Aquele
que se deixa prender por uma Alegria/Rasga as asas da vida;/Aquele
que beija a Alegria enquanto ela voa/Vive no amanhecer da Eternidade.
Quem
cumpre o seu dever não teme nenhum mal.
Cada prostituta foi virgem uma vez.
Grandes coisas são feitas
quando homens e montanhas se encontram.
Eu
estou em você e você em mim, em amor mútuo
e divino.
A glória do Cristianismo é
conquistar pelo perdão.
As
horas de insensatez são medidas pelo relógio, mas, as de sabedoria
nenhum relógio pode medir.
Faça
o que você quiser, este mundo é uma ficção e
é feito de contradição.
O
mundo da imaginação é o mundo da Eternidade. É
o seio para o qual nos dirigimos após a morte do corpo vegetativo.
Este mundo é infinito e eterno, enquanto o mundo da procriação
é finito e temporal. Todas as coisas, em suas formas eternas, estão
dentro do Corpo Divino do Salvador – a verdadeira voz da Eternidade.
Imaginação
O amor não busca agradar a
si mesmo/Nem destina qualquer cuidado a si próprio/Mas
se dá facilmente ao outro,/E constrói um paraíso
no desespero do inferno.
A
grande meia verdade: liberdade.
A
gratidão é o próprio paraíso. Se as portas da
percepção fossem limpas, tudo apareceria ao homem como realmente
é: infinito.1
Ver
um mundo em um grão de areia/e um céu em uma flor
selvagem/é ter o infinito na palma da mão/e
a eternidade em uma hora.
Quem faz o bem ao outro deve fazê-lo
nos mínimos detalhes. O bem geral é a justificativa do imoral,
do hipócrita e do falso.
Ouve a reprovação do
tolo! É um elogio soberano!
A
crueldade tem humano coração,
E tem a intolerância humano rosto;
O terror a divina humana forma,
O secretismo humano traje posto.
O humano
traje é ferro forjado,
A humana forma, forja incendiada,
O humano rosto, fornalha bem selada,
Humano coração, abismo seu esfaimado.
É
mais fácil perdoar nossos inimigos do que nossos amigos.
A ave constrói o ninho; a
aranha, a teia; o homem, a amizade.
Quem
nunca altera a sua opinião é como a água parada, e
começa a criar répteis no espírito.2
A
Energia é a eterna Alegria.3
Se
o doido persistisse na sua loucura se tornaria sensato.
Aquilo que hoje está provado
não foi outrora mais do que imaginado.
Antes
não se imaginava o que agora é provado.
O
homem não tem um corpo separado da alma.4
Aquilo que chamamos de corpo é a parte da alma que se distingue pelos
seus cinco sentidos.
Exuberância
é Beleza.
Aqueles
que refreiam o desejo o fazem porque o deles é fraco o bastante para
ser refreado; e o freio ou razão usurpa seu lugar e governa o relutante.5
A
estrada do excesso conduz ao palácio da sabedoria. E sendo refreado,
ele se torna gradualmente passivo, até que seja apenas a sombra do
desejo.6
Onde
o homem não está, a Natureza é um deserto.
Estai
sempre dispostos a falar com franqueza e evitareis a companhia dos homens
perversos.
Compaixão,
Pena, Paz e Amor
– Todos lhes rezam no seu sofrimento.
E a estas virtudes de tanto fulgor
Entregam o seu agradecimento.
Compaixão,
Pena, Paz e Amor
–
É Deus, nosso Pai Adorado.
Compaixão, Pena, Paz e Amor
–
É o homem, Seu filho amado.
Tem Compaixão
humano coração,
E tem a Pena uma face humana,
Amor, a forma divina de eleição,
E a Paz, o traje que irmana.
Todo o
homem, em todo o clima,
Que, com dor, reza como é capaz,
Reza à forma humana divina
–
Amor, Compaixão, Pena e Paz.
A humana
forma amar é um dever,
Para os ateus, os turcos, os judeus.
Compaixão, Amor e Pena, haja onde houver,
Também é lá que encontrareis Deus.
Todas
as divindades residem no peito humano.
Muitos
são incapazes de uma firme persuasão em qualquer coisa.
É
honesto aquele que resiste a seu gênio e à sua consciência
apenas por causa de tranqüilidade ou de gratificação
presente?
Toda
a criação será consumida e se mostrará infinita
e sagrada, assim como se mostra agora finita e corrupta.
O homem se fechou em si mesmo, e
só vê as coisas através de estreitas fissuras de sua
caverna.
A
adoração de Deus é honrar seus dons em outros homens
– cada um de acordo com seu gênio –
e amar mais os maiores
homens; aqueles que invejam ou caluniam grandes homens odeiam Deus, pois
não há outro Deus.
Quando a imprensa não fala,
o povo é que não fala. Não se cala a imprensa. Cala-se
o povo.
A
raiz da humildade, atenta, espera.
Verme
e mosca se sustentam/Do mistério que ambos acalentam.
O
Jardim do Amor fui visitar,
E vi, então, o que jamais notara:
Lá, bem no meio, estava uma capela,
Onde eu no prado correra e brincara.
E os portões
desta capela não abriam,
E 'Não farás' sobre a porta escrito estava;
E, voltei-me, então, para o Jardim do Amor
Lá, onde toda a doce flor se dava.
E os túmulos
enchiam todo o campo,
E eram esteias funerárias as flores;
E padres, de preto, em seu passeio secreto,
Atando com pavores minhas alegrias e amores.
A
abelha atarefada não tem tempo para a tristeza.
Abelha
Atarefada
A
tua amizade já me fez sofrer muitas vezes; sê meu inimigo em
nome da amizade.
Nós
dois lemos a Bíblia dia e noite, mas tu lês negro onde eu leio
branco.
Nunca
saberás o que é suficiente enquanto não souberes o
que é mais do que suficiente.
Uma
verdade que é dita com má intenção derrota todas
as mentiras que possamos inventar.
A
prudência é uma rica rapariga que não casou, a quem
a incapacidade faz a corte.
No
tempo da semeadura, aprende: na colheita, ensina; no inverno, desfruta.
Conduz
teu carro e teu arado por sobre os ossos dos mortos.7
Quem
deseja mas não age gera a pestilência.
A
minhoca cortada perdoa o arado.
A
vergonha é o disfarce do orgulho.
Mergulha
no rio quem gosta de água.8
O
tolo não vê a mesma árvore que o sábio.
As
alterações de olhar alteram tudo.
Aquele
cujo rosto não se ilumina jamais haverá de ser uma estrela.
A
Eternidade anda apaixonada pelas produções do tempo.
Eternidade
Os
alimentos sadios não são apanhados com armadilhas ou com redes.
O
ato mais sublime é colocar outro diante de ti.
Um
cadáver não vinga as injúrias.9
As
prisões se constroem com as pedras da lei, já os bordéis,
com os tijolos da religião.
A
luxúria do bode é a glória de Deus. A fúria
do leão é a sabedoria de Deus. A nudez da mulher é
a obra de Deus.
O
excesso de tristeza ri; o excesso de alegria chora.10
A
ratazana, o camundongo, a raposa e o coelho olham as raízes; o leão,
o tigre, o cavalo e o elefante olham os frutos.11
A
cisterna contém; a fonte derrama.
A
tradição ancestral que afirma que o mundo será consumido
pelo fogo ao final de seiscentos anos é verdadeira, como ouvimos
lá no inferno. Para os anjos, com suas espadas de fogo, será
necessário baixar sua guarda em prol da Árvore da Vida, e
quando Ele chegar, toda a criação será consumida, se
desvelará o Infinito e o sagrado dará lugar ao finito e perverso.
Todo o crivo deverá ser o melhoramento do prazer sensual. Mas, a
primeira noção que o homem tem para poder distinguir seu corpo
de sua alma será riscada, assim eu o farei, utilizando o método
infernal, por corrosão, o que aqui, no Inferno, é salutar
e medicinal, derretendo suas cascas e exibindo o infinito que ali reside.
Quando as portas da percepção forem abertas, tudo será
como é: Infinito! Para o homem, fechado em si mesmo, avise-o para
olhar através das brechas de sua própria caverna.
Um
só pensamento preenche a imensidão.
Dize
sempre o que pensas, e o homem torpe te evitará.
Tudo
o que se pode acreditar já é uma imagem da verdade. A águia
nunca perdeu tanto o seu tempo como quando resolveu aprender com o corvo.
De
manhã, pensa; ao meio-dia, age; no entardecer, come; de noite, dorme.
O
fraco na coragem é forte na esperteza.
Em
cada grito de terror de uma criança eu ouço as correntes forjadas
pela mente.
Uma
mesma lei para o leão e para o boi é opressão.
Há
um sorriso que é de amor;
Há um sorriso que é de maldade.
E há um sorriso de sorrisos,
Onde os dois sorrisos têm parte.
Há
uma careta de ódio;
Há uma careta de desdém.
E há uma careta de caretas,
Que te esforças em vão para esquecê-la bem.
Pois ela
fere o Coração no cerne,
E finca fundo na espinha dorsal.
E não um sorriso que nunca tenha sido sorrido,
Mas só um sorriso solitário.
Que, entre
o berço e o túmulo,
Somente uma vez se sorri assim;
Mas, quando é sorrido uma vez,
Todas a tristeza tem seu fim.
A
essência do doce prazer jamais poderá ser maculada.
Assim
como a lagarta escolhe as mais belas folhas para deitar seus ovos, assim
o padreca lança sua maldição sobre as alegrias mais
belas.
Criar
uma florzinha é o labor de séculos.
Orações
não aram! Louvores não colhem! Júbilos não riem!
Tristezas não choram!
A
Cabeça, o Sublime; o Coração, o Sentimento; os Genitais,
a Beleza; as Mãos e os Pés, a Proporção.
Proporção
Como
o ar é para o pássaro ou o mar é para o peixe, assim
é o desprezo para o desprezível.
A
gralha gostaria que tudo fosse preto; a coruja, que tudo fosse branco.
Se
o leão fosse aconselhado pela raposa, seria ardiloso.
Mostro a todos vós um mundo
pleno de vida em uma partícula de pó que exala o alento de
sua alegria.
Eu,
pecador, absoluto em meu pecado, todo-poderoso construtor dos meus desvarios,
confesso-me a mim. Persigno-me, persigo-me e prossigo nesta impossível-impassível
jornada, trama indecifrável. Eu, pecador, crivado pelas setas e espinhos
da dúvida, indivíduo no mundo, persigo meu sonho. E meu sonho
se intromete em minha vigília, soltando no ar os seres que povoam
minha mente. Assim
estava, assim pensava ele, abandonado ao tépido calor daquele vinho,
naquele fim de tarde, jogado sobre a poltrona, quase a dormir, naquele profundo
retalhar de coisas antigas, de crenças antigas, naquele ato de dissecar
as próprias dúvidas, a própria vida. De repente, ouve
um zumbido e o barulho de vida próximo a ele. É uma mosca,
que ronda o ar, ao redor da fruteira. Ali estão as pêras, que
adormecem e apodrecem seu marasmo, lassidão, solidão e abandono.
A menos que uma mão faminta as tome, levando-as à boca para
saciar a fome, elas ali permanecerão, eternamente em seu marasmo,
apodrecendo. Ele observa a mosca, que, zumbindo em círculos, se aproxima
da fruteira. E se admira ao ver seu vôo bonito, concêntrico,
o brilho refletido em suas asas azuis, quando o Sol rebate nelas diretamente.
Acompanhando com o olhar, vê quando ela, finalmente, pousa sobre as
frutas. Como que magnetizado, sente-se penetrar na realidade daquele inseto,
que, agora, passeia sobre a superfície dourada da pêra; ele
agora é a própria mosca e passeia sobre a fruta, sentindo
toda a carícia do veludo sob as patas, a tepidez dourada provocando
arrepio nos pelos. Prepara-se
para sugar todo o seu sumo, sua seiva. E exatamente quando começa
a gozar as delícias de sua empreitada, desvia os olhos para cima,
deparando-se com um magnífico azul violáceo, um Sol que a
convida a viajar rumo a outros ambientes. E ela imagina milhares e milhares
de novos frutos, antecipando delícias de paraísos inimagináveis.
E se divide: não sabe mais se se entrega ao doce ofício de
sugar a seiva da dourada pêra ou se levanta vôo em busca de
outras paragens. E se debate, e se confunde, não percebendo a pesada
mão de alguém que se abate sobre ela, que agora está
tombada, inerte sobre a fruta.
Quando sentiu a tragédia, voltou a ser ele próprio, sentindo
as forças se esgotarem nos estertores da morte. Novamente é
ele o observador, e observa a cena: as pêras continuam na fruteira,
no mesmo lugar a mesa e a toalha, as flores, a sala, ele e seus olhos. Tudo
permanece, como sempre. Apenas a mosca está morta e já não
faz mais parte do ambiente. E, no entanto, nada mudou. Todo o conflito que
viveu, todo o seu angustiante dividir-se, tudo é acabado. O mundo
permanece, indiferente à sua morte, à sua queda. O seu pequeno
mundo, feito de uma sala, de uma mesa e de uma fruteira cheia de pêras,
que continuam adormecidas, apodrecendo sua solidão e seu marasmo
nas tardes quentes. Silenciosamente,
pé ante pé, como se cumprisse um ritual, ele se levanta e
se aproxima da fruteira. Com a ponta dos dedos retira cuidadosamente o inseto,
e sem uma sombra de qualquer sentimento no rosto, atira-o na cesta de lixo,
seu último reduto. Eu, pecador, absoluto em meu pecado, todo-poderoso
construtor dos meus desvarios, confesso-me a mim. E jogado sobre a poltrona,
nestas tardes monótonas e quentes, pressinto e antecipo a queda da
próxima mosca, e o ranger de dentes das pêras, deixadas solitárias
na fruteira.
Não
revele aos amigos os seus segredos, porque você não sabe se
algum se tornará seu inimigo. Não cause ao seu inimigo todo
o mal que lhe possa fazer, porque você não sabe se ele, um
dia, se tornará seu amigo.
Como
pode uma ave, nascida para a alegria, ficar em uma gaiola e cantar?
A simpatia é o Coração
a sorrir no rosto.
A
arte nunca poderá existir sem a beleza nua exibida.
A
arte é a árvore da vida. A ciência é a árvore
da morte.
Árvore
da Morte
Oposição
é amizade verdadeira.
O mal ativo é melhor do que
o bem passivo.12
Um
homem é como ele vê. Os seus poderes dependem de como seu olho
é formado.
O
crucifixo de Cristo não deve ser uma desculpa para a execução
de criminosos.
Tudo
o que vive é santo; a vida se deleita na Vida.
Alegria é o meu nome.
Eu
preciso criar um sistema ou serei escravizado por outro homem. Eu não
vou raciocinar13
nem comparar: eu vou criar.
Nações são destruídas
ou florescem na proporção em que sua poesia, sua pintura e
sua música são destruídas ou florescem.
Os judeus que pensam ter direito
exclusivo aos benefícios de Deus serão testemunhas contra
si mesmos. O mesmo acontecerá com os católicos.14
O
olho altera. Altera tudo.
O
Jeová da Bíblia é aquele que vive nas chamas reluzentes.
O
verdadeiro método para se alcançar o conhecimento é
a experiência.
Generalizar é ser um idiota.
O
que é grande é necessariamente obscuro para os homens fracos.
Onde
habitam a misericórdia, o amor e a piedade, ali Deus está
habitando também.
Sem
contrários não há progresso. Atração
e repulsão; razão e energia. Amor e ódio são
necessários à existência Humana. Desses contrários,
saem o que os religiosos chamam bem e mal. O bem é o passivo; obedece
à razão. O mal é o ativo; vem da energia. O bem é
o céu. O mal é o inferno.
O mais tímido botão
é a prova de que não há morte real.
A imaginação não
é um estado; é toda a existência humana.
O
homem justo manteve sua rota/Pelo vale da morte.
A
raposa condena a armadilha, nunca a si mesma.
A
alegria fecunda. A tristeza produz.
A
macieira nunca pergunta à faia como deve crescer; nem o leão,
ao cavalo, como deve apanhar sua presa.
A
maldição distende; a bênção relaxa.
O
melhor vinho é o mais velho; a melhor água é a mais
nova.
Todas
as bíblias ou códigos sagrados foram as causas dos seguintes
erros: 1º) Que o homem tem dois princípios existentes reais,
a saber: um corpo e uma alma; 2º) Que a energia, chamada mal, é
apenas do corpo, e que a razão, chamada bem, é apenas da alma;
e 3º) Que Deus atormentará o homem pela eternidade por seguir
suas energias.
Jesus
era todo virtude e agiu por impulso, não por regras.
A
verdade nunca pode ser dita de modo a ser acreditada sem ser compreendida.
Dodecaedro
(Ou se compreende ou...)
Só
Para Concluir
Se
hoje você claudica,
amanhã
devirá sajica.
Não
chie, não lamente;
use o
Poder da Mente.
Quem
hoje é minguta,
acabará
por ser batuta.
Está
insculpido na Lei:
cada
um será seu Rei.
Do
nigredo
ao rubedo,
revelar-se-á
o Segredo.
Muito
fazer, mas calar;
diligenciar
e pacientar.
Rogar
é insuficiente;
Alquimiar
é eficiente.
Ajoelhar-se
é desútil;
Grande-obrar
é útil.
Não
peça. Faça você
Seja
seu Real Iniciador;
pinte
tudo de outra cor.
Não
espere um milagre
nem que
adoce o agre,
pois
nada cairá no colo
nem repuxará
do solo.
______
Notas:
1. Já
expliquei que o conceito de infinito é um equívoco da compreensão.
Para que o infinito pudesse existir, o finito precisaria ser ou estar sendo
criado ininterruptamente. Mas, criado de onde? Por quem? Como? Então,
ainda que seja difícil a percepção metafísica
da existência-em-si, racionalmente o que se pode admitir é
o conceito de finito, porém ilimitado, pois, como a inexistência
poderá dar origem à existência?
O que é é porque sempre foi e sempre será; não
aumenta nem diminui energeticamente. Agora, como isto é assim e o
porquê de ser assim são outros quinhentos mil réis.
2. Mas, há certas
coisas que são inalteráveis, como, por exemplo, o não
matarás.
3. Por isto, o Harmonium
só poderá ser efetivo e concertado quando a nossa alegria
se identificar e estiver em conformidade com a Alegria Universal.
4. Um dos equívocos
clássicos do pensamento ontológico-compreensional humano é
dividir o indivisível e fragmentar o que não pode ser fragmentado.
Então, na realidade, em última instância, corpo + alma
ou corpo + alma + espírito ou, ainda, segundo a Teosofia,
Sthula Sharira (Corpo Denso) + Prâna
(Corpo Vital) + Linga
Sharira (Duplo Etérico) + Kâma
Rupa (Corpo de Desejos) + Manas
(Corpo Mental) + Budhi
(Alma Divina) + Atman
(Raio do Absoluto, Essência Divina), mesmo que difiram, são
uma coisa só, ou seja, formam uma unidade. Observe:
7... 72...
73.
7... 49... 343.
343 3 + 4 + 3 = 10
1 + 0 = 1.
Segundo Rudolf Steiner
(1861 – 1925), filósofo, educador, artista, esoterista e fundador
da Antroposofia, da Pedagogia Waldorf, da Agricultura Biodinâmica,
da Medicina Antroposófica e da Euritimia, cada
estado de consciência se movimenta através de 7 (sete reinos).
No conjunto da evolução da Humanidade, há (7 x 7 =
49) quarenta e nove ciclos pequenos ('rondas', conforme o modo de exprimir
teosófico). E cada ciclo pequeno tem, por sua vez, de percorrer sete
ciclos menores ainda, que se chamam 'estados da forma' (na Teosofia 'globos').
Isto perfaz 343 (trezentos e quarenta e três) – 7 x 49 –
'estados da forma'. Mas, não esqueça: 343
3 + 4 + 3 = 10 1 + 0 = 1.
5. Há desejos
e desejos. Há desejos que comprometem e demolem e desejos que são
aspirações legítimas, como, por exemplo, a cada dia,
se tornar um pouco melhor. Seja como for, reprimir o que quer que seja não
adianta nada. Ou compreendemos o porquê das coisas e nos libertamos
ou não compreendemos o porquê das coisas e continuamos submissos
ao que há de pior em nós.
6. Excesso de bem, de
beleza, de justiça, de amor, de misericórdia etc.
7. E quem são
os mortos? As cobiças veneníferas, as paixões imoderadas
e os desejos malsãos que foram transmutados em desprendimento, eqüidade
e altruísmo.
8. Todo
aquele que bebe desta água tornará a ter sede, mas o que beber
da Água que eu lhe der, jamais terá sede, pois a Água
que eu lhe der virá a ser nele Fonte de Água que jorrará
até a Vida Eterna. (Evangelho de João,
IV: 13 e 14).
9. Precisamos aprender
a morrer para o mundo e para as injúrias do mundo. Isto, confesso,
ainda estou aprendendo.
10. Todos os excessos
tendem a se contradizer. A Ética Aristotélica ensina que a
virtude é o meio-termo, e o vício se dá ou pela falta
ou pelo excesso. Por exemplo: coragem é uma virtude e seus contrários
são a temeridade (excesso irresponsável de coragem) e a covardia
(ausência de coragem). Da mesma forma, excesso de religiosidade poderá
resvalar para o ultramontanismo ou para o fanatismo; ausência de religiosidade
(no sentido de cultivação de valores éticos), geralmente,
faz tender para a nulidade.
11. O Gnóstico
olha a ShOPhIa.
12. Não creio
que o mal ativo seja melhor do que o bem passivo. Mas, o bem passivo é,
em todos os sentidos, criminosamente pérfido.
13. Acho que, aqui,
a questão é de imitar e de se submeter ou de não imitar
e de não se submeter, porque quem imita se submete e se escraviza,
e quem raciocina não se submete nem se deixa escravizar. Com raríssimas
exceções, de maneira geral, o que são os religiosos
ortodoxos? Resposta: fiéis intolerantes com o novo e o diferente
– meros seguidores e repetidores, imitadores e submissos. O pior é
que, quando morrem, porque ninguém fica para semente, por não
entenderem o que está a acontecer, tomam o maior susto. Entretanto,
a responsabilidade maior não é deles, mas, sim, daqueles que,
pelos motivos subterrâneos conhecidos de todos, ensinaram a enfiada
de besteiradas a eles. Tenho para mim que uma das coisas mais difíceis
é alguém se livrar de um fideísmo esmagador e buscar
e fazer por si mesmo. De maneira geral, as pessoas ainda gostam, querem
e precisam que alguém faça por elas o que a elas, exclusivamente,
cabe fazer. Enfim, como disse Immanuel Kant (1724 – 1804), só
há uma religião verdadeira, mas há muitas espécies
de fé. E George Bernard Shaw (1856 – 1950): Há
uma única religião, embora haja centenas de versões
da mesma. E Arthur Schopenhauer (1788 – 1860): As
religiões, assim como as luzes, necessitam de escuridão para
brilhar. E Charles de Montesquieu (1689 – 1755): Os
homens sentem uma grande atração pela esperança e pelo
receio, e uma religião sem inferno nem paraíso não
poderia lhes agradar de modo algum. E Karl Heinrich Marx (1818
– 1883): A
religião é o suspiro da criança acabrunhada, o coração
de um mundo sem coração, assim como também é
o espírito de uma época sem espírito. Ela é
o ópio do povo. E Jonathan Swift (1667 – 1745):
Nós temos
a religião suficiente para nos odiarmos, mas não a que baste
para nos amarmos uns aos outros. E Vergílio António
Ferreira (1916 – 1996): A
crença, seja no que for, é um resíduo de tudo o que
falhou. E, para concluir esta nota, Sigmund Freud (1856 –
1939): Um homem
que está livre da religião tem uma oportunidade melhor de
viver uma vida mais normal e completa.
14. Ora, isto não
vale só para os judeus ou para os católicos; vale para qualquer
um. Essa coisa de povo escolhido de Deus é a maior balela, e só
tem uma finalidade:
Nem os templários
acalentaram esta absurda pretensão. A Ordo
Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici (Ordem dos
Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão) sempre teve como
pilares inalienáveis e insubstituíveis a bondade, a justiça,
a compaixão, a resignação, a moderação,
a humildade, a gentileza, a modéstia, a generosidade, a magnanimidade,
a tolerância e, acima de tudo, a justiça. Como estas virtudes
poderiam coexistir ou se conciliar com a vaidade rota e extravagante de
uma impossível preferencialidade divina? As pessoas, por isto ou
por aquilo, acham que têm direitos adquiridos, quando deveriam se
esforçar – e muito! – para merecerem Privilégios.
E, portanto, misticamente, Privilégio é
uma conquista.
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Música
de fundo:
Imagination
Composição: Jimmy Van Heusen (música) Johnny Burke
(letra)
Interpretação: Frank Sinatra
Fonte:
http://beemp3.com/