O
pior paciente não é aquele que mais sofre, mas aquele que
não tem esperança.
Pode-se
dizer que existem dois caminhos para a verdade: o poético e o científico.
O poeta que existe em mim alcança a verdade num lampejo, e o cientista
que há em mim busca uma faceta da verdade.
Pude
ver que, pelo resto da minha vida, se ficasse doente, teria de depender
dos médicos. A única saída para esta posição
era me tornar médico eu próprio.
Elizabeth
II é um ser humano que posso ver, enquanto espero por um táxi,
saindo em seu carro do Palácio de Buckingham para cumprir alguma
obrigação, a qual faz parte do desempenho do papel que o destino
lhe designou.
Sigmund
Freud proporcionou-me a capacidade crescente de valorizar a investigação
dos fatores emocionais.
Muitas
das minhas idéias clínicas surgiram simplesmente seguindo
a orientação que me foi fornecida por um cuidadoso histórico
clínico em inúmeros casos.
Talvez,
a maior expressão da gratidão de Winnicott para com as pessoas
que ele tratou esteja na dedicatória de seu livro publicado postumamente,
Playing and Reality, que diz, simplesmente:
A meus pacientes, que me pagaram para me ensinar.
Para
estudar o conceito de mente, deve-se sempre estudar um indivíduo
– um indivíduo total – incluindo o desenvolvimento deste
indivíduo desde os primórdios de sua existência psicossomática.
Caso se aceite esta disciplina, então se poderá estudar a
mente de um indivíduo à medida que ela se especializa a partir
da parte psíquica da psique-soma.
Avaliar
em que exatamente consistem os elementos mentais irredutíveis, especialmente
os de natureza dinâmica, constitui, na minha opinião, um dos
nossos objetivos finais mais fascinantes. Estes elementos têm necessariamente
um equivalente somático e provavelmente neurológico e, desta
forma, através do método científico, deveríamos
ter estreitado bastante a antiga distância entre a mente e o corpo.
Aventuro-me a dizer que, então, considerar-se-á a antítese
que se constituiu em um estorvo para todos os filósofos como algo
baseado em uma ilusão.
A
elaboração psíquica do funcionamento fisiológico
é bastante diferente do trabalho intelectual que facilmente se torna
artificialmente uma coisa em si e falsamente um lugar onde a psique pode
se alojar.
A
prática da Psicanálise requer paciência, solidariedade,
além de outras qualidades...
A
boneca é muito mais do que um bebê não-vivo.
É
através da apercepção criativa, mais do que qualquer
outra coisa, que o indivíduo sente que a vida é digna de ser
vivida. Em contraste, existe um relacionamento de submissão com a
realidade externa, onde o mundo, em todos seus pormenores, é reconhecido
apenas como algo a que se ajustar ou a exigir adaptação. A
submissão traz consigo um sentido de inutilidade, e está associada
à idéia de que nada importa, e de que não vale a pena
viver a vida. Muitos indivíduos experimentaram suficientemente o
viver criativo para reconhecer, de maneira tantalizante, a forma não-criativa
pela qual estão vivendo, como se estivessem
presos à criatividade de outrem ou de uma máquina.
É
preciso atentar para o fato de que a fraqueza, o retraimento e a omissão
são tão agressivos quanto à manifestação
aberta de agressividade. Ser roubado é tão agressivo quanto
roubar. O suicídio é fundamentalmente igual ao assassinato.
(Grifo meu).
É
uma alegria estar escondido, mas um desastre não ser achado.
O
precursor do espelho é o rosto da mãe. A sua expressão,
o seu olhar, a sua voz... É como se o bebe pensasse: 'olho e sou
visto, logo, existo!'
O
buscar só pode vir a partir do funcionamento amorfo e desconexo ou,
talvez, do brincar rudimentar, como em uma espécie zona neutra. É
apenas aqui, neste estado não-integrado da personalidade, que o criativo
poderá emergir.
Não
existe esta coisa chamada bebê; o bebê é sempre ele mais
a mãe.1
Às
vezes, na puberdade, um menino não consegue utilizar o novo poder
de sua fala masculina, falando em falsete ou imitando, inconscientemente,
a voz de uma menina ou mulher que conhece.2
Tenho
um reconhecimento totalmente lúcido e emocionado por minha mãe
e sua generosidade.
A
criança joga (brinca) para expressar agressão, adquirir experiência,
controlar ansiedades, estabelecer contatos sociais, como integração
da personalidade e por prazer.
A
criança pode usufruir o uso dos impulsos instintivos, incluindo os
agressivos, convertendo em bem na vida real o que era dano na fantasia.
Isto constitui a base do brincar e do trabalho.
O
que quer que se diga sobre o brincar de crianças aplica-se também
aos adultos; apenas a descrição se torna mais difícil
quando o material do paciente aparece principalmente em termos de comunicação
verbal. Sugiro que devemos encontrar o brincar tão em evidência
nas análises de adultos quanto o é no caso de nosso trabalho
com crianças. Manifesta-se, por exemplo, na escolha das palavras,
nas inflexões de voz e, na verdade, no senso de humor.
Quando
os pais não podem providenciar um contato significativo com os filhos,
as crianças, privadas de certos elementos essenciais da vida familiar,
tendem a alimentar um ressentimento permanente, sentem uma certa má
vontade contra algo, mas como não sabem em que consiste este algo,
tornam-se crianças anti-sociais.
Quando
a ouço falar da Psicanálise como uma arte, vejo-me em dificuldades,
não desejando discordar completamente, mas, temendo que se dê
a este seu comentário importância excessiva.
A
idéia da Psicanálise como uma arte deveria ceder seu lugar
gradualmente ao estudo da adaptação ambiental referente à
regressão dos pacientes. Mas, enquanto o estudo científico
da adaptação ambiental não se desenvolve, suponho que
os analistas deverão continuar a agir como artistas em seu trabalho.
Os psicanalistas podem ser realmente bons artistas, mas (conforme perguntei
diversas vezes): que paciente deseja ser o poema ou o quadro de alguém?
O
que acontece é que saio catando isto e aquilo, aqui e acolá,
concentrando-me na experiência clínica, formando as minhas
próprias teorias, e, então, depois de tudo, me interesso em
descobrir de onde eu furtei o quê.
Os
fenômenos transicionais são universais, todavia, a experiência
que cada indivíduo adquire a partir deles é singular.
Lei
da Gravitação Universal
A
liberdade absoluta é essencial para que cada modificação,
se adequada, possa ser aceita.
Para
mim, o termo regressão indica simplesmente o contrário de
progresso. Este progresso, em si mesmo, consiste na evolução
do indivíduo, psicossoma, personalidade e mente junto com a formação
do caráter e a socialização. Assim, imediatamente,
percebemos que não pode existir uma simples reversão do progresso.
Para que este progresso seja revertido, é preciso que haja no indivíduo
uma organização que possibilite o acontecimento de uma regressão.
No
que diz respeito ao amadurecimento, Winnicott admitia que existem dois tipos
de regressão: um deles, retrocedendo para uma situação
anterior de falha; o outro, para uma antiga situação de êxito.
Sobre
a prática da lobotomia3:
não assumirei jamais a responsabilidade por transformar a pessoa
que sofre em alguma outra coisa, em um ser humano parcial que não
sofre, mas que tampouco é a pessoa que foi trazida para o tratamento.
A
linguagem que serve para descrever um estágio se torna errada quando
usada para outro.
Sugiro que, ao final dos nove meses
de gestação, o bebê torna-se maduro para o desenvolvimento
emocional, e que, se um bebê nasce depois do tempo, ele atingiu este
estádio no útero, forçando-nos a considerar seus sentimentos
antes e durante o nascimento. Por outro lado, um bebê prematuro não
vivencia muitas coisas importantíssimas até alcançar
a época em que deveria nascer.
É
da psicose que um paciente pode se recuperar espontaneamente,
enquanto a psiconeurose não permite a recuperação espontânea,
tornando o psicanalista realmente necessário. A psicose tem um vínculo
estreito com a saúde, pelo qual um grande número de falhas
ambientais congeladas pode ser recuperado e descongelado pelos muitos fenômenos
curativos da vida cotidiana, tais como as amizades, os cuidados recebidos
durante uma doença física, a poesia etc.
Os
psicanalistas experientes concordariam em que há uma gradação
da normalidade, não no sentido da neurose, mas, também, da
psicose, e que a relação íntima entre depressão
e normalidade já foi ressaltada. Pode ser verdade que haja, em certos
aspectos, um elo mais íntimo entre a normalidade e a psicose do que
entre a normalidade e a neurose. Por exemplo, o artista tem a habilidade
e a coragem de estar em contato com os processos primitivos aos quais o
neurótico não tolera chegar, e que as pessoas sadias podem
deixar passar para o seu próprio empobrecimento.
Muitos
casos considerados inadequados para a análise serão realmente
inadequados, se não soubermos lidar com as dificuldades surgidas
na transferência em razão da falta essencial de uma verdadeira
relação com a realidade externa. Quando aceitamos analisar
psicóticos, descobrimos que em alguns casos esta falta [falha] essencial
de uma verdadeira relação com o mundo externo é quase
a história toda.
Essa nova ênfase nas fantasias
do paciente sobre si mesmo abriu o vasto campo da análise da hipocondria,4
no qual as fantasias do paciente sobre seu mundo interno incluem a fantasia
de que este se localiza no interior de seu corpo.
Se
usarmos dois termos em oposição para descrever alguma doença,
nos veremos imediatamente em apuros. Os distúrbios psicossomáticos,
a meio caminho entre o mental e o físico, estarão colocados
em uma posição inteiramente precária. Por outro lado,
os neurocirurgiões vêm agindo sobre o cérebro normal
ou saudável na tentativa de modificar ou melhorar os estados mentais.
Estas terapias 'físicas' estão totalmente à deriva
com suas teorias. Muito curiosamente, parecem que elas deixam de lado a
importância do corpo físico, do qual o cérebro é
uma parte integrante.
A
Psicologia da criança surge a partir das necessidades corporais,
que gradualmente se tornam necessidades do ego, a partir da elaboração
imaginativa da experiência física.
A saúde, no desenvolvimento
inicial do indivíduo, leva a uma continuidade de existência.
A
tarefa de aceitação da realidade nunca é completada.
Nenhum ser humano está livre da tensão de relacionar as realidades
interna e externa, e o alívio desta tensão é proporcionado
por uma área intermediária da experiência que não
é contestada (artes, religião etc.). Esta área intermediária
está em continuidade direta com a área do brincar da criança
pequena que se 'perde' no brincar.
Em
alguns casos de psicose clínica, o que verificamos representa um
colapso de defesas. Novas defesas têm de ser erigidas de um tipo ainda
mais primitivo, mas o quadro clínico é dominado pelo colapso
de defesas, de qualquer modo, temporariamente; isto é o que usualmente
queremos dizer com colapso nervoso, no qual as defesas se tornaram insatisfatórias,
e o paciente tem que ser cuidado enquanto novas defesas estão sendo
organizadas. Além de tudo, o colapso nervoso é teoricamente
um estado de caos, mas o colapso completo deve ser uma raridade clínica,
se é que é possível, e indicaria uma mudança
irreversível no sentido contrário ao crescimento pessoal e
no sentido de fragmentação.
A psicose representa uma organização
das defesas, e por trás de toda defesa organizada há a ameaça
de confusão, que, na verdade, constitui uma ruptura da integração.
O caos é, primeiramente, uma
quebra na linha do ser, e a recuperação só ocorre através
de uma revivência de continuidade. O caos se torna significativo exatamente
no momento em que já é possível discernir algum tipo
de ordem, e ao mesmo tempo em que o próprio caos pode ser vivenciado
pelo indivíduo, tendo ele já se transformado em uma espécie
de ordem – um estado que pode se tornar organizado como defesa contra
ansiedades associadas à ordem A desintegração é
caótica.
A
tendência a se integrar é ajudada por um conjunto de experiências
básicas: a técnica pela qual alguém mantém a
criança aquecida, segura-a e lhe dá banho, balança-a
e a chama pelo nome.
A mãe que desenvolve o estado
ao que chamei 'preocupação materna primária' fornece
um contexto para que a constituição da criança comece
a se manifestar, para que as tendências ao desenvolvimento comecem
a se desdobrar, e para que o bebê comece a experimentar um movimento
espontâneo, e se torne dono das sensações correspondentes
a esta etapa inicial da vida. A vida instintiva não precisa ser mencionada
aqui porque o que estou descrevendo tem início antes do estabelecimento
de padrões instintivos.
O
sentimento de que a mãe existe dura x minutos. Se a mãe ficar
distante mais do que x minutos, então, a imago se esmaece, e, juntamente
com ela, cessa a capacidade de o bebê utilizar o símbolo da
união. O bebê fica aflito [estado
excitado], mas esta aflição é logo corrigida,
se a mãe retornar em x + y minutos. Em x + y minutos, o bebê,
provavelmente, não se alterará. Mas, se a mãe retornar
só em x + y + z minutos, o bebê poderá ficar traumatizado.
Devemos
lembrar sempre que a conclusão final sobre o desenvolvimento do ego
é o narcisismo primário. No narcisismo primário, o
ambiente sustenta o indivíduo, e o indivíduo ao mesmo tempo
nada sabe sobre ambiente algum – é uno com ele.
Não
há possibilidade alguma de um bebê progredir do princípio
de prazer para o princípio de realidade ou no sentido, e para além
dela, da identificação primária, a menos que exista
uma mãe suficientemente boa. A mãe suficientemente boa (não
necessariamente a própria mãe do bebê) é aquela
que efetua uma adaptação ativa às necessidades do bebê,
uma adaptação que diminui gradativamente, segundo a crescente
capacidade deste em aquilatar o fracasso da adaptação e em
tolerar os resultados da frustração. Naturalmente, a própria
mãe do bebê tem mais probabilidade de ser suficientemente boa
do que alguma outra pessoa, já que esta adaptação ativa
exige uma preocupação fácil e sem ressentimentos com
determinado bebê. Na verdade, o êxito no cuidado infantil depende
da devoção, e não de jeito ou de esclarecimento intelectual.
A criança, no colo ou deitada
no berço, não está consciente de estar a salvo de uma
queda infinita. Uma leve falha em ser segura, contudo, traz à criança
a sensação de uma queda sem fim.
A
criança considerada normal é capaz de brincar, ficar excitada
quando brinca e se sentir satisfeita com o brinquedo, sem se sentir ameaçada
pelo orgasmo físico de excitação local. Em contraste,
uma criança impelida a fazer alguma coisa, com tendência anti-social,
ou qualquer criança com a marca da inquietação maníaco-defensiva
é incapaz de apreciar o brinquedo porque o corpo se tona fisicamente
incluído.
O
analista permite que o paciente marque o ritmo e faz também a melhor
coisa possível depois de dar ao paciente a liberdade de decidir quando
vir ou ir embora: ele fixa a hora e a duração das sessões,
e atém-se ao tempo por ele fixado... Quanto a mim, preferiria ser
antes lembrado por sustentar que entre o paciente e o analista está
a atitude profissional do analista. Afirmo isto agora sem receio porque
não sou um intelectual, e, na verdade, executo meu trabalho muito
mais a partir de meu eu corporal.
Para
mim, o 'self' é a pessoa que eu sou, que possui uma totalidade baseada
no processo de maturação. Ao mesmo tempo, o 'self' tem partes,
e, na realidade, é constituído dessas partes. O 'self' acaba
por chegar a um relacionamento significante entre a criança e a soma
das identificações que (após suficiente incorporação
e introjeção de representações mentais) se organizam
sob a forma de uma realidade psíquica interna viva.
É
no jogo e só no jogo que a criança ou o adulto, como indivíduos,
são capazes de ser criativos e de utilizar o todo de suas personalidades,
e só ao serem criativos os indivíduos se descobrem a si-mesmos.
Liderança
é ação, não posição.
As
maiores loucuras são as mais sensatas alegrias, pois tudo que fizermos
hoje ficará na memória daqueles que um dia sonharão
em ser como nós: Loucos, porém, felizes!
Prefiro
ser odiado por ser quem sou do que ser amado por ser quem não sou.
Minha
tese é que, na terapia, tentamos imitar o processo natural que caracteriza
o comportamento de qualquer mãe em relação à
sua criança. Se a tese estiver correta, deduz-se que é o par
mãe-criança que pode nos ensinar os princípios básicos
sobre os quais deve fundar-se nosso trabalho terapêutico, quando estivermos
tratando de crianças (ou de adultos) cuja primeira relação
com a mãe não foi 'boa o suficiente' ou foi interrompida.
Se
você me odeia, entra na fila. Se você me ama, pense bem. Talvez
eu não mereça.
Amigo
autêntico é aquele que mesmo sabendo tudo sobre você
ainda continua sendo seu amigo.
Sabe
viver quem dedica um dia ao sonho e outro a realidade.
A
cada dia, todos nós passamos pelo céu e pelo inferno!
Existe
o bom em todos nós, e acho que eu simplesmente amo as pessoas demais,
tanto que chego a me sentir mal.
Brincar
facilita o crescimento e, portanto, a saúde.
Se
o bebê deseja ser alimentado, e a mãe oferece o seio ou a mamadeira
no momento certo; se o bebê sorri, e a mãe sorri de volta como
validação; se o bebê fica úmido e chora, e a
mãe responde trocando a fralda, então, o bebê irá
construir a noção de que suas expressões espontâneas
são eficazes.
Quando
a onipotência do bebê é respeitada, desenvolve-se um
verdadeiro 'self'; entretanto, quando não se sente eficiente, a criança
se sente desamparada e tende a se adaptar às necessidades da mãe,
a fim de obter o que deseja. Neste caso, ela desenvolve um falso 'self'.
É
necessário atender as necessidades do paciente, em vez de forçar
o paciente a se ajustar aos horários e às necessidades do
analista. Isto só irá reforçar um falso 'self' no paciente.
Acima de tudo, é a correspondência empática e a satisfação
das necessidades do verdadeiro 'self' do paciente o objetivo durante a psicanálise.
A
mãe só poderá exercer a preocupação materna
primária se houver um pai suficientemente bom.
Há
uma terceira parte da vida de qualquer ser humano, parte que não
podemos ignorar, que constitui uma área intermediária de experimentação,
para a qual contribuem tanto a realidade interna quanto a vida externa.
Trata-se de uma área que não é disputada porque nenhuma
reivindicação é feita em seu nome, exceto que ela existe
como lugar de repouso para o indivíduo empenhado na perpétua
tarefa humana de manter as realidades interna e externa separadas, ainda
que inter-relacionadas.
A
sessão psicanalítica é um momento sagrado.
Os padrões estabelecidos na
tenra infância podem persistir na infância propriamente dita,
de modo que o objeto macio original continua a ser absolutamente necessário
na hora de dormir, em momentos de solidão ou quando um humor depressivo
ameaça se manifestar. Na saúde, contudo, dá-se uma
ampliação gradual do âmbito de interesses, e, por fim,
este âmbito ampliado é mantido, mesmo quando a ansiedade depressiva
se aproxima. A necessidade de um objeto específico ou de um padrão
de comportamento que começou em data muito primitiva pode reaparecer
em uma idade posterior, quando a privação ameaça.
É
necessário explorar as possibilidades de que a saúde mental,
no sentido da menor vulnerabilidade aos estados esquizóides e à
esquizofrenia, é constituída nas etapas muito iniciais, quando
o bebê está sendo gradualmente apresentado à realidade
externa.
Todas as coisas andam juntas e se
combinam na sensação do se sentir real, de ser e de haver
experiências realimentando a realidade psíquica, enriquecendo-a,
dando-lhe direção.
Não tenho mais a paixão.
Então, lembrem: é melhor queimar do que ir apagando aos poucos.
Eu
quero estar vivo na hora da minha morte.
Três
Trovinhas
Se
vivemos, não Vivemos;
se
morremos, não Morremos.
Somos
o que escolhemos;
somos
o que apre(e)ndemos.
Para
todos, há um Tudo.
Por
que continuar carrancudo?
Vencerá
quem é agalhudo;
é
desvirtude perdurar cabaçudo.
É
infértil azular dos pecados;
os
pecados devem ser dominados.
Não
podemos viver apartados;
só
juntos mudaremos os Quadrados.