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Nota:
1. A
Dialética (em latim, dialectìca,
substantivo feminino adaptado do adjetivo grego dialektikós)
é um método de diálogo cujo foco é a contraposição
e a contradição de idéias que conduzem a outras idéias,
e que tem sido, desde os tempos antigos, um tema central nas Filosofias
Ocidental e Oriental. A tradução literal da palavra Dialética
é: caminho entre as idéias. Historicamente, no platonismo,
é o processo de diálogo (ou debate) entre interlocutores comprometidos
profundamente com a busca da verdade, através do qual a alma se eleva,
gradativamente, das aparências sensíveis às realidades
inteligíveis ou idéias; no aristotelismo, é um raciocínio
lógico que, embora coerente em seu encadeamento interno, está
fundamentado em idéias apenas prováveis, e, por esta razão,
traz sempre em seu âmago a possibilidade de sofrer uma refutação;
no kantismo, é o raciocínio fundado em uma ilusão natural
e inevitável da razão, que, por isto, permanece no pensamento,
mesmo quando envolvido em contradições ou submetido à
refutação; no hegelianismo, é a lei que caracteriza
a realidade como um movimento incessante e contraditório, condensável
em três momentos sucessivos (tese, antítese e síntese)
que se manifestam simultaneamente em todos os pensamentos humanos e em todos
os fenômenos do mundo material; na elaboração marxista,
aparece como uma versão materialista da Dialética Hegeliana
aplicada ao movimento e às contradições de origem econômica
na História da Humanidade. Aristóteles (384 a.C. – 322
a.C.) considerava Zenão de Eléia (cerca de 490/485 a.C.? –
430 a.C.?) o fundador da Dialética. Outros consideraram Sócrates
(469 – 399 a.C.). A Dialética Hegeliana é idealista,
aborda o movimento do espírito. A Dialética Marxista é
um método de análise da realidade, que vai do concreto ao
abstrato e que oferece um papel fundamental para o processo de abstração.
Friedrich Engels (1820 – 1895) retomou, em seu livro A Dialética
da Natureza alguns elementos de Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770
– 1831),
concebendo a Dialética como sendo formada por leis; esta tese será
desenvolvida por Vladimir Ilitch Lenin (1870 – 1924) e Josef Vissarionovitch
Stalin (1878 – 1953). Por outro lado, outros pensadores irão
criticar ferrenhamente esta posição, qualificando-a de não-marxista.
Assim, se instaurou uma polêmica em torno da Dialética. O fato
é que a visão total é necessária para se poder
enxergar e encaminhar uma solução a um problema qualquer.
Hegel dizia que a verdade é o todo. Que se não enxergarmos
o todo, poderemos atribuir valores exagerados a verdades limitadas, prejudicando
a compreensão de uma verdade geral. Esta visão é sempre
provisória; nunca alcança uma etapa definitiva e acabada,
caso contrário a Dialética estaria negando a si própria.
Hegel se remete à Dialética Clássica, mas conferindo
movimento e dinamicidade às essências e aos conceitos universais
que, já descobertos pelos antigos, haviam, porém, permanecido
com eles em uma espécie de repouso rígido, quase solidificados.
O coração da Dialética se torna, assim, um movimento,
e precisamente um movimento circular ou em espiral, com ritmo triádico.
Os três momentos do movimento dialético são: 1º)
tese: momento abstrato ou intelectivo; 2º) antítese: momento
dialético (em sentido estrito) ou negativamente racional; e 3º)
síntese: momento especulativo ou positivamente racional. Segundo
este esquema, a idéia lógica, o princípio, converte-se
em seu contrário, a natureza, e esta em espírito, que é
a síntese da idéia e da natureza: a idéia-para-si.
A cada uma dessas etapas correspondem, respectivamente, a Lógica,
a Filosofia Natural e a Filosofia do Espírito. A parte mais complexa
do sistema é esta última: o espírito se desdobra em
subjetivo, objetivo e absoluto. Enfim, o processo dialético é
um processo racional original, no qual a contradição não
mais é o que deve ser evitado a qualquer preço, mas, ao contrário,
se transforma no próprio motor do pensamento, ao mesmo tempo em que
é o motor da História, já que esta última não
é senão o pensamento que se realiza. A Dialética, para
Hegel, é o procedimento superior do pensamento. É, ao mesmo
tempo, a marcha
e o ritmo das próprias coisas.
Nota
editada das fontes:
Dicionário
Eletrônico Houaiss de Língua Portuguesa
http://www.benitopepe.com.br/
2010/03/28/dialetica-hegeliana/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dial%C3%A9tica
Movimento
em Espiral
(sempre triádico)
Fundo
musical:
Bolero
Compositor: Joseph-Maurice Ravel
Fonte:
http://www.4shared.com/
get/EDkbWadl/Bolero_De_Ravel.html
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.mytinyphone.com/
wallpaper/461406/
http://giulianofilosofo.blogspot.com/
2011/04/dialetica-hegeliana.html