MULHER... MÃE... AMIGA...

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Música de fundo: Mamma
Fonte:
http://www.chebucto.ns.ca/~ag477/

 

Eu gostaria de haver disponibilizado este texto no Dia Internacional da Mulher de 2005 – 8 de Março – mas acho que o Dia das Mães é igualmente (ou mais) apropriado. Há 148 anos, em 8 de Março de 1857, 129 operárias de uma fábrica têxtil muito fedorenta da Cidade de Nova Iorque, Estados Unidos da América, decidiram entrar em greve. Essas corajosas mulheres reivindicavam melhores condições de trabalho, direito a algo semelhante à licença-maternidade, salário equivalente ao dos homens e uma justíssima redução da jornada de trabalho, que, absurdamente, naquela época, podia chegar a 16 horas diárias! No mínimo as mulheres trabalhavam 14 horas! Acho que essas moças não podiam sequer fazer xixi! E dormiam quantas horas por dia? Quando e se dormiam um tiquinho, já estava na hora de acordar para voltar à faina para serem escravizadas à gula de seus feitores e empregadores. Aqueles tempos nada ficavam a dever à bárbara Antigüidade, pois, inclusive, mulheres solteiras eram tidas como um problema social e eram vistas como molambos esquisitos. Mulher sozinha sempre preocupou o poder econômico e é, ainda, vista como prostituta (nada contra prostitutas, muito pelo contrário) ou vagabunda em busca de programa. Há, por outro lado, em nada pior, muito machão safado pelaí, que ainda acha que mulher foi feita para parir e para dirigir um fogão na cozinha. De quebra, são obrigadas a lavar as cuecas desses estúpidos ignorantes. Senão, podem apanhar! Mas, como diz Maria Cottas: O século XIX foi um século de desequilíbrio. Foi o século de Napoleão, de Chateaubriand, de Leão XIII, de Rothschild, de Bismarck e de Lamartine. Todas as aberrações e todas as virtudes tiveram lugar nesse século. Como hoje! Mas no século passado tivemos Hiroshima, Nagazaki e o Napalm. E neste o WTC. Acho que piorou. E a coisa no Iraque fica mais mal a cada dia!!!

De repente, lembrei-me de Spartacus! — Todos somos Spartacus! Ninguém o entregou! Ninguém o traiu! Isso se chama dignidade. Mas Spartacus acabou assassinado, tendo sido crucificado por Roma porque lutou pela liberdade e pela elevação de todos os seres, fossem homens, fossem mulheres. Hoje a escravidão continua, mas dissimulada, maquilada e apoiada por parte da mídia, que, em situações específicas, serve descarada e conscientemente aos mesmos fazedores de maldades de sempre. Em tempo: o silêncio é a forma mais obscena de servir aos Irmãos de Negro.

Nesse ínterim, a mulher, em muitos pontos sombrios da Terra, continua nas mesmas condições terríveis daqueles tempos tenebrosos: aviltada, desrespeitada, excisada, enfim, tratada como objeto de enésima categoria, isto é, usada apenas para embelezar a vida dos homens, para procriar e para satisfazer sexualmente seus donos, muitas vezes sem ter direito de sentir ou de demonstrar prazer. Arre! Mas há algo muito pior. O número de mulheres infectadas com o vírus da AIDS não pára de crescer. Em 2000, um milhão e trezentas mil mulheres morreram de AIDS. Até 2003, existiam no mundo cerca de vinte milhões de mulheres contaminadas com o HIV, ou seja, o equivalente a 51% do total de pessoas com o vírus. E 96% das crianças infectadas pegaram a doença através de suas mães. Eu não sei se os dados são fidedignos, mas é veiculado que, no Brasil, são infectadas com o HIV 11 (onze) pessoas por minuto! O preço de todas essas perversidades e cumplicidades (e das outras que tenho discutido em outros textos) será simplesmente e nada menos do que o não-alcançamento da Vida Eterna. Não há purgatório, inferno ou reencarnação que dêem jeito em truculências e inclemências desse tipo. Quem infecta e corrompe uma pessoa (principalmente se for conscientemente) não pode ser classificado como ser humano. É mais perigoso do que o agente infectante em si, porque, inclusive, o microorganismo é inconsciente do que faz. E muitas mulheres foram infectadas com o HIV por homens que sabiam que eram soro positivos! Há certos tipos de maldades que terão que ser recicladas pela Lei da Entropia. Mal comparando: infecções bacterianas devem ser debeladas com antibióticos, ainda que todas e quaisquer bactérias sejam também nossas irmãs! E uma fotografia digital que não sirva é simplesmente apagada. E eu canso de deletar arquivos aqui neste computador. Não prestou, é excluído.

Voltando à fábrica têxtil muito fedorenta da Cidade de Nova York. O resultado da legítima insurgência daquelas mulheres foi que, infelizmente, os patrões assassinos e muito filhos da puta trancafiaram à força (forcei o português) as pobres moças e puseram fogo na fábrica. Acho que a polícia local, inclusive, chegou a apoiar esses miseráveis. Todas as grevistas foram assassinadas e morreram queimadas, e eles devem ter tomado um baita porre para comemorar a fritura. Já pensou que horror!

Contudo, em 1792 (65 anos antes do massacre de Nova Iorque), na Inglaterra, Mary Wolstonecraft (1759-1797), por incrível que pareça, já havia escrito um dos grandes clássicos da literatura feminista – A Vindication of the Rights of Women (A Reivindicação dos Direitos da Mulher) – onde defendia uma educação para meninas na qual fossem aproveitados e estimulados seus dotes e suas inclinações pessoais. Mais recentemente, o Mundo foi brindado com a luz pessoal de Simone de Beauvoir (1908-1986), autora, entre outros livros, de Le Deuxième Sexe (O Segundo Sexo), obra de 1949 que se tornou um clássico da literatura feminista, na qual é analisado o papel das mulheres na sociedade. Entretanto, pela primeira vez no Brasil, em 1885, a compositora e pianista Chiquinha Gonzaga (1847-1935) estreou como maestrina regendo a opereta A Corte na Roça. Essas são apenas algumas mulheres maravilhosas... E não posso me esquecer da Lena, minha empregada doméstica, que trabalha em minha casa há quase dez anos, da Ana Lucia Melo Gonçalves, SRC e Secretária da Ordem de Maat, de Maria A. Moura, SRC e primeira mulher a dirigir a Ordem Rosacruz - AMORC no Brasil, e de Mestre Apis–AWS, SRC e fundadora da Ordem de Maat.

Em 1910, o 1º Congresso Internacional das Mulheres, na Dinamarca, escolheu o dia 8 de Março como o Dia da Mulher. Ainda bem! Muito justo! Mas, ainda falta muito para que as mulheres sejam e estejam realmente livres. Sempre há um estupor para sacaneá-las. Um bom website (de onde garimpei alguns dados que apresentei acima) para visitar é:

http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/mulher/home.html

Outro é:

http://www.ucb.br/cecb/down_bioensmedio.htm

 

 

 

Por tudo isso, ofereço estes mal arrumados versos a todas as mulheres-mães-amigas do Mundo para comemorar este 8 de Maio de 2005. Gostaria também de ter colocado o Pavarotti cantando essa Mamma, mas o arquivo ficaria pesadíssimo, e já fui alertado que arquivos pesados são descartados. Mas a mid também é ótima. Então, esse texto é para todas vocês mulheres, mães e amigas, que, neste momento, estão representadas na grande mulher Blanca Maria Cella – filha, mulher, esposa, mãe e minha amiga e cúmplice de todas as horas.

Muito obrigado!

 

LINDA  GRAVIDEZ

 

 

 

MULHER, MÃE E AMIGA

 

 

A você, mulher, mãe e amiga,

Companheira de tantas viagens...

A você, mulher, mãe e amiga,

Rendo minhas sinceras homenagens.

Abençoada você, mulher, mãe e amiga!

 

Se não fosse você, mulher, mãe e amiga,

Nós, quem sabe, ainda não seríamos humanos.

Se não fosse você, mulher, mãe e amiga,

Seríamos, talvez, mais boçais e inumanos.

Sim! Se não fosse você, mulher, mãe e amiga!

 

Se não fosse você, mulher, mãe e amiga,

Talvez não existisse a Quinta Raça Raiz.

Se não fosse você, mulher, mãe e amiga,

Talvez fôssemos coisas da Terceira Raça Raiz.

Muito obrigado, mulher, mãe e amiga.

 

Que todos, em todos os Planos do Cósmico,

Respeitem você – mulher, mãe e amiga!

 

Que todos, em todos os Planos do Cósmico,

Protejam você – mulher, mãe e amiga!

 

Que todos, em todos os Planos do Cósmico,

Abençoem você – mulher, mãe e amiga!

 

 

Recentemente recebi um arquivo que estou divulgando agora. O autor estava inspiradíssimo! Então, para você, mulher, mãe e amiga, todo o meu carinho, respeito e amor! Veja comigo esse arquivo clicando em MULHER logo abaixo. A Mamma só vai tocar uma vez. Se ela ainda não acabou, espere um pouquinho porque o arquivo é musicado.

 

MULHER