Não
é um desastre natural; é um desastre construído
e planejado pelas políticas desumanas de Israel.
(John
Ging, diretor da Agência da ONU para Auxílio Humanitário
em Gaza).
A
não-violência enlouquece os israelenses.
(Sameh Habeeb).
O
estatuto legal de Gaza é 'território ocupado'. O bloqueio
é um instrumento da mesma agressão. Por isto, os ataques
à Gaza, por Israel, configuram crime de guerra. De fato,
por mais que precisemos de ajuda humanitária, a solução
não virá daí. Precisamos pôr fim à
ocupação. (Amjad
Shawa, diretor da Rede Palestinense de ONGs).
Meu
pai acabou de ligar informando que está bem depois que aviões
israelenses bombardearam a Universidade Islâmica. Um pouco
depois chamei a minha mãe, somente para ouvi-la chorar no
telefone: — 'Os aviões estão voando' —
gritava. Tratei de acalmá-la: — 'Aviões voando
são um sinal de que os alvos estão distantes’.
Mas, em tais momentos de intenso medo, não há lugar
para a razão nem para a lógica.
(Laila El-Haddad).
Desde
o dia 9 de dezembro, os caminhões da agência das Nações
Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército
israelita lhes permita a entrada na Faixa de Gaza, uma autorização
uma vez mais negada ou que será retardada até ao último
desespero e à última exasperação dos
palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas? Contando
com a cumplicidade ou a covardia internacional, Israel ri-se de
recomendações, das decisões e dos protestos,
faz o que entende, quando o entende e como o entende. Vai ao ponto
de impedir a entrada de livros e de instrumentos musicais como se
se tratasse de produtos que iriam pôr em risco a segurança
de Israel.
(José Saramago).
E que
nas suas vozes, nas vozes da multidão que sem dúvida
estará presente, irrompa a indignação pelo
genocídio, lento mas sistemático, que Israel tem exercido
sobre o martirizado povo palestino.
(José Saramago).
Aproveitem
com sabedoria as aberturas criadas para o restabelecimento da trégua
e, assim, se encaminhem em
direção a soluções pacíficas
e duradouras...
O diálogo é
o único caminho que pode efetivamente trazer um futuro de
paz à região.
(Papa Bento XVI ).
Ora,
se o Universo é, desde sempre, uma unidade inconvertível,
insubstituível e imutável, sem possibilidade de ser
minimizável ou maximizável, mas em perpétuo
movimento e em perpétua transformação, quem
assassina e genocida comete suicídio. O suicídio derivado
do assassinato e do genocídio poderá até ser
inconsciente, mas não deixará jamais de ser suicídio
– na verdade, dois monstruosos delitos em um. (Rodolfo Domenico
Pizzinga).