

 

Páginas da Internet consultadas:

https://gifer.com/en/31tG

https://teuapp.com/d/livro2791381291378.php?p=4603

https://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Bulwer-Lytton

https://pt.wikipedia.org/wiki/Benjamin_Disraeli

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.