PEQUENO DEPOIMENTO

 

Eu cheguei a um termo nesta vida que não preciso de nada e não quero mais nada. Isto absolutamente não significa que eu tenha perdido o interesse pela vida. NÃO. Muito pelo contrário. Mas, não sinto mais necessidade de nada. Ou de quase nada. Nem por mim faço uma única oração, nem peço nada para mim. Sei lá. Acho esse tipo de coisa uma mistura de autocomiseração, de inutilidade e de comportamento hipotético. Tenho uma relativa saúde e muito mais do que preciso, e pelo menos 90% da Humanidade não têm 10% do que eu tenho. Isso é mesmo uma grande merda. Uma merdona. Mas, esse privilégio não significa que eu seja rico; vivo praticamente com o salário de Professor Adjunto IV aposentado da rede federal de ensino e mais uns razoáveis caraminguás do IDHGE. Mas, minha verdadeira fortuna é a minha cama. E isso me alegra e me entristece, porque milhões não têm sequer uma cama para dormir. Isso já é outra merdona.

Enfim, só tenho uma coisa em mente: trabalhar neste computador e esparramar amorosamente todas as idéias que passeiam pela minha cabeça o dia inteiro. Acho que se uma única pessoa ler um texto que escrevi e passar por algum tipo de transformação interior, cumpri minha tarefa. Só isso. E para quem não sabe, Deus existe. Existe em POTÊNCIA em nosso próprio interior. Temos tão-só que transformá-Lo – alquimizá-Lo – em ATO. Esse é o mistério oculto na PEQUENA GRANDE OBRA, parte inalienável da GRANDE OBRA!

Se você eventualmente diminuiu a música, aumente agora um pouquinho. Feche os olhos e imagine um Ser de Luz em seu interior e deixe que ele simplesmente se manifeste e fale. Apenas deixe que ele se manifeste e fale. Apenas deixe... Essa VOZ INAUDÍVEL que falará em seu interior é a VOZ INSONORA de que escreveu Madame Blavatsky. É tudo muito simples. Mas há um pequeno grande probleminha impeditivo: se houver uma microgota de vaidade no coração, nada feito. No Caminho Místico nada é pior do que a vaidade. Isso eu sei porque me foi mostrado claramente há exatamente dez anos, mas eu só realizei essa coisa totalmente há mais ou menos um ano. Esta, talvez, tenha sido a maior rodolfice na minha peregrinação como rosa+cruz. Estou dando este depoimento por amor a todos aqueles que lerem este rascunho, porque até aquela data (final de 2003) eu não era nem um pouco digno de Akhnaton e de Sâr Validivar — O Mestre AUM RAH. Hoje, quase sou. Mas esse quase tem cinco letras, e cada uma é simplesmente gigantesca. QUASE. Mas, com humildade sei que elas poderão diminuir de tamanho. Não é possível que eu (e todo mundo) vá bestar para o resto da vida!

 

 

                     

 

Enquanto um único ente estiver sofrendo, todos nós estaremos doentes. Não existe liberdade individual. Se bebemos a mesma água, se respiramos o mesmo ar e se vivemos no mesno Universo, a liberdade só pode ser COLETIVA. Qualquer pensamento diferente é sinônimo de EGOÍSMO — o Príncipe dos Pecados.

Mas, qual das estrelas abaixo é você? Eu sou aquela bem pequenininha logo ali...