Em
Winchester, capital do Condado de Hampshire, na Inglaterra, está
localizada a Catedral de Winchester, uma das maiores catedrais inglesas.
Começou a ser construída no século XI, quando Winchester
era a capital de Inglaterra, mas, as obras de expansão se prolongaram
até o século XVI. A sua base foi um mosteiro fundado por monges
beneditinos, em 642.
A
Catedral de Winchester ocupou um lugar de prestígio na História
da Inglaterra, sendo o local de eventos importantes como, por exemplo, a
coroação de Eduardo, o Confessor – o penúltimo
Rei saxão de Inglaterra, entre 1042 e 1066 – e o casamento
de Maria I – oriunda da casa de Tudor, Rainha da Inglaterra e da Irlanda
desde 19 de julho de 1553 até à sua morte em 17 de novembro
de 1558 – com Filipe II – Rei da Espanha, a partir de 1556,
e Rei de Portugal, como Filipe I, a partir de 1580.
Mas,
isto é apenas História. O que interessa é o que vou
relatar a seguir. Em 5 de fevereiro de 1962 – data do início
da Era de Aquarius, segundo admitia Raymond Bernard – em visita à
Catedral, dois turistas brasileiros, um homem e uma mulher, acabaram por
trocar umas palavrinhas. O diálogo foi mais ou menos assim:
A
turista: — Pois
é, meu amigo. Eu não sei nada e, ainda por cima, sou preguiçosa
pra chuchu. Se eu puder sentar, não ficarei em pé de jeito
nenhum, e, se eu puder estar deitada, sentada é que eu não
ficarei. Em média, eu durmo dezesseis horas por dia. Você não
imagina o sacrifício que fiz para vir visitar a Catedral
de Winchester.
O
turista: — Isto
não é nada bom.
A
turista: — Eu
sei; a Bibi Ferreira, o Jô Soares e o Agildo Ribeiro também
já me disseram isso. O Frank Sinatra, na última vez que esteve
no Brasil, foi lá em casa e cantou That's Life para mim, só
que trocou a letra. No pedaço que diz 'I've been a puppet, a pauper,
a pirate, a poet, a pawn and a king' ele cantou: 'I've
been a muppet, a crawler, a buffoon, a slave, a drawn and a thing'.
Eu morri de vergonha!
O Costinha também cansou de brigar comigo por causa disso. Mas, fazer
o quê? Minha preguiça é maior do que eu.
O
turista: — Alguma
coisa você tem que fazer, até porque, exatamente hoje, 5
de fevereiro de 1962, um ciclo está terminando e outro está
começando. O Universo é assim: são ciclos e mais ciclos
em sucessão, sem interrupção e sem intervalo. Escreveu,
não leu, o pau comeu; cobra que não anda não engole
sapo.
A
turista: — Como
assim?
O
turista: — Bem,
o Universo –
que
nunca teve começo e nunca terá fim, que nunca foi criado por
ninguém e nunca será destruído por ninguém
–
basicamente se manifesta
(acorda e dorme) em dois grandes ciclos: Mahamânvântâra
(ou Maha Kalpa) e Mahaprâlâya, ambos com duração
de 311.040.000.000.000 anos terrestres cada. No Mahamânvântâra,
o Grande Kosmos está em atividade; e no Mahaprâlâya,
ele permanece inativo.
A
turista: — Interessante;
adorei o tal do Mahaprâlâya.
Mas, o que isto tem a ver com a minha ignorância e com a minha preguiça?
O
turista: — Elementar,
minha cara amiga. Ou você aprende as coisas no período de atividade
do Kosmos ou terá de aguardar 311.040.000.000.000 anos
para se
ilustrar, porque, simplesmente, no Mahaprâlâya não
se aprende nada. Espera-se, digamos assim.
A
turista: — Mas,
eu sou tão preguiçosa... O Mahaprâlâya
deve ser
tão bom! Adoro
não fazer nada. Até para tirar meleca eu tenho preguiça!
Às vezes, passo uma semana sem tomar banho!
O
turista: — Dizer
para você fazer um esforço é chover no molhado ou tentar
enxugar gelo. Mas, acho que você deveria pensar no seguinte...
A
turista: — O
quê?
O
turista: — Com
muito esforço e, claro, mérito, chegamos até aqui,
e, lentamente, acabamos adquirindo uma identidade – a nossa impressão
digital cósmica. Mas, ela não é indelével; por
assim dizer, ela precisa ser alimentada com a Harmonia, com
o Bem e com
a Beleza universais.
Isto se chama ShOPhIa, Sabedoria. Se não for ilustrada, com o tempo,
ela poderá deixar de existir, isto é, ser destruída,
aniquilada, desfeita, não por punição ou por maldade,
mas, porque se tornou desútil, infrutífera. Qual a utilidade
de uma figueira seca? Qual
a serventia de
um solo estéril, quando houve erosão genética da fauna
e da flora e foi extrapolada a sua capacidade de suporte e zerada a sua
sustentabilidade? Bem, eu sei que ensinaram a você coisas diferentes
destas que estou lhe dizendo. Todavia, querendo nós ou não,
o Kosmos, por ser inconsciente de sua própria existência, não
tem a menor preocupação se existimos ou se deixamos de existir.
O esforço para prosseguir e para ascensionar é e deverá
ser exclusivamente nosso, como tem sido até agora.
A
turista: — E
no final? O que irá acontecer?
O
turista: — Ora,
se você, por desânimo, esmorecimento e indolência, está
parada no meio da caminhada, o que pode interessar como será o final?
Seja como for, de duas uma: ou nossa impressão digital cósmica
será delida ou nos tornaremos Deuses. Tudo depende de nós.
A
turista: — Hum,
vou pensar seriamente nisto que você me ensinou. O difícil
vai ser eu me mancar. Sou tão preguiçosa!
(Com
o som ligado,
deixe o mouse
apontado para a animação)
Música
de fundo:
Winchester
Cathedral
Composição: Geoff Stephens
Interpretação: The New Vaudeville Band
Fonte:
http://mp3skull.com/mp3/
winchester_cathedral_new_vaudeville_band.html
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.millan.net/anims/madness.html
http://www.spiritualforums.com/vb/
showthread.php?t=17679&page=3
http://br.answers.yahoo.com/question/
index?qid=20070225061635AAUoNkI
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Mahamanvantara
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Catedral_de_Winchester
http://en.wikipedia.org/
wiki/Winchester_Cathedral
Direitos
autorais:
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neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
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