UNI(MULTI)VERSO

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Uni(multi)verso
(Animação Pictórica)

 

 

 

No Multiverso desde-sempre-existente

finito-porém-ilimitado,

que nunca teve um princípio

e sem possibilidade de vir a ter um fim,

pois, segundo Parmênides de Eléia, ex nihilo nihil fit,

isto é, nada surge (retorna) do (ao) nada,

portanto, é o mesmo desde-sempre e para-sempre,

cujo centro está em todos os lugares,

e, na verdade, não está em lugar nenhum –

cada (anti)coisa existente, per se, é um universo.

 

 

Pulex irritans

 

 

Se isto é verdade,

e eu acredito que seja,

então,

um Bóson de Higgs

é e não é o centro do Multiverso,

um antiBóson de Higgs

é e não é o centro do Multiverso,

um elétron

é e não é o centro do Multiverso,

um antielétron

é e não é o centro do Multiverso,

um átomo de oxigênio

é e não é o centro do Multiverso,

um grão de areia

é e não é o centro do Multiverso,

uma gota de água

é e não é o centro do Multiverso,

uma macromolécula

é e não é o centro do Multiverso,

 

 

Macromolécula

 

 

uma cassiterita

é e não é o centro do Multiverso,

um fragmento em brasa

é e não é o centro do Multiverso,

um foguete-de-assobio

é e não é o centro do Multiverso,

uma fogueira de São João

é e não é o centro do Multiverso,

um escorpião-do-vento

é e não é centro do Multiverso,

um dragão-de-komodo

é e não é o centro do Multiverso,

um pica-pau-de-cabeça-vermelha

é e não é o centro do Multiverso,

um mico-leão-de-cara-dourada

é e não é o centro do Multiverso,

uma Pulex irritans,

pulicídea, sifonáptera, holometabólica e cosmopolita,

é e não é o centro do Multiverso,

um encantador intraterrestre

é e não é o centro do Multiverso,

um simpático ET

é e não é o centro do Multiverso,

um deus olímpico poderoso

é e não é o centro do Multiverso,

o Sol, a Terra e a Lua

são e não são os centros do Multiverso,

a Via Láctea e Andrômeda

são e não são os centros do Multiverso,

as estrelas azuis quentes

são e não são os centros do Multiverso,

Sirius A e Sirius B

são e não são os centros do Multiverso,

a Grande Loja Branca

é e não é o centro do Multiverso,

a Grande Loja Negra

é e não é o centro do Multiverso,

Washington, D.C.

é e não é o centro do Multiverso,

o Palácio do Planalto

é e não é o centro do Multiverso,

o Planalto de Gizé e a Grande Pirâmide

são e não são os centros do Multiverso,

o Estado da Cidade do Vaticano

é e não é o centro do Multiverso,

a Cidade de Meca, a Grande Mesquita e a Ka'bah

são e não são os centros do Multiverso,

a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha

são e não são os centros do Multiverso,

a Cidade de Lhasa e o Palácio de Potala

são e não são os centros do Multiverso,

cada personalidade-alma

é e não é o centro do Multiverso,

cada ser-humano-aí-no-mundo

é e não é o centro do Multiverso,

cada pensamento pensado

é e não é o centro do Multiverso,

cada idéia idealizada

é e não é o centro do Multiverso,

cada palavra apalavrada

é e não é o centro do Multiverso,

cada ação acionada

é e não é o centro do Multiverso...

 

Com isso, a concepção-noção de importância

deixa de ter importância-prevalência,

ou melhor, a importância das coisas é apenas relativa,

porque absolutamente nada

é ± importante-prevalente do que nada.

Sempre haverá algo ± importante-prevalente

do que aquilo que supomos que,

segundo a nossa cultura ou ilustração,

presumidamente, é importante-prevalente.

Ainda que cada coisa existente

seja, em si, uma coisa existente singular,

todas as coisas plurais são Uma.

 

 

Unicidade

 

 

E assim, o Multiverso,

efetivamente, é um Uni(multi)verso,

e todas as coisas existentes

conformam, ex Lege, uma Unicidade.

Na alegria e na dor,

no prazer e no desprazer,

na saúde e na doença,

na paz e na guerra,

na harmonia e na desarmonia,

na presença e na ausência,

ontem, hoje e amanhã,

como disse o Chief Seattle,

tudo está associado-interligado.

Sem exclusão, há uma interconexão em tudo.
(Interconexão = Confraternidade Universal)

 

 

 

 

Assim, como não pode (poderá) deixar de ser,

a riqueza de um é (será) a riqueza de todos.

A pobreza de um é (será) a pobreza de todos.

A saciedade de um é (será) a saciedade de todos.

A fome de um é (será) a fome de todos.

A cognição de um é (será) a cognição de todos.

A ignorância de um é (será) a ignorância de todos.

A bondade de um é (será) a bondade de todos.

A crueldade de um é (será) crueldade de todos.

A liberdade de um é (será) a liberdade de todos.

A escravização de um é (será) a escravização de todos.

O triunfo de um é (será) o triunfo de todos.

A derrota de um é (será) a derrota de todos.

 

1 + 1 = 1.

1 – 1 = 1.

(+ 1) ± (– 1) = 1.

 

 

Chief Seattle

Chief Seattle
(Única fotografia conhecida, tirada em 1864)

 

 

 

Buracos de Minhoca
(Animação Pictórica)

 

 

 

Observação:

Multiverso é um termo usado para descrever o conjunto hipotético de universos possíveis, incluindo o universo em que vivemos. Juntos, esses universos compreendem tudo o que existe: a totalidade do espaço, do tempo, da matéria, da energia e das leis e constantes físicas que os descrevem. É geralmente usado em enredos de ficção científica, mas, também, é uma extrapolação possível de algumas teorias científicas para descrever um grupo de universos que estão relacionados, os denominados universos paralelos. A idéia de que o universo que se pode observar é só uma parte da realidade física deu luz à definição do conceito Multiverso.

O conceito de Multiverso tem suas raízes em extrapolações, até o momento não científicas, na moderna Cosmologia e na Teoria Quântica, e engloba também várias idéias oriundas da Teoria da Relatividade, de modo a configurar um cenário em que pode ser possível a existência de inúmeros Universos onde, em escala global, todas as probabilidades e combinações ocorrem em algum dos universos. Tudo isto, simplesmente, por haver espaço suficiente para acoplar outros universos em uma estrutura dimensional maior: o chamado Multiverso.

Os universos seriam, em uma analogia, semelhantes a bolhas de sabão flutuando em um espaço maior capaz de abrigá-las. Alguns seriam até mesmo interconectados entre si por buracos negros ou por buracos de minhoca.

Em termos de Mecânica Quântica, a interpretação da existência de vários mundos fornece uma visão que implica um Multiverso. Nesta visão, toda vez que uma decisão quântica tem de ser tomada – em termos técnicos, toda vez que há uma redução da função de onda de um estado emaranhado – dois ou mais universos independentes e isolados surgem, um para cada opção quântica possível. Vivemos no universo no qual as decisões quânticas adequadas levam à nossa existência.

Devido ao fato da conjectura de Multiverso ser essencialmente ideológica, não havendo, atualmente, qualquer tipo de prova tecnicamente real, a Teoria dos Universos Paralelos ou do Multiverso é, em essência, uma teoria não-científica. Neste ponto, aliada à completa ausência de evidência científica, há ainda a questão concernente à compatibilidade com as teorias científicas já estabelecidas e os rumos diretamente apontados por elas. No conceito de Multiverso, imagina-se um esquema em que todas os universos se agregam mutuamente por uma ilimitada vastidão. Tal conceito de Multiverso implica em uma contradição em relação à atual busca pela Teoria do Campo Unificado ou pela Teoria do Tudo, uma vez que em cada Universo podemos imaginar que haja diferentes Leis Físicas.

Ressalta-se, contudo, que a Teoria do Campo Unificado (Teoria que permite que todas as forças fundamentais entre partículas elementares sejam descritas em termos de um único campo) e a Teoria do Tudo (Teoria científica hipotética que unificaria em uma só estrutura teórica todos os fenômenos físicos) são, assim como a Teoria das Cordas (modelo físico matemático no qual os blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais semelhantes a uma corda) e outras similares (em vista dos rigores do método científico), pelo menos até o momento, teorias não-científicas. A exemplo, a Teoria M (Teoria que unifica as cinco diferentes Teorias das Cordas, a Supersimetria e a Supergravidade) prevê que o nosso universo possua, em verdade, 11 dimensões. Factualmente, vivemos em um universo quadridimensional, descrito por três dimensões espaciais e uma temporal interligadas entre si no que se denomina malha espaço-tempo (sistema de coordenadas utilizado como base para o estudo da Relatividade Restrita e da Relatividade Geral).

 

 

Curvatura Espaço-tempo

Curvatura Espaço-tempo


Música de fundo:

Multiverse

Fontes:

https://www.youtube.com/watch?v=qtRHzZlAcVk

https://www.youtube.com/watch?v=ri234Cm3fK4

Justificativa:

Escolhi estas músicas de fundo para este rascunho porque elas exemplificam perfeitamente a reiteração cósmica cíclico-ininterrupta.

Ciclos

 

Páginas da Internet consultadas:

https://en-gb.facebook.com/pg/Etcrenteoficial/posts/

https://pt.dreamstime.com/

http://casadafraternidade.org.br/

https://en.wikipedia.org/wiki/Chief_Seattle

https://giphy.com/gifs/loop-circles-sGdDA5HcJOSBO

https://chsfreshmancore.weebly.com/

https://chsfreshmancore.weebly.com/

https://giphy.com/gifs/gustavo-loop-
geometry-kidmograph-p1aqyY6Y0g9uo

https://pt.wikipedia.org/wiki/
Multiverso_(ci%C3%AAncia)

https://www.allposters.com/

https://pixels.com/

https://ya-webdesign.com/

https://pt.wikipedia.org/wiki/
Universo#Hipótese_do_multiverso

 

Direitos autorais:

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