ALFRED NORTH WHITEHEAD
(Pensamentos)

 

 

 

Alfred North Whitehead

Alfred North Whitehead

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo tem por objetivo oferecer para reflexão uma coletânea muito reduzida de alguns pensamentos de Alfred North Whitehead.

 

 

 

Breve Biografia de Whitehead

 

 

 

Alfred North Whitehead (Ramsgate, 15 de fevereiro de 1861 – Cambridge, 30 de dezembro de 1947) foi um filósofo e matemático britânico.

 

Whitehead foi um renomado pesquisador na área da Filosofia da Ciência, principalmente no que diz respeito aos fundamentos da Matemática, pertencendo, como Russell, ao grupo dos neo-realistas ingleses, com os quais compartilha o método analítico, o realismo e a alta estima pela ciência. Juntamente com Bertrand Arthur William Russell (1872 – 1970), escreveu Principia Mathematica, livro que foi classificado pela Modern Library como o vigésimo terceiro de uma lista dos cem mais importantes livros em inglês de não ficção do século XX. É também o desenvolvedor da chamada Teologia do Processo. A Teologia do Processo (também conhecida como Teologia Neoclássica) é uma escola de pensamento influenciada pela Filosofia do Processo, que identifica a realidade Metafísica em meio a mudança e ao dinamismo.

 

Postulados da Teologia do Processo:

 

• Deus não é onipotente no sentido de ser coercivo.

• A realidade não é feita de substâncias materiais, mas por eventos ordenados por uma série, que são experimentais em a Natureza.

• O Universo é caracterizado pelo processo e pela mudança, carregado pelos agentes do livre-arbítrio. Autodeterminação caracteriza tudo, e não apenas seres humanos. Deus não pode forçar nada a acontecer; apenas exercer seu livre-arbítrio, possibilitando novas possibilidades.

• Deus contém o Universo, mas não é idêntico a ele.1

• Por Deus conter o Universo, este está em mudança. Deus muda; é afetado por aquilo que acontece no Universo.

• Um Deus perfeito não pode ser limitado por certas características. (Teísmo Dipolar).

• Em relação à vida após a morte, há divergências se as pessoas experimentam uma experiência subjetiva ou uma experiência objetiva.

 

 

 

Pensamentos Whiteheadianos

 

 

 

A insistência na clareza a qualquer preço baseia-se em pura superstição sobre o modo como funciona a inteligência humana.

 

 

 

 

A ciência da Matemática pura, em seus desenvolvimentos modernos, pode reivindicar ser a criação mais original do espírito humano.

 

A Sabedoria, como fonte de virtude, deve ser o único objetivo da verdadeira ambição.

 

Sem aventura, a civilização está em decadência total.

 

Se um cachorro pular no seu colo, é porque ele gosta de você; mas, se um gato fizer a mesma coisa, é porque seu colo está quente.

 

Para analisar o óbvio, é preciso ter uma mente muito fora do comum.

 

A História da Filosofia não passa de uma sucessão de notas de rodapé da obra de Platão.

 

O primeiro homem que percebeu a analogia entre um grupo de sete peixes e um grupo de sete dias trouxe um notável avanço à História de pensamento. Foi ele o primeiro que cogitou um conceito pertencente à ciência da Matemática pura. Neste momento, deve ter sido impossível para ele adivinhar a complexidade e a sutileza destas idéias matemáticas abstratas que estavam esperando para ser descobertas. Tampouco poderia ele ter adivinhado que estas noções poderiam exercer uma fascinação difusa em cada uma das gerações futuras.

 

A atividade da Matemática é uma divina loucura do espírito humano, um refúgio da urgência pungente dos acontecimentos contingentes.

 

Quase todas as novas idéias têm um certo aspecto de loucura quando são apresentadas pela primeira vez.

 

Quando se lida com Matemática pura, está-se no domínio da completa e absoluta abstração. Tudo o que se afirma é que a razão insiste na aceitação de que, se uma entidade qualquer tiver alguma relação que satisfaça quaisquer condições puramente abstratas, então, elas devem ter outras relações que satisfaçam outras condições puramente abstratas.

 

É na Literatura que a perspectiva concreta da Humanidade recebe sua expressão.

 

O conhecimento encolhe à medida que Sabedoria cresce.

 

O homem poderá evolucionar ou se tornar um animal. Deus faz os animais; o homem se faz a si mesmo.

 

Ninguém alcança o sucesso sem a ajuda de outros. O sábio reconhece esta ajuda com gratidão.

 

Em nosso tempo, o idealismo tem sido deixado de lado, e estamos pagando o preço por isto.

 

A certeza Matemática repousa sobre sua completa generalidade abstrata. Mas não podemos ter certeza 'a priori' de que estamos certos em acreditar que as entidades observadas no universo concreto formam um caso particular do que está incluído em nosso raciocínio geral.

 

A importância de um pensador individual deve alguma coisa ao acaso, pois dele depende o destino das suas idéias no espírito dos sucessores. A este respeito, Pitágoras foi feliz. As suas especulações filosóficas chegaram até nós por meio do espírito de Platão. O mundo das idéias de Platão é a requintada e revista doutrina pitagórica de que o número está na base do mundo real.

 

 

 

 

A completa falta de humor da Bíblia é uma das maiores surpresas da História.

 

Uma ciência que hesita em esquecer os seus fundadores está perdida.

 

Procura a simplicidade; depois, desconfia dela.

 

As idéias não são para ser guardadas; alguma coisa tem que ser feito com elas.

 

O progresso fundamental tem a ver com a reinterpretação de idéias básicas.

 

 

Os maiores avanços na civilização são processos nos quais as sociedades em que eles ocorrem ficam arruinadas.

 

A pergunta idiota é o primeiro vislumbre de algum desenvolvimento totalmente novo.

 

A vida é uma ofensiva diretamente contra o mecanismo repetitivo do Universo.

 

Inteligência é rapidez em aprender, distintamente da habilidade, que é a capacidade de agir sabiamente sobre o que foi aprendido.

 

Todas as verdades são meias verdades.2

 

As bordas da Natureza são sempre esfarrapadas.

 

A arte do progresso é preservar a ordem mantendo a mudança e preservar a mudança mantendo a ordem.

 

O caminho para chegar até Deus deve ser racional; não pode se consistir em uma intuição.

 

Por sua natureza primordial, Deus é imutável e intemporal; sua atualidade é infinita e completa. Por sua natureza conseqüente, Deus é a apreensão consciente e conceptual universal; é onisciente e o mundo ideal não é mais do que uma descrição Dele.

 

Deus é, ao mesmo tempo, imanente e transcendente ao mundo. É imanente enquanto está presente em cada ser; é transcendente da mesma maneira que cada acontecimento transcende a outro.

 

O mal é, em si, algo positivo; mas, no mundo, conduz à anarquia e à degradação. Sendo Deus o princípio da harmonia, da ordem, do valor e da paz, o mal não pode proceder Dele. Deus é bom no sentido moral, e fomenta no mundo o progresso qualitativo. Deus é a avaliação do mundo. Está em luta contra o mal, e é o companheiro de todos os que sofrem e lutam com Ele.

 

Chegou já a hora de um verdadeiro Racionalismo. A exigência do Racionalismo baseia-se na intuição imediata da racionalidade do mundo. Não é possível mostrar esta racionalidade indutivamente nem tampouco demonstrá-la pela dedução, mas uma visão direta nos permite ver que o mundo é regido pelas leis lógicas e por uma harmonia estética.

 

O próprio ser é racional e inteligível, e basta perceber isto para se ficar convencido.

 

Só o contato com o concreto é fecundo, e o fundamento das coisas deve sempre ser procurado em a Natureza dos entes reais determinados. Onde não há ente existente não há fundamento.

 

A experiência não se limita ao conhecimento sensível. A Metafísica não pode ser senão descritiva.

 

O materialismo repousa na doutrina de que existe matéria ou, de um modo geral, de que só existe matéria. A matéria é concebida como alguma coisa que tem como propriedade a simples localização – uma simples delimitação de lugar no espaço e no tempo. Se esta teoria fosse verdadeira, o tempo seria um acidente da matéria imutável. Por conseguinte, o instante não teria duração.

 

O materialismo conduz forçosamente à negação da existência objetiva das qualidades secundárias – absurdo que está em desacordo com a experiência. Conduz também, necessariamente, à negação, não menos absurda, da responsabilidade humana. Finalmente, destrói seu próprio fundamento – a indução porque, se as partículas da matéria são totalmente isoladas e só ligadas mediante relações tópico-temporais, não é possível, à base do que ocorre em um ente, chegar a qualquer conclusão sobre o que ocorre em e com outro ente. O materialismo passou a ser totalmente impossível, graças à Teoria dos Quanta,3 que exige uma concepção orgânica da própria matéria.

 

 

 

 

O mundo não se compõe de coisas; mas de acontecimentos, ou seja, daquilo que ocorre.

 

O mundo contém, de verdade, atos de conhecimento, mas não só estes atos. Nossa experiência perceptiva nos mostra que nos encontramos em um mundo muito mais vasto do que nós – a História nos ensina a existência de um longo passado anterior à nossa própria existência e a ação humana pressupõe uma transcendência.

 

O Princípio da Imanência, segundo o qual não conhecemos senão aquilo que está em nós, é caduco, visto que se baseia na concepção materialista do isolamento das coisas. De fato, graças à captação, todo acontecimento se ultrapassa a si mesmo. É verdade que conhecemos aqui as coisas que se encontram ali, mas nem por isso as conhecemos menos. É inteiramente natural que haja deformações no conhecimento e que sejamos influenciados por condições subjetivas, uma vez que conhecemos os outros acontecimentos na medida em que são parte de nós mesmos.

 

Do ponto de vista da Filosofia do Organismo, a indução consiste na transição de caracteres individuais a uma caracterização geral de uma comunidade de casos. A indução não é um processamento racional, mas uma espécie de adivinhação. Não descobre leis imutáveis do Universo, mas caracteres particulares de uma comunidade limitada no espaço e no tempo. No que se refere à causalidade, é mister salientar o fato de que possuímos um duplo conhecimento imediato, a saber: o dos dados sensíveis imediatidade apresentadora – e o da causalidade. A doutrina tradicional não admite senão o primeiro, e considera a causalidade como uma hipótese ou uma conseqüência. Na realidade, porém, a eficiência causal é percebida diretamente; não tem nada de superestrutura mental, mas fundamenta o conhecimento mediante a imediatidade apresentadora.

 

Não é possível considerar o espírito como epifenômeno4 da matéria. De um modo geral, é difícil delimitar o espírito e a matéria; pode-se dizer, todavia, que todo acontecimento é bipolar e, visto do interior, consciência.

 

A Metafísica [que Whitehead não distingue da Ontologia] consiste em uma descrição da realidade, da qual devem sair os princípios gerais de toda explicação. A compreensão do atual exige uma referência ao ideal. Da análise do dado resulta, efetivamente, que o real é um fluxo de acontecimentos – um devir eterno onde não há substâncias nem coisa alguma realmente duradoura.

 

A Filosofia começa maravilhando. E, no final, quando o pensamento filosófico fez o seu melhor, a maravilha permanece.

 

O fato de aparecer este ou aquele acontecimento requer explicação. Pelo que, é preciso aceitar a existência de numerosos fatores metafísicos, que, em geral, não são entes. Em primeiro lugar, deve haver objetos eternos, possibilidades para o que devirá; são as idéias de Platão, mas concebidas como puras potencialidades objetivas. Em segundo lugar, a análise põe a descoberto um cego impulso criador, que parece ser, a um tempo, causa eficiente e matéria do devir. Tudo devém graças ao impulso desta substância totalmente indeterminada em si. Enfim, como nem os objetos eternos nem a criatividade [habilidade para criar] são determinados nem podem explicar o aparecimento do concreto, é mister admitir a existência de um terceiro fator, atual e temporal, a saber, o Princípio de Limitação [Principle of Limitation], que delimita e determina o que devém. Este princípio é Deus. O devir se cumpre mercê do impulso criador da substância em colaboração com o acontecimento já existente, daí resulta uma nova captação sintética. Esta captação sintética é dupla: o acontecimento criado abarca em uma síntese tanto os objetos eternos (que nele entram, ingressam positiva ou negativamente) quanto os aspectos dos demais acontecimentos reais. Deus determina o que deve aparecer, quando estabelece limites e torna, assim, possível a determinação. O acontecimento é o indivíduo real, que é um valor, porque toda atualidade concreta é um valor.

 

 

Tudo está interligado!

 

 

O Universo não é um mistério arbitrário nem uma simples máquina: é um processo, um devir e perecer, um fluxo onde todas as entidades se relacionam, e onde o que se chama de vida ou sentimento se encontra em tudo que é real.

 

A religião é o último refúgio da selvageria humana.

 

Nós não podemos pensar antes de agir. Desde o momento de nosso nascimento, estamos imersos na ação, e se ficarmos pensando, só agiremos de maneira intermitente, espasmódica.

 

Nossas mentes são finitas e, no entanto, mesmo nestas circunstâncias de finitude, estamos rodeados de possibilidades que são infinitas. O propósito da vida é compreender o quanto poderemos nos livrar desta finitude.

 

Períodos de tranqüilidade raramente são prolíficos de realização criativa. A Humanidade tem que ser agitada.

 

O túmulo do saber não é a ignorância, mas a ignorância da própria ignorância.

 

Não a ignorância, mas a ignorância da ignorância é a morte do conhecimento.

 

 

 

 

Pensamos em generalidades e vivemos em detalhe.

 

Matemática, na sua mais ampla significação, é o desenvolvimento de todos os tipos necessários de raciocínio formal e dedutivo. A única preocupação da Matemática é a inferência da proposição da proposição. O ideal da Matemática é o de construir um cálculo para facilitar o raciocínio em relação a cada providência do pensamento ou uma experiência externa, em que a sucessão de pensamentos ou de eventos possa ser determinada com certeza e precisão. Assim, todo pensamento que não seja filosófico nem indutivo ou literatura imaginativa serão desenvolvidos pela Matemática por meio de um cálculo.

 

A mais profunda definição de juventude é a vida ainda intocada pela tragédia.

 

O progresso da civilização não é de todo uma tendência uniforme rumo a coisas melhores.

 

A Reforma5 foi uma insurreição popular que por um século e meio encheu a Europa de sangue. Mas, para bem ou para mal, foi uma grande transformação religiosa; mas não foi o advento da religião. A Reforma não reivindicou isto para si. Os reformadores afirmavam que estavam apenas restaurando o que havia sido esquecido [ou escondido/suprimido/estorricado por interesses desprezíveis e puramente temporais, penso eu].

 

A forma como a perseguição de Galileu6 tem sido lembrada é um tributo ao começo tranqüilo da mais profunda mudança de perspectiva que o gênero humano já experimentou. Desde que uma criança nasceu em uma manjedoura, pode-se duvidar se algo tão grande aconteceu com tão pouca agitação.

 

Nada jamais toma a acontecer em seus mínimos detalhes. Nenhum dia é igual a outro. O que passou, passou para sempre. Portanto, a filosofia prática da Humanidade tem consistido em esperar as abundantes recorrências e em aceitar os detalhes como emanação do âmago inescrutável das coisas além do campo visual da racionalidade. O ser humano presume que o Sol nascerá, mas o vento sopra onde quer.

 

A Grécia foi a mãe da Europa, e é para a Grécia que devemos olhar a fim de encontrar a origem de nossas idéias modernas.

 

A Filosofia é o produto de admiração.

 

A essência da tragédia dramática não é a desventura. Ela reside na solenidade do funcionamento impiedoso das coisas. Esta inevitabilidade do destino apenas pode ser ilustrada em termos de vida humana por incidentes que de fato envolvam desventura. Pois é apenas por meio deles que a futilidade da libertação pode ser evidenciada no drama. Esta impiedosa inevitabilidade é que penetra o pensamento científico. As leis da física são os decretos do destino.

Deus determinou todas as coisas por meio de uma inexorável lei de destino, lei esta que Ele decretou e a que Ele próprio obedece. (Sêneca, apud Whitehead).

 

Todo evento circunstanciado pode ser relacionado com seus antecedentes de um modo perfeitamente preciso, demonstrando princípios gerais.

 

A força motivadora da pesquisa é: há um segredo, um segredo que pode ser revelado.

 

Sugiro o pensamento instintivo; não um mero credo de palavras.

 

Devemos falar por atos. O tempo das palavras passou. Somente as ações serão suficientes.

 

A ciência não é meramente o desfecho da fé instintiva. Ela requer um interesse ativo pelos fenômenos cotidianos por eles mesmos.

 

A originalidade da Matemática consiste no fato de que na Ciência Matemática são apresentadas conexões entre as coisas que, separadas da intervenção da razão humana, são extremamente sem evidência.

 

 

 

 

O pensamento é abstrato; e o uso intolerante de abstrações é o maior vício do intelecto. E este vício não pode ser totalmente corrigido pelo recurso à experiência concreta. Pois, afinal de contas, basta apenas observar aqueles aspectos da experiência concreta que se encontram em algum esquema limitado. Há dois métodos para a purificação das idéias. Um deles é a observação imparcial por meio dos sentidos corpóreos. Mas, observação é seleção. Portanto, é difícil transcender um esquema de abstração cujo sucesso é suficientemente vasto. O outro método se dá mediante a comparação dos vários esquemas de abstração, que estão bem fundados em nossos vários tipos de experiência.

 

A classificação é um meio caminho entre a concreção imediata da coisa e a completa abstração das noções matemáticas. As espécies levam em conta o caráter específico, enquanto os gêneros, o caráter genérico. Mas, no processo de relacionar noções matemáticas com os fatos da Natureza – por contagem, medição, relações geométricas ou tipos de ordem – a contemplação racional eleva-se das abstrações incompletas, incluídas em espécies e gêneros definidos, para a completa abstração da matemática. A classificação é necessária. Mas, a menos que se queira progredir da classificação para a Matemática, não se irá muito longe com o raciocínio.

 

Hoje, eu seria um bilionário se eu estivesse escolhido ser um patrão egoísta. Isto não é comigo.

 

As idéias não se manterão; algo deve ser feito com elas.

 

A vitalidade do pensamento está na aventura. Quando a idéia é nova, devemos viver por ela, e, se necessário, morrer por ela.

 

A verdadeira coragem não é a força brutal dos heróis vulgares; mas, sim, a firme determinação da virtude e da razão.

 

Devemos observar a circunstância imediata e usar a razão para extrair uma descrição geral da sua natureza. A indução pressupõe a Metafísica. Vocês não podem ter uma justificação racional para os seus apelos à História enquanto a Metafísica de vocês não lhes certificar que há uma História para a qual apelar. De modo análogo, as conjecturas de vocês para o futuro pressupõem alguma base do conhecimento de que há um futuro já submetido a algumas determinações. A dificuldade é encontrar o sentido de algumas destas idéias. Mas se vocês não o fizerem, terão transformado a indução em tolice.

 

A civilização avança expandindo o número de operações importantes que podem ser realizadas, sem pensar deles.

 

A civilização só pode ser compreendida por aqueles que são civilizados.

 

Toda as Filosofias são tingidas com as cores de algum secreto e imaginativo 'background', que nunca aparece explicitamente em sua linha de raciocínio.

 

 

 

 

A desvantagem de dar atenção a um exclusivo grupo de abstrações, por bem fundadas que sejam estas abstrações, reside no fato de que, conforme a natureza do caso, prescindimos das coisas restantes. À medida que as coisas excluídas se tornam importantes em nossa experiência, nossos modos de pensamento passarão a ser inapropriados para nos ocuparmos delas. Não podemos pensar sem abstrações; sendo assim, é da máxima importância nos mantermos vigilantes em rever criticamente os 'modos' de abstração. Aqui é que a Filosofia encontra o lugar próprio como essencial ao sadio progresso da sociedade. É a crítica das abstrações. Uma civilização que não consegue romper com as abstrações correntes está condenada à esterilidade, depois de breve período de progresso. Uma escola ativa de Filosofia é exatamente tão importante para a locomoção das idéias como uma escola ativa de maquinistas para a locomoção a combustível.

 

A arte nos atrai só pelo que ela revela de nosso Eu mais secreto.

 

A Arte floresce onde há um senso de aventura.

 

A arte é a imposição de um padrão sobre a experiência, e nosso prazer estético é o reconhecimento deste padrão.

 

Tudo o que é importante já foi dito antes por alguém que não sabia que o que estava dizendo era importante.

 

Eu sempre notei que as pessoas profundamente e verdadeiramente religiosas são apreciadoras de uma boa piada.

 

Considerando os vários pontos para os quais a Humanidade inclinou o seu pensamento sistemático, é impossível não se impressionar com a distribuição desigual de habilidade entre os diferentes domínios. Em quase todos os assuntos, há alguns nomes que se impõem, pois é preciso genialidade para criar uma matéria que constitua um novo assunto para o pensamento.

 

Espaço-tempo é a especificação de certas propriedades gerais de acontecimentos e de sua mútua ordenação.

 

 

 

 

Nenhuma época é homogênea. Qualquer que seja a nota dominante apontada em um período considerado, será sempre possível produzir homens – e grandes homens! – pertencentes ao mesmo tempo, que se apresentam em antagonismo com o tom da sua época.

 

Uma grande parte da nossa experiência madura não pode ser expressa em palavras.

 

A Natureza é um processo de desenvolvimento expansivo, necessariamente transicional de preensão a preensão. O que é realizado é, portanto, ultrapassado; mas é também retido graças a aspectos seus presentes nas preensões que permanecem além dele. Assim, a Natureza é uma estrutura de processos evolutivos. A realidade é o processo. É tolice perguntar se a cor vermelha é real. A cor vermelha é um ingrediente no processo da realização. As realidades da Natureza são preensões em a Natureza, ou seja, os acontecimentos da Natureza.

 

Na Lógica formal, uma contradição é sinal de derrota; mas, na evolução do conhecimento real marca o primeiro passo para o progresso em direção a uma vitória.7

 

O pacifista absoluto é um mau cidadão. Às vezes, a força deve ser usada para defender o direito a justiça e a certos ideais.8

 

Quando você está média, você está tão perto do fundo quanto está do topo.9

 

Quando deixamos a Teologia Apologética10 e encaramos a Literatura comum, achamos, como era de esperar, que a observação científica é simplesmente ignorada. No que diz respeito ao conjunto da Literatura, nunca se ouviu falar na Ciência. Até os nossos dias, quase todos os escritores andam encharcados da Literatura Clássica e da Renascentista. Para a maioria, nem a Filosofia nem a Ciência os interessam, e os seus espíritos são treinados para ignorá-las.

 

Montanhas duram. Mas, quando, com a sucessão das épocas se desgastam, acabam. Se outras surgirem, serão, contudo, novas montanhas. Uma cor é eterna. Aparece freqüentemente como um espírito. Vem e vai. Mas, onde quer que esteja, é a mesma cor. Não sobrevive nem vive. Aparece quando solicitada. As montanhas têm, com o tempo e o espaço, uma relação diferente da que tem a cor.

 

As verdadeiras coisas experimentadas entram em um mundo comum que transcende o conhecimento, embora o inclua.

 

Penso que a Filosofia é a crítica das abstrações. Sua função é dupla, primeiro a de harmonizá-las, apontando-lhes a sua conveniente situação relativa como abstrações; segundo a de completá-las pela comparação direta com intuições mais concretas do Universo, e, portanto, promover a formação do mais completo esquema de pensamento. É a respeito desta comparação que o testemunho dos grandes poetas tem tanta importância. Sua sobrevivência é prova de que eles expressam profundas intuições da Humanidade penetrando naquilo que é universal no fato concreto. A Filosofia não é uma das ciências com o seu próprio pequeno esquema de abstrações, que aperfeiçoa e melhora. É a visão geral das ciências com o objetivo de as harmonizar e completar. Leva a esta tarefa não só a evidência das ciências de per si, mas, também, o seu próprio apelo à experiência concreta. Confronta as ciências com os fatos concretos.

 

Energia é apenas um nome de um aspecto quantitativo de uma estrutura de acontecimentos.

 

A Teoria da Evolução nada mais é do que a análise das condições para a formação e sobrevivência de vários tipos de organismos.

 

Um acontecimento real é uma realização cabal por si mesma – um apossar-se de diversas entidades em um valor decorrente da razão da real condição de estarem juntas neste modelo, com exclusão de outras entidades. Assim, as relações de um acontecimento são internas no que diz respeito ao próprio acontecimento, o que significa que são constitutivas daquilo que o acontecimento é em si mesmo.

 

Nenhum valor deve se restringir á atividade básica divorciado dos acontecimentos de fato do mundo real.

 

A duração física é o processo da herança contínua de certa identidade de caráter transmitido mediante um caminho histórico de acontecimentos. Este caráter pertence ao caminho todo e a todos os acontecimentos do caminho. Esta é a exata propriedade. Se existiu por dez minutos, existiu em todos os minutos dos dez minutos e durante todos os segundos de todos os minutos. Só se tomarmos a matéria como fundamental esta propriedade de duração será um fato arbitrário na base da ordem da Natureza; mas, se tomarmos o organismo como fundamental, esta propriedade é o resultado da evolução. Admitamos que B e C sejam dois fragmentos sucessivos na vida de um objeto, de tal modo que C suceda a B. Então, o modelo duradouro em C é herdado de B e de outras partes análogas antecedentes da sua vida. É transmitido de B para C. Mas o que é transmitido a C é o modelo completo dos aspectos derivados dos acontecimentos que ocorreram em B. Estes modelos completos incluem a influência do meio sobre B e sobre as demais partes antecedentes da vida do objeto. Assim, os aspectos completos da vida antecedente são herdados como o modelo parcial que dura por todos os períodos da vida. Com isto, um ambiente favorável é essencial à manutenção de um objeto físico.

 

A Natureza é, com muita probabilidade, inteiramente indiferente às preferências estéticas dos matemáticos.

 

Um acontecimento só pode ser encontrado onde está e como está, ou seja, em apenas um grupo definido de relações, pois cada relação entra na essência do acontecimento. Sendo assim, pondo-se à parte esta relação, o acontecimento não seria ele mesmo.11

 

As épocas não nascem do que está morto. Porque, embora se possa fazer a réplica de uma estátua antiga, não há réplica possível de um antigo estado de espírito. Não pode haver aproximação maior do que aquela que uma máscara permite com relação à vida real. Pode haver compreensão do passado, mas há uma diferença entre as reações modernas e as antigas ao mesmo estímulo.

 

O mundo antigo teve como ponto de partida o drama do Universo; o mundo moderno, o drama interior da alma. Descartes, em suas 'Meditações', baseia explicitamente a existência deste drama interior na possibilidade do erro. Não pode haver correspondência com o fato objetivo e, portanto, deve haver uma alma com atividades cujas realidades são puramente derivadas dela mesma.

 

A tarefa verdadeiramente básica de uma metodologia proveitosa é começar daqueles claros postulados que devem ser tomados como os últimos no que diz respeito às ocasiões em questão. A crítica de tais postulados metodológicos está, assim, reservada para outra oportunidade.

 

Perduração não é primordialmente a propriedade de durar para além de si mesmo. Perduração é a propriedade de achar o seu modelo reproduzido em partes temporais do acontecimento total.12

 

Nenhum homem, nenhuma sociedade limitada de homens e nenhuma época podem refletir sobre todas as coisas ao mesmo tempo.

 

A sabedoria é o fruto de um desenvolvimento equilibrado.13

 

Os astrônomos nos mostraram como o Universo é grande. Os químicos e os biólogos nos ensinam quanto é pequeno.

 

 

 

 

Fé na razão é a confiança de que as naturezas últimas das coisas se encontram juntas em uma harmonia que exclui a mera arbitrariedade. É a fé de que, na base das coisas, não encontraremos um mero mistério arbitrário. A fé na ordem da Natureza, que tornou possível o crescimento da ciência, é um exemplo particular de uma fé mais profunda. Esta fé não pode ser justificada por nenhuma generalização indutiva. Nasce da inspeção direta da Natureza das coisas como descobertas em sua própria experiência presente e imediata. Não há como se separar da própria sombra. Experimentar esta fé é reconhecer que, ao sermos nós mesmos, somos mais do que nós mesmos; é reconhecer que nossa experiência, mesmo opaca e incompleta Como é, ainda ecoa o mais profundo da realidade; é reconhecer que detalhes separados meramente a fim de serem eles próprios deveriam ser decifrados dentro de um sistema de coisas; é reconhecer que este sistema inclui a harmonia da racionalidade lógica e a harmonia da realização estética; é, enfim, reconhecer que, enquanto a harmonia da lógica se baseia no Universo como uma necessidade irredutível, a harmonia estética está diante dele como um ideal de vida que forma o fluxo geral em seu progresso interrompido rumo às questões mais delicadas e eminentes.

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Este postulado remete ao Panenteísmo (ou Krausismo), que é uma doutrina que admite que o Universo está contido em Deus, mas que Deus é maior do que o Universo. Este entendimento foi primeiramente proposto pelo filósofo alemão Karl Christian Friedrich Krause (Eisenberg, 4 de maio de 1781 – Munique, 27 de setembro de 1832). A Filosofia de Krause pretendia ser uma continuação autêntica do pensamento de Kant, contra o que ele considerava as falsas interpretações de Fichte, Schelling e Hegel. Para Krause, Deus – conhecido intuitivamente pela consciência – não é uma personalidade, mas uma Essência que contém o próprio Universo. Mas isto não significa que Krause aceitasse a designação de Panteísmo para o seu sistema, pois o Krausismo não identifica Deus com o Universo, antes considera o mundo como mundo-em-Deus. Já, em Portugal, José Maria da Cunha Seixas (Trevões, 1836 – Lisboa, 1895), criou um sistema filosófico que denominou Pantiteísmo, no qual o ponto de partida do conhecimento era duplo: subjetivamente, seria o pensamento, enquanto, objetivamente, se encontraria na idéia de ser. Basicamente, o pensamento de Cunha Seixas pode ser resumido assim: Deus está em tudo, conferindo a todos os infinitos relativos a sua realidade e subsistência, sendo, porém, deles perfeitamente distinto. Deus está em tudo, mas é distinto.

2. Isto é equivalente a dizer que todas as verdades são relativas.

3. A Teoria dos Quanta foi formulada por Max Karl Ernst Ludwig Planck (1858 – 1947) em 1900, e afirma que a emissão e a absorção de energia eletromagnética dos corpos se dá através de pacotes contínuos de energia, ao contrário do que sustenta a Teoria Ondulatória Clássica, que prevê a distribuição uniforme da energia através de ondas. Cada pacote de energia (quantum) possuiria uma quantidade de energia bem definida, dada por: E = hf, onde f é a freqüência da onda e h a constante de Planck. Hoje, o quantum, que antes foi tido como um pacote, é a partícula mediadora de força chamada fóton.

4. A palavra epifenômeno refere-se à condição ou a algo sobre ou acima do fenômeno, derivando de uma causa primária. É produto direto do termo fenômeno. Desta forma, a mente é produzida por algum fenômeno, e nossa compreensão exclusivamente científica endereça os processos cerebrais como fenômeno da mente. Para as correntes filosóficas Dualistas, a mente é um fenômeno por si mesmo, independente do cérebro. Ela é a razão única ou a causa de si mesma. Na reflexão de alguns cientistas, psicólogos behavioristas e certos filósofos materialistas ou positivistas, a consciência humana é um fenômeno secundário e condicionado por processos fisiológicos, e, portanto, é incapaz de determinar o comportamento dos indivíduos.

5. A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão iniciado no início do século XVI por Martinho Lutero (1483 – 1546), quando, através da publicação de suas 95 teses, em 31 de outubro de 1517, na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no Catolicismo. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como os Cinco Solas: Sola Fide (somente fé); Sola Scriptura (somente a Sagrada Escritura); Solus Christus (somente Cristo); Sola Gratia (somente a Graça); e Soli Deo Gloria (somente glória a Deus).

6. Galileo Galilei (1564 – 1642), personalidade fundamental na revolução científica, foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano. Para Galileo, a ciência humana, de maneira nenhuma, nega a existência de Deus. Quando considero quantas e quão maravilhosas coisas o homem compreende, pesquisa e consegue realizar, então, reconheço claramente que o espírito humano é obra de Deus – e a mais notável. Não me sinto obrigado a acreditar que o mesmo Deus que nos dotou de sentidos, razão e intelecto pretenda que não os utilizemos.

7. Diz-se que há contradição quando se afirma e se nega simultaneamente algo sobre a mesma coisa. O Princípio da Contradição informa que duas proposições contraditórias não podem ser ambas falsas ou ambas verdadeiras ao mesmo tempo. Desta forma, ocorre uma contradição quando uma afirmação é falsa e a outra é verdadeira. Se ambas forem verdadeiras ou ambas forem falsas, não existe contradição. Por exemplo, imaginando-se que se tem um conjunto de bolas, a afirmação Toda Bola é Vermelha e a afirmação Alguma Bola não é Vermelha formam uma contradição, visto que:

se Toda Bola é Vermelha for verdadeira, Alguma Bola não é Vermelha tem que ser falsa;

se Toda Bola é Vermelha for falsa, Alguma Bola não é Vermelha tem que ser verdadeira;

se Alguma Bola não é Vermelha for verdadeira, Toda Bola é Vermelha tem que ser falsa; e

se Alguma Bola não é Vermelha for falsa, Toda Bola é Vermelha tem que ser verdadeira.

8. Depende de que força é usada e do tamanho desta força. Seja como for, como advertiu o teólogo e humanista neerlandês Erasmo de Roterdã (1466 – 1536), a paz mais injusta é preferível à guerra mais justa.

9. A média, geralmente, é morna e medíocre.

10. A Apologética é a parte da Teologia que se dedica à defesa do Catolicismo contra seus opositores.

11. Isto, em um certo sentido, explica e justifica o porquê de as experiências místicas serem pessoais e intransferíveis. Aquele que ventila suas experiências pessoais simplesmente trata com irreverência e desrespeita a santidade da sua experiência mística, que, sendo pessoal, não deve ser profanada.

12. O mínimo comentário que farei desta sentença é que aquele que se preocupa em durar para além de si mesmo é um indivíduo autocentrado que não percebeu ainda a Unidade da Vida. O que seríamos nós – hoje ou no futuro – se, absurdamente, pudéssemos ser apenas nós mesmos? Não há perduração para um; a perduração é para tudo e para todos no acontecimento total.

13. Mas a Verdadeira ShOPhIa só advirá pela Iniciação.

 

Páginas da Internet consultadas:

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Filosofia_do_processo

http://pt.wikiquote.org/wiki/
Alfred_North_Whitehead

 

Música de fundo:

O Cravo Brigou com a Rosa
Domínio Público
Adaptação: Hélio Ziskind

Fonte:

http://www.4shared.com/get/3OOIdxm
S/o_cravo_brigou_com_a_rosa.html