VELHICE CHEGANDO
(E a Grande Aventura está se aproximando
ou Confiteor ad Brazilian Populus
ou o papo do Milei com o Bolsonaro)

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

ponteirinho vai girando...
E, para alguns, a coisa vai ficando preta.
E, de repente, a corda acaba...
Lá longe, gargalha a Ranheta.

 

 

Meany Ranheta

 

 

A velhice vem chegando...
E todos nós vamos chegando ao fim.
Ora, não é se nem quiçá, mas, quando
vestiremos o paletó de madeira, enfim.

 

 

O de Madeira

 

 

Entretanto, não precisa ser
de fracasso em fracasso,
muito menos descrentes de tudo,
só restando o cansaço...

Do mesmo modo, não precisa ser
com dolor, doença e agonia,
e também não abandonados,
como cachorro vadio deitado na calçada...

Nada disto precisa mesmo acontecer.
Um DIA... A TRANSIÇÃO de todos nós
será consciente, grata, apropriada, voluntária
e jubilosa pela missão acordada cumprida.
(Não parecerá mais uma interrupção da continuidade.)

 

 

Por isto, meu irmão, dignos, justos e honestos,
precisamos rapidinho nos arrepender
dos mais que deveriam ter sido menos,
e dos menos que deveriam ter sido mais.

E, da mesma forma, caro irmão,
precisamos depressinha nos arrepender
dos poucos que deveriam ter sido muitos,
e dos muitos que deveriam ter sido poucos.

 

 

               

                               

                                               

Acumulação + Avarícia + Mesquinhez + Sovinice

 

 

Tio Patinhas – Um Mau Exemplo

 

 

Tio Elon Musk – Outro Mau Exemplo
(Elon Musk ganha, aproximadamente, US$ 813 por segundo,
US$ 48.776 por minuto e US$ 2,92 milhões por hora.
Seu patrimônio líquido atual é de impressionantes US$ 236 bilhões.
Na última década, Musk acumulou uma riqueza total de US$ 161 bilhões.
Em julho de 2023, ele foi oficialmente reconhecido como a pessoa mais rica do mundo.)

 

 

Os Sobrinhos do Tio Elon Musk

 

 

Senhor Kim Jong-un e uma Parte da sua Coleção de Foguetões

 

 

Harém do Xá do Irã Naser al-Din Shah Qajar
(Reinado: 5 de setembro de 1848 a 1º de maio de 1896)

 

 

O Bonitão Xá do Irã Naser al-Din Shah Qajar

 

 

Carteira de Motorista de
(Durante seus 18 anos no cargo mais alto da ex-URSS, o Secretário do Partido
Comunista Leonid Brejnev reuniu a maior coleção privada de carros do País!)

 

 

Transtorno de Acumulação Compulsiva

 

 

Do que não deveríamos ter pensado,
mas, estupidamente, pensamos,
e do que deveríamos ter pensado,
mas, cabeças-de-bagre, não pensamos.

 

 

 

 

Do que não deveríamos ter falado,
mas, estupidamente, falamos,
e do que deveríamos ter chiado,
mas, covardemente, nos calamos.

 

 

Por que não sentamos a mamona no Bibi e no Putin? Eles merecem! Muito!

 

 

Do que não deveríamos ter feito,
mas, estupidamente, fizemos,
e do que deveríamos ter obrado,
mas, sonolentamente, delongamos.

Do que não deveríamos ter sido,
mas, estupidamente, fomos,
e do que deveríamos ter sido,
mas, pachorrentamente, não fomos.

 

 

Por que não somos amorosos, fraternos, tolerantes e solidários?

 

 

Do que não deveríamos ter ousado,
mas, estupidamente, ousamos,
e do que deveríamos ter ousado,
mas, embotadamente, não realizamos.

 

 

 

 

In: Dogma e Ritual de Alta Magia

 

 

Do que não deveríamos ter nos omitido,
mas, estupidamente, nos omitimos,
e do que deveríamos ter nos manifestado,
mas, encagaçadamente, não nos manifestamos.

 

 

Enquanto o Conselho de Segurança não for reformulado, ele
estará mais para circo dos horrores do que para outra coisa!
Por que cinco? Por que exclusivamente e só cinco? Por quê?
Por acaso esses exclusivamente cinco são os donos da Terra?

 

 

Do que não deveríamos ter nos acovardado,
mas, estupidamente, nos acovardamos,
e do que deveríamos ter enfrentado,
mas, coniventemente, não enfrentamos.

Do que deveríamos ter mudado,
mas, estupidamente, não mudamos,
e do que deveríamos ter partilhado,
mas, confortavelmente, mantivemos.

 

 

 

 

Do que não deveríamos ter abolido,
mas, estupidamente, abolimos,
e do que deveríamos ter revogado,
mas, cegamente, não suprimimos.

Do que não deveríamos ter negado,
mas, estupidamente, negamos,
e do que deveríamos ter repudiado,
mas, imitadoramente, topamos.

 

 

 

 

 

 

Confiteor ad Brazilian Populus

— Diz aí, bicho: que rei fui eu,
hoje, sem reinado e sem coroa?
E esse rabo verde-garrafa?
Afinal, que rei fui eu?

— Ontem, eu fazia o que queria:
mandava e contramandava!
Hoje, não mando xongas,
e faliu a minha alegria!

— Só mesmo o bom Javier Milei
para se lembrar de mim!
Fui esquecido por anodos e catodos!
Esqueceram, até, que já fui um rei!

— Será que o meu reinado
foi fraquinho e foi mesquinho?
Por isto virei um jacaré-sem-coroa
e acabei olvidado e destronado?

— Agora, me deram de presente
oito anos sem poder me eleger!
Mas, não deixarei barato:
rente, jamais estarei ausente!

— Piamente, sempre acreditei
que eu fazia parte do Povo de Deus!
Mas, pintou o maior revertério,
e perdi a minha coroa de rei!

 

 

 

 

— Terei sido um falso rei?
Oh! Pombas! Que rei fui eu?
Hoje, estou arrependido
por não ter cumprido a lei!

— Durmo e acordo vendo navios!
Onde estarão os meus minions de libré!
Meus verões são frios invernos!
Só dolores, tristezas e calafrios!

 

— Nós nunca abandonaremos você!

 

— Por tudo isso, peço perdão
a você, que votou em mim,
e a você, que não votou,
pelo meu reinado-contramão!

— Confiteor ad brazilian populus:
mea culpa, mea maxima culpa!
Mea vanitas, summa vanitas!
Delirium meum non compassivus!

— Por quê? Por quê? Por quê?
Por que o meu Sol escureceu?
Por que minha Lua se ufana?
Para nada disso eu sei o porquê!

— Enfim, desejo ao Presidente Lula
todo o sucesso do mundo.
O povão precisa muito dele,
a todo tempo, sem fula-fula!

 

Seguindo: do que não deveríamos ter resilienciado,
mas, estupidamente, fomos flexíveis,
e do que deveríamos ter preservado,
mas, destrutoramente, depredamos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Do que não deveríamos ter acreditado,
mas, estupidamente, aceitamos,
e do que deveríamos ter buscado,
mas, fideistamente, negligenciamos.

 

 

 

 

 

 

 

 

Do que não deveríamos ter agasalhado,
mas, estupidamente, agasalhamos,
e do que deveríamos ter transmutado,
mas, plumbicamente, deixamos-pra-lá.

 

 

 

 

Do que não deveríamos ter apoiado,
mas, estupidamente, apoiamos,
e do que deveríamos ter sustentado,
mas, ideologicamente, não amparamos.

 

 

Injustificabilidades

 

 

De quem deveríamos ter auxiliado,
mas, estupidamente, by-passamos,
e de quem deveríamos ter desafogado,
mas, soi-disant cremos ser anti-heróis.

 

 

 

 

De quem deveríamos ter amado,
mas, estupidamente, odiamos,
e de quem deveríamos ter libertado,
mas, demoniacamente, escravizamos.

 

 

 

 

 

De quem deveríamos ter protegido,
mas, estupidamente, deixamos de lado,
e de quem deveríamos ter deixado de lado,
mas, criminosamente, nos associamos.

 

 

 

 

Seja como for, uma coisa é mais do que certa:
vem de longe que, , todos nós somos absurdos.
Então, é hora de tomarmos vergonha na fuça
e de nos arrependermos das nossas ilogicidades!

 

 

 

 

Sei que o arrependimento não ab-roga
a Lei Cósmica Educativa da Compensação,
mas, mitiga, e para cada compensação, ajuda
para que tenhamos paciência e humildade.

 

 

 

 

E, se o arrependimento for sincero,
no futuro, talvez, não incorramos
nos mesmos erros, defeitos e malfeitos,
e o repeteco irá escasseando e rareando.

 

 

 

 

Minha mãe, que era tripeira, sempre dizia:
— Pra frente é que se anda; pra trás mija a burra!
Então, por que ficarmos morrendo sem ,
e continuarmos vivendo sem ?

Pois é. Nós te(re)mos que nos preparar
para a nossa inevitável Grande Aventura.
Ela virá para todos nós: para mim, para você, para o rico,
para o pobre, para o felizão, para o sem-ventura...