UTILIDADE PÚBLICA

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Cebola é o nome popular da planta cujo nome científico é Allium cepa.

 

A cebola teve origem no centro da Ásia, e caminhando para o ocidente, atingiu a Pérsia de onde se irradiou para a África e por todo continente europeu. Daí, foi trazida para as Américas, pelos seus primeiros colonizadores. No Brasil, a introdução da cebola se deu principalmente através do Rio Grande do Sul, se espalhando por todo o País.

 

Quando as cebolas são cortadas, as suas células são quebradas. As células das cebolas têm duas seções: uma com enzimas chamadas alinases e outra com sulfuretos (sulfóxidos de aminoácidos). As enzimas decompõem os sulfuretos produzindo ácido sulfênico. O ácido sulfênico é instável e decompõe-se em um gás volátil chamado sin-propanetial-S-óxido. O gás dissipa-se pelo ar e eventualmente chega aos olhos, onde reage com a água para formar uma solução muito fraca de ácido sulfúrico. O ácido sulfúrico irrita as terminações nervosas do olho, fazendo-os arder. Em resposta a esta irritação, as glândulas lacrimais entram em ação para diluir e lavar a irritação. Não obstante, são estes compostos voláteis que dão o sabor característico à cebola e o aroma agradável quando cozinhada. Para reduzir a libertação do gás, recomenda-se descascar a cebola debaixo de água corrente, ou mesmo debaixo de água. Molhar as mãos e a cebola antes de a cortar vai reduzir o efeito do gás, porquanto algum do gás vai reagir com a água das mãos ou da cebola (e não com a umidade dos olhos). O cheiro das mãos poderá ser eliminado com limão ou lavando-as em água corrente por alguns instantes, sem esfregar uma na outra. Cebolas frias tiradas do frigorífico provocarão menos irritação uma vez que as baixas temperaturas inibem a difusão das enzimas e do gás. Diferentes espécies de cebolas libertarão quantidades diferentes de ácidos, portanto a irritação que provocam também será diferente.

 

A cebola possui propriedade antioxidante, que é suficiente para reduzir o risco de morte por doenças e danos cardíacos. Neste sentido, a quercetina (presente naturalmente em vegetais como maçã, cebola, chá e em plantas medicinais como Ginkgo biloba, Hypericum perforatum) demonstrou diminuir a incidência de infarto do miocárdio e derrames cerebrais em pessoas da terceira idade. As populações que consomem produtos ricos em quercetina estatisticamente apresentam menores riscos de afecções cardiovasculares. Devido à inibição da peroxidação lipídica, a quercetina protege o endotélio da destruição local por prostaciclina e o fator de relaxamento derivado do endotélio.

 

A ação antiinflamatória que muitos flavonóides possuem relaciona-se em parte com as enzimas implicadas no metabolismo do ácido araquidônico. No mecanismo antioxidante sobre a peroxidação lipídica da quercetina está envolvida a via do ácido araquidônico o qual implica em uma atividade antiinflamatória paralela.

 

Um dos mecanismos de ação da quercetina, como agente antiproliferativo de células tumorais, é através de sua capacidade antimutagênica e de seu poder antioxidante. A adição da quercetina em alguns esquemas antitumorais com drogas sintéticas tem demonstrado aumento da atividade antitumoral.

 

Diferentes estudos têm constatado o fortalecimento do sistema imunológico, em especial no trato gastrointestinal, a partir da administração de quercetina. Por exemplo, pacientes com disenteria de Flexner evidenciaram melhoras clínico-humorais significativas após receber uma combinação de quercetina e acetato de tocoferol.

 

Junto com o sódio tem sido demonstrado melhorar quadros de dispepsia, além de evidenciar efeitos bacteriostáticos em microorganismos patológicos do trato digestivo. Um aspecto interessante do efeito antiúlcera da quercetina é que ela inibe in vitro o crescimento de Helycobacter pylori de uma forma dose-dependente. Por outro lado, a quercetina tem demonstrado poder estabilizador nos mastócitos impedindo a ação da histamina durante as reações alérgicas e inibindo a formação de leucotrienos. A quercetina demonstra exercer um efeito sinérgico com cromoglicato de sódio.

 

Também tem evidenciado um efeito antifúngico em cultivos de Candida albicans, um fungo oportunista que pode surgir em quadro de imunodepressão.

 

A quercetina demonstrou ser um potente agente antiviral, podendo interferir com a infectividade e replicação de adenovírus, coronavírus e rotavírus em cultivos celulares. Neste sentido, uma combinação de quercetina com rutina demonstrou reduzir a hemaglutinação, reduzindo a mortalidade de ratos infectados com o vírus influenza.

 

Uma cebola grande ingerida crua, durante crises herpéticas diminui a duração da crise do herpes.

 

Como é conhecida, a catarata é uma complicação relativamente comum em quadros de diabetes. Entre os mecanismos de ação, descobriu-se que a enzima aldolase-reductase tem papel gerador de catarata. Diferentes experiências demonstraram atividade inibitória da quercetina sobre esta enzima, que seria do tipo não-competitiva e uma das mais potentes entre os diferentes agentes inibidores testados.

 

Existem relatos clínicos significativos, onde vários pacientes descrevem uma surpreendente melhora de dores de cabeça, febre e dores articulares, ao ingerir uma cebola inteira crua, no almoço e no jantar, até a melhora dos sintomas. Isto pode estar ocorrendo de acordo com alguma substância contida na cebola; flavonóides, quercetina, atvidade antioxidante, atividade antiinflamatória, atividade antiviral e diminuição do açúcar no sangue. Todavia, ainda não se sabe ao certo, qual destes agentes está influenciando neste processo. Entretanto, os resultados são indiscutíveis e surpreendentes, visto que a cebola é apenas um simples alimento do dia a dia.

 

Esta matéria foi editada da fonte:

http://pt.wikipedia.org/

 

 

 

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Música de fundo:

Cebola Cortada
Compositores: Petrúcio Maia & Clodo Ferreira
Intérprete: Fagner

Fonte:

http://www.charles50tao.com.br/forro.htm