DEUS–SUPER–ÜBERMENSCH–SANSÃO
Rodolfo Domenico
Pizzinga
Para
muitos de nós, tudo se resume em simplificação,
isto é, em nos esforçarmos para eliminar as reações
imaginantes [miragens
+ ilusões + fantasias + ficções + suposições
+ ...]. Muitos de nós temos uma capacidade anormal
de sofrer [sofrimentos
criados por nós], que só terminará
pelo desenvolvimento da Divina Indiferença, que muda ou transforma
as reações emocionais demasiado violentas em Serena
Sabedoria Compreensiva e Compassiva. E isto, para muitos de nós,
se resume em nos transladarmos do 6º Raio da Devoção
(que costuma obscurecer a realidade) para o 2º Raio do Amor-Sabedoria
(certeza +
percepção intuitiva), o que, geralmente, é
muito difícil. Mas, só assim, nos esforçando,
poderemos receber a Iniciação que tanto desejamos.
Seja como for, precisamos transmutar a nossa devoção
fideísta multimilenar (que vem obstaculizando a nossa caminhada)
em Sábia Identificação [com
a nossa personalidade-alma –› com o nosso Anjo da Presença
–›
com o nosso Deus Interior
–› com
a Hierarquia
–›
com Shamballa].
In: O
Discipulado na Nova Era – tema
recebido telepaticamente por Alice Ann Bailey do Mestre Ascensionado
Tibetano Djwhal Khul.
|
Eu era ± assim!
—
chava que Deus vivia no Céu,
e que mandava pra geena o incréu.
Achava
que Deus era OMnipotente,
e que, portanto, não ficava doente.
Achava
que Deus sentava num trono,
e que não se movia
nem tinha sono.
Achava
que Deus não tinha fome,
e que era bem fininho Seu abdome.
Achava
que Deus não sentia frio,
e que, por isso, não tinha calafrio.
Achava
que Deus não sentia dolor,
e que não pifava o Seu computador.
Achava que Deus regia o dragão
–
'Deus-Super-Übermensch-Sansão'.
Achava que Deus criou o mundo:
o 'pedaço-nota-10' e o submundo.
Achava que Deus fazia milagres,
e que adoçava nossos vinagres.
Achava
que Deus era
sempre fiel,
e que ninguém ficava sem pastel.
Achava
que Deus era fã do Urubu,
e que não topava quem era Bangu.
Achava que Deus criava
o vento,
e que o fazia + rápido
ou + lento.
Achava
que Deus obrava
a chuva,
e que tornava fértil a catanduva.
Achava
que Deus gerava o vendaval,
e que, nisso, Ele nada tinha de dadival.
ou haveria outra 'hipótese-explicação'?
Achava
que Deus consentia o terrorismo,
ou
o que justificaria tanto 'horrorismo'?
Achava
que Deus urdia as adversidades:
os
tsunamis, os terremotos, as
calamidades...
Achava
que Deus não impedia as balas perdidas,
ou
o que causaria a perda de tantas vidas?
Achava
que Deus admitia as epidemias,
a
coisa variando de infecções
a acalmias.
Achava
que Deus era favorável à guerra,
ao
prosaísmo, à rasteirice, ao terra-a-terra...
Achava
que Deus permitia as abduções
por
ETs de dimensionais escuridões.
Abdus
Achava
que Deus era um arkiris,
e que nunca poderia ficar gris.
Achava
que Deus era nosso Pai,
e que ajudava todo cai-não-cai.
Achava que Deus era barbudo,
mas,
ranheta e
carrancudo.
Achava que Deus era anfotérico:
às vezes, calmo; às
vezes,
colérico.
Achava que Deus era 'vingançador',
mas, que também era abençoador.
Achava que Deus tudo perdoava,
mas que, se fosse o caso, acoimava.
Achava que Deus era negociante,
meio quitandeiro, meio feirante.
Achava
que Deus adorava dindim:
daí, o ricalhaz e o 'duro-sem-fim'.
Achava que Deus fazia escolhas:
pruns, beijinhos; proutros, trolhas.
Achava
que Deus elegia nossas namoradas:
umas, pudicas; outras, assanhadas.
Achava
que Deus forjava o santo:
um, imaculado; o outro, nem tanto.
Achava
que Deus nos selecionava:
para viver no bem-bom ou na socava.
Achava
que Deus sempre interferia:
fosse à meia-noite, fosse ao meio-dia.
Achava que Deus nos fazia nascer:
alguns pra fruir; outros, pra sofrer.
Achava que Deus havia criado
o sem-lhufas e o bem-afortunado.
Achava que Deus havia inventado
o preferido de nascença e o danado.
Achava
que Deus já havia escolhido
quem seria arrebatado e o perdido.
..............................................
— Enfim,
achei de Deus tanta
coisa,
que quase parei embaixo da loisa!
Foram
sei lá eu quantas fabulações,
que
eu até delirava com as invenções.
O
pior é que, quando eu me confessava,
o
padre passava mal e desmaiava.
Um
padre até pifou no confessionário,
e
eu, da fé, me senti um estelionatário.
Só
ficou faltando eu achar que Deus
também
havia fabricado os ateus.
Mas,
foi por pouco, por muito pouco,
e,
por um triz, eu não fiquei louco.
Foi difícil, mas, eu acabei bolando,
e tudo o que manjei vou ensinando.
E
vou ensinando!