PARA
MUITOS-AÍ, VIA DE REGRA, É...
Rodolfo Domenico
Pizzinga
Há
momentos em que precisamos escolher entre viver a nossa própria
vida plenamente, inteiramente, completamente, ou assumir a existência
degradante, ignóbil e falsa que o mundo, na sua hipocrisia,
nos impõe. (Oscar
Fingal O'Flahertie Wills Wilde). [Não há
momentos... Sempre devemos fazer a escolha correta.]
A
vida, que parece uma linha reta, não o é. Construímos
a nossa vida só nuns cinco por cento; o resto é feito
pelos outros, porque vivemos com os outros, e, às vezes,
contra os outros. Mas, essa pequena percentagem –
esses cinco por cento –
é o resultado da sinceridade consigo mesmo. (José
de Sousa Saramago). [Vivemos
com os outros, e, às vezes, contra os outros, sim,
é verdade, mas, isto não quer dizer que
devamos ficar prisioneiros apenas dos cinco
por cento. Nossa meta deve ser tentar alcançar
os cem por cento. Com todos. Um dia, essa meta será alcançada.]
Dois
bons princípios de vida: indiferença e paz perante
o que pensam acerca de nós, e tranqüilidade de nunca
termos de julgar ninguém.
(José
Luís Nunes Martin).
A
vida não passa de uma oportunidade de encontro; só
depois da morte se dá a junção. Os corpos apenas
têm o abraço; as almas têm o enlace.
(Victor-Marie
Hugo).
Há
que não atentar muito em felicidades, graças, bem-aventuranças
distantes e desconhecidas, mas, sim, em viver da maneira com que
gostaríamos de reviver, dentro dos mesmos moldes, até
à eternidade. É esta a tarefa que temos pela frente:
constante e continuadamente.
(Friedrich
Wilhelm Nietzsche).
Para
o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver
e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e se esquece
de viver. (Jean
de La Bruyère).
Uns
sapatos que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra;
não existe uma receita para a vida que sirva para todos.
(Carl
Gustav Jung). [Por isto, não devemos criticar, compulsar
e escravizar.]
Viver
é ser outro. Nem sentir é possível, se hoje
se sente como ontem se sentiu. Sentir hoje o mesmo que ontem não
é sentir: é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser
hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida. (Fernando
Pessoa).
Todos
estamos embarcados na mesma nau, que é a vida, e todos navegamos
com o mesmo vento, que é o tempo
(António
Vieira).
Vivo
a minha vida em círculos cada vez maiores/que
se estendem sobre as coisas./Talvez, não possa acabar
o último,/mas, quero tentar. (Rainer
Maria von Rilke).
A
vida é como uma sala de espetáculos: entramos, vemos
e saímos. (Pitágoras).
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Para
muitos-aí, via de regra, é terramoto:
ora é superpum, ora é arroto.
Para muitos-aí, via de regra, é tsunami:
ora é Exu Caveira,
ora é Iami.
Para muitos-aí, via de regra, é revolta:
ora é volta e meia,
ora é meia-volta.
Para muitos-aí, via de regra, é uma bosta:
ora empatam, ora perdem
a aposta.
Para muitos-aí, via de regra, é muito frio:
ora é um arrepio,
ora é um calafrio.
Para muitos-aí, via de regra, é abdução:
ora é um ET, ora
é uma sombração.
Para
muitos-aí, via de regra, é tentação:
ora é a vizinha, ora é o macacão.
Para muitos-aí, via de regra, é o outro-aí:
ora é uma pororoca, ora é
um piriri.
Para muitos-aí, via de regra, é doença:
ora é febre, ora é convalescença.
Para muitos-aí,
via de regra, é estropelia:
ora é (–)-valia, ora é
(+)-valia.
Para muitos-aí, via de regra, é corrupção:
ora é mensalão, ora é
petrolão.
Para muitos-aí, via de regra, é incerteza:
ora é folgança, ora é
tristeza.
Para muitos-aí, via de regra, é eterno ai:
ora é balança-e-cai,
ora é não-cai.
Para muitos-aí, via de regra, é Saudade:
ora é felícia, ora é
infelicidade.
Para muitos-aí, via de regra, é um horror:
ora é com-menas-dor,
ora é computador.
Para
muitos-aí, via de regra, é desandança:
ora é up-to-date,
ora é carrança.
Para muitos-aí, via de regra, é sofrência:
ora é urgência, ora é
impaciência.
Para muitos-aí, via de regra, é muito
lento:
ora é diminuição,
ora é aumento.
Para muitos-aí, via de regra, é abaloso:
ora é desagradável,
ora é abominoso.
Para muitos-aí, via de regra, é polarizado:
ora é perfilhado, ora é repudiado.
Para muitos-aí, via de regra, é monótono:
ora é primavera,
ora é outono.
Para muitos-aí, via de regra, é soninho:
ora é roncão,
ora é ronquinho.
Para
muitos-aí, via de regra, é um abalador:
ora é preocupação,
ora é dor.
Para muitos-aí, via de regra, é estrutural:
ora é inconsciência,
ora é astral.
Para muitos-aí, via de regra, é pendular:
ora é recuar, ora
é não-avançar.
Para muitos-aí, via de regra, é magia:
ora é mansidão, ora é
selvageria.
Para muitos-aí, via de regra, é [an]ético:
ora é ± categórico,
ora é ± hipotético.
Para muitos-aí, via de regra, é difásico:
ora é com os pés-no-chão,
ora é trágico.
Para muitos-aí, via de regra, é repetitivo:
ora é impermanente, ora é
ablativo.
Para muitos-aí, via de regra, é aragem:
ora é meia virtude, ora é
sacanagem.
Para muitos-aí, via de regra, é lamacento:
ora é aflição,
ora é descontentamento.
Para muitos-aí, via de regra, é causa
e efeito:
ora é malfeito,
ora é não-feito.
Para muitos-aí, via de regra, é fremente:
ora é Pólo Norte,
ora é quente.
Para muitos-aí, via de regra, é alabança:
ora é imprudência,
ora é lambança.
Para muitos-aí, via de regra, é circunvolução:
ora é meia-liberdade,
ora é prisão.
Para muitos-aí, via de regra, é oscilação:
ora é
1,
ora é contramão.
Para muitos-aí,
via de regra, é alternação:
ora é Devachan, ora
é encarnação.
(E a coisa parece que não anda nem desanda!)
(Esta animação
não está correta, uma vez que
ninguém abotoa e vai direto para o Devachan.)
Normalmente,
isto costuma ser a regra geral;
mas, poderemos mudar o
anormal.
Entendimento
correto.
Julgamento correto.
Palavra correta.
Ação correta.
Modo de vida correto.
Esforço correto.
Serenidade correta.
Meditação correta.
Nossa
vida, definitivamente, precisa se tornar evoluir:
sempre insistir —›
nunca desistir.
Nossa vida, definitivamente,
precisa se tornar progredir:
sempre meter a cara —›
nunca pedir.
Nossa vida, definitivamente,
precisa se tornar recomeço:
sempre aprendizado —›
menor empeço.
Nossa vida, definitivamente,
precisa se tornar solução:
menos compensação
—› mais Ascensão.
Nossa vida, definitivamente,
precisa se tornar Certeza:
fim da fealdade —›
Beleza.
Nossa vida, definitivamente,
precisa se tornar Iniciação:
fim da escravidão
—› Libertação.
Nossa vida, definitivamente,
precisa se tornar Vida:
só com desapego
—› fim da ferida.
Nossa vida, definitivamente,
precisa se tornar LLuz:
anti-horário —›
mudança de Cruz.
O sentido
desta peregrinação precisa ser mudado!
(Horário —› Anti-horário)