Este estudo (parte 2) objetivou garimpar na obra Vril, o Poder da Raça Futura (Vril: The Power of the Coming Race), de autoria de Edward George Bulwer-Lytton e publicada em 1871, alguns fragmentos importantes e disponibilizá-los para reflexão. Eventualmente, em um fragmento ou outro, apresentarei uma breve reflexão sobre o tema. O Vril, citado por Bulwer-Lytton, é uma energia que invade tudo e dá um poder ilimitado àquele que seja capaz de dominá-la. A Sociedade Thule (Thule-Gesellschaft), uma sociedade ocultista ligada ao Nazismo, ansiou alcançar esta forma de energia, mas, obviamente, se de fato ela existe, não conseguiu.
Breve Biografia
Edward George Bulwer-Lytton
Lord Edward George Bulwer-Lytton é conhecido como o autor de Os Últimos Dias de Pompéia (1834), um grande clássico da literatura inglesa e, sobretudo, pelo romance ocultista Zanoni (1842). Nasceu em Londres, em 25 de maio de 1803, numa família aristocrática, e já compunha versos desde os dez anos de idade. Estudou em Cambridge, onde se destacou como poeta e dramaturgo. Em 1831, ingressou na política e foi Ministro de Assuntos Exteriores, aproveitando para fazer contato com sociedades secretas chinesas. Seu habilidoso trabalho na política lhe valeu o título de Primeiro Barão de Lytton.
Além de político destacado, foi também ocultista praticante, interessado nos mais diversos fenômenos paranormais, e seu interesse pela magia e pelo espiritualismo o levaram a conhecer o célebre ocultista francês Éliphas Lévi. A Sociedade Rosacruz Inglesa, fundada em 1867 por Robert Wentworth Little, elegeu Bulwer-Lytton como Grande Patrono, mas, ele escreveu para a Sociedade dizendo-se extremamente surpreso por este título e o recusou. No entanto, muitos grupos esotéricos têm reivindicado a filiação de Bulwer-Lytton, principalmente porque alguns de seus escritos, como Zanoni, contêm noções esotéricas e rosacruzes. Diz- se também que teria sido membro da Irmandade Hermética de Luxor, ultra-secreta sociedade rosacruz que, segundo autores esotéricos, teve um papel importante na política, na cultura e no espiritualismo do século XIX. Mas, em público, o escritor não costumava falar de sua relação com os fenômenos psíquicos, embora na sua autobiografia sejam encontrds referências ao médium Douglas Home e a algumas sessões espíritas, que teria participado junto com o seu filho. Nada mais natural, portanto, que o misticismo e o sobrenatural tenham inspirado várias obras do novelista.
Uma de suas obras mais curiosas é Vril, o Poder da Raça Futura (Vril: The Power of the Coming Race). Atraído pelo gênero fantástico nas suas diversas vertentes, Lytton publicou este romance em 1871, uma obra que tem a originalidade de abordar assuntos que se tornariam correntes na ficção-científica. Em muitos aspectos, trata-se de um texto antecipador, abrangendo temas que vão do feminismo – passando por reformas políticas e sociais – a invenções tecnológicas. Pode-se estabelecer um elo entre a obra de Lytton e a Utopia, de Thomas More, e, sobretudo, com alguns textos de Júlio Verne e H. G. Wells. O mito da Atlântida, a existência de prodigiosas forças eletromagnéticas, as potencialidades da ciência e da tecnologia, a adoção de modelos sociais avançados – tudo isso permeia a história desta raça futura, que, um dia, surgirá das profundezas da Terra e dominará o mundo.
Enfim, no mundo utópico de Lytton, o ideal socialista foi plenamente alcançado. Ali reinam a igualdade absoluta e a harmonia não só entre homens e mulheres, mas, também, entre as classes sociais. O mais humilde cidadão goza da mesma consideração de um magistrado supremo. Não há vaidade, egoísmo, culto à personalidade ou amor à fama. Os mais elevados cargos da comunidade não trazem consigo privilégios nem vantagens pecuniárias. Todo cidadão coloca o bem-estar da comunidade acima de tudo, até mesmo da sua própria sobrevivência.
Em 4 de janeiro de 1873, Bulwer-Lytton começou a se queixar de dores agudas e zumbidos em ambos os ouvidos e, alguns dias mais tarde, ficou cego. Após uma agonia prolongada de 14 dias, em que, inclusive, sofreu ataques epiléticos, Bulwer-Lytton acabou por falecer em 18 de janeiro de 1873, vítima de uma otite (inflamação da pele que recobre a orelha externa, causada por bactérias ou cogumelos microscópicos), que se alastrou para o cérebro. Este final dolorido e dramático do Iniciado Rosacruz Bulwer-Lytton me determina a, educativamente, recordar e comentar:
Não há santo nem pecador,
religioso nem quem não tem fé,
verticalizado nem horizontalizado,
protegedor nem iconoclasta,
filantropo nem antropófobo,
defensor da vida nem genocida,
preservacionista nem destruidor,
privilegiado nem desfavorecido,
bem-nascido nem malfadado,
com-tudo-de-tudo nem sem-nada,
soberano nem escudeiro,
quem-seja nem quem-não-seja,
que não esteja submetido à Lei
– à Lei Cósmica Unimultiversal.
Muitos seres-humanos-aí-no-mundo,
ilustres exemplos de honradez e dignidade
– bem conhecidos por todos nós –
foram desrespeitados, humilhados,
supliciados, crucificados, fogueirados...
Mas, por que isto sempre ocorreu,
ocorre hoje e continuará a ocorrer?
Por que a Lei da Causa e do Efeito
(irmã gêmea da Lei do Renascimento)
– que Educa para haver Libertação –
não resguarda nem exime ninguém,
não exclui nem desobriga ninguém,
não acoberta nem favorece ninguém,
e as diversas formas de compensação,
algumas vezes, aparentemente, são
inabituais, infreqüentes e insólitas.
Repito e sublinho: aparentemente.
Seja como for, injustiça, desequilíbrio,
demasia e deficiência não existem.
Para que possamos nos Alforriar
–› Compreender –› nos Divinizar
– o Svmmvm Bonvm da existência –
o karma terreno deverá ser zerado,
e isto deverá ser in totum cumprido,
o que, eventualmente, será pela dor,
o Primeiro Degrau da Escada Tríplice.
Escada de Três Degraus (Não-excludentes)
Finalmente, o que tudo isto significa?
Significa que, em cada encarnação,
todos nós, sem exceção, temos uma
parcela de karma a ser compensado.
Chiar e blasfemar só pioram as coisas.
Paciência... Humildade... Dignidade...
Todos nós haveremos de chegar
Todos que se esforçarem e merecerem.
Simbolicamente
Fragmentos da Obra
Pódio
(A doce ilusão da vitória)
Entre os Vril-ya, não há um sistema de recompensa nem de punição, pois, não há [prêmios para distribuir] nem crimes para punir. O nível moral dos Vril-ya é tão parelho [e tão equânime] que, como um todo, nenhum indivíduo se considera ou é considerado mais virtuoso [mais exímio, mais excepcional, nem mais bambambã] do que os outros.
No pódio,
qual é a colocação mais importante e menos importante:
o 1º lugar, o 2º lugar ou o 3º lugar?Na água,
qual elemento é mais importante e menos importante:
o oxigênio ou o hidrogênio?No NaCl,
qual íon é mais importante e menos importante:
o Na+ ou o Cl–?No ,
qual pólo magnético é mais importante e menos importante:
o ou o ?No ar atmosférico,
qual componente é mais importante e menos importante:
o nitrogênio, o oxigênio, o gás carbônico ou os gases nobres?No sangue,
o que é mais importante e menos importante:
os elementos figurados ou o plasma?No DNA,
o que é mais importante e menos importante:
as purinas ou as pirimidinas?Na mão,
o que é mais importante e menos importante:
o mindinho ou o polegar?Em uma quitanda,
quem é mais importante e menos importante:
o dono ou o empregado?Em uma república,
qual Poder é mais importante e menos importante:
o Legislativo, o Executivo ou o Judiciário?No Estado Democrático de Direito,
o que é mais importante e menos importante:
a soberania popular ou a separação dos poderes estatais?Em uma eleição,
quem é mais importante e menos importante:
o candidato ou o eleitor?Para que haja Paz Perpétua,
o que é mais importante e menos importante:
extinção dos exércitos ou não-intervencionismo?Para zerar o lucro capitalista,
o que é mais importante e menos importante:
secar a mais-valia ou desidratar o mais-trabalho?Entre os bichos,
qual é mais importante e menos importante:
o leão ou a gazela?Na sociedade,
quem é mais importante e menos importante:
o homem ou a mulher?Dentre os povos antigos,
qual foi mais importante e menos importante:
o povo egípcio ou o povo mesopotâmico?Na Missa Tridentina,
o que é mais importante e menos importante:
o Introibo ad Altare Dei ou o Ite Missa Est?Das Três Cruzes do Gólgota,
qual é mais importante e menos importante:
a Cruz Comum, a Cruz da Transmutação ou a Cruz da Transcendência?No Salmo 115,
o que é mais importante e menos importante:
non nobis Domine ou Nomini Tuo?Em uma paróquia,
quem é mais importante e menos importante:
o padre-cura ou a assembléia de fiéis?Dentre os Filósofos pré-socráticos,
quem foi mais importante e menos importante:
Pitágoras de Samos ou Heráclito de Éfeso?Em uma dízima periódica composta,
o que é mais importante e menos importante:
o anteperíodo ou o período?Em um triângulo retângulo,
o que é mais importante e menos importante:
a hipotenusa ou os dois catetos?Na equação ax² + bx + c = 0
o que é mais importante e menos importante:
o a, o b ou o c?Dentre os Doze Apóstolos,
quem foi mais importante e menos importante:
Tiago (filho de Zebedeu) ou Tiago (filho de Alfeu)?Em um carro,engrenagem
o que é mais importante e menos importante:
o motor ou os pneus?Em uma engrenagem,
o que é mais importante e menos importante:
a roda dentada ou o eixo?No caráter,
o que é mais importante e menos importante:
a dignidade ou a piedade?No arroz com feijão,
o que é mais importante e menos importante:
o arroz ou o feijão?Na pobreza absoluta,
o que é mais importante e menos importante:
a privação das necessidades humanas básicas ou o inacesso aos serviços?Na PanCOVIDmia,
o que é mais importante e menos importante:
as vacinas ou as medidas não-farmacológicas?Em um átomo,
o que é mais importante e menos importante:
o núcleo ou a perifaria?No nosso Sistema Solar,
o que é mais importante e menos importante:
a Terra, a Lua ou o Sol?Dentre os monumentos antigos,
qual é mais importante e menos importante:
a Grande Pirâmide ou Stonehenge?Dentre os sítios arqueológicos antigos,
qual é mais importante e menos importante:
Gobekli Tepe ou Machu Picchu?No Tribunal do Júri,
quem é mais importante e menos importante:
o juiz ou os jurados?Na encarnação,
o que é mais importante e menos importante:
o nascimento ou a Grande Aventura?Na VIDA,
o que é mais importante e menos importante:
MORRER ou VIVER?No Ritual Rosacruz,
quem é mais importante e menos importante:
o Mestre ou a Columba?Na Maçonaria,
o que é mais importante e menos importante:
o Esquadro ou o Compasso?Na Magnum Opus,
o que é mais importante e menos importante:
Nigredo, Albedo, Citrinitas ou Rubedo?Em uma Iniciação,
quem é mais importante e menos importante:
o Iniciador ou o Iniciado?Na Grande Loja Branca,
quem é mais importante e menos importante:
o Mestre Djwhal Khul, o Mestre Kut Hu Mi ou o Mestre Morya?No Movimento Teosófico,
quem foi mais importante e menos importante:
Helena Petrovna Blavatsky, William Quan Judge ou Henry Steel Olcott?No Svmmvm Bonvm,
o que é mais importante e menos importante:
o Svmmvm ou o Bonvm-in-se?No Fiat Voluntas Tua,
o que é mais importante e menos importante:
o Fiat ou a Voluntas?No Mantra AUM MANI PADME HUM,
o que é mais importante e menos importante:
AUM MANI ou PADME HUM?Na Sagrada Palavra A.'. U.'. M.'.,
qual vogal é mais importante e menos importante:
a vogal A.'., a vogal U.'. ou a vogal M.'.?Na semana,
qual é o dia mais importante e menos importante:
quinta-feira ou sexta-feira?No ano,
qual é o mês mais importante e menos importante:
maio ou dezembro?Na educação de uma criança,
quem é mais importante e menos importante:
a mãe ou o pai?No Unimultiverso,
o que é mais importante e menos importante:
o Mahamânvântâra ou o Mahaprâlâya?No Unimultiverso,
não existe essa esdruxulice de mais ou de menos importante.
Tudo, sem exceção, é igualmente importante, porque 1 + 1 = 1 e 1 – 1 = 1.
Foi a ignorância (incultura) que inventou a qualidade comparativa ± importante.
Só a Compreensão Iniciática progressiva ab-rogará esta incongruência.
Portanto, fica pergunta (difícil de responder):
para os ignorantes, incultos e ineruditos,
o que é mais importante e menos importante:
o poder/domínio/controle ou o dinheiro/haveres/luxo?
Quanto aos impostos, todas as comunidades dos Vril-ya contribuíam com uma justa proporção.
Desde a descoberta do Vril, não havia mais animais de carga nem os Vril-ya caçavam animais para se alimentar.
Entre os Vril-ya, nenhuma diferença de classificação é reconhecível; conseqüentemente, todas as ocupações gozam do mesmo status social.
Entre os Vril-ya, não há qualquer incentivo à ação nascido da ambição ou da concupiscência.
Acostumados a voar, embora menos rápido do que os pássaros, os Vril-ya atingem velocidades de quarenta a cinqüenta quilômetros por hora, podendo permanecer no ar por cinco a seis horas. Os Vril-ya têm o costume, em certos períodos, cerca de quatro vezes por ano, quando estão bem de saúde, tomar um banho carregado com Vril2. Consideram que esse fluido, usado moderadamente, é um grande sustentador da vida, mas, usado em excesso, quando em boa saúde, tende a reagir em sentido contrário e desvitalizar. No entanto, eles utilizam o Vril em todas as suas doenças, para ajudar a natureza a se restaurar. [Na atualidade, a Humanidade não possui nada disponível semelhante ao Vril, mas, à sua disposição, entre outros, possui o Mantra OM (A.'. U.'. M.'.).]
Os Vril-ya afirmam que respirar uma atmosfera carregada de melodias e de perfumes [incenso], necessariamente, produz um efeito que, ao mesmo tempo, acalma e eleva o caráter e o modo de pensar.
Entre os Vril-ya, não há pessoas deformadas nem disformes. Todos os Vril-ya têm uma expressão serena de doçura, combinada com majestade, que parece vir da consciência do poder que possuem e da total ausência de medo, físico ou moral.
Os Vril-ya acreditam e admitem que, uma vez que a educação deles esteja completa, [nomeadamente, o aspecto Espiritual (Esotérico/Iniciático)], estão destinados a retornar ao mundo superior e suplantar todas as raças inferiores que agora o povoam.
Na superfície da Terra, nossas populações mais civilizadas são muito semelhantes às piores raças subterrâneas, que os Vril-ya consideram irremediavelmente mergulhadas na barbárie e condenadas à extinção gradual, mas, certa.
É exatamente a predominância de poucos sobre muitos [situação prevalecente, por exemplo, nos regimes de exceção, nas monarquias absolutas, nas localidades sob domínio de bandos de milicianos (como ocorre, hoje, na área territorial do Grande Rio), no Capitalismo selvagem e nas teocracias] a indicação mais clara e fatal de uma raça selvagem, inferior e que persiste em seus erros, defeitos, vícios etc. A primeira condição para a felicidade consiste na eliminação da luta e da competição entre os indivíduos, que, qualquer que seja a forma de Governo que adotem, tende a subordinar muitos a poucos, destruindo a verdadeira liberdade do indivíduo, qualquer que seja a liberdade nominal do Estado, e impede a tranqüilidade da existência, sem a qual a felicidade não pode ser alcançada. De fato, se a Sabedoria [ShOPhIa (Trans)Racional + (Trans)Compreensiva] da existência humana consiste em tentar se aproximar da serena uniformidade, paridade, estabilidade e simetria dos Imortais, não poderá haver queda mais direta na direção oposta do que qualquer sistema que aspire levar ao extremo as desigualdades, as turbulências, as dessemelhanças, as diferenças, as desproporções, as desarmonias, os desequilíbrios, as disparidades e as distâncias assimétricas e relativas entre os mortais. Tampouco, com base em qualquer crença religiosa, será possível aspirar à Alegria e à Bem-aventurança dos Imortais, coisa que esperam alcançar os religiosos pelo mero ato de morrer. Pelo contrário, as mentes das pessoas acostumadas a atribuir sua felicidade a coisas tão contrárias à Divindade, achariam essa felicidade 'post-mortem' muito chata, e desejariam retornar ao mundo, onde podem contender e rivalizar umas com as outras [por tudo e por nada, isto é, por miragens e ilusões, por delírios fantasmagóricos e fantasias, por caprichos injustificáveis e descontrolados e por sei lá mais o quê sem pé nem cabeça.]
Não poderá haver, jamais,
Felicidade sem Organização.
Não poderá haver, jamais,
Organização sem Inter-relação.
Não poderá haver, jamais,
Inter-relação sem Conformidade.
Não poderá haver, jamais,
Conformidade sem Uniformidade.
Não poderá haver, jamais,
Uniformidade sem Paz.
Não poderá haver, jamais,
Paz sem Tranqüilidade.
Não poderá haver, jamais,
Tranqüilidade sem Bem.
Não poderá haver, jamais,
Bem sem Amor.
Não poderá haver, jamais,
Amor sem Cidadania.
Não poderá haver, jamais,
Cidadania sem Democracia.
Não poderá haver, jamais,
Democracia sem Estado de Direito.
Não poderá haver, jamais,
Estado de Direito sem Convicção.
Não poderá haver, jamais,
Convicção sem Eqüidade.
Não poderá haver, jamais,
Eqüidade sem Altruísmo.
Não poderá haver, jamais,
Altruísmo sem Desapego.
Não poderá haver, jamais,
Desapego sem Dialética.
Não poderá haver, jamais,
Dialética sem Ilustração.
Não poderá haver, jamais,
Ilustração sem Liberdade.
Não poderá haver, jamais,
Liberdade sem (Trans)Compreensão.
Não poderá haver, jamais,
(Trans)Compreensão sem Illuminação.
Não poderá haver, jamais,
Illuminação sem Iniciação.
Não poderá haver, jamais,
Iniciação sem Esforço/Mérito.
Não poderá haver, jamais,
Esforço/Mérito sem Bom Combate.
Não poderá haver, jamais,
Bom Combate sem a extinção total
da Grande Heresia da Separatividade.
Não poderá haver, jamais, extinção total
da Separatividade sem Felicidade.
E tudo isso só depende de nós!
O mecanismo e certas propriedades da Varinha do Vril dependem de quem a manuseia, em afinidade com a finalidade a que se propõe, e o pleno poder do Vril só pode ser exercido por aqueles que possuem um certo temperamento constitucional.
No caso do poder destruidor do Vril sobre a matéria inanimada, em um período de tempo extraordinariamente curto, uma cidade com o dobro do tamanho de Londres poderá ser aniquilada. [Não é à-toa que os nazistas insanos de Hitler, para conquistar o mundo, buscavam o Vril e o domínio da Ariosofia – a Sabedoria Ariana – a qualquer custo, a fim de criar um império pangermanista. Não conseguiram.]
Heinrich Luitpold Himmler, Adolf Hitler e o Castelo de Wewelsburg
Castelo de Wewelsburg – Renânia do Norte-Vestfália, Alemanha
(Centro de magia negra e escola de formação de líderes da SS)
Para alcançarmos o domínio de todas as forças sutis da Natureza impregnadas de Vril, precisaremos nos dedicar ao estudo da Ciência Fundamental. [Ciência Esotérico-Iniciática, que só poderá ser totalmente transmitida, compreendida e dominada pelo Esforço (Bom Combate) e pelo Mérito (Dignidade Absoluta + Impessoalidade Total).]
No Unimultiverso, nenhuma modalidade de matéria é inerte e sem movimento. Cada partícula está em incessante movimento e é constantemente influenciada por elementos, dos quais o fogo é o mais visível e ativo. Todavia, o Vril é mais sutil e, quando habilmente dirigido, é o mais poderoso.
Continuaremos a viver em luta e conflito, até que descubramos como utilizar as Forças Latentes de Vril, o que mudará o caráter da nossa sociedade. [As Forças Latentes de Vril só poderão ser transmitidas e conhecidas pela Iniciação.]
Qual, afinal, poderá ser a utilidade de uma civilização, se o objetivo que ela busca e persegue não é a superioridade na sua conduta moral?
Entre os Vril-ya, poucos vivem menos de cem anos. Também, em geral, gozam de muito boa saúde e vigor, o que torna a vida uma bênção até o último momento. Várias causas contribuem para isso. Entre outras, a ausência de todo tipo de estimulantes alcoólicos, moderação na alimentação e uma serenidade mental não perturbada por ocupações agitadas nem por paixões veementes. Eles não são atormentados, como nós, pela ganância nem pela ambição [desejos, cobiças e paixões], e são aparentemente indiferentes ao desejo de fama. São capazes de ter grande afeição, amor e terna e alegre indulgência. A felicidade dos Vril-ya muito raramente manifesta alguma forma de infortúnio. A morte de um ente querido é, entre eles, assim como entre nós, motivo de tristeza, mas, muito poucos morrem antes da idade em que a morte é mais uma libertação. Por outro lado, o cônjuge e os parentes do falecido são mais facilmente consolados do que nós, porque estão convencidos [certeza/convicção experiencial] de se reunir com o ausente em outra vida, ainda mais feliz, algo que entre nós, de maneira geral, não é muito comum.
A Vida é eterna;
tudo o mais é transitivo.
Tudo + todos são eternos;
a geração espontânea é anticiência.1
O Espaço-Tempo é eterno;
o espaço-tempo é uma Fata Morgana.2
Sem-início e sem-fim são eternos;
Big Bang e morte do Unimultiverso são desconhecimentos.
O Harmonium é eterno;
a desarmonia é uma insciência.
A Lealdade é eterna;
a traição é um imperativo hipotético medonho.
A Claridade é eterna;
a conspiração é uma calamidade.
A Misericórdia é eterna;
a impiedade é uma desconformidade.
A Tolerância é eterna;
o preconceito é uma desumanidade caliginosa.
A LLuz é eterna;
as trevas são doloridas, ainda que sejam educativas e passageiras.
A Lei da Causa e do Efeito é eterna;
a insurreição, a blasfêmia e o contra-senso são apedeutismos.
A Beleza é eterna;
a deformação é episódica.
A H2O é eterna;
o deserto é inerudição —› sequidão.
O Amor é eterno;
a aversão é transitória.
A Verdade é eterna;
as news são momentâneas.
A Ciência é eterna;
a lenda do jacaré é sacanagem.
A Transparência é eterna;
o orçamento secreto é canalhice.
A Dignidade é eterna;
o marcaureles na peça íntima é uma ceguidade.
A estima, a consideração e o respeito são eternos;
as rachadinhas são execrações repulsivas.
A Unimultifraternidade é eterna;
o gabinete do ódio é uma abominação.
A Paz é eterna;
a guerra é uma boçalidade.
O Estado de Direito é eterno;
a recalcitrância é obscurantismo.
Os Direitos Humanos são eternos;
a tortura é uma troglodice.
A Liberdade é eterna;
a censura é medievalismo.
O Livre-alvedrio é eterno;
o argumento baculino é um autoritarismo inecessário.
O Altruísmo (Serviço Altruísta) é eterno;
o egoísmo (eusismo) é escravizante.
A solidariedade é eterna;
o deixa-pra-lá é paralisante.
A Alegria é eterna;
a tristeza é maladia.
A Unimultiplicidade é eterna;
a separatividade é deformante.
O Sempre-Todos é eterno;
o primeiro-eu é um agrilhoamento.
A Aurora é eterna;
o conticinivm e a media nox são impedientes.
O Fiat Volvntas Tva é eterno;
o fiat volvntas mea é necedade.
O Svmmvm Bonvm é eterno;
o svmmvm malvm é uma cavernosidade.
A Divinização é eterna;
a demonização é entropizante.
A Iniciação é eterna;
a estagnação é apocópica.
A Magia Branca é eterna;
a magia negra é 8ª Esferizante.3
1 + 1 = 1 e 1 – 1 = 1 são eternos;
1 + 1 = 2 e 1 – 1 = 0 são exclusivismos.
Eu + você unificados somos eternos;
eu ou você individualizados somos impossibilidades cósmicas.
O-QUE-É é eterno;
o-que-não-é é uma miralusão.
Entre os Vril-ya, a duração da vida aumentou e continua aumentando, graças à descoberta das propriedades medicinais e revigorantes do Vril, aplicado como agente curativo.
De maneira geral, as sociedades são turbulentas porque cada um busca seu engrandecimento pessoal à custa dos outros.
Para os Vril-ya, duas coisas são indubitáveis: 1ª) existe um Ser Divino; e 2ª) existe um estado futuro. [Na verdade, não há, propriamente, um Ser Divino transcendente, separado, isolado e onitudo, nem tampouco um estado futuro (que esperamos que pintará no futuro). O Ser Divino é Aquilo-Inominado-e-Incognoscível-Tudo-Todo-Desde-Sempre-Um-e-o-Mesmo (O-QUE-É), de O Qual, ainda que inconscientemente, somos e fazemos parte Dele. Já o estado futuro é o sempre unificado passado + presente + futuro (particionado por nós, pela nossa ignorância) sem começo nem fim, pois, nunca houve começo nem poderá haver fim (ex nihilo nihil fit, nada surge do nada), se manifestando em múltiplos ciclos harmônicos, regulares, proporcionados e coerentes que se repetem periodicamente. No Unimultiverso, regido e regulado sempre pelas mesmas Leis Cósmicas, não existem desarmonia, imprevisibilidade, casualidade e eventualidade.]
Plantei feijão,
e nasceu feijão.
Plantei abóbora,
e nasceu abóbora.
Derrubei uma floresta,
e mudei o clima da Terra.
Liberei Hg para o ambiente,
e destruí meu sistema imunológico.
Semeei ventos,
e colhi uma baita tempestade.
Busquei só o meu engrandecimento pessoal,
e acabei miudinho.
Fiz quem pude de gato e sapato,
e acabei miando descalço.
Tentei afanar a perereca da vizinha,
e terminei engaiolado.
Todo dia, eu ficava de olho na butique dela,
e terminei roncolho, zarolho e quatrolho.
Cruzei boi com vaca,
e nasceu um bezerro.
Esmigalhei uma barata,
e esmigalhei a mim mesmo.
Explorei e escravizei,
e terminei na miséria.
Apaguei a luz,
e fiquei no escuro.
Dei falso testemunho,
e condenei um inocente.
Traí um amigo,
e traí a mim mesmo.
Resfriei a H2O,
e ela congelou.
Aqueci o chumbo,
e ele se liqüefez.
Acreditei em milagre,
e nada aconteceu.
Vendi milagres para os crentes,
e me tornei um abominável.
Fabriquei uma guerra,
e me tornei um monstro.
Poluí a Terra,
e me envenenei.
Malversei e me apropriei,
e fui em cana.
Falsifiquei a verdade,
e me tornei uma mentira.
Divulguei news,
e brutifiquei os homens.
Inventei a lenda do jacaré bêbado,
e comprometi a segurança das pessoas.
Privilegiei os incapazes,
e majorei a inanidade.
Fui antivacinista,
e muitos imitadores morreram.
Apoiei a imunidade de rebanho por contaminação,
e milhares acreditaram e morreram.
Fui preconceituoso, não isento e parcial,
e sofri e fiz muitos sofrerem.
Decidi me suicidar,
e matei a Humanidade.
Assassinei um adversário,
e cometi autocídio.
Impus a minha religião,
e acinzentei muitas vidas.
Fui contra o Estado Democrático de Direito,
e estimulei movimentos anti-republicanos.
Torturei diversos seres humanos,
e causei seqüelas incuráveis.
Acreditei em demônios,
mas, o demônio era eu.
Aprendi tudo errado,
e quebrei a cara.
Para todas as más causas que engendrei,
sempre fui o efeito compensatório.
Entrei no Silêncio,
e ouvi a Voz do Silêncio.
Lutei o Bom Combate,
Compreendi, me Libertei
e me tornei Um com meu Deus Interior.
Hoje, ensino sem colorir nem deformar,
e tenho ilustrado muitos irmãos.
Há quem goste de colorir e de deformar assim!
Continua...
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Notas:
1. Ex nihilo nihil fit é uma expressão latina que significa nada surge do nada. É uma expressão que indica um princípio metafísico segundo o qual o ser não pode começar a existir a partir do nada, já que o nada não existe. A frase é atribuída ao filósofo grego Parmênides de Eléia (530 a.C. – 460 a.C).
2. O efeito de Fata Morgana, do italiano fata Morgana (ou seja: fada Morgana), em referência à fictícia feiticeira (Fada Morgana) meia-irmã do Rei Artur que, segundo a lenda, era uma fada que conseguia mudar de aparência, é um efeito ótico (Princípio de Fermat). Trata-se de uma miragem que se deve a uma inversão térmica. Objetos que se encontrem no horizonte, como, por exemplo, ilhas, falésias, barcos ou icebergs, adquirem uma aparência alargada e elevada, similar aos castelos de contos de fadas.
3. O neologismo 8ª Esferizante se refere à Oitava Esfera.
Música de fundo:
Anima Mundi
Composição e interpretação: DionysusFonte:
https://mp3era.xyz/download/dionysus-anima-mundi.html
Páginas da Internet consultadas:
https://pixabay.com/vectors/search/limousine/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wewelsburg
https://pt.vecteezy.com/png/1189775-coroa
https://dribbble.com/shots/1912873-WIP-Animation
Direitos autorais:
As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.