POR QUE TEMER A DEUS?

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

William Wilberforce

 

 

Um homem que teme a Deus não tem liberdade.

 

Todos vós sois um em Cristo Jesus.

 

Assim que me compenetrei – com seriedade – a profunda culpa e a tenebrosa ingratidão de minha vida pregressa vieram sobre mim com toda sua força. Condenei-me profundamente por ter perdido tempo precioso, oportunidades e talentos... Não foi tanto o temor da punição que me afetou, mas um senso de minha grande pecaminosidade por ter negligenciado, por tanto tempo, as misericórdias indescritíveis de meu Deus e Senhor. Eu me encho de tristeza. Duvido que algum ser humano tenha sofrido tanto quanto eu sofri...

 

Minha caminhada é a vida pública. Meu negócio está no mundo. É necessário que eu me misture nas assembléias dos homens ou deixe o cargo que a Providência parece me ter imposto.

 

O Deus todo-poderoso tem colocado sobre mim dois grandes objetivos: a supressão do comércio escravocrata e a reforma dos costumes.

 

Sobre o Cristianismo verdadeiro: Eu compreendo que a marca prática e essencial dos verdadeiros cristãos é a seguinte: que os pecadores arrependidos, confiando na promessa de serem aceitos [por Deus], mediante o Redentor, têm renunciado e abjurado todos os outros senhores, e têm, de maneira integral, se devotado a Deus. Agora, seu propósito determinado é se dedicar integralmente ao justo serviço do legítimo Soberano. Eles não mais pertencem a si mesmos: todas as faculdades físicas e mentais, sua herança, sua essência, sua autoridade, seu tempo, sua influência, tudo o que consideram como sendo seus [...] devem ser consagrados em honra a Deus e empregados a Seu serviço.

 

Sobre o poder e o Direito: Eu devo confessar que minhas esperanças pelo bem-estar do meu País não dependem de seus navios e dos seus exércitos nem da sabedoria de seus governantes ou, ainda, do espírito de seu povo; mas, sim, da persuasão de todos aqueles que amam e obedecem ao Evangelho de Cristo.

 

Sobre o comércio de escravos: Tão enorme, tão terrível, tão irremediável aparentou a maldade deste comércio, que minha mente ficou inteiramente decidida em favor da abolição... Sejam quais forem as conseqüências, deste momento em diante, estou resolvido que não descansarei até efetuar sua abolição.

 

Senhor, quando nós pensamos na Eternidade e em suas futuras conseqüências sobre toda conduta humana, se existe esta Vida, o que esta fará a qualquer homem que contradisser as ordens de sua consciência e os princípios da Justiça e da Lei de Deus?

 

A perversidade do comércio [de escravos] era tão gigantesca, tão medonha e tão irremediável que a minha mente estava completamente preparada para a abolição. Fossem quais fossem as conseqüências. Desde então, determinei que nunca descansaria até que tivesse conseguido a sua abolição.

 

Os interesses do cristão nominal concentram-se nas coisas temporais; os interesses do cristão autêntico concentram-se em coisas eternas.



 

William Wilberforce (1759 – 1833)

 

 

 

Breve Nota Biográfica:

 

William Wilberforce (24 de Agosto de 1759 – 29 de Julho de 1833) foi um político britânico, filantrópico e líder do movimento abolicionista do tráfico negreiro. Nativo de Kingston upon Hull, Yorkshire, começou sua carreira política em 1780 como candidato independente, sendo deputado do condado de Yorkshire, entre 1784 e 1812. Em 1785, converteu-se ao Evangelicalismo*, mudando completamente o seu estilo de vida e se preocupando, ao longo de toda sua vida, com a reforma evangélica. Em 1787, William Wilberforce conheceu Thomas Clarkson (abolicionista britânico) e um grupo abolicionista do tráfico negreiro, que incluía Granville Sharp, Hannah More e Charles Middleton, importantes nomes da época, e que, juntos, convidaram Wilberforce a entrar também na causa. Wilberfoce aceitou o convite e logo se destacou, tornando-se líder do grupo britânico abolitionista, conduzindo uma ferrenha campanha no Parlamento Inglês contra o tráfico negreiro, até a então assinatura do Ato contra o Comércio de Escravos, de 1807. Vale a pena ver o filme Amazing Grace (Jornada pela Liberdade), estreado em 2006, no qual Ioan Gruffudd interpreta William Wilberforce.

 

* O Evangelicalismo, concepção originária de evangélico, é um movimento teológico derivado do Protestantismo, mas que não se limita a ele; crê na necessidade de o indivíduo passar por uma experiência de conversão (nascer de novo e aceitar Jesus) e que adota a Bíblia como única base de fé e prática.

 

 

 

 

 

Tardonho

 

 

 

 

Por que ter medo de Deus?

Discriminar os não-seus?

 

 

Tudo isto eu desentendo.

Acho isto tudo horredonho;

acho pra lá de medonhendo.

Depois? Depois é tardonho!

 

 

Mudar? Depois? Adianta?

Não! Tem que ser já; agora.

O tanso que espera uma hora...

 

 

Mudar depois não adianta!

É preciso secar a hemorragia.

Depois? Poderá advir entropia!

 

 

 

 

Entropia

 

 

 

 

 

 

Observação:

Horredonho = Medonhendo = Medonho + horrendo.

 

 

 

 

 

Fundo musical:

Amazing Grace
Compositor: John Newton

Fonte:

http://www.laurasmidiheaven.com/
00-MIDI/2/001135200498/Amazing%20Grace

 

 

 

POR QUE TEMER A DEUS?