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Notas:
1. Mahâprâlâya
é a expressão teosófica (Teosofia = Sabedoria Divina
ou Sabedoria dos Deuses) usada para designar o período de inatividade
do Kósmos, com duração idêntica a um
Mahâmanvântâra (ou Mahâ Kalpa),
o equivalente a 72.000 Pralayas, com um total de 311.040 x 109
anos, ou seja, 100 anos de Brahman. Segundo Helena Petrovna Blavatsky
(Ekaterinoslav, 12 de agosto de 1831 – Londres, 8 de maio de 1891),
no Mahâprâlâya o Kósmos deixa de existir,
permanecendo inativo, até ser acordado no alvorecer
de um novo Mahâmanvântâra (período de
atividade). Durante o Mahâprâlâya, Parabrahman
– em sânscrito: Para, além; Brahman,
o Espírito Universal – (expressão usada pelos estudiosos
vedantinos e na Teosofia para designar o Princípio Uno, a essência
de tudo o que forma o Kósmos) permanece envolto em seu véu
– Mulaprakriti (Substância Primordial ou Substância
Abstrata) – e ambos, Mahapralaya e Parabrahman,
conservam-se unidos por Fohat (Daiviprakriti, a Luz do
Logos) que permanece latente. Nada se manifesta, permanecendo
ativo apenas o Movimento Eterno.
Por isto, o poema afirma: Nem durante o Mahâprâlâya
o
Universo sossega. Seja Manvântâra, seja Prâlâya,
não
pára a trasfega.
2.
Cada qual cuide de seu enterro, impossível não há.
Frase derradeira de Quincas Berro Dágua, segundo o relato da
prostituta Quitéria do Olho Arregalado, que estava a seu lado, e
que, nos momentos de intimidade e de ternura, o chamava de Berrito. [Fragmento
do romance, A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água, publicado
em 1961, de autoria do escritor brasileiro e membro da Academia Brasileira
de Letras Jorge Amado (Itabuna, 10 de agosto de 1912 – Salvador, 6
de agosto de 2001)].
3. Ainda
que adiantasse esperar o lado de lá para corrigir erros,
defeitos e babaquices, isto seria, no mínimo, uma sesquipedális
et innominabìlis stultitìa. Ou será que, por outro
lado, em pleno século XXI, ainda se possa acreditar que, por exemplo,
benzeduras, promessas, genuflexões, suplícios, perdão
de padre, peditório clamoroso de pastor e mandingarias de nhamussoros
resolvam ou ab-roguem nossos desconcertos? Eu sei. Infelizmente, muitos
acreditam! É por isto que todos os próceres dessas religiões
que conhecemos não fazem por menos: todos têm carrões
novinhos, e, quando dá, a caranguejola é importada. Com o
dinheiro de quem? Com o meu é que não é.
Fundo
musical:
Forever
in Love (Kenny G)
Fonte:
http://www.musicamidigratis.com/
midis/459/infomidi.html