NO UMBRAL DO MISTÉRIO

 

 

 

Stanislas de Guaita

Stanislas de Guaita

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo se constitui de uma coletânea de fragmentos (alguns muito difíceis de serem compreendidos) garimpados na obra No Umbral do Mistério, de autoria do KaBaLista Rosa+Cruz e Alquimista francês Marie Victor Stanislas de Guaita (6 de abril de 1861 – 19 de dezembro de 1897). Portanto, leia devagar, e não se preocupe com o que você não entender. Os frutos deste estudo brotarão no devido tempo. Para ser absolutamente sincero com você, nem eu entendi integralmente todos os fragmentos que selecionei para compor este trabalho. Então...

 

A poesia foi a primeira manifestação literária de Stanislas de Guaita, mas, sempre buscou algo mais elevado. Sua vocação mística foi decididamente encontrada através da leitura de livros de Éliphas Lèvi (a quem denominou de Mago Completo) e da obra O Vício Supremo, de autoria do Iniciado Josephin Peladan. Stanislas de Guaita tinha em Éliphas Lèvi, Fabre d´Olivet, Heinrich Khunrath, Martinez de Pasqually, Louis-Claude de Saint-Martin e Jacob Boheme os guias invisíveis que Illuminavam sua Senda. Seguindo as pistas de Jacob Boheme, de Karl von Eckartshausen, de Pico della Mirandola, de Marcelo Ficin e de Knorr de Rosenroth, Guaita chegou a Saint-Yves d'Alveydre.

 

No Umbral do Mistério foi publicado em 1886, em formato pequeno sem os apêndices. Para o meio ocultista da época foi uma revelação. Todos os Homens de Desejo encontraram a Luz que buscavam na chama viva – que era Stanislas de Guaita. Ele foi o primeiro a se surpreender com o inusitado sucesso de seu livro. Em 1890, foi publicada uma segunda edição, três vezes maior, contendo dois pantáculos de Henry Khunrath. Em setembro de 1894, houve uma terceira edição, na qual, utilizando o prólogo, Stanislas de Guaita fala do sentido verdadeiro da Alta Magia como síntese geral, duplamente fundamentada na observação positiva e na indução por analogia.

 

Esta obra resume a evolução do Hermetismo, desde o Ciclo de Ram e o Reino do Carneiro até os Franco-juízes da Idade Média e as Sociedades que nasceram das cinzas dos Templários, passando pela Índia, pela Pérsia e pela Grécia. A obra distingue claramente o Hermetismo do Espiritismo e das práticas de feitiçaria. Stanislas de Guaita descreve os grandes Iniciados do Ocidente, mostrando a retransmissão do Sacerdócio Mágico e religando-os desde Alberto, o Grande, até Saint-Yves d’Alveidre e Papus, passando por Louis-Claude de Saint-Martin, na Revolução Francesa, e por Fabre d’Olivet. Constata, por fim, a renovação do Hermetismo da sua época, da qual ele próprio foi um dos principais expoentes.

 

Enfim, até sua passagem para o Oriente Eterno, Stanislas de Guaita lutou contra a imaginação corrompida das pessoas e os Corações endurecidos pelo orgulho e pelo ódio. Um novo século se aproximou e outro nasceu em seguida, e novos Iniciados – dedicados ao espargimento da Luz – como foi Stanislas de Guaita – deram prosseguimento à sua obra.

 

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

 

A Alta Magia (álgebra das idéias) não constitui um compêndio de divagações mais ou menos espíritas, arbitrariamente erigidas em dogma absoluto. Trata-se de uma síntese geral – hipotética, porém, racional – duplamente respaldada na observação positiva e na indução por analogia.

 

Através da infinita diversidade dos modos transitórios e das formas efêmeras, a KaBaLa distingue e proclama a Unidade do Ser, remonta à sua causa essencial e encontra a lei de suas harmonias no antagonismo relativamente equilibrado das forças contrárias.

 

Os poderes naturais jamais realizam o equilíbrio integralmente. O equilíbrio absoluto seria o repouso estéril e a verdadeira morte.

 

A causa eficiente do movimento e da vida é a ação-reação! A luta dos contrários tem a fecundidade de um estreitamento sexual, pois, o amor também é um combate.

 

A Magia admite três mundos ou esferas de atividade: o Mundo Divino, das causas, o Mundo Intelectual, dos pensamentos e o Mundo Sensível, dos fenômenos.

 

Uno em sua essência e tríplice em suas manifestações, o Ser é lógico, e as coisas do alto são análogas e proporcionais às coisas que estão embaixo, tanto que uma mesma causa gera, em cada um dos três mundos, uma pluralidade de efeitos correspondentes e rigorosamente determináveis por cálculos analógicos.

 

De omni re scibili. [De tudo o que se possa saber.]1

 

A comunhão dos sexos e a gravitação dos sóis são regidos pela mesma Lei.

 

A mesma síntese sempre se manifestou de múltiplas formas, e os simbolismos aparentemente discrepantes e contraditórios traduzem, para o Iniciado, a Verdade sempre Una, na língua fundamentalmente invariável dos Mitos e dos Símbolos.

 

O Enigma Oculto: Treme, Filho da Terra, se tuas mãos não são brancas diante do Senhor! Iod-Heve aconselha apenas os seus. Ele próprio conduz o Adepto pela mão até o tabernáculo de sua glória. O temerário profano, porém, afasta-se infalivelmente, e encontra a morte nas trevas do Barathro. O que aguardas? Recuar é impossível. Deves escolher teu caminho pelo labirinto. Cabe-te decifrar ou morrer.

 

 

 

 

A Alta Ciência não pode ser objeto de curiosidade frívola. Questionar a Esfinge por capricho é um sacrilégio que nunca ficará impune.

 

 

 

 

Quem transpuser a Porta entrará em contato com certas Forças das quais se tornará senhor ou escravo, governante ou joguete. Trata-se de poderes que a Mística Cristã simbolizou com a imagem da serpente, que reduz o homem à escravidão, caso este não a submeta primeiro, esmagando sua cabeça com os pés.

 

A "coisa horrível e velada", o "guardião do umbral", é a alma fluídica da Terra, o gênio inconsciente do nascimento e da morte, o agente cego do Eterno Devir: é a dupla corrente de Luz Mercurial.

 

A prática imprudente do hipnotismo – a fortiori2 da magia cerimonial – não deixa de transmitir ao experimentador um insuperável desgosto pela vida.

 

O Espiritismo é algo que, por si só, constitui uma aberração e uma loucura.

 

Sobre os entusiastas do maravilhoso e os temerários amadores de revelações de além túmulo sopra um vento de ruína e de morte.

 

A Alquimia é apenas uma parte mínima da ciência ensinada nos Santuários da Antigüidade.

 

O sacerdócio contemporâneo está desprovido de sua Iniciação Primitiva! Os sacerdotes tornaram-se homens novamente, e os pontífices perderam até mesmo a Chave Tradicional dos Hieróglifos Sagrados!

 

 

Ankh

 

 

 

Oco Falastrão

 

 

O Adepto sabe imprimir às ordens que dá o Verbum Excelsum da sua Voluntas.

 

A Gênese [o primeiro livro da Bíblia – corpo de doutrinas e de princípios que se ocupa em explicar a origem e o princípio do Universo] é uma cosmogonia transcendente em que os mais profundos arcanos da Santa KaBaLa [filha do Hermetismo Egípcio] são revelados simbólica e hieroglificamente.

 

Antes a Ciência perecer, um dia, do que cair em mãos indignas!

 

'Os Mahatmas sucedem-se, desde tempos imemoriais, sobre os altiplanos do Himalaia.' (Louis Dramard, apud Stanislas de Guaita).

 

Estrela de Seis Pontas [Hexalfa] Equilíbrio Universal [Símbolo da Divindade Cósmica].

 

 


 

A harmonia é criadora.

 

A Tetractys e a Tríade de Pitágoras correspondem, rigorosamente, ao Tetragrama e ao Ternário KaBaLísticos.

 

O Apocalipse – juntamente com o Zohar, o Sepher Ietzirah e algumas páginas de Ezequiel – forma o mais puro corpo doutrinário e clavicular da KaBaLa propriamente dita.

 

A razão transcendente do dogma acha-se muito acima do nível intelectual das massas, sendo que as mais graves heresias são verdades mal compreendidas.

 

A feitiçaria é de todos os tempos e de todos os países.

 

A moderna Franco-maçonaria já não tem consciência dos seus menores mistérios. Os velhos símbolos que ela reverencia e que transmite em uma piedosa rotina se tornaram, para ela, letra morta: é uma língua da qual ela perdeu o alfabeto.

 

'Quod superius sicut et quod inferius.'3 (Hermes Trismegistus, apud Stanislas de Guaita).

 

A idéia oculta se irradia, de súbito, àqueles que sabem surpreendê-la.

 

A Cosmogonia KaBaLística de Moisés deve ser entendida através de três sentidos ocultos – literal, figurado e hieroglífico – que correspondem aos Três Mundos da Magia Antiga, quais sejam: o Natural, o Psíquico e o Divino.4

 

A forma ideal de Governo, segundo Saint-Yves d'Alveydre (1842 – 1909), é a Sinárquica, isto é, em harmonia com os princípios eternos.5

 

Microcosmo Macrocosmo em miniatura.

 

 

 

 

Sobre a Terra, como no céu, a Misericórdia deve temperar o Rigor; mas, também, a Justiça deve opor um limite ao transbordamento do Amor. Tais são os dois pólos do mundo moral; tais são as duas tendências inversas e complementares do Governo
dos homens.

 

O Binário, sob pena de ser anárquico, deve se resolver pelo Ternário: no alto, KeTheR (a Inteligência Suprema), refletida em ThiPhAReTh (o Adão Harmonioso e Ideal), manterá o equilíbrio entre GeBURaH (a Justiça), ou seja: o Império e CheSeD (a Misericórdia).

 

Número Três Número Sagrado que resulta em quatro pela adição da Unidade Sintética.6

 

O Idealismo tem por defensores apenas inábeis ou tímidos, ou seja, medíocres. Quanto ao Ocultismo, em vias de se depravar, vulgarizando-se nas mãos de sonhadores e charlatões, apenas raros escritores se mantêm dentro da lógica de sua ortodoxia.7

 

Uma coisa é a autoridade serena de quem sabe; outra, o febril arrebatamento de quem adivinha [ou que pensa que sabe].

 

Querer Infrangível Faculdade Soberana do Adepto.

 

O Grão-Mestre: — Filho da Terra, o que queres de nós?
O Postulante: — Ver a Luz.

 

Se há uma denominação, ao mesmo tempo sintética e sugestiva, abarcando todos os ramos da Alta Ciência e adaptando-se a cada um deles, esta denominação é, certamente, Ciência da Luz. A Luz, segundo os KaBaListas, é essa Substância Única, mediadora do movimento, imarcescível, eterna, geradora de todas as coisas, a que tudo retorna no momento oportuno: receptáculo comum da vida e da morte fluídicas em que, entre os destroços do ontem, germina o embrião do amanhã! Correspondendo ao Verbo (Luz Divina) e ao Pensamento (Luz Intelectual), ela é simultaneamente, no mundo fenomenal (e por uma contradição apenas aparente), o Esperma da matéria e a Matriz das formas: o Agente Hermafrodita do Eterno Devir. A Luz constitui o Fluido Universal Imponderável cujas quatro manifestações sensíveis se denominam: Calor, Claridade, Eletricidade e Magnetismo... Esta Luz, dizem os Adeptos, é andrógina. (Sublinhado meu).

 

Conhecer as leis das marés fluídicas e das correntes universais é, como diz Éliphas Lèvi, possuir o segredo da onipotência humana: descobrir a fórmula prática do incomunicável Grande Arcano.

 

Há no homem, segundo a Magia, três elementos radicais: a Alma (elemento espiritual), o Corpo (elemento material) e o Perispírito ou Mediador (elemento fluídico). Assim, a criatura de Deus (como Ele, Tríplice e Una) é feita, realmente, à sua imagem e semelhança. A alma espiritual seria, aliás, inábil para se fazer obedecer pelo corpo material sem a interferência de um Mediador Plástico procedente de ambos – mediador que aciona diretamente o sistema cérebro-espinhal, encarregado, por sua vez, da transmissão das ordens do Querer aos órgãos físicos. Denominado, também, de Corpo Astral, este mediador é composto de Luz bipartida fixa ou especificada (fluido nervoso) e de Luz bipartida volátil (fluido magnético). O fluido nervoso comanda a economia vital; o fluido magnético, que não é senão a luz ambiente, aspirada alternadamente, de um modo análogo ao da respiração pulmonar, põe o Perispírito em contato direto com o mundo exterior. Ora, uma vez que este Mediador Plástico, exercido convencionalmente, segundo sua própria vontade, pode coagular ou dissolver, projetar ao longe ou atrair uma porção do Fluido Universal, ele possibilita ao Adepto influenciar toda a massa de Luz Astral, nela criando correntes e produzindo, enfim, ainda que à distância, fenômenos surpreendentes que a ignorância comum qualifica como milagres ou perversas artimanhas do diabo, quando não acha ainda mais simples negá-los obstinadamente.

 

 

 

 

Os Espíritos Elementares e os Elementais são rudimentos do Mediador Plástico, destituídos quer de alma consciente, quer de corpo material, suscetíveis, todavia, por condensação, de se tornarem visíveis, e, até mesmo, palpáveis. Afetam, então, a forma dos seres de que se aproximam. O ocultista (que os atrai, que os domina e que os dirige por intermédio de seu próprio corpo astral) pode dar-lhes, à vontade, a aparência de qualquer objeto, contanto que determine mentalmente a natureza do objeto designado, e que, em sua imaginação, burile vigorosamente seus contornos.8

 

Talvez, seja à divulgação mal compreendida das doutrinas KaBaLísticas referentes à questão dos espíritos elementares que se possa de atribuir as aberrações do Espiritismo contemporâneo.

 

Por mais bizarros que sejam os fatos observados, não há nada que não seja natural, pois que, no sentido que as pessoas geralmente atribuem ao vocábulo, o sobrenatural não existe.

 

Certas Ciências são fatais!9

 

O Fruto Tentador acha-se eternamente suspenso na Árvore do Bem e do Mal. Aproxima-te, se és puro; contempla e toca o Pomo à vontade. Se ousas, come sua polpa, respeitando sua semente. Porém, não o colhas para o vulgo, pois, em mãos vulgares, o Fruto da Ciência se tornaria fruto da morte.10

 

 


 

'De que servem archotes, tochas e óculos a quem cerra os olhos para não ver?' (Amphitheatrum Sapientiæ Aeternæ, Heinrich Khunrath, apud Stanislas de Guaita).

 

É pelo Verbum, no Verbum e através do Verbum (Ele-mesmo indissoluvelmente unido à Santa Vida) que todas as coisas – quer espirituais, quer corporais – foram criadas [se manifestaram, se manifestam e se manifestarão].11

 

O nosso espírito, inapto para penetrar os Princípios Universais em sua Essência, pode apenas entrever as suas relações antitéticas, em virtude da analogia dos contrários.12

 

AIN SOPh é o manancial da Trindade, e contém, em virtualidade oculta, tudo o que é, o que foi e o que será.13

 

Ain-Soph Ser-não-ser. Ser Absoluto com relação a si próprio, pois, Ele é o Ser, só no sentido primordial; é o não-ser em relação a nós, que somos finitos e contingentes, pois o relativo não pode compreender o Absoluto.

 

Quem pretender a síntese deverá entrar na Torre. Se conseguir apenas contorná-la, será um analítico puro.

 

Vontade Grande Força Redentora.

 

'A queda do homem provém do fato de ele, homem, haver invertido as folhas do Grande Livro da Vida, substituindo a quarta página (a da imortalidade espiritual) pela quinta (a da corrupção e da decadência).' (Dos Erros e da Verdade, Louis-Claude de Saint-Martin, apud Stanislas de Guaita).

 

Adicionando o quaternário crucial ao pentagrama estrelado, obtém-se 9 – o Número Analítico do Homem. Na Alta Ciência, tudo se entrelaça e as concordâncias analógicas são absolutas. Por exemplo, nas figuras geométricas da Rosa-Cruz, a rosa é tradicionalmente formada de nove circunferências entrelaçadas, formando anéis infinitamente encadeados. Sempre o Número Analítico do Homem: o 9!14

 

Adão Kadmon Homem em sua Síntese Integral. (a Divindade manifestada pelo Verbum e representando a união fecunda do Espírito e da Alma Universais).15

 

5 é o número da queda, e é igualmente o número da Vontade, e a Vontade é o instrumento da Reintegração. Os Iniciados sabem o quanto a substituição de 4 pelo 5 é apenas transitoriamente desastrosa. Sabem como, na lama em que chafurda decaído, o submúltiplo humano aprende a conquistar uma personalidade verdadeiramente livre e consciente.16

 

Do mal sucede o bem, tendo em vista a realização do melhor!

 

Dez Sephiroth Aspectos do Verbum.

 

Tudo se move, evolui e se transforma no Universo vivo!

 

Vinte e Duas Letras do Alfabeto Sagrado Hieroglífico Vinte e Dois Arcanos da Doutrina Absoluta Vinte e Duas Chaves do Tarô dos Boêmios.

 

No mundo moral – a Beleza (ou Harmonia ou Retidão) – equilibra os pratos da balança: a Misericórdia e a Justiça. No mundo astral – a Geração – instrumento da estabilidade dos seres, assegura a Vitória sobre a morte e o nada, alimentando a Eternidade pela inesgotável sucessão das coisas efêmeras. Enfim, MaLKhUTh – o Reino das Formas – realiza, abaixo, a síntese totalizada, desabrochada e perfeita das Sephiroth, em que, no alto, KeTheR – a Providência (ou a Coroa) – encerra a síntese antecedente e potencial.

 

Em Magia, as correspondências analógicas sendo absolutas, de um mundo para o outro, resulta que todo Verbum oculto proferido em alguma das três esferas desperta, naturalmente, um eco nas outras duas: trata-se sempre da mesma nota, uma oitava acima ou abaixo.

 

 

 

Grande Obra Alquímica: Negro (primeiro estágio; Cabeça de Corvo) —› Branco (estágio intermediário; Andrógino Hermético) —› Vermelho Púrpura (Conclusão da Obra; Medicina Universal).

 

INRI Igne Natura Renovatur Integra. (Etiam Mundus Renovabitur Igne).

 

ALHIM (Elohim) Ele-os-Deuses; Símbolo da Pedra Filosofal Perfeita.

 

O Andrógino é o símbolo absoluto do Ser Virtual, que se exterioriza por meio daquilo que Fabre d'Olivet denominou "faculdade volitiva eficiente", ou seja, do Ser Universal que se particulariza por sua submultiplicação indefinida através do espaço e do tempo. Do Ser Espiritual, enfim, que se corporifica e cai na matéria, por haver pretendido se tornar centro e por se ter afastado da Unidade Divina, princípio
central e fonte essencial de toda espiritualidade.

 

Queda de Adão Materialização, nele, da Vida Universal.

 

Triângulo Adâmico: Corpo + Alma + Espírito.

 

O Adão [ADM = 1 + 4 + 40 = 45 9] Universal, desintegrando-se, rolou até os confins, precipitando-se na cloaca da substância diferenciada, produzida por sua própria queda. Disseminou-se, inexaurivelmente, semeando, em profusão, almas de vida cada vez menos inteligentes, cada vez menos morais e cada vez menos conscientes, até nas formas mais humildes da existência e do devir. Mas, isto não é tudo. Uma vez dividido ilimitadamente, seu destino quer que Ele se reconstitua em sua Unidade Ontológica [o desde-sempre Eterno Ser]. Depois de o Adão Universal ter descido, seu destino quer que ele ascenda, que ele evolua, enfim, depois de ter involuído, retornará [será reintegrado] à sua Síntese Verbal – o Adão Celeste.

 

 


 

Reconquista do Éden —› Divindade Coletiva —› Estado Social Hierárquico —› Família —› Amor (princípio essencial da Redenção e instrumento primordial da Reintegração).

 

O Amor (Terceira Pessoa da Trindade Adâmica), sob a forma sublimada de Caridade, opera pela ascensão primeiramente individual das almas, depois, por sua adição nupcial por grupos bissexuados e complementares, cuja fusão harmoniosa, em progressão matemática, resume a síntese relativa, que só encontra seu termo absoluto em Deus. Como o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, o Amor procede dos dois esposos (do homem e da mulher).

 

Misticamente, embora engendrado pelo Pai, o Cristo é concebido pelo Espírito Santo.

 

O Mago ou o Homem Completo – Super-homem – designado pelo Andrógino, pode
dominar inteiramente o mundo elementar e agir sobre a Natureza Naturada com uma espécie de onipotência, projetando ou atraindo para si a Luz Astral, substrato da Quintessência.

 

IOD-HE-VAV-HE Síntese Divina do Universo Vivo.

 

Como Adão(-princípio) produz Eva(-faculdade), constituindo com ela uma unidade, como o Fogo produz a Luz , constituindo com ela uma unidade, assim, o Espírito Universal produz a Alma Coletiva, constituindo com ela uma só e única coisa: o Verbum.

 

Em MaLKhUTh, é exercida a fecundidade do Tetragrama, no domínio da Natureza Naturada, mundo da substância plástica, das formas sensíveis e das imagens.

 

AGLA: o primeiro ALeF (A = 1) exprime a Unidade principiante do Universo; GiMeL (G = 3) revela o ternário das pessoas em Deus; LaMeD (L = 30) significa o desenvolvimento do ternário espiritual multiplicado pelo quaternário sensível (3 x 4 = 12) e a difusão do Ser Universal no Tempo e no Espaço. Enfim, o último ALeF (A = 1) representa a Unidade principiante e final, ponto de partida e ponto de chegada – a Unidade Suprema para onde tudo retorna após o duplo movimento hemicíclico da Descida e da Ascensão, da Desintegração e da Reintegração, da Queda e da Redenção.17

 

 

 

 

Primeiro, aprender a soletrar a Letra; depois, penetrar o Espírito dos Mistérios.

 

A Verdade Oculta não se deixa transmitir em um discurso; cada um deve invocá-la, criá-la e desenvolvê-la em si.

 

Iniciatus —› Adeptus.

 

Deus é insuscetível de ser conceituado. Um deus definido é um deus finito.

 

Do Insondável Absoluto emana eternamente a Díade Andrógina, formada por dois princípios indissoluvelmente unidos: o Espírito Vivificador e a Alma Viva Universal.

 

 

 

 

O Verbum é o Homem Coletivo considerado em sua Síntese Divina antes de sua desintegração. É o Adão Celeste antes de sua queda, antes que este Ser Universal se modalizasse, passando da Unidade ao número, do Absoluto ao relativo, da Coletividade ao individualismo, do Ilimitado ao espaço e da Eternidade ao tempo.18

 

Obscurecimento Distanciamento do Verbum. Mineral... Vegetal... Animal... Homem...

 

Pelo Altruísmo —› Reintegração dos submúltiplos na Unidade Divina.19

 

O Adão Universal é um Todo Homogêneo, um Ser Vivo, do qual nós, seres-aí-no-mundo, somos os átomos orgânicos e as células constitutivas.

 

Quem trabalha para os outros trabalha para si-mesmo; quem mata ou fere seu próximo fere e mata a si-mesmo; quem ultraja o semelhante insulta a si-mesmo.

 

O Adeptado, passaporte irrestrito para o Ilimitado, implica um Privilégio de Reintegração ad libitum [à vontade]. Reintegração do submúltiplo humano na Unidade Divina.

 

É criminoso, tanto para homens quanto para mulheres, tentar tomar o hábito sem antes ter conhecido o mundo, participado de saraus e dançado nos bailes.

 

Um Reintegrado (Nascido Duas Vezes) é aquele que pode, sempre que desejar, dominar inteiramente seu ego sensível exterior, para se abstrair em espírito, e mergulhar, pelo orifício do Eu Inteligível Interno, no Oceano do Eu-coletivo Divino, onde (re)toma consciência dos Arcanos complementares da Natureza Eterna e da Divindade.

 

A Luz Astral, por ser, antes de tudo, configurativa, só fala oferecendo à sagacidade do Espírito uma série de imagens simbólicas, que este deve, em seguida, traduzir como hieróglifo do Invisível.

 

É preciso impor ao Eu o mais Santificado Silêncio, para que o Revelador, que fala no âmago do ser, se possa fazer ouvir. A Iniciação só poderá ser completada pela Revelação direta do Espírito Universal, coletivo, que é a Voz que fala no Interior.

 

Entrar em contato com as inteligências do alto e com as almas glorificadas não passa de magia secundária, iniciação ao segundo grau.

 

A Fraternidade dos Rosa-Cruzes é apenas um ramo de outras Fraternidades mais transcendentes ainda quanto aos poderes de que dispõem, e mais ilustres quanto à sua origem.

 

As Salamandras habitam a região do Fogo. As Ondinas permanecem na região da Água. Os Silfos povoam a imensidão dos ares. E os Gnomos moram nas cavernas do mundo subterrâneo.

 

 

 

 

Tudo é Magia

 

 

 

Enfim, tudo é Magia,

que conduz à Alforria.

O Æternum Verbum;

o Unum Sempiternum.

 

Magia da Percepção;

Magia da Manumissão.

É o nosso Deus Interior

– Eterno Condão-amor.

 

e Bússola da Consciência

– da negridão para o Leste –

LLux Æterna. Inconteste!

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Lema do filósofo neoplatônico e humanista do Renascimento italiano Giovanni Pico della Mirandola (24 de fevereiro de 1463 – 17 de novembro de 1494).

2. A fortiori é o início de uma expressão latina – a fortiori ratione – que significa por causa de uma razão mais forte, ou seja, com muito mais razão.

3. Quod est inferius est sicut quod est superius, et quod est superius est sicut quod est inferius, ad perpetranda miracula rei unius. O que está embaixo é como o que está em cima, e o que está em cima é como o que está embaixo, para realizar os milagres de uma única coisa. (Tabula Smaragdina; Tábua de Esmeralda).

4. Por exemplo, a primeira frase da GênesisBeREShITh BaRA ELOHIM. BeREShITh – simbolicamente, significa No começo, e equivale às cifras 2–200–1–300–10-400. Estas seis cifras simbolizam as seis forças cósmicas que presidiram a obra, ainda inconclusa, dos seis dias. Este saber também se encontra expresso no Hexagrama de Salomão. BaRA – que significa Criar (no sentido de concepção mental da criação) – possui as cifras 2-200-1. No começo criou Elohim. Sobre a palavra Elohim (ALHIM) duas observações devem ser feitas: sua terminação IM indica caráter plural (AL e ALH) e expressa precisamente Justiça Divina. Tanto BeREShITh quanto BaRA começam com a letra BET, cujo valor aritmológico é 2 (dois), idêntico a duplicar. Dois alcança sua diferenciação máxima em RESh (200), para depois ser reintegrado novamente na Unidade (1) – ALeF. Só para aquele que ainda vive no nível 2-200 essa possibilidade não foi sentida. E assim, o Universo, como natureza naturada, terá que volver à consciência da Unidade: diástole –› sístole. Por outro lado, ao se dividir BeREShITh em BeRE e ShITh, BeRE contém as cifras 2-200-1, semelhante a BaRA (ou seja, BRA), que somadas dão 203. A adição teosófica produz 5, valor aritmológico da letra HE, símbolo da Vida Absoluta – primeiro HE de IEVE – (há ainda uma correspondência direta entre a letra HE e o hieróglifo egípcio representado por um pequeno homem de pé com os braços abertos em sinal de plena vida). Já ShITh contém as cifras 300-10-400, que somadas equivalem a 710, que significa repouso. Movimento – repouso. BeREShITh. 710, em outra dimensão, equivale teosoficamente à letra HeT (8), que pretende simbolizar a existência elementar e protoplástica, estando associada ao sentido da visão e à mão direita do corpo humano. Exprime, sob outra ótica, a idéia de equilíbrio (trabalho e ação moral e legislativa). Ainda, por outro ângulo, as cifras 300-10-400 contêm implicitamente as cifras 3 e 4 (homem e mulher), cuja culminação acontecerá em 5 (ou 500). Por isso, quando o tempo se houver cumprido, quinhentos haverá de ser realizado, ou em outros termos, 1-2-1, ou ainda, ABR.......A. A soma teosófica das cifras de BeREShITh conduz ao número 913, que, por adição, é igual a 13, e, posteriormente, reduz-se a 4. 13 está associado a MeM, décima terceira letra do alfabeto hebreu, e 4 é o Valor Externo da letra DaLeT. Ambas as letras têm um sentido complementar que envolve os conceitos de maternidade, de fecundidade, de passividade, de abundância, de nutrição e de divisão. Tanto MeM quanto DaLeT representam o segundo ponto do triângulo, ou, o segundo cateto do Triângulo Retângulo do Teorema de Pitágoras (3, 4, 5). E assim, a descontinuidade não se perde (ou perderá) em uma progressiva e indefinida divisão, eis que, o limite da expansão diastólica da Consciência sob a forma de Nous são os elétrons (positivos e negativos). Tudo haverá de retornar ao Um. Prâlâya. Depois, novo Mânvântâra. Indefinida e ilimitadamente. A KaBaLa, portanto, primeiramente, ensina que o homem (microcosmo) é a representação exata do Universo (Macrocosmo), e é composto por três elementos essenciais, que se sintetizam na unidade do ser. Este conceito pode ser esquematicamente representado por três pontos (triângulo eqüilátero) desenvolvidos dentro de um círculo. E assim, o Pentateuco – os cinco primeiros livros da Bíblia – atribuído a Moisés, deverão ser entendidos KaBaListicamente ou não serão entendidos. Ler o Pentateuco à letra é ficar na mesma ou na mesma ficar.

 

 

 

 

5. Sinarquia é um vocábulo composto por duas palavras gregas. A primeira, sun, remete para união ou conjunção, acordo, concomitância, combinação, enfim, para o que é comum. A segunda, arké, para princípio, fundamento, autoridade, império, com relação semântica e lexical com o verbo arko, de que aproveita uma significação mais abrangente: guia, ir à frente e tomar a iniciativa, ser o fundamento que prevalece.

6. 3 + 1 = 4 1 + 2 + 3 + 4 = 10 1 + 0 = 1 –› Unidade.

7. Este é o grandíssimo perigo dos sites da Internet que, com algumas raríssimas exceções, de maneira geral só divulgam tolices ruinosas, geralmente, presumidamente, canalizadas por Mestres e Gurus que não canalizam nada. Muitos dos que mantêm sites de Magia, de Esoterismo e de Ocultismo na Internet são, na verdade, um mórbido misto de esquizotímicos + esquizofrênicos + histéricos, sem falar nos charlatães e nos oportunistas, o que não é de estranhar, pois, a Magia, o Esoterismo e o Ocultismo atraem essas pobres pessoas como um ímã atrai limalhas de ferro. Isto é muito triste, e todo cuidado é pouco!

8. Nesta matéria, como em muitas outras relativas à Alta Magia, o neófito não deve se meter a fogueteiro, porque, se assim o fizer, poderá entrar por um cano caleidoscópico, às vezes, irreversível. Mesmo os mais Sapientes Adeptos têm o maior cuidado ao mexer com estas coisas. Ainda que tudo, enfim, seja Magia, não se bole com Magia sem conhecer as leis reguladoras da Alta Magia. E, mesmo assim... Éliphas Lèvi, um Sapiente Adepto, confessou que sentiu, depois de um experimento de necromancia que fez em Londres em 1854, uma profunda e melancólica atração pela morte, ainda que sem a tentação ao suicídio.

9. Um fogueteiro haverá de comprovar isto pessoalmente!

10. O Conhecimento Universal (Sabedoria, ShOPhIa) é para todos e está disponível para todos. Mas, para adquiri-Lo, para elevarmos nossos Corações na direção do Mistério e aspirar à Imortalidade – Sursum Corda! – é preciso ser digno, meritoso, puro de Coração e trabalhar intensamente, sem sábados, domingos e feriados. 24 horas por dia e 365 dias por ano! Para os canalhocratas sem pai nem mãe, a Janela permanecerá fechada e a Porta não se abrirá; desaparecerão em meio ao nevoeiro. Não há mandinga nem bomba que as arrombe!

11. In principio erat Verbum, et Verbum erat apud Deum, et Deus erat Verbum. Hoc erat in principio apud Deum. Omnia per ipsum facta sunt: et sine ipso factum est nihil, quod factum est. In ipso Vita erat, et vita erat Lux hominum: et Lux in tenebris lucet, et tenebræ eam non comprehenderunt. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se faria. Nele estava a Vida, e a Vida era a Luz dos homens. E a Luz resplandeceu nas trevas, mas, as trevas não A compreenderam. (Evangelho segundo João).

12. Isto é mais ou menos como a coisa-em-si de Immanuel Kant (1724 – 1804), que existe por si própria, independentemente de um sujeito tomar nota de sua existência tornando-a um objeto.

13. AIN SOPh é a única Porta que o homem mortal não conheceu, e pela qual nenhuma pesquisa do espírito penetrou, bem como, Moisés não conseguiu entrar. Stanislas de Guaita lembra que o Zohar compara os dez Sephiroth a dez vasos iguais transparentes, de cores díspares, através dos quais resplandece, sob dez aspectos diferentes, o Fogo Central da Unidade-Síntese.

 

 

 

 

14. Isidor Kalisch, no Prefácio do Sepher Yezirah, comentou que, da mesma forma que o diâmetro está sempre relacionado com a periferia, há uma relação entre as 22 letras do alfabeto hebreu e o número sete, que, no caso, representa os planetas conhecidos de então (Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua). Esta relação (22 ÷ 7) dá como resultado a dízima periódica simples 3,142857 142857 142857... Agora, observe que ao somarmos os algarismos do período desta dízima o resultado é igual a 27 (1 + 4 + 2 + 8 + 5 + 7), e 27 2 + 7 = 9. Por outro lado, em Alquimia, Mercúrio e Enxofre só podem realizar a Obra pela intermediação do Fogo, a Terceira Essência. No Timeu, Platão admitiu que Deus combinou estas três substâncias em uma e dividiu este todo, composto pelo Mesmo, pelo Outro e por esta Terceira Essência, em tantas porções quantas achou conveniente, de acordo com as etapas seguintes etapas:

 

 

ETAPAS
PORÇÕES
Primeira
uma parte do todo
Segunda
dobro da primeira
Terceira
três vezes a primeira
Quarta
dobro da segunda
Quinta
triplo da terceira
Sexta
oito vezes a primeira
Sétima
vinte e sete vezes a primeira

 

 

A divisão apresentada por Platão no Timeu da mistura do Mesmo, do Outro e da Terceira Essência pode ser visualizada e esquematizada da seguinte forma:

 

 

MISTO TOTAL UNITÁRIO

MANIFESTAÇÃO ESPIRITUAL TRINITÁRIA

1
2             3
4                         9
8                                       27

Crescei em Acréscimo          Multiplicai em Multidão

Série das Formas do Mundo Sensível

 

 

15. No princípio (sem princípio), era o Verbum; hoje, é Verbum; amanhã, será o Verbum; sempre, será o Verbum; no fim (sem fim), será o Verbum. Sem a ação efetiva e concertada do Verbum, nada poderia acontecer, nem existir, nem perdurar.

16. Por isto, Mâ Ananda Moyî – a Santa Encarnação (Projeção) impregnada da Alegria – dizia: Jo Ho jâye. O que acontece é desejado e bom. A própria morte, para Mâ, nada mais era do que um aspecto da vida – a Eterna Vida. Dizia: Para onde vai aquele que parte? De onde vem ele? Para este corpo, não existe ida e não existe volta. O que existia antes permanece existindo agora. O que importa se morremos ou se permanecemos com vida? Mesmo depois da morte, ainda se continua a existir! Então, por que a revolta e a perturbação? Sob a aparência de separação e de união, permanece sempre o Eu Supremo.

17. É interessante observar que a soma dos Valores Externos de AGLA () – acrônimo KaBaLístico de Atah Gibor Le-olam Adonai – é igual a 1 + 3 + 30 + 1 = 35 3 + 5 = 8, e que a soma dos Valores Externos de IAO (como explica o Mestre Huiracocha, o Nome de Deus entre os Gnósticos, a encarnação suprema do Logos, de tal sorte que O –› Deus, o círculo envolvente, I –› o Eu e A –› o ponto de apoio) também é 10 + 1 + 6 = 17 1 + 7 = 8. Por outro lado, a Oitava Lâmina do Tarô dos Boêmios é a Justiça, que evoca a idéia de Lei – que se interpõe entre a ação livre da vontade individual e a Essência do Ser, sintetizada em universalidade, regularidade e imutabilidade. Enfim, o importante é termos em mente que o homem é livre não quando julga e age segundo o seu temperamento e o seu caráter, mas, quando julga e age segundo a Balança da Justiça, ou seja, segundo a sua Consciência.

 

 

La Justice

 

 

18. Mas, o Verbum continua em nós, só que O esquecemos, e, assim, para nós, Ele está perdido. Precisamos buscá-Lo; precisamos encontrá-Lo!

19. Mas, para haver altruísmo é preciso, antes, haver humildade. Sem humildade, não há altruísmo.

 

Música de fundo:

Atalanta Fugiens XX (Naturam natura docet, debellet ut ignem)

Compositor: Michael Maier

Fonte:

http://www.kunstderfuge.com/maier.htm

 

Bibliografia:

Meditações sobre os 22 arcanos maiores do Tarô. Por um Autor que quis se manter no anonimato. 4ª edição. Tradução de Benôni Lemos. São Paulo: Paulus, 1989.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.clubedotaro.com.br/site/m32_08_justica.asp

http://orm-z-gor.deviantart.com/
art/Nailed-Skull-302112894

http://o-violonista.blogspot.com.br/2011/10/
notas-musicais-escala-cromatica.html

http://en.wikipedia.org/wiki/Stanislas_de_Guaita

http://www.picgifs.com/graphics/adam-eve/

http://www.americanconsumernews.com/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinarquia

http://thedizzies.blogspot.com.br/2012/03/
hump-day-ouroboros.html

http://lusophia.wordpress.com/2011/01/13/o-hexalfa
-e-igual-a-alma-universal-por-vitor-manuel-adriao/

http://bravestwarriors.cartoonhangover.com/post/70152
466744/cartoonhangover-never-doubt-thhhe-wooorm

http://www.ocultura.org.br/index.php/Stanislas_de_Guaita

http://overlordoftheuberferal.wordpress.com/

http://ovidsmetamorphoses.blogspot.com.br/
2012/02/bit-about-labyrinths.html

http://www.sabedoriadivina.com.br/?page_id=1523

http://pt.wikipedia.org/wiki/Stanislas_de_Guaita

http://en.wikipedia.org/wiki/Jos%C3
%A9phin_P%C3%A9ladan

http://www.hermanubis.com.br/Livros
Virtuais/LVnoumbraldomisterio.htm

 

Direitos autorais:

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