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Nota:
1.
No sentido de ser conquistada por esforço e mérito pessoais.
Não há milagre; não há prêmio; não
há punição; não há salvação;
não há perdão via indulgência plenária
(remissão absoluta das penas temporais, tanto em vida quanto na morte).
A apologética católica ensina: O fiel cristão que
usa objetos de piedade (crucifixo ou cruz, rosário, escapulário,
medalha) devidamente abençoados por qualquer sacerdote ou diácono,
ganha indulgência parcial. Se os mesmos objetos forem bentos pelo
Sumo Pontífice ou por qualquer Bispo, o fiel, ao usá-los com
piedade, pode alcançar até a indulgência plenária
na solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, se acrescentar
alguma fórmula legítima de profissão de fé...
A indulgência plenária só se pode ganhar uma vez ao
dia... Para lucrar a indulgência plenária, além da repulsa
de todo o afeto a qualquer pecado até venial, requerem-se a execução
da obra enriquecida da indulgência e o cumprimento das três
condições seguintes: confissão sacramental, comunhão
eucarística, e oração nas intenções do
Sumo Pontífice... Com uma só confissão podem ganhar-se
várias indulgências, mas com uma só comunhão
e uma só oração alcança-se uma só indulgência
plenária.... Concede-se indulgência parcial ao fiel que visitar
o Santíssimo Sacramento para adorá-Lo, se o fizer por meia
hora ao menos, a indulgência será plenária.... Concede-se
indulgência plenária ao fiel que faz os exercícios espirituais
ao menos por três dias.... O sacerdote que administra os sacramentos
ao fiel em perigo de vida não deixe de lhe comunicar a bênção
apostólica com a indulgência plenária. Se não
houver sacerdote, a Igreja mãe compassiva, concede benignamente a
mesma indulgência ao cristão bem disposto para ganhá-la
na hora da morte, se durante a vida habitualmente tiver recitado para isso
algumas orações. Para alcançar esta indulgência
plenária louvavelmente se rezam tais orações fazendo
uso de um crucifixo ou de uma simples cruz.... Concede-se indulgência
plenária aos fiéis que se aproximarem pela primeira vez da
sagrada comunhão, ou que assistam a outros que se aproximam.... Indulgência
plenária, se o Rosário for recitado na igreja ou oratório
público ou em família, na comunidade religiosa ou em pia associação;
parcial, em outras circunstâncias... Para a indulgência plenária
determina-se o seguinte: 1 - Basta a reza da terça parte do Rosário,
mas as cinco dezenas devem-se recitar juntas; 2 - Piedosa meditação
deve acompanhar a oração vocal; e 3 - Na recitação
publica, devem-se anunciar os mistérios, conforme o costume aprovado
do lugar; na recitação privada, basta que o fiel ajunte a
meditação dos mistérios à oração
vocal... Concede-se indulgência parcial ao fiel que ler a Sagrada
Escritura com a veneração devida à palavra divina,
e a modo de leitura espiritual. A indulgência será plenária,
se o fizer pelo espaço de meia hora pelo menos. Não é
preciso muito esforço de raciocínio para se concluir que todas
essas regras são meros imperativos hipotéticos. O fato concreto
e irredutível é que só há mesmo um caminho:
Ora et Labora; Solve et Coagula. Mas atenção:
é preciso ter o cuidado de não resvalar para as hipoteticidades
estéreis religiosas. Enfim, o máximo que poderá cair
grátis em nosso colo é cocô de passarinho. That's
Life.
Observação:
Inspirei-me
para escrever este soneto no texto A Deterioração do Homem,
de Jiddu Krishnamurti, escrito em Madrasta, em 12 de janeiro de 1964.
Música
de fundo:
That's Life (Dean Kay & Kelly Gordon)
Fonte:
tp://www.hetmidihuis.nl/Downloads.htm
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.cuidardoser.com.br/coletanea-krishnamurti.htm
http://www.lepanto.com.br/ApPurgat.html