A VOZ DO SILÊNCIO1

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Todos nós precisamos desenvolver a nossa percepção espiritual latente e a atitude interna de, constantemente, ouvir [a Voz do Silêncio], o que obrigará, indispensavelmente, ipso facto, um reajustamento [interno e externo], em virtude dos mandatos internos recebidos. (In: O Novo Grupo de Servidores do Mundo, obra telepatizada para Alice Ann Bailey pelo Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul).

 

 

 

 

Faturei com o mensalão.

Aí, a Voz Interna disse:

Safadão! Não mensalãozarás!

 

Enriquei com o petrolão.

Aí, a Voz Interna disse:

Maganão! Não petrolãozarás!

 

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E pintou uma indisposição...

Apresentei-me ao Juiz Moro,

e devolvi a comedeira toda!

 

 

 

 

IF (Se)
Joseph Rudyard Kipling
(Atualizado para a Contemporaneidade Brasileira)

 

 

 

 

Se fores capaz de resistir a uma maracutaiazinha sem-vergonha, quando todo mundo ao teu redor tenta te convencer de que o negócio é, descaradamente, levar vantagem e enriquecer...

Se fores capaz de não aceitar pagamento indébito, suborno ou propina para, absurda e diabolicamente, transformar ilícito em lícito, safadeza em justeza, irregularidade em regularidade, panamá em Shangri-La...

Se fores capaz de não procurar uma desculpa esfarrapada para, sacanocraticamente, se apropriar do dinheiro público, falcatruar, malversar, peculatar, dilapidar, malbaratar, meter a manzorra...

Se fores capaz de não ceder ao teu demônio interior, que te diz constantemente — Deixa de ser otário; se não afanares já, outros afanarão...

Se fores capaz de não permitir que as miragens e as ilusões do Plano Astral te escravizem e te arruínem...

Se fores capaz de alinhar o teu Manipura com o teu Anahata, e, depois, alinhar os outros Seis Chakras Principais com o Sahasrara...

 

 

 

 

Se fores capaz de dizer não ao maldito mensalão...

Se fores capaz de dizer não ao maldito petrolão...

Se fores capaz de dizer não a qualquer tipo de corrupção...

Se fores capaz de dizer não a qualquer tipo de tentação cabralizante...

Se fores capaz de dizer não a qualquer tipo de mutreta aviltante...

Se fores capaz de dizer não a qualquer tipo de triprexação desonrante...

Se fores capaz de dizer não a qualquer tipo de cunhalização aberrante...

Se fores capaz de dizer não a qualquer tipo de fraude odebrechtante...

Se fores capaz de dizer não a qualquer tipo de defraudação JBSante...

Se fores capaz de dizer não a qualquer tipo de sedução brasiliante...

Se fores capaz de te tornar Um com toda a Humanidade e com todos os outros Reinos da Natureza...

Se fores capaz de te tornar Um com todo o Universo...

Se fores capaz de não outrofobizar, judeofobizar, islamofobizar, negrofobizar, homofobizar, seja-lá-o-que-for-fobizar...

Se, em silêncio, fores capaz de ouvir e de acatar, sem contestação, a Voz do Teu Silêncio...

Se, denodadamente, fores capaz levar uma vida de Sannyasin...

Se fores capaz de reencontrar, em teu interior, o Lost Horizon e a Santa Palavra...

Teus, enfim, serão o Amor e o Bem, a Liberdade e a Alegria, a Beleza e a Paz, a Inteligência e a Harmonia, a Vida e a LLuz, e – o que é muitíssimo mais ainda – de fato, terás te tornado um Illuminado-Realizado, meu irmão! E que assim seja para ti e para todos os seres do Universo!

 

 


 

 

 

 

 

 

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Nota:

1. A Voz do Silêncio (título original: The Voice of the Silence) é um livro escrito por Helena Petrovna Blavatsky (12 de agosto de 1831 – 8 de maio de 1891), e publicado, pela primeira vez, em 1889. Reúne preceitos espirituais retirados do Livro dos Preceitos de Ouro, que tem uma origem comum com as célebres Estâncias de Dzyan, uma das fontes para a monumental A Doutrina Secreta. O texto traça, em linguagem poética e elevada, um panorama sucinto do Caminho que leva à Santidade ou à Illuminação, e faz diversas recomendações práticas para os aspirantes. Foi escrito em Fontainebleau, quando Blavatsky descansava de suas intensas atividades. Recebeu tradução para inúmeros idiomas. Em 1916, foi traduzido na língua portuguesa por Fernando Pessoa (13 de junho de 1888 – 30 de novembro de 1935). Annie Besant (1º de outubro de 1847 – 30 de setembro de 1933) descreveu as circunstâncias de como a obra foi escrita: Fui chamada a Paris para tomar parte em um grande Congresso Trabalhista, ali realizado de 15 a 20 de julho, e passei um ou dois dias em Fontainebleau com H. P. B., que lá se encontrava para repousar por uma ou duas semanas. Encontrei-a traduzindo os maravilhosos fragmentos retirados do Livro dos Preceitos Áureos, agora tão bem conhecido como A Voz do Silêncio. Escrevia fluentemente sem qualquer cópia diante de si e, à noite, pediu-me que lesse o texto para ver se estava escrito em um inglês decente. Ela escrevia sem consultar qualquer livro. Escrevia incessantemente, hora após hora, exatamente como se estivesse escrevendo de memória ou lendo onde não havia qualquer livro. À noite o manuscrito estava pronto.
O livro foi considerado pelo 14º Dalai Lama como sendo uma positiva influência para muitos buscadores do Budismo, na Senda do Bodhisattva, tendo sido, inclusive, republicado, em 1927, em uma edição especial por solicitação expressa sua]. A Voz do Silêncio, de que fala o título, é uma alusão à Inspiração Verdadeiramente Divina, à comunicação direta do devoto com sua personalidade-alma imortal, condição obtida somente após um longo e árduo processo de treinamento, desenvolvimento e purificação pessoal, que pode levar diversas vidas para ser completado. Os seguintes trechos selecionados dão uma boa ideia do seu conteúdo:

Há só uma Senda até o Caminho, porém, só chegado bem ao fim se poderá ouvir a Voz do Silêncio. A escada pela qual o candidato sobe é formada por degraus de sofrimento e de dor; estes só podem ser calados pela voz da virtude. Ai de ti, pois, Discípulo, se há um único vício que não abandonaste; porque, então, a escada abaterá e far-te-á cair. A sua base assenta no lodo fundo dos teus pecados e defeitos, e antes que possas tentar atravessar o largo abismo da matéria, tens de lavar os teus pés nas águas da renúncia. Acautela-te! Não vás pousar um pé ainda sujo no primeiro degrau da escada. Ai daquele que ousar poluir um degrau com seus pés lamacentos. A lama vil e viscosa secará, tornar-se-á pegajosa, e acabara por colar-lhe o pé ao degrau. E, como uma ave presa no visco do caçador sutil, ele será afastado de todo o progresso ulterior. Os seus vícios tomarão forma e puxá-lo-ão para baixo. Os seus pecados erguerão a voz, como o riso e o soluço do chacal depois de o Sol se por. E os seus pensamentos tornar-se-ão um exército e levá-lo-ão consigo, como um escravo cativo.

Lembra-te, tu que lutas pela libertação humana, que cada falência é um triunfo, e cada tentativa sincera, ao seu tempo, receberá o seu prêmio. Os santos germes que brotam e crescem invisíveis na [personalidade-]alma do Discípulo dobram como juncos, mas, não quebram nem podem se perder. Todavia, quando a Hora soa, desabrocham.

 

Música de fundo:

The World is a Circle [from Lost Horizon (1973)]
Compositores: Burt Bacharach & Hal David
Interpretação: Liv Ullmann and Bobby Van

Fonte:

http://www.losthorizon.org/music/index.htm

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.luzdaserra.com.br/

http://www.animatedimages.org/

http://www.animated-gifs.eu/

https://www.picgifs.com/alphabets/dancing

https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Voz_do_Sil%C3%AAncio

https://www.dicionariodesimbolos.com.br/

https://makeagif.com/

https://giphy.com/

 

Direitos autorais:

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