VERBUM DIMISSUM ET INENARRABILE

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Simbolicamente

 

 

Os Sete Poderes Criativos ou Sons Vocálicos que começaram a existir quando a Palavra [Verbum Dimissum] foi proferida se tornaram os Sete Elohim [ALHIM] ou Divindades, de tal sorte que, através dos Seus Poderes e Mediação, o mundo inferior foi organizado .1 [In: Os Ensinamentos Secretos de Todos os Tempos, de autoria de Manly Palmer Hall.]

 

Os Mistérios da Antigüidade ensinavam aos dignos e meritosos que a Illuminação Espiritual só poderá ser alcançada, se elevarmos a nossa natureza inferior a um certo nível de efetividade e de pureza, no qual poderemos de fato conhecer a nossa própria constituição e o verdadeiro propósito da nossa existência. A vetusta e multimilenar Sabedoria Iniciática de como regenerar mais rapidamente e completamente a nossa constituição múltipla e alcançar a Illuminação constituía a Doutrina Secreta ou Esotérica da Antigüidade, e jamais era revelada aos impenitentes e aos desmerecedores. Mas, por que a Doutrina Secreta não era revelada aos ignóbeis? Porque os Adeptos e os Filósofos Iniciados sabiam que quando alguém entende o funcionamento de todo um sistema, ele pode alcançar um fim previamente estabelecido, embora não seja nem esteja qualificado para manipular, fazer bom uso e controlar as conseqüências [os efeitos] que o produziu. [Isto é muito fácil de ser entendido, basta você imaginar o que um Hitler, um Stalin, um Pinochet, um Ted Bundy, uma Aileen Wuornos, uma Juana Barraza, uma Gesche Gottfried, uma Ilse Koch, uma Irma Grese, um Papa Sérgio III, um mensalãozeiro, um petrolãozeiro, um Jim Jones ou mesmo um João de Deus, por exemplo, fariam, se conhecessem integralmente o Verbum Dimissum et Inenarrabile. Usei o advérbio integralmente porque, parcial e limitadamente, todos nós conhecemos o Verbum, e é exatamente por restritamente, ainda que ± inconscientemente, conhecê-Lo, que fazemos as barbaridades inimagináveis que ainda fazemos.] É exatamente por isto que a Sabedoria Iniciática foi ocultada em símbolos, mitos e alegorias, que nunca tiveram qualquer significado para os profanos, embora fossem evidentes para aqueles que conheciam a Teoria da Redenção Pessoal, que era e é a base da Teologia Filosófica Iniciática. Um exemplo disto é o Cristianismo. Na verdade, todo o Novo Testamento é uma exposição cuidadosamente oculta dos processos secretos da Regeneração Humana. Os personagens bíblicos, que sempre foram e continuam a ser considerados seres-humanos-aí-no-mundo históricos e existentes, são, na realidade, personificações de determinados processos que ocorrem no corpo humano, quando cada um de nós dá início à tarefa de se libertar conscientemente da auto-escravidão, da ignorância, dos preconceitos, da separatividade e da morte. [Só Morrendo Viveremos. ALI, ALI, LMH ShBHhTh-NI!] [Ibidem.]

 

 

Cérebro

 

 

Por milagre, eu queria me salvar,

mas, sempre fui um sacanocrata.

Eu queria ir morar lá no éden,

mas, sempre fui um verdugocrata.

Eu queria vencer a tentação,

mas, sempre fui um nefelibata.

Eu queria pôr ordem na minha vida,

mas, sempre me meti em zaragata.

Eu queria rasteirar a vaidade,

mas, sempre fui um pedantocrata.

Eu queria suplantar a cizânia,

mas, sempre fui um cizaniocrata.

Eu queria suprimir a avarícia,

mas, sempre fui um mais-valiata.

Eu queria superar a xenofobia,

mas, sempre fui um xenofobiata.

Eu queria sobrepujar a homofobia,

mas, sempre fui um homofobiata.

Eu queria extrapassar a islamomofobia,

mas, sempre fui um islamofobiata.

Eu queria ultrapassar a murofilia,

mas, sempre fui um murofiliata.

Eu queria estrapor a foguetofilia,

mas, sempre fui um foguetofiliata.

Eu queria promover a solidariedade,

mas, sempre fui um aporrinhocrata.

Eu queria factibilizar a Paz Perpétua,

mas, sempre fui um mau diplomata.

Eu queria combater os totalitarismos,

mas, sempre topei uma vantajosa concordata.

Eu queria unificar a Humanidade,

mas, sempre fui o rei absoluto da rata.

Eu queria livrar o mundo da tirania,

mas, sempre fui um antidemocrata.

Eu queria ser perdoado,

mas, como, se sempre esmigalhei barata?

Eu queria a Bênção Divina,

mas, adorava ser um cleptocrata.

Eu queria o Amor Divino,

mas, sempre me liguei numa boa mamata.

Eu queria a Piedade Divina,

mas, sempre edifiquei casamata.

Eu queria saber o Verbum Dimissum,

mas, sempre fui um papagaio de pirata.

Eu queria passar da cepa torta,

mas, sempre fui um vira-lata.

Eu queria atinar e perceber,

mas, sempre preferi ser um magnata.

Eu queria me manumitir,

mas, sempre escravizei o Anahata!

Eu queria tomar vergonha na fuça,

mas, sempre posterguei a data.

Eu queria ter dito: ALI, ALI, LMH ShBHhTh-NI!

Mas, sempre fui persona non grata.

Eu queria ter atravessado a Alcântara,

mas, morri triste, só e perdido na mata.

 

 

 

 

 

 

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Nota:

1. A versão bíblica no princípio Deus criou os céus e a Terra é oriunda da aglutinação equivocada das Letras Hebraicas para efeito puramente teológico e intencionalmente tendencioso, fálico e esquerdizante. Como explicou Joseph Alexandre Saint-Yves D’Alveydre (26 de março de 1842 – 5 de fevereiro de 1909) no Arqueômetro, a palavra ALHIM é equivalente a dois conceitos complementares, isto é, Poder do Fogo ou Calor Violento e, neste sentido, não são Deus nem são os Espíritos Planetários Superiores, mas, sim, a legião (exército) das potestades criadoras. A palavra ALHIM é, na realidade, o resultado de AL = Deus, ALH = Deusa e IM = terminação plural. Logo, os ALHIM constituem os Deuses e as Deusas (as Divindades que organizaram o mundo inferior, às quais alude Manly Palmer Hall).

 

Música de fundo:

Universe Size Comparison 3D

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=i93Z7zljQ7I

 

Páginas da Internet consultadas:

http://info.melissahughes.rocks/
neuronugget/tag/amygdala-hijack

https://gifimage.net/

https://www.animatedimages.org/

https://www.goodreads.com/

 

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