BIOGRAFIA
DE VINCENT VAN GOGH
Não
sou um crítico de arte e muito menos um especialista
em Van Gogh. Mas me arrepio com sua obra. Sei, contudo,
que é o maior mestre holandês depois de Rembrandt,
e que é reconhecido como uma das maiores forças
que impulsionaram a arte moderna, através da poderosa
influência que exerceu sobre o Expressionismo.
Denominam-se genericamente de expressionistas
os vários movimentos de vanguarda do fim do século
XIX e início do século XX, que estavam mais
interessados na interiorização da criação
artística do que em sua exteriorização,
projetando na obra de arte uma reflexão individual
e subjetiva. O Expressionismo é a arte do instinto.
Trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, expressando
sentimentos humanos. Procura dar forma plástica ao
amor, ao ciúme, ao medo, à solidão,
à miséria humana, à prostituição
etc. Deforma-se a figura para ressaltar o sentimento. Os
principais expressionistas são: Gauguin, Cézanne,
Toulouse-Lautrec, Munch, Kirchner, Paul Klee, Amadeo Modigliani
e Vincent Van Gogh. Neste tipo de pintura predominm os valores
emocionais sobre os intelectuais. Expressa,
na grande maioria das vezes, naturezas isoladas e místicas.
Aprendi,
também, que Vincent, entre pinturas e desenhos,
pintou
aproximadamente 2000 (duas mil) telas em dez anos de carreira,
e que afirmou: A
pintura está na minha pele. Isto
não é fantástico? Então, antes
de mostrar a surpresa de 1,73 Mb, reproduzo abaixo, com
algumas modificações e inserções,
a biografia do Pintor retirada do site:
http://www.artistanet.com.br/site/
portal.asp?TroncoID=PARTIGOS
Vincent
Willem Van Gogh nasceu na cidade de Groot Zundert, Brabant,
Holanda, no dia 30 de Março de 1853, em uma aldeia
tão pequena que não aparece nos mapas. Morreu
praticamente no anonimato, depois de uma existência
dolorida e atormentada que terminaria por arrastá-lo
ao isolamento e finalmente ao suicídio. Filho de
um pastor calvinista, Van Gogh passou sua infância
numa casa ampla, abastada, mas antiga, sem luz e muito triste.
Segundo alguns biógrafos, foi uma infância
enfadonha, melancólica e tediosa. A luz que ele buscava
não estava naquela casa, e muito menos era harmônica
com seu Eu Interior.
Rebelde e solitário,
desde cedo se mostrou insociável, rejeitando a realidade
e a sociedade em que vivia. Profundamente desajustado –
que, segundo meu entendimento, isto tinha origem no Transtorno
Bipolar de
que padecia – procurou
uma saída através do trabalho. Em julho de
1869 foi trabalhar na Galeria Goupil, em
Haia, que comercializava
livros e obras de arte. Três anos mais tarde viajou
para Bruxelas onde passou dois anos e meio. A falta de sol
e a calma dessas cidades o enervava profundamente. Sonhava
com Paris. Em 1875 conseguiu a transferência para
lá. Encantado com a Cidade Luz, lê Flaubert,
Dumas, Hugo, Rimbaud e Baudelaire. Admira as campinas românticas
de Courbet e os heróis de Delacroix.
Em 1876,
demitido do grupo Goupil, voltou para casa, frustrado e
sem perspectivas. Decepção para os pais. Somente
Theodore, o irmão mais moço, nascido em 1857,
o entende e o ampara.
Este ano
foi muito difícil para Vincent. Extremamente depressivo,
sofre seguidas crises nervosas, longos períodos de
mutismo e solidão, que o impulsionam para uma violenta
religiosidade, levando-o a desejar seguir a carreira de
pastor. Mas, pastor entre os pobres. Em 1878 foi para o
Seminário Teológico da Universidade de Amsterdam.
Reprovado, participou
em Bruxelas de
um curso trimestral na Escola Evangélica, na qual,
a pedido do pai, conseguiu o lugar de pregador missionário
nas minas de carvão de Burinage, na Bélgica.
Em uma tentativa de se aproximar dos mineiros, começou
a trabalhar nas minas, onde acabou adoecendo. Voltou, então,
convalescente
para casa, e conclui que não
era essa a sua vocação.
Instalou-se
em Cuesmes, onde desenhava de memória cenas de Burinage.
Afinal, encontra sua vocação. Decide ser pintor.
Nesse tempo, Theo já é um dos dirigentes da
Galeria Goupil (empresa francesa que lida com obras de arte
e com livros), em Paris. Theo enviava sistematicamente dinheiro
a Vincent, que, nessa época, estudava anatomia e
perspectiva. Entusiasmado com Jean-François Millet,
pintor realista contemporâneo, passava os dias desenhando.
Manda dizer a Theo: Eu
não quero pintar quadros, quero pintar a vida.
Vida, que para ele, são paisagens e gente, camponeses
e mineiros, campos e trigais. Mas, os quadros ainda retratam
a realidade que o pintor vê: são sombrios e
cinzentos. Nessa época, Christine, a namorada, o
abandona. Vincent entra novamente em crise. Theo consegue
levá-lo para casa em Nuenen, onde se recupera, lendo,
passeando, desenhando e pintando de 1883 a 1885. Esta tranqüilidade
é interrompida pela morte do pai em março
de 1885.
Apesar de
seus quadros ainda serem sombrios, em tons escuros e empastados,
Vincent está inteiramente envolvido pela cor e pela
luz. Ele escreve: A
cor expressa algo em si simplesmente porque existe, e deve-se
aproveitar isso, pois o que é belo é também
verdadeiro.
Em Antuérpia,
Van Gogh se apaixona definitivamente pela cor, descobre
Eugène Delacroix e a pintura japonesa. Escreve a
Theo: O
pintor do futuro será um colorista como nunca foi
possível antes.
Em fevereiro
de 1886 chega a Paris, onde descobre os trabalhos de Katsushika
Hokusai, Ando Hiroshige e Kitagawa Utamaro, ficando muito
impressionado pelo que chama de uma
nova maneira de representar os objetos e o espaço.
Mais tarde dirá: Procuro
com o vermelho e o verde exprimir as mais terríveis
paixões humanas. Quero pintar o retrato das pessoas
como eu as sinto e não como eu as vejo.
Mora com
Theo, e este é o período mais sociável
de sua vida. Faz amizade com Toulouse-Lautrec e Émile
Bernard, e familiariza-se com os impressionistas Degas,
Camille Pissaro, Paul Signac, Georges Seurat, Monet e Renoir.
Mais tarde conheceu Paul Gauguin. Essa
amizade, definitivamente, não foi boa para Vincent.
Depois de
dois anos, a saúde de Vincent não resiste
mais a Paris. Seguindo o conselho de Toulouse-Lautrec, foi
para o campo, para Provence. Em fevereiro de 1888 está
em Arles, pintando ao ar livre. Entra na fase mais produtiva
de sua carreira. Eu
quero a luz que vem de dentro, quero que as cores representem
as emoções.
Em outubro do mesmo ano chegou Paul Gauguin. Desestabilizado,
Van Gogh se deixa atormentar por crises de humor. Discussões
e desentendimentos com Gauguin vão minando seu precário
equilíbrio. Sofre de mania de perseguição,
e, no auge de uma crise emocional, tenta ferir Gauguin
com uma navalha. Arrependido, de propósito cortou
um pedaço da própria
orelha!
A historiadora
e crítica de arte alemã Rita Wildegans quer
invalidar a tese de que a orelha de Van Gogh foi cortada
pelo próprio pintor durante um acesso de desequilíbrio
emocional. Conforme
defende Rita, foi seu colega Paul Gauguin que mutilou Van
Gogh durante uma briga em que ambos estavam sob o efeito
do álcool. Entre as justificativas para sua tese,
Rita aponta o fato de Gauguin ter deixado Arles, na França
– onde ele e Van Gogh moravam – no dia do incidente
com o amigo, sem nem sequer levar objetos pessoais. A versão
da automutilação de Van Gogh, segundo ela,
baseia-se em declarações do próprio
Gauguin, um
mentiroso inveterado. Particularmente não
creio que Gauguin tenha retalhado Vincent. O Transtorno
Bipolar pode provocar também automutilações.
*
* *
* *
* *
Vou
abrir um pequeno parêntesis nesta biografia, para,
rapidamente, abordar algumas questões pouco conhecidas
a respeito das bebidas alcoólicas. Talvez o maior
problema do álcool – droga lícita e
tolerada em todo o Planeta – seja o comprometimento
da Glândula Pineal, pois é esta glândula
que faz a ligação entre os Planos mais elevados
e o nosso Eu Interior. Ela é o que remanesceu do
Terceiro Olho. Inclusive, nesta glândula há
células semelhantes àquelas encontradas na
retina do olho! Então, se destruímos nossa
Glândula Pineal (Epífise) pela irresponsável
engolição de bebidas alcoólicas...
Em outra direção, o álcool limita
a percepção a um menor número de fatos
em um determinado tempo. Assim,
resolver situações que dependam de reações
rápidas e precisas torna-se
mais difícil para uma pessoa alcoolizada. Muitos
acidentes de trânsito são originados pela embriaguez.
Sem pretender me aprofundar nesta matéria, pois não
é este o propósito deste ensaio, reproduzo
a seguir dois quadros do livro (que enfaticamente recomendo)
Alcoologia: Uma Visão Sistêmica dos
Problemas Relacionados ao Uso e Abuso do Álcool,
de autoria do meu querido amigo Dr. José Mauro
Braz de Lima, Pós-Doutor em Medicina/Neurologia pela
Universidade de Paris (Seis), publicado em 2003 pela UFRJ/EEAN
do Rio de Janeiro. Estes quadros são auto-explicativos
e reveladores.
QUANTIDADE
DE
ÁLCOOL NO SANGUE (g/l)
(ALCOOLEMIA) |
MANIFESTAÇÕES
NEUROCOGNITIVAS E
COMPORTAMENTAIS
(de acordo com a sensibilidade) |
RISCO
DE
ACIDENTES
AUMENTA
|
0,4
– 0,6 |
Relaxamento
Sociabilidade
Desconcentração |
DUAS
VEZES |
› 0,6 – 1,0 |
Euforia
Desinibição
Habilidade Variável
Impulsividade
Agressividade ou Passividade |
TRÊS
VEZES |
›
1,0 – 2,O |
Fala
Comprometida
Incoordenação
Desorientação Espacial
Humor Variável |
VINTE
VEZES |
4,0 |
Distúrbios
Cardiorrespiratórios
Torpor
Coma
Morte |
— |
Quadro
1: Correlação Clínica: Concentração
de Álcool no Sangue e Manifestações
Neurocoginivas e Comportamentais
Tipos
de
Bebidas |
Teor
Alcoólico
(%) |
Dose-
Padrão
(ml) |
Quantidade
de Álcool
Puro
(Dose-
Padrão)
(g) |
Taxa
de Álcool
no Sangue
(Alcoolemia)
(g/l) |
Taxa
de
Álcool/Ar
Respirado
(mg/l) |
Cerveja |
4,5
a 5,0 |
300 |
12 |
0,2 |
0,25 |
Vinho |
12,0
a 14,0 |
150 |
14 |
0,2 |
0,25 |
Cachaça
ou Uísque |
40,0
a 50,0 |
40 |
14 |
0,2 |
0,25 |
Quadro
2: Dose Padrão de Bebidas Alcoólicas/Quantidade
de Álcool Puro no Organismo humano
Podemos
acreditar —
afirma José Mauro — que nos eventos violentos,
em que o álcool atua como fator facilitador ou
desencadeador efetivo (acidentes de tráfego, agressões
ou brigas de grupos ou de 'gangs', homicídios,
acidentes domésticos e de trabalho...), a alcoolemia
não precisa ser tão alta, uma vez que, levando-se
em conta características de personalidade e de
cultura, a supressão da ação inibidora
do lobo frontal provocada pelo álcool, pode ocorrer
com doses menores. A experiência profissional
e as observações clínicas do Dr.
José Mauro, que discutiu esse tema pessoalmente
comigo, apontam nesta direção. Contudo,
como o próprio amigo-autor adverte, apesar do desinteresse
mundial pelo tema, pesquisas mais aprofundadas e sistemáticas
precisam ser desenvolvidas e implementadas. De qualquer
maneira, a cerveja, por exemplo, como demonstra o segundo
quadro acima, não é uma bebida alcoólica
inocente, como a propaganda pretende veicular e como acreditam
as pessoas. No Brasil, hoje, são produzidos...
Veja o quadro abaixo:
BEBIDA |
LITROS
POR ANO |
Cerveja
|
10
Bilhões |
Destilados |
1,4
Bilhões |
Vinho |
500
Milhões |
Quadro
3: Produção Anual de Bebidas Alcoólicas
no Brasil
Se
as pessoas soubessem...
*
* *
* *
* *
Voltando
ao nosso Pintor, após dez dias no hospital Saint-Paul
para doentes nervosos, Vincent volta para casa onde pinta
o famoso auto-retrato com a orelha cortada. Em maio de 1889
ele mesmo pede a Theo que o interne. Vai para o hospital
de Saint-Remy. Quando as crises voltam, rola no chão,
tem alucinações e briga com demônios.
Sua vida parece se transformar em um inferno.
Em 1890,
Theo conseguiu que o Doutor Gachet, psiquiatra e pintor,
cuidasse dele em Auvers-sur-Oise.
Segundo críticos, seus melhores trabalhos são
produzidos nessa época. A amizade com o Doutor Gachet
anima Vincent, que escreve a Theo afirmando que agora está
feliz. Mas, pouco tempo depois entra em crise e acusa o
médico de tentar matá-lo. Bipolaridade? Como
disse, creio que sim.
O dia 27
de Julho de 1890 caiu em um domingo. Nos
campos, o grão estava dourado e o céu se apresentava
fabulosamente azul. Vincent, armado
com um revólver,
foi para o campo de trigo, que pintara
recentemente, e dá um tiro no peito. Corvos negros
se assustam, corvejam e fogem em revoada. David Sweetman
–
em Van Gogh: His Life and His
Art – discute as circunstâncias do suicídio
de Van Gogh. Defende a tese de que o episódio se
deu devido à irresponsabilidade e à inconseqüência
de seu médico e amigo, o Doutor Gachet. Eu, particularmente,
não concordo com essa tese. Sabe-se que os portadores
de Transtorno Bipolar podem, em uma crise de depressão,
consumar o suicídio. Essa coisa americana de transferir
para os médicos a responsabilidade de todas as travessuras
de seus pacientes eu não engulo. Socorrido pelo filho
do Dr. Gachet, Vincent apresenta-se lúcido e tranqüilo.
No dia 29, morre segurando a mão de Theo, cinco minutos
depois de dizer ao irmão: A
miséria não tem fim.
Foi enterrado no cemitério de Auvers. Mas... Vincent
não morreu. Suas telas estão vivas. Contudo,
apesar de compreender seu sofrimento, penso que todas as
misérias podem ter fim. Em grande parte, este fim
depende de nós. Em caso de doença, os médicos
podem e devem ajudar, mas não são responsáveis
pelos nossos desatinos. Ninguém é. Nossas
experiências são de nossa exclusiva
responsabilidade. Quaisquer que sejam
essas experiências.
Campo
de Trigo com Corvos
(Óleo sobre tela, 50.5 x 103.0 cm,
Auvers-sur-Oise: Julho, 1890)
Em vida,
Van Gogh vendeu apenas um quadro – A Vinha Vermelha,
por 400 francos. Ao descrever o quadro para o irmão,
Vincent disse que o havia produzido depois da chuva, durante
o pôr do sol, pintando o chão de violeta e
as folhas das parreiras de vermelho
como vinho. O toque esverdeado no céu
foi usado para contrastar com os tons de vermelho quente
que dominam a composição. No dia de sua morte,
no sótão da Galeria Goupil, em Paris, 700
quadros de Van Gogh, de um total de cerca de 900 pinturas
e 1100 desenhos, produção de um período
de apenas dez anos, amontoavam-se sem comprador. Se tivesse
vivido mais alguns anos, certamente teria assistido o reconhecimento
de sua obra, que passou a ser disputada em todo o mundo,
após o surgimento do Expressionismo. Em 1990, seu
retrato do Doutor Gachet (que Van Gogh disse que
poderia parecer uma careta para muita gente que visse a
tela, mas que ele sabia ser a de uma alma triste, mas, gentil,
estimada e inteligente), um século após ter
sido pintado, foi arrematado em apenas três minutos
por 82.5 milhões de dólares, por Ryoei Saito,
o segundo maior fabricante de papel do Japão. É
a pintura mais cara vendida em um leilão. Vincent
deve ter ficado feliz com isso, pois, de suas participações
com algumas telas no Salão dos Independentes de Paris,
em 1888 e 1890, e de sua única exposição
individual, em Bruxelas, mereceu apenas um único
artigo crítico na imprensa. Um. Parece brincadeira!
|
A
Vinha Vermelha
(Óleo sobre tela, 75.0 x 93.0 cm,
Arles: Novembro, 1888)
Doutor
Gachet (médico que cuidou do pintor
em seus últimos meses de vida)
(Óleo
sobre tela, 68.0 x 57.0 cm,
Auvers-sur-Oise: Junho, 1890)
*
* *
Penso
que Van Gogh e Charlie Parker têm muitas semelhanças.
Em recente texto — A Vida e o Processo Tubular
Universal — meu Irmão
Vicente
Velado, FRC
e Abade da Ordo
Svmmvm Bonvm, afirmou: ... às
vezes, a qualidade intrínseca do criador não
está no que ele possa demonstrar ser externamente,
mas no que ele é internamente. A música de
Charlie Parker não era uma canalização
do Astral Superior feita por quem estava no fundo do poço:
era a manifestação do Eu Interior de Charlie
Parker, totalmente imune aos desmandos do Eu Exterior. Seu
sax era o instrumento da criação e não
ele; ele, The Bird, era o Criador.
Isto cai
como uma luva também para Vincent. Antes
de se dedicar por inteiro à pintura, Vincent, como
se viu, estudou Teologia em Amsterdã. Algo se movia
em seu interior. Mas, abandonou o curso e foi trabalhar
como pregador leigo em minas de carvão. Lá,
segundo consta, distribuiu todos os seus bens entre os pobres,
viveu em barracos e lutou para melhorar as condições
de vida dos mineiros. Qual
poderá ter sido o significado deste gesto? De repente
me lembrei de Madre
Teresa de Calcutá.
Considerado
pelos especialistas como um dos maiores mestres da história
da arte de todos os tempos, seus
sentimentos foram expressados por meio de uma representação
totalmente subjetiva da realidade. A beleza de sua arte
vinha de dentro. Afirmou, em uma ocasião: Eu
quero a luz que vem de dentro, quero que as cores representem
as emoções. A Natureza e os
seres funcionavam como um catalisador para que suas telas
pudessem ser pintadas. Mutatis mutandis, apesar
de não ser bipolar, eu sei muito bem o que é
isso. Como The Bird, seus pincéis e suas tintas eram
os instrumentos que seu Eu Interno utilizava para dar vida
à sua criação. Sofrer e produzir. Produzir
e sofrer. Por que? Eu só encontro uma resposta: AMOR.
Mas,
qual a real desarmonia que possuía Vincent? Esta
pergunta continua sem uma resposta definitiva um século
depois de sua morte. As causas da doença de Van Gogh
e de seu comportamento estranho continuarão sendo
motivo de discussão. Transtorno Bipolar? Muito provavelmente.
Este é o meu entendimento. Não sou médico,
mas admito que esta tenha sido a sua cruz. Epilepsia com
crises parciais complexas? Improvável. Não
há registros, que eu tenha conhecimento, de crises
epilépticas em sua biografia. Intoxicação
por terpenos? Pode ser. Mas isto não o levaria ao
suicídio. Doença de Ménière?
Acho que não. Esta enfermidade, também conhecida
como Hidropsia Endolinfática, é uma doença
do ouvido interno, de origem desconhecida na maioria das
pessoas, e é causada por aumento de pressão
da endolinfa, o fluido biológico que preenche os
canais semicirculares (labirinto). Em uma crise, os seguintes
sintomas estão presentes: vertigens, zumbidos e hipoacusia
(perda auditiva flutuante, ou seja, a audição
piora nas crises e se recupera parcialmente ao seu final).
Muitas pessoas se queixam de uma sensação
de pressão ou plenitude no ouvido afetado. A Doença
de Ménière raramente é bilateral (afeta
os dois ouvidos em apenas 10% a 15% dos casos). Enfim, incomoda,
mas, geralmente, não leva o doente ao suicídio.
Pode provocar um tipo de sinergia se associada a uma outra
patologia. Mas, não acredito que este tenha sido
o caso.
De
qualquer sorte, a arte de Vincent é eterna e encanta
a todos que a contemplam. Penso que, finalmente, seu ser
objetivo e racional não pôde suportar o altíssimo
padrão vibratório de seu SER INTERIOR. Daí
a bipolaridade. A incompatibilidade entre ambos determinou
a tragédia que acabou acontecendo.
Recomendo, neste momento,
a leitura e uma profunda reflexão dos textos
produzidos por Vicente Velado apresentados na Coletânea
Ensaios no Portal da Nova Era, que roda em:
http://www.maat-order.org/ensanera/indice.htm
Convido
você, agora, para uma viagem de beleza e de luz que
eu recebi de presente via e-mail. Ainda vou aprender
a mexer com o power point para fazer essas maravilhas.
Como tenho certeza de que você vai viajar mais de
uma vez, sugiro que não leia as legendas na primeira
viagem. Aproveite. Voe. Sonhe e se emocione. Momentos como
este podem curar nossas mais dolorosas mazelas. Se der vontade
de chorar, por que não?
Clique,
abaixo, no nome do nosso Pintor, e boa viagem. Depois, se
você quiser fazer cumprir a Lei
de AMRA, faça uma oração
pela PAZ
NO MUNDO.
LEI
DE AMRA: Ao recebermos qualquer benefício deveremos
sempre retribuir a bênção recebida.
Um simples pensamento de paz e de amor pela Humanidade
já é suficiente. Mas, uma compreensão
mais profunda desta LEI CÓSMICA anula, ou melhor,
amplia este conceito, de certa forma primitivo e hipotético
se mal compreendido. Sob uma ótica superior
e mais complexa, os Místicos e os Homem de Boa
Vontade não esperam receber favor algum dos PLANOS
SUPERIORES por SERVIREM. Aliás, o Místico
que conseguiu compreender o significado da VIDA não
espera nada e não pede nada para si. (Fiat
mihi secvndvm VERBVM TVVM ad
æternvm).
O Místico, geralmente,
sabe como deve proceder e o que e como deve Construir.
O SERVIÇO do verdadeiro Iniciado é permanente.
Ele TRABALHA porque o TRABALHO é a LEI que comanda
seu Coração. Ele SERVE porque SERVIR está
em suas entranhas. Ele AMA porque o AMOR INCONDICIONAL
absorveu todo o seu ser de maneira irreversível.
Não se pertencendo mais como individualidade, é
um canal permanente de HARMONIA e de BEM para todos os
seres. ELE É A PRÓPRIA LEI DE AMRA EM AÇÃO.
Bons Pensamentos, Boas Palavras, Boas Ações,
Perdão (Compreensão), Caridade e Compaixão.
Esta é a ESTRELA DE SEIS PONTAS DA GRANDE FRATERNIDADE
BRANCA. Que a LUZ do SANTO ESPÍRITO brilhe sobre
todos os seres!
Convido
para uma visita inesquecível e iluminadora:
*
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* *
* *
PARA
MEDITAR
ALGUÉM PARA AMAR
Madre Teresa de Calcutá
SENHOR, quando eu tiver fome,
dai-me alguém que necessite de comida.
Quando
eu tiver sede,
dai-me alguém que precise de água.
Quando
eu sentir frio,
dai-me alguém que necessite de calor.
Quando
eu tiver um aborrecimento,
dai-me alguém que necessite de consolo.
Quando
minha cruz parecer pesada,
deixai-me compartilhar a cruz do outro.
Quando
eu me achar pobre,
ponde a meu lado alguém necessitado.
Quanto
eu não tiver tempo,
dai-me alguém que precise
de alguns dos meus minutos.
Quando
eu sofrer uma humilhação,
dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando
eu estiver desanimada,
dai-me alguém para ofertar novo ânimo.
Quando
eu sentir a necessidade
da compreensão dos outros,
dai-me alguém que necessite da minha.
Quando
eu sentir necessidade
de que cuidem de mim,
dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando
eu pensar em mim mesma,
voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos
dignos, SENHOR,
de servir nossos irmãos
que vivem e morrem
pobres e com fome,
no mundo de hoje.
Dai-lhes,
através das nossas mãos,
o pão de cada dia.
E dai-lhes,
graças
ao nosso amor compassivo,
PAZ PROFUNDA e ALEGRIA.
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