Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Peregrinação Reintegradora

 

 

Sou o único que tem o direito de decidir

sobre a minha reencarnação.1

O ser-aí-no-mundo2 também poderá definir,

mas deverá ler seu Coração.

 

Enquanto birrar em se distrair —› samsara:3

reencarnações/compensações.

Teimando e se comportando como babaquara,

o homem só conhecerá aflições.

 

Portanto, é hoje, é agora, é já, não depois,

que o esforço deverá ser feito.

Nisto, não há mesmo boa sorte nem entredois;

precisamos corrigir cada defeito.

 

Aqueles que Podem por nós jamais farão

aquilo que só cabe a nós fazer.

Mas, tenho plena certeza que Eles auxiliarão

a cada um a vencer seu anti-ser.

 

 

 

 

 

 

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Notas:

 

 

Tenzin Gyatso – 14º Dalai Lama

 

1. O 14º Dalai Lama (Tenzin Gyatso), que reside em Dharamsala, no Estado de Himachal Pradesh, na Índia, em virtude da ocupação chinesa do Tibete, em 1959, entregou seus poderes temporais a um novo primeiro-ministro, Lobsang Sangay. Neste sábado, 13 de agosto de 2011, disse em Toulouse (sudeste da França) que o povo tibetano deve decidir se continuará ou não com a instituição do Dalai Lama, mas que apenas ele pode decidir sobre sua reencarnação. Suas palavras foram: — Quanto à minha reencarnação, eu sou o único que tem o direito de decidir, e mais ninguém.

O Dalai Lama é o título de uma linhagem de líderes religiosos da Escola Gelug do Budismo Tibetano, tratando-se de um monge e lama reconhecido por todas as escolas do Budismo Tibetano. Os Dalais Lamas também foram os líderes políticos do Tibete, do século XVII até 1959, residindo em Lhasa. O Dalai Lama, atualmente, é também o líder oficial do Governo Tibetano em exílio ou Administração Central Tibetana. Muitas vezes, o atual Dalai Lama é chamado de Sua Santidade por ocidentais, embora este pronome de tratamento não exista no Tibet, não se tratando de uma tradução. Os tibetanos podem se referir a ele através de epítetos, tais como Gyawa Rinpoche, que significa Grande Protetor, ou Yeshe Norbu, a Grande Jóia.

Acredita-se que o Dalai Lama seja a reencarnação de uma longa linha de tulkus, que optaram pela reencarnação, a fim de esclarecer a Humanidade. O Dalai Lama é, muitas vezes, considerado o chefe da Escola Gelug, mas esta posição oficialmente pertence ao Ganden Tripa, que é uma posição temporária nomeada pelo Dalai Lama (que, na prática, exerce mais influência). Dalai significa Oceano em mongol e Lama é a palavra tibetana para Mestre, Guru, e várias vezes referido por Oceano de Sabedoria, um título dado pelo regime mongoliano a Altan Khan (o terceiro Dalai Lama), e, agora aplicado, a cada encarnação na sua linhagem. Os dalai lamas são mostrados como sendo a manifestação de Avalokiteshvara, o Bodhisattva da Compaixão, cujo o nome é em tibetano Chenrezig. Após a morte do Dalai Lama, uma pesquisa é instituída pelos monges para descobrir o seu renascimento ou tulku.

Nota editada das fontes:

http://g1.globo.com/
mundo/noticia/2011/

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Dalai_Lama

2. O ser-aí ou ser-aí-no-mundo (o homem enquanto ente que existe imediatamente no mundo) é a tradução portuguesa do termo alemão Dasein, muito usado no contexto filosófico como sinônimo para existência. Dasein é o termo principal na Filosofia Existencialista do filósofo alemão Martin Heidegger (Meßkirch, 26 de setembro de 1889 – Friburgo, 26 de maio de 1976). Segundo Heidegger, só há realização humana como ser-aí sob a forma de ser-no-mundo. Enfim, a progressiva luminosidade do ser-aí não poderá advir somente como ser-em do ser-aí-no-mundo, mas, fundamentalmente, da radical compreensão do Ser.

Nota editada das fontes:

http://www.unirio.br/
morpheusonline/numero09-2006/mertens.htm

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Ser-a%C3%AD

3. Samsara pode ser entendido como o fluxo de renascimentos através dos mundos. Shankara (c. 788 – 820), um metafísico e monge errante indiano e principal formulador doutrinal do Advaita Vedanta ou Vedanta não-dualista, definia o samsara como sendo o caminho atemporal realizado pelo Atma ou Atman (em sânscrito, literalmente, alma ou sopro vital; na Teosofia, representa a Mônada – o 7º Princípio na constituição setenária do Homem – o mais elevado Princípio do ser humano) em avidya (ignorância). Uma vez que vidya (Sabedoria) é alcançada através de jñana (Caminho do Conhecimento), o conceito dual e egocêntrico de aham (sou; que se faça a minha vontade) e mamata (ação do ego) se esvai, o ciclo se extingue e o Atma se funde no Brahman (tudo o que existe; nada pode existir além do Brahman) alcançando moksha (libertação do ciclo do renascimento e da morte). Shankara argumentava que o karma-vamsana (desejo de realizar atividades materiais do ego iludido) é simplesmente devido à sua ignorância em se ver diferente e com a identidade distinta de Brahman. Com a destruição (transmutação) do sentimento de aham, o Atma realiza que ele também é Brahman, e o samsara deixa de ser obrigatoriamente necessário.

Nota editada das fontes:

http://jc-manera.blogspot.com/2009/05/
curso-atma-kriya-222324-maio-2009.html

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Samsara

 

 

 

 

 

Mantra de fundo:

Om Namah Shivaya

Fonte:

http://www.4shared.com/get/LQUDh_sT/
homem_de_bem_-_om_namah_shivay.html