Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Prefácio

 

Vyasadeva, o maior Filósofo de todos os tempos, compilador dos Vedas e considerado uma das encarnações do Senhor Krishna – a Suprema Personalidade de Deus – foi mais do que um Avatar. Legou à Humanidade muito mais do que apenas uma religião, pois revelou ao mundo a visão cósmica de que o Ser Supremo promana continuamente uma infinidade de universos viventes que nascem, existem, morrem e tornam a renascer juntamente com os Semideuses que os governam. Vyasadeva não se limitou a propor um método religioso de salvação para o ser humano, mas difundiu uma escola de pensamento permanente – a Vida na qual todos evoluem no rumo da ascensão espiritual, em um número ilimitado de mundos. O pensamento vivo de Vyasadeva tornou-se conhecido entre os ocidentais através da difusão da Bhagavad Gita (a Mensagem ou Canto do Senhor), a essência do grande épico hindu Mahabhárata (um dos monumentais livros sagrados que constituem os Vedas), graças ao trabalho infatigável de Bhaktivedanta Swami Prabhupada (1896-1977), fundador do Movimento Hare Krishna e difundida no ocidente a partir de 1965 através da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna (Internacional Society for Krishna Consciousness – ISKCON), organização mundial não-sectária dedicada à propagação do amor a Deus, em particular mediante a prática yóguica de cantar o grande mantra Hare Krishna. Enfim, tudo se resume, como está escrito na Gita, em compreender e aceitar a importância da auto-realização [e da auto-regeneração] e buscar a Verdade Absoluta (Verdade Absoluta para o Buscador em um instante fugaz e passageiro de sua Ilimitada Peregrinação Cósmica, pois, a Verdade, por isso mesmo, é e será, sempre, relativa). Humildade! Humildade! Humildade!

 

 

 

 

 

 

Aforismos Básicos da Doutrina Suddha

 

Sarvam Tat Khalvidam Brahm
(Tudo isto é verdadeiramente Brahm)

Sarvam Brahm Swabhavajam
(Tudo é da natureza de Brahm)

Sarvam Avasyakam
(Tudo é necessário)

 

 

 

 

 

 

Introdução

 

 

O Santo, o Sábio e o Illuminado Vyasadeva (também chamado de Krishna Dvaipayana Vyasadeva, de Badarayana e de Vedavyasa), que viveu por volta de 3.000 a. C., é conhecido como a encarnação (literária) do Senhor Krishna (que se projetou para a Terra há mais ou menos 5.000 anos) porque deu a sabedoria védica ao mundo. Segundo o que dispõem os Vedas, o conhecimento transcendental foi primeiramente comunicado por Deus a Brahma, o criador deste universo particular. De Brahma o conhecimento desceu para Narada, de Narada para Vyasadeva, de Vyasadeva para Madhava, e, neste processo de sucessão discipular, o conhecimento transcendental foi transmitido por um discípulo a outro e disponibilizado para a Humanidade. Vyasadeva, o maior Filósofo da Antigüidade pré-cristã, é consagrado e festejado como o divino compilador dos Vedas, dos Puranas, do grande épico hindu Mahabhárata, da Bhagavad Gita — em sânscrito: Bhagavad Gita (a essência de todo o conhecimento védico) e da Srimad-Bhagavatam. A palavra Veda deriva da raiz vidya, que significa conhecimento completo (os quatro textos em sânscrito que formam a base do extenso sistema de escrituras sagradas do Hinduísmo e que representam a mais antiga literatura de qualquer língua indo-européia); e Vedas, portanto, são as escrituras compiladas pelo grande sábio Vyasadeva.

 

 

Senhor Krishna
O Senhor Krishna

 

 

Originariamente, o conhecimento era transmitido por via oral, porém, com o advento da Era Kali – que começou há pouco mais de 5.000 anos e a partir da qual o homem passou a perder seu poder de concentração, de compreensão e de memória fez-se necessário codificar os Vedas em forma escrita, e também, segundo meu entendimento, para que essa Sabedoria não se perdesse e pudesse continuar a auxiliar o ser-no-mundo a se libertar de seus grilhões rumo a Planos mais elevados. Os quatro Vedas são: Rigveda (Veda dos hinos), Yajurveda (Veda do sacrifício), Samaveda (Veda dos cantos rituais) e Atharvaveda (Veda dos encantamentos – enquanto pertencente ao corpo védico principal, representa, como uma coleção de rituais domésticos, uma tradição paralela independente e mais recente relativamente àquelas veiculadas no Rigveda e no Yajurveda). Mas também é considerado como literatura védica toda aquela que esteja de acordo com o siddhanta védico (a quinta-essência védica), a qual poderia ser resumida na descrição sobre o conhecimento encontrado na Bhagavad Gita, (XIII, 8-12): Aceitar a importância da auto-realização e buscar a Verdade Absoluta. O objetivo bussolar dos Vedas, portanto, é proporcionar e catalisar respostas plausíveis (por Illuminação interior) para o postulante em sua Peregrinação Místico-filosófica em busca da Verdade Absoluta (ainda que sempre relativa por ser a Verdade ilimitada e, portanto, inalcançável em sua totalidade).

 

 

 

 

Assim resumido, a Bhagavad Gita (a Mensagem ou Canto do Senhor), patrimônio da Humanidade, é um texto religioso Hindu. (O Hinduísmo é uma religião henoteísta – forma de religião em que se cultua uma única divindade, considerada suprema, mas sem negar a existência de outros deuses – tradicional da Índia; no mundo, geralmente é considerada a mais antiga das grandes religiões. Tem origem na antiga cultura védica, sendo a terceira mais numerosa em praticantes, depois do Cristianismo e do Islamismo.) A Bhagavad Gita – considerada na Índia como o Livro dos Livros – faz parte do épico Mahabhárata, tendo sido compilada, conforme já foi explicado, na forma atual entre os séculos V e I a. C por Vyasadeva. É uma das mais importantes contribuições da Índia para a história da cultura universal, e aborda, especialmente, temas como psicologia, política, amor, arte, drama, música, cosmologia, ioga, saúde, arquitetura, astrologia e discute as mais importantes realidades humanas, como, por exemplo, compreensão, inteligência, estar-livre-da-ilusão, veracidade, perdão, firmeza, felicidade, tristeza, nascimento, decadência, covardia, destemor, eqüidade, não-violência, satisfação, penitência, caridade, infância e fama. O texto, originalmente escrito em sânscrito, relata o diálogo de Krishna (uma das encarnações de Vishnu) com Arjuna (seu discípulo guerreiro) em pleno campo de batalha. Arjuna representa o papel de uma alma confusa sobre seu dever, e recebe iluminação diretamente do Senhor Krishna, que o instrui na ciência da auto-realização. No desenrolar da conversa-instrução, são apresentados pontos importantes da filosofia indiana, que, na época, já incluía elementos do Bramanismo e do Samkhya [Samkhya é uma filosofia especulativa pré-védica de fundo dualista que poderia ser definida como emanacionista. Os seus vinte e quatro princípios, fatores ou elementos – tattwas – formam uma estrutura vertical, na qual cada elemento ou grupo de elementos emana dos anteriores, e todos derivam do par original: Purusha (princípio espiritual, transcendental) e Prakriti (princípio vital, material). Através de diferentes tattwas, circulam três estados que definem o todo existente: sattwa (leveza, equilíbrio), rajas (ação, emoção) e tamas (inércia, escuridão)]. A obra é uma das principais escrituras sagradas da cultura da Índia, e compõe a principal fonte de referência da religião Vaishnava, hoje popularmente conhecida como a Filosofia do Movimento Hare Krishna (baseada nos ensinamentos do guru Sri Krishna Chaitanya Mahaprabhu, 1486-1534) e difundida no ocidente a partir de 1965 por Bhaktivedanta Swami Prabhupada através da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna (Internacional Society for Krishna Consciousness – ISKCON). A meta deste Movimento, segundo Prabhupada, é auxiliar o ser-no-mundo a se libertar de suas quatro principais limitações: 1ª - Pramada – tendência a cometer erros; 2ª Bhrama – tendência a se iludir, especialmente sobre sua própria identidade; 3ª Vipralipsa – tendência a enganar os outros; e 4ª Karanapatava – imperfeição dos sentidos. Ao fundar a ISKCON, Srila Prabhupada elaborou sete propósitos para a união no espírito de devoção, cultivando a pura consciência a serviço amoroso de Deus. São eles:

1º - Propagar o conhecimento espiritual entre as sociedades a fim de educar todas as pessoas nas técnicas da vida espiritual, restabelecendo o equilíbrio dos valores na vida e, finalmente, alcançando a verdadeira união e paz mundiais;

2º - Propagar a consciência de Krishna, assim como foi revelada nas grandes escrituras da Índia, a Bhagavad Gita e a Srimad Bhagavatam;

3º - Unir os membros da sociedade e torná-los mais próximos de Krishna. Isto fará com que cada alma (tanto dos membros, como da sociedade) seja parte integrante de Krishna;

4º - Ensinar e encorajar o movimento de sankirtana – o canto congregacional do santo nome de Deus – tal como foi revelado nos ensinamentos do Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu;

5º - Erguer, para os membros da sociedade e demais, um local sagrado de passatempos transcendentais dedicado à personalidade de Krishna;

6º - Manter os membros unidos com a finalidade de ensinar um modo de vida mais simples e natural; e

7º - Publicar e distribuir periódicos, revistas e livros para difundir os propósitos acima mencionados.

 

 

Bhaktivedanta Swami Prabhupada

Bhaktivedanta Swami Prabhupada

 

Enfim, a Bhagavad Gita é particularmente chamada de Canto do Senhor por conter as palavras do Avatar Senhor Krishna, cuja finalidade é ensinar o homem a se elevar acima da sua própria perplexa consciência humano-objetiva até o Plano de uma Consciência Divina Superior (in imo Corde), realizando, desta forma, na Terra, o reinado dos céus (do céu interior de cada um). O próprio Senhor Krishna diz na Bhagavad Gita, III, 9:

 

Yajñaarthaat karmano ´nyatraloko ´yam karma-bandhanahtad-artham karma kaunteyamukta-sangah samaacara. (A ação deve ser para Vishnu; de outro modo, ficas cativeiro do karma neste mundo, ó Kauteya! A ação atenta, assim associada, é perfeita, liberando-te.)

 

A Bhagavad Gita é uma doutrina sobre aquilo que poderia ser denominado de Verdade Cósmica Imutável da mais Sagrada Ciência Metafísica – absolutamente categórica e inteiramente incolor, mas para o ser-no-mundo sempre relativa e em processo de perpétua atualização. Sua mensagem é universal, sublime e não-sectária, embora a Gita seja uma parte da trindade escritural do Sanathana Dharma (a Lei Eterna), normalmente conhecido como Hinduísmo. Ela transmite o conhecimento do Ser e procura auxiliar a responder a quatro questões universais: 1ª - Quem sou eu?; 2ª - Por que estou aqui?; 3ª - Qual é o objetivo da vida?; e 4ª - Como posso alcançar esse objetivo? Em uma definição simples e muito resumida, a Gita é um livro de crescimento moral e espiritual para a Humanidade baseado nos princípios cardeais da religião Hinduísta. Enfim, a máxima védica é: Sempre se lembrar de Krishna; nunca se esquecer de Krishna.

Sobre a Bhagavad Gita disseram:

Aldous Huxley: A Gita é um dos mais claros e compreensíveis resumos da Filosofia Perene, dos que já foram feitos. Seu valor não é somente para hindus, mas para toda a Humanidade...

Mahatma Gandhi: Quando o desapontamento me olha na face e não vejo sequer um raio de luz, volto à Bhagavad Gita. Encontro um versículo aqui, outro ali, e imediatamente começo a sorrir em meio a tragédias insuperáveis – e minha vida tem sido cheia de tragédias externas – e se elas não têm transparecido e nenhuma marca indelével me deixaram, devo à Bhagavad Gita. Nunca houve um homem que a adorasse em espírito e que ficasse desapontado. Sua porta é largamente aberta para aquele que nela bate.

Swami Vivekananda: A Gita é um buquê composto das mais belas flores das verdades espirituais dos Upanishads.

Haydée Touriño Wilmer (no prólogo do Srimad Bhagavad GitaBhagavan Sri Krishna): Ela é a expressão do 'Yoga-Brahma-Vidya' ou a 'Ciência Sintética do Absoluto', síntese do mais alto Conhecimento Espiritual legado ao homem pelo próprio Senhor Bhagavan Naráyna (manifestado em Sri Krishna) sobre BRAHMAN, a Divindade, sobre Sua manifestação em toda a Criação, tanto no Macro como no Microcosmo (no Universo e no homem), tanto em Sua Imanência como em Sua Transcendência, pois Ele está presente em tudo, como Espírito, Energia e Matéria, compenetrando e vivificando todo este infinito Cosmo.

 

 

 

 

 

 

Objetivo do Estudo

 

Este incompleto, despretensioso e sintético estudo objetivou garimpar vinte e seis fragmentos da Bhagavad Gita que, ao longo da leitura, tocaram meu Eu Interno. Para sua elaboração, foram consultados diversos Websites e Páginas da Internet, mas a fonte principal desta pesquisa foi a obra Srimad Bhagavad GitaBhagavan Sri Krishna levada a cabo por Haydée Touriño Wilmer, publicação em português de 2002 que acrescenta 8 capítulos aos 18 capítulos da Gita tradicionalmente conhecida, isto é, com 26 capítulos e 745 slokas (versículos). Certamente, um outro estudante poderia escolher outros excertos; mas certamente também não deixaria de incluir alguns dos que eu selecionei. A divulgação deste sintético estudo, brevemente comentado, objetiva oferecer um momento de meditação – um momento sagrado de comunhão com o que se possa entender como O Mais Sublime em nosso interior – pois se, em um sentido, somos todos seres individuais, singulares, por outro, somos e seremos irredutivelmente e ad semper unos no e com o Todo-Sempre-Todo. Isso, claro, independe da religião do leitor, e mesmo se ele não tiver qualquer religião, porque este conceito é, ao mesmo tempo, físico e metafísico, espiritual e material.

Por último, obviamente, este texto não substitui ou corrompe os princípios místico-metafísicos contidos na Gita, que, salvo melhor juízo, poderá ser lida integralmente por aquele que desejar conhecer as palavras do Senhor Krishna compiladas por Krishna Dvaipayana Vyasadeva. Os comentários entre colchetes, apostos a alguns fragmentos, são meramente entendimentos pessoais e citações que podem ser desprezados na leitura dos excertos; evidentemente, minha intenção não foi corrigir ou modificar o conteúdo da Gita, ainda que, eventualmente, umas poucas edições do texto (para mera adaptação a este tipo de trabalho) tenham sido feitas, sem, contudo, modificar em nada sua mensagem original.

Espero, sinceramente, que o leitor que está entrando em contato pela primeira vez com esta Sabedoria multimilenar seja estimulado a proceder à leitura integral da Gita, que é, apenas, um capítulo do épico hinduísta Mahabhárata.

Peço desculpas pelos equívocos que eu involuntariamente possa ter cometido.

A bibliografia, todas as páginas da Internet e todos os Websites consultados estão listados ao final do texto.

 

 

 

 

 

 

 

 


Bhagavad Gita
(Fragmentos Escolhidos)

 



  Reta ação é aquela praticada sem apego, sem paixão, por dever; não por prazer, não por ódio, não egoisticamente em proveito próprio. [Em termos kantianos, isto equivale a um Imperativo Categórico, que é uma obrigação incondicional independente da nossa vontade objetiva egoística ou dos nossos desejos ilusórios hipotéticos (Samsara –
existência condicionada ou Brahman em Seu Aspecto manifestado): Age de tal modo que a máxima da tua ação se possa tornar princípio de uma legislação universal. Enfim, como explica Swami Subrahmanyananda no prefácio da edição completa da Bhagavad Gita (com 26 capítulos), publicada na Índia em 1917, um aspirante à Liberação deve observar: 1º - O Sujeito do estudo é Brahman à luz do Seu Símbolo, o Pranava OM; 2º - O trabalho de ensinar é instilar nos outros a excelência de ver tudo com atitude equânime; 3º - Sacrifício é a atitude que permite ao aspirante ficar face a face com seu Eu Superior, como também com o Supremo Ser; 4º - A condução de um sacrifício para outrem é a visão de Si Mesmo em toda parte; - Dar é a entrega do Eu a Brahman através da Meditação no Absoluto (Suddha-Yoga); e 6º - Receber nada mais é do que preservar o corpo com o propósito de observar o Dharma (a Lei Divina, Dever, Retidão; a Lei da Vida no mais alto sentido).]

 A ação perfeita é o fruto da meditação perfeita. [Entretanto não devemos esquecer: a perfeição, como a verdade, é e será sempre relativa. O que é (considerado) perfeito hoje, como decorrência de nossa compreensão hoje, não será tão perfeito assim amanhã, e poderá acabar se tornando imperfeito depois de amanhã. Logo, isto serve para que tenhamos sempre em mente a Primeira Palavra de Passe: HUMILDADE.]

 A ação reta pesa muito menos do que o reto pensamento. [Isto é fácil de ser compreendido. Tudo deriva do pensamento: intenções, palavras e ações. Se o pensamento é suave, reto, justo e puro, tudo que dele derivar será suave, reto, justo e puro. Ora, uma Artocarpus heterophylla não poderá produzir uma maçã e uma Malus sylvestris não poderá produzir uma jaca.]

 É necessário distinguir entre a ação obrigada, a ação ilícita e a inação. Sábio é quem vê a inação na ação e a ação na inação, e em harmonia permanece enquanto executa toda a ação. [Paralelamente, é importante que aprendamos: em princípio, não somos obrigados a nada, nem devemos/podemos ser obrigados a nada. Da mesma forma, e por isso mesmo, não temos o direito de obrigar ninguém ao que quer que seja. Todas as experiências são pessoais, devem ser vivenciadas pessoalmente e são intransferíveis. Logo, é fácil de se compreender que um presumido bem imposto por coação-boa-intenção é, mutatis mutandis, equivalente a um mal praticado por inflicção-má-intenção.]

 

 

 

 

 Cada um deve desempenhar a sua parte, em tudo que encontrar para fazer, porém sem escravizar a alma. (Grifo meu). [Uma das formas mais medonhas de escravização é a crença infundada e atormentadora no que quer que seja, particularmente em um deus coletivo. Sobre essa matéria, o melhor é beber no Mahatma Morya: Um constante sentimento de abjeta dependência de uma Deidade – encarada como única fonte de poder – faz com que o homem perca toda a autoconfiança e todos os estímulos à atividade e iniciativa. Tendo começado por criar um pai e guia para si próprio, torna-se semelhante a um menino, e, assim, permanece até a idade avançada, esperando ser levado pela mão, tanto nos menores como nos maiores acontecimentos da vida. Quem sabe, se compreendêssemos o significado exato e esotérico da Tetractys pitagórica ou o sentido místico da fórmula numérica 0–4–6–24–0 aceitaríamos intuitivamente que AQUILO é pleno e isto é pleno; de AQUELA PLENITUDE se origina esta plenitude; tirando esta plenitude de AQUELA PLENITUDE, o que resta é ainda pleno. Daí, como explica Swami Subrahmanyananda, os zeros em ambas as extremidades da fórmula. Daí, também, os dois OM em ambas as extremidades do Mantra2 Gáyatri (rever o título deste estudo e consultar a nota 1). Daí o porquê de eu tanto insistir que somos todos UM. Mas, mais, muito mais do que eu, que sou um nada elevado nada, Hamsa-Yogue, um altíssimo Membro da Hierarquia que governa a Terra, disse: Abandone todas as idéias e ações engendradas pela grande ilusão, a heresia da separatividade... Então, o Eu o salvará da miséria e do sofrimento causados pelas ilusões, os quais são os frutos dessa heresia... A salvação (da não-vida)só pode vir de dentro, do Ser no Coração, e de nenhuma outra fonte. Tudo isto pode ser resumido no fato de que a salvação-imortalidade depende exclusivamente de nós, está em nossas próprias mãos, ou melhor, em nossos Corações.]

 A alma que não se abate, que recebe indiferentemente tanto a tristeza como a alegria, vive na Vida Imortal. [A Imortalidade é um Privilégio; precisa ser conquistada. Mas essa conquista depende de sabermos que, como explica Swami Subrahmanyananda, no momento em que se permite que um pensamento de natureza viciosa entre na mente, nela se precipitam átomos e moléculas tamásicasa ou rajásicasb que conduzem à gratificação e satisfação desse pensamento. Mas se a atenção for afastada dele e dirigida ao bem, que é o oposto de tal pensamento, esses átomos e moléculas necessariamente caem, e átomos e moléculas sátwicosc tomam seu lugar.

a) Tamas ou Svapara-Shraddha induz à completa identificação com a natureza inferior, acompanhada de completo não-reconhecimento do Ser.

b) Rajas ou Samsara-Para-Shraddha manifesta um forte desejo de viver a vida material externa.

c) Satwa ou Atma-Para-Shraddha envolve a devoção ao Eu Superior, que é o Raio Átmico em cada um.

É por isso que vira-e-mexe eu repito: somos todos responsáveis. Por tudo.]

 Sábio é o homem que, em todas as atividades, está isento das aguilhoadas do desejo e tem os seus atos purificados pelo fogo da verdade. [A maior parte dos nossos infortúnios – talvez até todos – deriva do desejo, do querer, do precisar. Em uma simples palavra: ilusão. Não mais desejar, não mais querer e não mais precisar não são evidências de sabedoria. É a própria Sabedoria (ShOPhIa) que brota, lentamente, internamente, à medida que o Peregrino se põe em Caminho. Mas que ninguém se engane: a Peregrinação é eterna, sem-fim. Aquele que está ou se tornou satisfeito consigo continua dormindo. Acordar é preciso.]

Tu eternamente Te revelas na destruição das paixões egocêntricas. Quando Tua chama se manifesta no éter do Coração, conduz a cinzas os impedimentos da separatividade. [Um pouco mais acima comentei que a Primeira Palavra de Passe é a HUMILDADE. Humildade não é subserviência, isto é, sujeição servil à vontade alheia, submissão voluntária a alguém ou ao que quer que seja. Substantivamente, a humildade só poderá ser inteiramente vivenciada se e quando o egocentrismo e a ilusão de separatividade forem dissipados pela compreensão, antes mística do que racional, antes interior do que cultural ou literária. Haverei de repetir até o fim: somos todos UM.]

Desinteressada ideação. [O conhecimento categórico, místico, desinteressado, produz juízos necessários e universais; já o hipotético revela uma ação que é um meio para consecução de determinado fim. Portanto, o que nós temos que nos perguntar é se o Universo e a Consciência Cósmica são teleológicos; se há metas, fins ou objetivos últimos guiando a Natureza e a Humanidade; se será possível – no tempo que é tempo e que não é tempo – a realização plena e exeqüível do espírito humano. Se respondermos sim a qualquer um destes questionamentos, é razoável que ainda ajamos de forma hipotética.]

Onde está o Dharma, está Krishna; onde está Krishna, aí está a Vitória! [Onde estão o Bem e a Beleza, está a Paz Profunda.]

 

 

 

 

Ai!, quanta iniqüidade! Ai!, que perdurável iniqüidade estamos empenhados em perpetrar ao nos esforçarmos, por mera gananciosa satisfação, para nos apropriarmos da soberania da Terra, sacrificando nossos parentes! [Queremos; sofremos. Matamos; suicidamos. Suicidamos; assassinamos. Desviamos para a esquerda; seremos entropizados e reciclados. Infelizmente, os medonhos – ou como está escrito na Gita, os que gozam festins manchados de sangue – conhecerão a Oitava Esfera!]

Os homens sábios não se lamentam pelos ignorantes e não se regozijam pelos doutos. A falta de equanimidade é contrária ao que é espiritual, gera confusão e obstaculiza a Beatitude. [Se um corpo A aplicar uma força qualquer sobre um corpo B, receberá deste uma força de mesma intensidade, de mesma direção e de sentido oposto à força que aplicou em B. Contudo, isto nada tem a ver com a Lei do Talião (do latim Lex Talionis e simbolizada pela expressão olho por olho, dente por dente), mas tem tudo a ver com o inexorável fato de que somos responsáveis por tudo. Esconder a sujeira embaixo do tapete não fará com que ela desapareça, e não nos eximirá de, um dia, termos de limpá-la. Quanto mais adiamos, mais padecemos; quanto menos compreendemos, mais nos degradamos. Seja como for, no Kârana Dharma Gita está escrito: ... as causas das ações se resolvem, inevitavelmente, em suas conseqüências. Somos responsáveis por tudo.]

Não cedas à inação. [Da mesma forma que a justiça não socorre os que dormem, quem apenas goza a vida, quem apenas curte a vida, poderá conhecer a Santa Vida? Por isto, está escrito na Gita: Rechaça essa opressiva covardia mental e empreende a elevada ação!]

Os mundos de 'Daiva-Bhava' e 'Asura-Bhava' (com suas qualidades divinas e demoníacas) se originaram igualmente de mim. [Do Um, tudo, fora do Um, nada. Em nosso Coração, tudo; fora de nosso Coração, apenas ilusão, generatriz do sofrimento e da incompreensão.]

Através do entendimento espiritual transcendental, qualquer pessoa de elevado conhecimento e de profunda devoção – e empenhada em ações impessoais – alcança a Realização, entrando naquele Estado no qual já não se aflige nem tampouco se regozija. [Mas isto não significa que a Busca e a Peregrinação terminaram; o fim de um ciclo é o começo de outro. A Busca e a Peregrinação são ilimitadas.]

 

 

 

 

O Samya-Yoga (Vigilância Transcendental, Yoga da Equanimidade e da Serenidade) não pode ser alcançado por aqueles de sentido e mente indisciplinados; porém, isto é alcançável pelo esforço disciplinado, por meio de Transcendente Ideação (Suddha Dharma). O aspirante, atraído pelo que seus sentidos objetivos captam, se apega a ditas percepções; do apego nascem as paixões, e as paixões dão origem à ira; da ira surge a perda do discernimento; daí provém o obscurecimento da memória; por essa razão o intelecto se debilita, e com tal debilitação Samya-Yoga não é alcançado. [Escreveu Raymond Bernard (19 de maio de 1923 - 10 de janeiro de 2006): Tudo tem sua origem em nós e a nós retorna. Por isso, o maior pecado do homem é o egoísmo.]

 

 

 

 

Ainda de um aspirante bem versado, os tumultuosos sentidos arrebatam forçosamente a Mente, seja durante a prática meditativa, seja durante sua atuação no processo samsárico mundanal. [Novamente faço referência a Raymond Bernard, que escreveu: Na Via Iniciática prestigiosa que seguimos, as tentações são numerosas, as quedas ocasionais e a dúvida periódica. Desistir? Retardar? Dormir? Jamais.]

As Oito Qualidades Átmicas: 1) Amplitude de visão e discernimento; 2) Ausência de orgulho; 3) Inofensividade; 4) Tolerância; 5) Retidão; 6) Pureza; 7) Firmeza de caráter; e 8) Ausência de egoísmo. A estas Oito Qualidades devem ser adicionadas: a) Disciplina mental; b) Desapego; c) Equilíbrio mental; e d) Reconhecimento dos males provenientes do nascimento, das enfermidades, da velhice e da morte, todos necessários à evolução humana.

As Vinte e Seis Qualidades Dáivicas: 1) Ausência de medo ou de temor; 2) Natureza pura; 3) Firme convicção na síntese de todo conhecimento; 4) Doação e ajuda desinteressada; 5) Domínio dos sentidos; 6) Oferenda com invocação (Sacrifício); 7) Estudo espiritual; 8) Austeridade; 9) Retidão; 10) Impossibilidade de ferir ('Ahimsa'); 11) Veracidade; 12) Ausência de desejos de vingança; 13) Dedicação; 14) Calma, Paz (Shanti);15) Não se imiscuir em insignificâncias; 16) Compaixão por todos os seres; 17) Ausência de cobiça; 18) Afabilidade; 19) Humildade; 20) Constância; 21) Magnanimidade; 22) Perdão; 23) Atitude unificadora (conciliadora); e 24) Superação da vaidade e da presunção.

Ó Partha! O orgulho, a arrogância, a presunção, a cólera, a crueldade, como também a ignorância da existência do Princípio da Vida, caracterizam aqueles que nasceram com a herança dos viciosos (egoístas). A herança dos Virtuosos leva à Liberação ('Moksha', Liberação dos Trigunas), enquanto que a herança dos Viciosos conduz à escravidão. [Herança dos Viciosos = Oitava Esfera = Homens sem alma, que, segundo o Swarupa Dharma Gita, são inimigos da Lei, tiveram nascimento asúrico e descem ao inferno do mais absoluto egocentrismo.]

Tríplice é o portal que conduz ao Inferno, obscurecendo o discernimento átmico: paixão, ira e cobiça. [Inferno pessoal construído por insaciáveis e daninhas paixões, pelo orgulho, pela vaidade, pela insolência, por egoísticas intenções e por propósitos iníquos.]

Óctupla Divisão (Fundamentos Cósmicos): 1ª - Terra (Solidez); 2ª - Água (Fluidez); 3ª - Fogo (Calor); 4ª - Ar (Vapor); 5ª - 'Akasha' (Éter); 6ª - 'Manas' (Mente-Emoção); 7ª - 'Buddhi' (Intelecto); e 8ª - Princípio do Eu ('Ahamkara').

Todos os seres são expressões de 'Anna' ('Akshara', o Imperecível). 'Anna' é a expressão do 'Parjanya' (Jiva, Espírito Individual); 'Parjanya' é a expressão de 'Yagna' ('Athma'); Yagna' é a expressão de 'Karma' ('Paramathma').

O Soberano Princípio da Vida ('Athma') não constitui a causa próxima da atuação dos seres no mundo, nem está unido, nem é afetado pelo fruto (resultado) de nenhuma ação; á a Matéria ('Prakriti') que constitui a causa imediata ou próxima de toda ação no processo samsárico mundanal.

A pessoa que, livre de toda paixão, atua desapegadamente, e, estando livre de posses materiais, sendo impessoal, alcança a paz.

Sabe tu que a Matéria ('Prakriti') e o Princípio da Vida ('Purusha') são ambos sem princípio. [Para o Ser nunca houve começo, pois o Nada não pode dar origem a alguma coisa, ensinou o Mestre Alden (Frater Harvey Spencer Lewis, 1º Imperator da AMORC para este Segundo Ciclo Iniciático). Entretanto, o Frater Vicente Velado no trabalho Spira Legis (Sobre o Estudo das Espirais da Lei), reflete: Entretanto, se nós considerarmos o Nada como um ponto abstrato e sem forma, dentro de um Zero Simbólico e Absolutoo SAB (Symbolical Absolute Zero) – ... veremos que o Nada pode se autotransformar em Manifestação, e verificaremos que isto é feito através das Espirais da Lei. A Spira Legis é, pois, a contínua projeção do Nada para fora da sua natureza, externando-a como manifestação, sem que isso nunca tenha começado e nem se originado, e, conseqüentemente, jamais tenha um fim. Tudo isto leva a um entendimento: o começo de algo deriva de algo que obrigatoriamente já existe, que derivou de algo que obrigatoriamente já existia. Ainda que se possa imaginar um ponto-generatriz inicial, esse ponto derivou de algo que é parte do Todo-Sempre-Todo, incriado e existente por si.]

 

 

 

 

 

Considerações Finais

 


Nestas considerações finais vou recordar as Oito Qualidades Átmicas e as Vinte e Seis Qualidades Dáivicas, pois, penso que elas resumam toda a Sabedoria contida na Gita.

 

As Oito Qualidades Átmicas:


1) Amplitude de visão e discernimento; 2) Ausência de orgulho; 3) Inofensividade; 4) Tolerância; 5) Retidão; 6) Pureza; 7) Firmeza de caráter; e 8) Ausência de egoísmo. A estas Oito Qualidades devem ser adicionadas: a) Disciplina mental; b) Desapego; c) Equilíbrio mental; e d) Reconhecimento dos males provenientes do nascimento, das enfermidades, da velhice e da morte, todos necessários à evolução humana.

 

As Vinte e Seis Qualidades Dáivicas:

 

1) Ausência de medo ou de temor; 2) Natureza pura; 3) Firme convicção na síntese de todo conhecimento; 4) Doação e ajuda desinteressada; 5) Domínio dos sentidos; 6) Oferenda com invocação (Sacrifício); 7) Estudo espiritual; 8) Austeridade; 9) Retidão; 10) Impossibilidade de ferir ('Ahimsa'); 11) Veracidade; 12) Ausência de desejos de vingança; 13) Dedicação; 14) Calma, Paz (Shanti);15) Não se imiscuir em insignificâncias; 16) Compaixão por todos os seres; 17) Ausência de cobiça; 18) Afabilidade; 19) Humildade; 20) Constância; 21) Magnanimidade; 22) Perdão; 23) Atitude unificadora (conciliadora); e 24) Superação da vaidade e da presunção.

Se em uma encarnação pudermos dominar perfeitamente, pelo menos, uma destas 34 Qualidades, já teremos feito um bom Trabalho. É escusado tentar dominar todas; afinal, (ainda) não somos super-homens, isto é, ainda não somos capazes de desenvolver plenamente a condição humana, criando novos valores e sentidos para a realidade, e afirmando intensamente a vida, a despeito do inevitável sofrimento que a cerca. (Nietzschianismo).


 

 

 

 

 

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Notas:

1. Gáyatri = Verso ou Mantra dirigido ao Sol Espiritual que os Brâhmanes (e todo ariano) recitam mentalmente todos os dias ao nascer e ao pôr do Sol, durante suas práticas devocionais.

2. Normalmente se admite que os mantras são originários do Hinduísmo, porém são utilizados também no Budismo, no Jainismo e por místicos não formalmente vinculados a uma determinada religião. Admite-se, também, que o vocábulo mantra provém de duas palavras sânscritas: man (o ato de pensar; estado ou disposição particular da mente) e tra (alavanca, liberação). Nesse sentido, entre outras possibilidades, um mantra auxilia a liberação da mente.

Em terras tibetanas (budistas), a prece-mantra mais comum é OM MANI PEME HUM (pronúncia tibetana), conhecida como o Mantra de Chenrezi[g] – o Buda da compaixão. Este poderoso Mantra, originário da Índia, à medida que foi migrando para o Tibete, foi tendo sua pronúncia modificada, porque algumas palavras e alguns sons sânscritos eram difíceis de ser pronunciados pelos tibetanos. Em sânscrito sua pronúncia é: AUM MANI PADME HUM (Mantra de Avalokiteshvara). As duas animações abaixo (que não foram produzidas por mim, apenas foram editadas em flash), pictórica e individualmente, representam este Mantra. Aponte o mouse para cada uma delas para ouvir o Mantra OM MANI PEME HUM cantado em pronúncia tibetana. Logo abaixo das animações, há uma tabela que explica, muito resumidamente, o significado de cada sílaba do Mantra com sua cor característica. Nesta tabela, se você apontar o mouse para o Mantra grafado em sânscrito que encima a tabela conhecerá sua pronúncia em tibetano. AUM OM. Como afirma Swami Subrahmanyananda no prefácio da edição completa da Bhagavad Gita (com 26 capítulos), publicada na Índia em 1917, o Monossílabo OM... quando pronunciado por um verdadeiro Mago Branco é capaz de produzir os mais maravilhosos resultados.

 

 

 

 

Sílaba
Paramita*
OM
Generosidade
MA
Eticidade
NI
Tolerância e Paciência
PE
Diligência
ME
Concentração
HUM
Sabedoria

 

* Paramita (em sânscrito) ou Parami (em pali): perfeição ou transcendência; literalmente significa aquele que alcançou a outra margem. No Budismo, denominam-se de paramitas as perfeições ou culminações de certas práticas. Tais práticas são cultivadas por arahants e bodhisattvas que as exercitam para poderem atravessar a ponte da vida sensorial (Samsara) e alcançarem a Illuminação – como ensina Swami Subrahmanyananda, último estado em que o Ser resplandece (Samadhi, Suddha-Dharma, Yoga, Amrita, Nirvana, Sukha, Eka, Namaskara, Sharana, Brahma-Samsthiti, Paramapada ou Turiya). As seis sílabas purificam os seis reinos da existência plena de sofrimentos. Assim, a recitação do Mantra OM MANI PEME HUM ajuda a alcançar perfeição nas seis práticas – da Generosidade à Sabedoria (ShOPhIa), conforme mostra a tabela acima.

Fonte do Mantra OM MANI PEME HUM:

http://www.salves.com.br/om_mani.htm

 

Bibliografia:

SRIMAD BHAGAVAD GITA (Bhagavan Sri Krishna). Obra completa traduzida do texto original com 26 Capítulos e 754 Slokas. 1ª edição. Tradução, resumo do Mahabhárata, glossário e artigos complementeres por Haydée Touriño Wilmer. Rio de Janeiro: Editora Vozes Ltda, 2002.

 

Páginas da Internet e Websites consultados:

http://www.esquizopedia.com/
wp-content/uploads/2006/10/espiral.jpg

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_causa_
e_efeito_(Doutrina_Esp%C3%ADrita)

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2883

http://pt.krishna.com/main.php?id=18

http://www.harekrishna.com/

http://en.wikipedia.org/wiki/
Om_mani_padme_hum

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paramitas

http://www.ayurveda.com.br/
ayurveda/home/default.asp?cod=161&cat=82

http://revcom2.portcom.intercom.org.br/
index.php/galaxia/article/viewFile/1248/1019

http://pt.wikipedia.org/wiki/Vedas

http://www.casadomacaco.hpgvip.ig.com.br/
krsna/pagina4.htm

http://www.shyamasundaradasa.com/
jyotish/resources/predictions.html

http://www.krishna.com/main.php?id=460

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Movimento_Hare_Krishna

http://www.salves.com.br/om_mani.htm

http://www.amorcosmico.com.br/
hinduismo/bhagavad/gita.asp

http://pt.wikiquote.org/wiki/Hindu%C3%ADsmo

http://www.casadobruxo.com.br/textos/gita.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bhagavad_Gita

http://www.ibev.vraja.net/fixo/gita.htm

http://www.indiasabedoria.hpg.ig.com.br/glossario.html

http://www.gita.ddns.com.br/gita/bgita.php

http://pt.krishna.com/main.php?id=107

http://harmonista.scsmath.org/
harmonistanova/artigos/SP/cavalheiros.html

http://www.paramgatiswami.oi.com.br/corrente.htm

http://www.yoga.pro.br/subsecao.php?secao=3035

http://pt.krishna.com/main.php?id=353

http://www.studioyoga.it/

http://www.levir.com.br/morya.php

http://bsholla.tripod.com/gods/

http://www.gita.ddns.com.br/hinduismo/vedas.php

 

Fundo musical:

Hare Krishna Maha Mantra (cantado por Srila Bhaktivedanta Swami Prabhupada)

Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama Hare Hare

Fonte do Mantra Hare Krishna:

http://www.vrindavan.org/vrinda/mantras/mantras.htm