VINCENT VAN GOGH
(1853-1890)

Rodolfo Domenico Pizzinga

http://www.rdpizzinga.pro.br/

Música de fundo: Holanda.mid
Fonte:
www.pards.hpg.ig.com.br

 

Vincent Willem Van Gogh

Vincent Willem Van Gogh (auto-retrato)
(Óleo sobre tela, 41.5 x 32.5 cm, Paris: Primavera, 1886)

 

Vincent Willem Van Gogh

Vincent Willem Van Gogh (auto-retrato)
(Óleo sobre tela, 51.0 x 45.0 cm, Arles: Janeiro, 1889)

 

Vincent Willem Van Gogh

Vincent Willem Van Gogh (auto-retrato)
(Óleo sobre tela, 65.0 x 54.0 cm, Saint-Rémy: Setembro, 1889)

 

BIOGRAFIA DE VINCENT VAN GOGH


        Não sou um crítico de arte e muito menos um especialista em Van Gogh. Mas me arrepio com sua obra. Sei, contudo, que é o maior mestre holandês depois de Rembrandt, e que é reconhecido como uma das maiores forças que impulsionaram a arte moderna, através da poderosa influência que exerceu sobre o Expressionismo. Denominam-se genericamente de expressionistas os vários movimentos de vanguarda do fim do século XIX e início do século XX, que estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que em sua exteriorização, projetando na obra de arte uma reflexão individual e subjetiva. O Expressionismo é a arte do instinto. Trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, expressando sentimentos humanos. Procura dar forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição etc. Deforma-se a figura para ressaltar o sentimento. Os principais expressionistas são: Gauguin, Cézanne, Toulouse-Lautrec, Munch, Kirchner, Paul Klee, Amadeo Modigliani e Vincent Van Gogh. Neste tipo de pintura predominm os valores emocionais sobre os intelectuais. Expressa, na grande maioria das vezes, naturezas isoladas e místicas.

        Aprendi, também, que Vincent, entre pinturas e desenhos, pintou aproximadamente 2000 (duas mil) telas em dez anos de carreira, e que afirmou: A pintura está na minha pele. Isto não é fantástico? Então, antes de mostrar a surpresa de 1,73 Mb, reproduzo abaixo, com algumas modificações e inserções, a biografia do Pintor retirada do site:
 
http://www.artistanet.com.br/site/
portal.asp?TroncoID=PARTIGOS


        Vincent Willem Van Gogh nasceu na cidade de Groot Zundert, Brabant, Holanda, no dia 30 de Março de 1853, em uma aldeia tão pequena que não aparece nos mapas. Morreu praticamente no anonimato, depois de uma existência dolorida e atormentada que terminaria por arrastá-lo ao isolamento e finalmente ao suicídio. Filho de um pastor calvinista, Van Gogh passou sua infância numa casa ampla, abastada, mas antiga, sem luz e muito triste. Segundo alguns biógrafos, foi uma infância enfadonha, melancólica e tediosa. A luz que ele buscava não estava naquela casa, e muito menos era harmônica com seu Eu Interior.

       Rebelde e solitário, desde cedo se mostrou insociável, rejeitando a realidade e a sociedade em que vivia. Profundamente desajustado – que, segundo meu entendimento, isto tinha origem no Transtorno Bipolar de que padecia –
procurou uma saída através do trabalho. Em julho de 1869 foi trabalhar na Galeria Goupil, em Haia, que comercializava livros e obras de arte. Três anos mais tarde viajou para Bruxelas onde passou dois anos e meio. A falta de sol e a calma dessas cidades o enervava profundamente. Sonhava com Paris. Em 1875 conseguiu a transferência para lá. Encantado com a Cidade Luz, lê Flaubert, Dumas, Hugo, Rimbaud e Baudelaire. Admira as campinas românticas de Courbet e os heróis de Delacroix.

        Em 1876, demitido do grupo Goupil, voltou para casa, frustrado e sem perspectivas. Decepção para os pais. Somente Theodore, o irmão mais moço, nascido em 1857, o entende e o ampara.

        Este ano foi muito difícil para Vincent. Extremamente depressivo, sofre seguidas crises nervosas, longos períodos de mutismo e solidão, que o impulsionam para uma violenta religiosidade, levando-o a desejar seguir a carreira de pastor. Mas, pastor entre os pobres. Em 1878 foi para o Seminário Teológico da Universidade de Amsterdam. Reprovado, participou em Bruxelas
de um curso trimestral na Escola Evangélica, na qual, a pedido do pai, conseguiu o lugar de pregador missionário nas minas de carvão de Burinage, na Bélgica. Em uma tentativa de se aproximar dos mineiros, começou a trabalhar nas minas, onde acabou adoecendo. Voltou, então, convalescente para casa, e conclui que não era essa a sua vocação.

        Instalou-se em Cuesmes, onde desenhava de memória cenas de Burinage. Afinal, encontra sua vocação. Decide ser pintor. Nesse tempo, Theo já é um dos dirigentes da Galeria Goupil (empresa francesa que lida com obras de arte e com livros), em Paris. Theo enviava sistematicamente dinheiro a Vincent, que, nessa época, estudava anatomia e perspectiva. Entusiasmado com Jean-François Millet, pintor realista contemporâneo, passava os dias desenhando. Manda dizer a Theo: Eu não quero pintar quadros, quero pintar a vida. Vida, que para ele, são paisagens e gente, camponeses e mineiros, campos e trigais. Mas, os quadros ainda retratam a realidade que o pintor vê: são sombrios e cinzentos. Nessa época, Christine, a namorada, o abandona. Vincent entra novamente em crise. Theo consegue levá-lo para casa em Nuenen, onde se recupera, lendo, passeando, desenhando e pintando de 1883 a 1885. Esta tranqüilidade é interrompida pela morte do pai em março de 1885.

        Apesar de seus quadros ainda serem sombrios, em tons escuros e empastados, Vincent está inteiramente envolvido pela cor e pela luz. Ele escreve: A cor expressa algo em si simplesmente porque existe, e deve-se aproveitar isso, pois o que é belo é também verdadeiro.

       Em Antuérpia, Van Gogh se apaixona definitivamente pela cor, descobre Eugène Delacroix e a pintura japonesa. Escreve a Theo: O pintor do futuro será um colorista como nunca foi possível antes.

        Em fevereiro de 1886 chega a Paris, onde descobre os trabalhos de Katsushika Hokusai, Ando Hiroshige e Kitagawa Utamaro, ficando muito impressionado pelo que chama de uma nova maneira de representar os objetos e o espaço. Mais tarde dirá: Procuro com o vermelho e o verde exprimir as mais terríveis paixões humanas. Quero pintar o retrato das pessoas como eu as sinto e não como eu as vejo.

        Mora com Theo, e este é o período mais sociável de sua vida. Faz amizade com Toulouse-Lautrec e Émile Bernard, e familiariza-se com os impressionistas Degas, Camille Pissaro, Paul Signac, Georges Seurat, Monet e Renoir. Mais tarde conheceu Paul Gauguin. Essa amizade, definitivamente, não foi boa para Vincent.

        Depois de dois anos, a saúde de Vincent não resiste mais a Paris. Seguindo o conselho de Toulouse-Lautrec, foi para o campo, para Provence. Em fevereiro de 1888 está em Arles, pintando ao ar livre. Entra na fase mais produtiva de sua carreira. Eu quero a luz que vem de dentro, quero que as cores representem as emoções. Em outubro do mesmo ano chegou Paul Gauguin. Desestabilizado, Van Gogh se deixa atormentar por crises de humor. Discussões e desentendimentos com Gauguin vão minando seu precário equilíbrio. Sofre de mania de perseguição, e, no auge de uma crise emocional, tenta ferir Gauguin com uma navalha. Arrependido, de propósito
cortou um pedaço da própria orelha!

        A historiadora e crítica de arte alemã Rita Wildegans quer invalidar a tese de que a orelha de Van Gogh foi cortada pelo próprio pintor durante um acesso de desequilíbrio emocional.
Conforme defende Rita, foi seu colega Paul Gauguin que mutilou Van Gogh durante uma briga em que ambos estavam sob o efeito do álcool. Entre as justificativas para sua tese, Rita aponta o fato de Gauguin ter deixado Arles, na França – onde ele e Van Gogh moravam – no dia do incidente com o amigo, sem nem sequer levar objetos pessoais. A versão da automutilação de Van Gogh, segundo ela, baseia-se em declarações do próprio Gauguin, um mentiroso inveterado. Particularmente não creio que Gauguin tenha retalhado Vincent. O Transtorno Bipolar pode provocar também automutilações.

 

*  *  *  *  *  *  *

     Vou abrir um pequeno parêntesis nesta biografia, para, rapidamente, abordar algumas questões pouco conhecidas a respeito das bebidas alcoólicas. Talvez o maior problema do álcool – droga lícita e tolerada em todo o Planeta – seja o comprometimento da Glândula Pineal, pois é esta glândula que faz a ligação entre os Planos mais elevados e o nosso Eu Interior. Ela é o que remanesceu do Terceiro Olho. Inclusive, nesta glândula há células semelhantes àquelas encontradas na retina do olho! Então, se destruímos nossa Glândula Pineal (Epífise) pela irresponsável engolição de bebidas alcoólicas... Em outra direção, o álcool limita a percepção a um menor número de fatos em um determinado tempo. Assim, resolver situações que dependam de reações rápidas e precisas torna-se mais difícil para uma pessoa alcoolizada. Muitos acidentes de trânsito são originados pela embriaguez. Sem pretender me aprofundar nesta matéria, pois não é este o propósito deste ensaio, reproduzo a seguir dois quadros do livro (que enfaticamente recomendo) Alcoologia: Uma Visão Sistêmica dos Problemas Relacionados ao Uso e Abuso do Álcool, de autoria do meu querido amigo Dr. José Mauro Braz de Lima, Pós-Doutor em Medicina/Neurologia pela Universidade de Paris (Seis), publicado em 2003 pela UFRJ/EEAN do Rio de Janeiro. Estes quadros são auto-explicativos e reveladores.

 

QUANTIDADE DE
ÁLCOOL NO SANGUE (g/l)

(ALCOOLEMIA)
MANIFESTAÇÕES
NEUROCOGNITIVAS E
COMPORTAMENTAIS
(de acordo com a sensibilidade)
RISCO
DE
ACIDENTES

AUMENTA
0,4   –  0,6
Relaxamento
Sociabilidade
Desconcentração
DUAS VEZES
› 0,6  –  1,0
Euforia
Desinibição
Habilidade Variável
Impulsividade
Agressividade ou Passividade
TRÊS VEZES
› 1,0  –  2,O
Fala Comprometida
Incoordenação
Desorientação Espacial
Humor Variável
VINTE VEZES
4,0
Distúrbios Cardiorrespiratórios
Torpor
Coma
Morte

Quadro 1: Correlação Clínica: Concentração de Álcool no Sangue e Manifestações Neurocoginivas e Comportamentais

 

Tipos
de
Bebidas
Teor
Alcoólico
(%)
Dose-
Padrão
(ml)
Quantidade de Álcool
Puro
(Dose-
Padrão)
(g)
Taxa
de Álcool
no Sangue
(Alcoolemia)
(g/l)
Taxa de
Álcool/Ar
Respirado
(mg/l)
Cerveja
4,5 a 5,0
300
12
0,2
0,25
Vinho
12,0 a 14,0
150
14
0,2
0,25
Cachaça
ou Uísque
40,0 a 50,0
40
14
0,2
0,25

Quadro 2: Dose Padrão de Bebidas Alcoólicas/Quantidade de Álcool Puro no Organismo humano

 

           Podemos acreditar afirma José Mauro — que nos eventos violentos, em que o álcool atua como fator facilitador ou desencadeador efetivo (acidentes de tráfego, agressões ou brigas de grupos ou de 'gangs', homicídios, acidentes domésticos e de trabalho...), a alcoolemia não precisa ser tão alta, uma vez que, levando-se em conta características de personalidade e de cultura, a supressão da ação inibidora do lobo frontal provocada pelo álcool, pode ocorrer com doses menores. A experiência profissional e as observações clínicas do Dr. José Mauro, que discutiu esse tema pessoalmente comigo, apontam nesta direção. Contudo, como o próprio amigo-autor adverte, apesar do desinteresse mundial pelo tema, pesquisas mais aprofundadas e sistemáticas precisam ser desenvolvidas e implementadas. De qualquer maneira, a cerveja, por exemplo, como demonstra o segundo quadro acima, não é uma bebida alcoólica inocente, como a propaganda pretende veicular e como acreditam as pessoas. No Brasil, hoje, são produzidos... Veja o quadro abaixo:

 

BEBIDA
LITROS POR ANO
Cerveja
10 Bilhões
Destilados
1,4 Bilhões
Vinho
500 Milhões

Quadro 3: Produção Anual de Bebidas Alcoólicas no Brasil

 

           Se as pessoas soubessem...

 

*  *  *  *  *  *  *

        Voltando ao nosso Pintor, após dez dias no hospital Saint-Paul para doentes nervosos, Vincent volta para casa onde pinta o famoso auto-retrato com a orelha cortada. Em maio de 1889 ele mesmo pede a Theo que o interne. Vai para o hospital de Saint-Remy. Quando as crises voltam, rola no chão, tem alucinações e briga com demônios. Sua vida parece se transformar em um inferno.

        Em 1890, Theo conseguiu que o Doutor Gachet, psiquiatra e pintor, cuidasse dele em Auvers-sur-Oise. Segundo críticos, seus melhores trabalhos são produzidos nessa época. A amizade com o Doutor Gachet anima Vincent, que escreve a Theo afirmando que agora está feliz. Mas, pouco tempo depois entra em crise e acusa o médico de tentar matá-lo. Bipolaridade? Como disse, creio que sim.

        O dia 27 de Julho de 1890 caiu em um domingo. Nos campos, o grão estava dourado e o céu se apresentava fabulosamente azul. Vincent, armado com um revólver,
foi para o campo de trigo, que pintara recentemente, e dá um tiro no peito. Corvos negros se assustam, corvejam e fogem em revoada. David Sweetman em Van Gogh: His Life and His Art – discute as circunstâncias do suicídio de Van Gogh. Defende a tese de que o episódio se deu devido à irresponsabilidade e à inconseqüência de seu médico e amigo, o Doutor Gachet. Eu, particularmente, não concordo com essa tese. Sabe-se que os portadores de Transtorno Bipolar podem, em uma crise de depressão, consumar o suicídio. Essa coisa americana de transferir para os médicos a responsabilidade de todas as travessuras de seus pacientes eu não engulo. Socorrido pelo filho do Dr. Gachet, Vincent apresenta-se lúcido e tranqüilo. No dia 29, morre segurando a mão de Theo, cinco minutos depois de dizer ao irmão: A miséria não tem fim. Foi enterrado no cemitério de Auvers. Mas... Vincent não morreu. Suas telas estão vivas. Contudo, apesar de compreender seu sofrimento, penso que todas as misérias podem ter fim. Em grande parte, este fim depende de nós. Em caso de doença, os médicos podem e devem ajudar, mas não são responsáveis pelos nossos desatinos. Ninguém é. Nossas experiências são de nossa exclusiva responsabilidade. Quaisquer que sejam essas experiências.

 

Campo de Trigo com Corvos

Campo de Trigo com Corvos
(Óleo sobre tela, 50.5 x 103.0 cm, Auvers-sur-Oise: Julho, 1890)


        Em vida, Van Gogh vendeu apenas um quadro – A Vinha Vermelha, por 400 francos. Ao descrever o quadro para o irmão, Vincent disse que o havia produzido depois da chuva, durante o pôr do sol, pintando o chão de violeta e as folhas das parreiras de vermelho como vinho. O toque esverdeado no céu foi usado para contrastar com os tons de vermelho quente que dominam a composição. No dia de sua morte, no sótão da Galeria Goupil, em Paris, 700 quadros de Van Gogh, de um total de cerca de 900 pinturas e 1100 desenhos, produção de um período de apenas dez anos, amontoavam-se sem comprador. Se tivesse vivido mais alguns anos, certamente teria assistido o reconhecimento de sua obra, que passou a ser disputada em todo o mundo, após o surgimento do Expressionismo. Em 1990, seu retrato do Doutor Gachet (que Van Gogh disse que poderia parecer uma careta para muita gente que visse a tela, mas que ele sabia ser a de uma alma triste, mas, gentil, estimada e inteligente), um século após ter sido pintado, foi arrematado em apenas três minutos por 82.5 milhões de dólares, por Ryoei Saito, o segundo maior fabricante de papel do Japão. É a pintura mais cara vendida em um leilão. Vincent deve ter ficado feliz com isso, pois, de suas participações com algumas telas no Salão dos Independentes de Paris, em 1888 e 1890, e de sua única exposição individual, em Bruxelas, mereceu apenas um único artigo crítico na imprensa. Um. Parece brincadeira!

 

A Vinha Vermelha

A Vinha Vermelha
(Óleo sobre tela, 75.0 x 93.0 cm, Arles: Novembro, 1888)

 

Doutor Gachet

Doutor Gachet (médico que cuidou do pintor
em seus últimos meses de vida)
(Óleo sobre tela, 68.0 x 57.0 cm, Auvers-sur-Oise: Junho, 1890)

 

*   *   *

              Penso que Van Gogh e Charlie Parker têm muitas semelhanças. Em recente texto — A Vida e o Processo Tubular Universal — meu Irmão Vicente Velado, FRC e Abade da Ordo Svmmvm Bonvm, afirmou: ... às vezes, a qualidade intrínseca do criador não está no que ele possa demonstrar ser externamente, mas no que ele é internamente. A música de Charlie Parker não era uma canalização do Astral Superior feita por quem estava no fundo do poço: era a manifestação do Eu Interior de Charlie Parker, totalmente imune aos desmandos do Eu Exterior. Seu sax era o instrumento da criação e não ele; ele, The Bird, era o Criador. Isto cai como uma luva também para Vincent. Antes de se dedicar por inteiro à pintura, Vincent, como se viu, estudou Teologia em Amsterdã. Algo se movia em seu interior. Mas, abandonou o curso e foi trabalhar como pregador leigo em minas de carvão. Lá, segundo consta, distribuiu todos os seus bens entre os pobres, viveu em barracos e lutou para melhorar as condições de vida dos mineiros. Qual poderá ter sido o significado deste gesto? De repente me lembrei de Madre Teresa de Calcutá.

        Considerado pelos especialistas como um dos maiores mestres da história da arte de todos os tempos, seus sentimentos foram expressados por meio de uma representação totalmente subjetiva da realidade. A beleza de sua arte vinha de dentro. Afirmou, em uma ocasião: Eu quero a luz que vem de dentro, quero que as cores representem as emoções. A Natureza e os seres funcionavam como um catalisador para que suas telas pudessem ser pintadas. Mutatis mutandis, apesar de não ser bipolar, eu sei muito bem o que é isso. Como The Bird, seus pincéis e suas tintas eram os instrumentos que seu Eu Interno utilizava para dar vida à sua criação. Sofrer e produzir. Produzir e sofrer. Por que? Eu só encontro uma resposta: AMOR.

        Mas, qual a real desarmonia que possuía Vincent? Esta pergunta continua sem uma resposta definitiva um século depois de sua morte. As causas da doença de Van Gogh e de seu comportamento estranho continuarão sendo motivo de discussão. Transtorno Bipolar? Muito provavelmente. Este é o meu entendimento. Não sou médico, mas admito que esta tenha sido a sua cruz. Epilepsia com crises parciais complexas? Improvável. Não há registros, que eu tenha conhecimento, de crises epilépticas em sua biografia. Intoxicação por terpenos? Pode ser. Mas isto não o levaria ao suicídio. Doença de Ménière? Acho que não. Esta enfermidade, também conhecida como Hidropsia Endolinfática, é uma doença do ouvido interno, de origem desconhecida na maioria das pessoas, e é causada por aumento de pressão da endolinfa, o fluido biológico que preenche os canais semicirculares (labirinto). Em uma crise, os seguintes sintomas estão presentes: vertigens, zumbidos e hipoacusia (perda auditiva flutuante, ou seja, a audição piora nas crises e se recupera parcialmente ao seu final). Muitas pessoas se queixam de uma sensação de pressão ou plenitude no ouvido afetado. A Doença de Ménière raramente é bilateral (afeta os dois ouvidos em apenas 10% a 15% dos casos). Enfim, incomoda, mas, geralmente, não leva o doente ao suicídio. Pode provocar um tipo de sinergia se associada a uma outra patologia. Mas, não acredito que este tenha sido o caso.

        De qualquer sorte, a arte de Vincent é eterna e encanta a todos que a contemplam. Penso que, finalmente, seu ser objetivo e racional não pôde suportar o altíssimo padrão vibratório de seu SER INTERIOR. Daí a bipolaridade. A incompatibilidade entre ambos determinou a tragédia que acabou acontecendo.

       Recomendo, neste momento, a leitura e uma profunda reflexão dos
textos produzidos por Vicente Velado apresentados na Coletânea Ensaios no Portal da Nova Era, que roda em:

 
http://www.maat-order.org/ensanera/indice.htm


 

         Convido você, agora, para uma viagem de beleza e de luz que eu recebi de presente via e-mail. Ainda vou aprender a mexer com o power point para fazer essas maravilhas. Como tenho certeza de que você vai viajar mais de uma vez, sugiro que não leia as legendas na primeira viagem. Aproveite. Voe. Sonhe e se emocione. Momentos como este podem curar nossas mais dolorosas mazelas. Se der vontade de chorar, por que não?

        Clique, abaixo, no nome do nosso Pintor, e boa viagem. Depois, se você quiser fazer cumprir a Lei de AMRA, faça uma oração pela PAZ NO MUNDO.

 


 

         LEI DE AMRA: Ao recebermos qualquer benefício deveremos sempre retribuir a bênção recebida. Um simples pensamento de paz e de amor pela Humanidade já é suficiente. Mas, uma compreensão mais profunda desta LEI CÓSMICA anula, ou melhor, amplia este conceito, de certa forma primitivo e hipotético se mal compreendido. Sob uma ótica superior e mais complexa, os Místicos e os Homem de Boa Vontade não esperam receber favor algum dos PLANOS SUPERIORES por SERVIREM. Aliás, o Místico que conseguiu compreender o significado da VIDA não espera nada e não pede nada para si. (Fiat mihi secvndvm VERBVM TVVM ad æternvm). O Místico, geralmente, sabe como deve proceder e o que e como deve Construir. O SERVIÇO do verdadeiro Iniciado é permanente. Ele TRABALHA porque o TRABALHO é a LEI que comanda seu Coração. Ele SERVE porque SERVIR está em suas entranhas. Ele AMA porque o AMOR INCONDICIONAL absorveu todo o seu ser de maneira irreversível. Não se pertencendo mais como individualidade, é um canal permanente de HARMONIA e de BEM para todos os seres. ELE É A PRÓPRIA LEI DE AMRA EM AÇÃO. Bons Pensamentos, Boas Palavras, Boas Ações, Perdão (Compreensão), Caridade e Compaixão. Esta é a ESTRELA DE SEIS PONTAS DA GRANDE FRATERNIDADE BRANCA. Que a LUZ do SANTO ESPÍRITO brilhe sobre todos os seres!

         Convido para uma visita inesquecível e iluminadora:

 

http://www.svmmvmbonvm.org


 
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PARA MEDITAR

 


ALGUÉM PARA AMAR

Madre Teresa de Calcutá


SENHOR, quando eu tiver fome,
dai-me alguém que necessite de comida.

Quando eu tiver sede,
dai-me alguém que precise de água.

Quando eu sentir frio,
dai-me alguém que necessite de calor.

Quando eu tiver um aborrecimento,
dai-me alguém que necessite de consolo.

Quando minha cruz parecer pesada,
deixai-me compartilhar a cruz do outro.

Quando eu me achar pobre,
ponde a meu lado alguém necessitado.

Quanto eu não tiver tempo,
dai-me alguém que precise
de alguns dos meus minutos.

Quando eu sofrer uma humilhação,
dai-me ocasião para elogiar alguém.

Quando eu estiver desanimada,
dai-me alguém para ofertar novo ânimo.

Quando eu sentir a necessidade
da compreensão dos outros,
dai-me alguém que necessite da minha.

Quando eu sentir necessidade
de que cuidem de mim,
dai-me alguém que eu tenha de atender.

Quando eu pensar em mim mesma,
voltai minha atenção para outra pessoa.

Tornai-nos dignos, SENHOR,
de servir nossos irmãos
que vivem e morrem
pobres e com fome,
no mundo de hoje.

Dai-lhes,
através das nossas mãos,
o pão de cada dia.

E dai-lhes,  
graças ao nosso amor compassivo,

PAZ PROFUNDA e ALEGRIA.

 

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