A pessoa média, em suas horas de vigília, nunca ou raramente está quieta, integrada e não é especialmente observadora – particularmente sobre sua própria vida interior – e quase nunca é meditativa. Ela vive em um estado de contínua turbulência intelectual e emocional. Está constantemente agitando a superfície da água, explodindo em tempestades com seus próprios pensamentos e emoções. Portanto, não é capaz de experimentar a Natureza e não é capaz de se sentir parte da Natureza viva. Quase sempre se sente com algo que assusta a vida, que destrói o conteúdo normal das coisas e que se obriga, por sua própria ação, a viver sempre em um mundo artificial. [Tudo isto quer dizer que, de modo geral, as pessoas desconhecem o Silêncio Interior. A tenebrosidade insuperável disto é que, sem quietude, sem paz interior e sem mergulharmos no Silêncio, não poderá haver Compreensão, e sem Compreensão, nada feito, porque a Porta está fechada e só há barulho, tanto dentro quanto fora, e, portanto, não poderá acontecer a Libertação pelo Entendimento. O pior e o mais dramático nesta coisa toda é que, de noite, ao dormirmos, voamos pela barriga, e o nosso sono, que deveria ser Espiritual e revigorante, se torna um sono catártico e doentio, repleto de sonhos aflitivos e de pesadelos angustiantes – uma espécie de prenúncio do que poderá ser o intervalo no Plano Astral, depois da morte ou transição.] [In: A Clara Virtude do Zen, de autoria de Manly Palmer Hall.]

 

 

 

 

 

— Convenci-me de que
os LGBTQIA+ não são gente fina,
e sonhei que eu era um lobisomem.

 

— Convenci-me de que
os ciganos são uns porcalhões,
e sonhei que eu era uma meleca verde.

 

 

 

 

— Convenci-me de que
os negros e os índios são seres inferiores,
e sonhei que eu era uma ameba.

 

— Convenci-me de que
as putas do Porto de Pireu iriam para o inferno,
e sonhei que eu era uma terceira.

 

 

 

 

— Convenci-me de que
todas as mulheres deveriam se estupradas,
e sonhei que eu era bruxa velha.

 

 

 

 

— Convenci-me de que
os judeus deveriam ser enfornados,
e sonhei que eu estava sendo torrado.

 

— Convenci-me de que
os muçulmanos deveriam ser eliminados,
e sonhei que eu estava sendo degolado.

 

 

 

 

— Convenci-me de que
as melancias deveriam ser banidas da Terra,
e sonhei que eu vivia em uma bolha em um deserto.

 

 

 

 

— Convenci-me de que
todos os políticos são corruptos,
e sonhei que eu era o Sérgio Cabral.

 

— Convenci-me de que
todos os médiuns são sacanocratas,
e sonhei que eu era o João de Deus.

 

 

João de Deus

 

 

— Convenci-me de que
a ditadura deveria ressuscitar,
e sonhei que eu era um Pinodela.¹

 

— Convenci-me de que
a tortura deveria ser reimplementada,
e sonhei que eu era o dr. Tibiriçá.

 

— Convenci-me de que
a solução é uma intervenção militar,
e sonhei que eu era um canhão.

 

— Convenci-me de que
o Congresso e o Supremo deveriam ser fechados,
e sonhei que eu era uma masmorra.

 

 

 

 

— Convenci-me de que
a COVID-19 era uma gripezinha,
e sonhei que eu morri numa UTI.

 

— Convenci-me de que
fazer isolamento é uma furada,
e sonhei que eu era um .

 

— Convenci-me de que
fazer distanciamento é outra furada,
e sonhei que eu era um .²

 

— Convenci-me de que
quem se vacina vira jacaré,
e sonhei que eu era um caimão.

 

— Convenci-me de que
usar máscara é absolutamente inútil,
e sonhei que eu era o Sargento Garcia.

 

 

 

 

— Convenci-me de que
um manda e o outro obedece,
e sonhei que eu era um papagaio de pirata.

 

 

 

 

 

— Convenci-me de que
um manda e o outro não obedece,
e sonhei que eu era o pirata de um papagaio.

 

— Convenci-me de que
quem é maricas deve empacotar,
e sonhei que eu era um embrulho.

 

 

 

 

— Convenci-me de que
'fake news' valem mais do que 'real news',
e sonhei que eu era uma borracha.

 

 

 

 

— Convenci-me de que
a imunidade rebanho é essencial,
e sonhei que eu era uma vaca mocha.