TRATADO SOBRE O FOGO CÓSMICO

(2ª Parte)

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Este trabalho se constitui da 2ª parte de um conjunto de fragmentos da Sabedoria Eterna garimpados na obra Tratado Sobre o Fogo Cósmico, de autoria da pesquisadora e escritora teosófica inglesa Alice Ann Bailey (Manchester, 16 de junho de 1880 – 15 de dezembro de 1949), tema esotérico recebido telepaticamente pela autora do Mestre Djwhal Khul (DK), também conhecido como O Tibetano – auxiliar dos Mestres Moria e Kut Hu Mi e um Transmissor da LLuz a qualquer preço, que sempre insistiu que a devoção emocional deve ser transmutada em desinteressado serviço à Humanidade – e publicado originalmente em inglês em 1925. Neste sentido, pode-se dizer que Alice Bailey foi um instrumento consciente e desinteressado de decodificação das Leis Universais. Enfim, o que eu disse quando publiquei o conjunto de fragmentos da obra Astrologia Esotérica vale para este estudo também: acredito que este texto baileyriano irá aclarar diversos pontos que não foram abordados por mim em estudos anteriores. Aprendi muito com ele. Espero que ele também possa ser útil para você, pois, troquei em miúdos o que pude captar.

 

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

 

Elementais   –› –› –›   Devas   –› –› –› ...

 

As Cinco Iniciações Maiores converten o ser-humano-aí-no-mundo em um Mestre da Sabedoria.

 

O Logos Solar ou Macrocosmo se manifesta através de Três Raios Maiores e Quatro Raios Menores.

 

O Raio da [Personalidade-]alma exerce ação direta sobre o Átomo Físico Permanente (relaciona-se com as primeiras quatro espirilas1). O Raio Egóico exerce ação similar sobre o Átomo Astral Permanente (relaciona-se com a quinta e a sexta espirilas). O Raio Monádico tem uma estreita relação com a Unidade Mental (relaciona-se com a sétima espirila). A ação do Raio Monádico sobre a Unidade Mental só é sentida quando o aspirante se acha na Senda ou depois de haver passado pela Primeira Iniciação. Esta força tríplice é sentida como se segue: 1º) atua sobre a parede do átomo como força externa, afetando suas ações vibratória e giratória; 2º) estimula o Fogo Interno do átomo e faz com que a luz brilhe com acrescentado resplendor; e 3º) opera sobre as espirilas e, gradualmente, faz com que entrem em atividade.

 

O Raio Primordial é a qualidade do movimento que se manifesta por meio da matéria.

 

 

 

 

O ser-humano-aí-no-mundo realiza individualmente o mesmo tipo de trabalho que o Logos Solar, porém, em escala menor.

 

Há um vasto sistema de transmissão e de interdependência dentro do sistema. Todos recebem para dar e ajudar o inferior ou pouco desenvolvido.2

 

O pensador, no Plano Astral – o Plano do Desejo e da Necessidade com relação ao Corpo Físico, encontra-se na mesma relação que o Logos do Plano Astral Cósmico se encontra em relação ao seu sistema.

 

Nenhum Plano [nenhum ente], mesmo o nirvânico, por mais elevada que seja sua espiritualidade, está fora da roda cármica. Cruzar o oceano, como está escrito no Bhagavad Gita, deve se aceito com uma certa reserva.

 

Todos os seres – sejam Devas, sejam homens, sejam animais existirão como tais apenas enquanto seus corpos contiverem prana. Certos raios do Sol (que produzem efeitos específicos e diferentes – estimulantes e construtivos de outras emanações) —› emanações prânicas solares. As emanações de prana ajudam pouco na construção das formas, porque isto não hes compete, mas, conservam a forma preservando a saúde das suas partes componentes.3

 

As emanações prânicas do Corpo Etérico atuam sobre o Corpo Físico da mesma forma que as emanações prânicas solares atuam sobre o Corpo Etérico. Em relação ao Corpo Físico, o Corpo Etérico constitui o plano arquetípico.

 

 

 

 

Todos os corpos – seres-humanos-aí-no-mundo, Logos Planetário e Logos Solar são produtos do Desejo originado nos respectivos Planos da Mente Abstrata, seja a Mente Cósmica, do sistema ou dos três mundos. O desejo-Mente-Cósmica, o desejo-mente-humana e todos os seus corpos são Filhos da Necessidade, como adequadamente o expressou Helena Petrovna Blavatsky.

 

Oito Enunciados Fundamentais: 1º) o Corpo Etérico é o molde do Corpo Físico; 2º) o Corpo Etérico é o arquétipo segundo o qual a forma física densa é construída, quer se trate da forma de um sistema solar, quer se trate da forma de um corpo humano em qualquer encarnação; 3º) o Corpo Etérico é uma trama ou rede de finos canais entrelaçados, formados de matéria dos quatro éteres e construído de uma maneira específica. É o ponto focal para certas emanações que irradiam, vivificam, estimulam e produzem a ação giratória da matéria; 4º) as emanações prânicas do Corpo Etérico reagem sobre a matéria densa, construída sobre a estrutura etérica; 5º) durante a encarnação, esta trama etérica constitui uma barreira entre os Planos Físico e Astral, barreira que só poderá ser transcendida quando a consciência estiver suficientemente desenvolvida; 6º) em cada um dos três corpos – humano, planetário e do sistema ou logóico há um grande órgão dentro do organismo que atua como receptor do prana. No sistema, o órgão do prana cósmico é o Sol Central, no planeta, este órgão não pode ser revelado, mas, miticamente, é o esotérico Jardim do Éden, e no ser-humano-aí-no-mundo é o baço; 7º) há uma semelhança de funcionamento entre os três corpos (humano, planetário e do sistema ou logóico); e 8º) quando desaparece a "vontade de viver", então, os "Filhos da Necessidade" deixam de se manifestar objetivamente, se desintegram e retornam à Consciência Causal.

 

 

Quando se extingue a "vontade de viver"...

 

 

Toda existência é necessariamente tripla em manifestação. A analogia está presente em todos os níveis ou planos de manifestação.

 

 

Analogia

 

 

No final do mahamânvântâra, tudo será reabsorvido no Absoluto [Aquilo]. Então, virá o prâlâya ou o céu cósmico de descanso (intervalo entre dois períodos de manifestação), e, temporariamente, não mais a Voz do Silêncio será ouvida. A reverberação da Palavra se apagará e o "Silêncio das Alturas" reinará supremo.4

 

O Corpo Etérico, em si mesmo, é o elo mais importante entre: 1º) o ser-humano-aí-no-mundo físico e o Plano Emocional ou Astral; 2º) o homem planetário e a qualidade emocional essencial; 3º) o Logos, o Grande Homem Celestial, e o Plano Astral Cósmico.

 

O Corpo Etérico é mais importante do que o Corpo Físico.

 

O objetivo central do Corpo Etérico é manter a forma física organizada.

 

O Prana Solar é um fluido vital e magnético que é irradiado do Sol, sendo transmitido ao Corpo Etérico do ser-humano-aí-no-mundo pela mediação de certas entidades dévicas de ordem muito alta e de matiz dourado.

 

O prana que emana do planeta (como no caso do prana solar) é recebido e transmitido por um grupo particular de devas chamado devas das sombras – devas de tonalidade ligeiramente violácea.

 

O Universo é guiado, controlado e animado por uma série quase interminável de Hierarquias de Seres Sencientes, cada uma tendo uma missão específica a cumprir. Dentre estas Hierarquias [Quarta], uma delas é a humana.

 

Os seres-humanos-aí-no-mundo não deixaram de existir na Lua porque ela morreu como corpo sideral, e, por conseguinte, não os pudesse mais suportar, mas, a Lua está morta porque os seres-humanos-aí-no-mundo e os devas (que agem como intermediários ou agentes transmissores) se retiraram da sua superfície e da sua esfera de influência.

 

 

 

A raiz da Vida se encontra em cada gota de água do oceano da imortalidade. A vida do Logos compenetra cada átomo de matéria.

 

A evolução dévica atua como força transmissora e transmutadora em todo o sistema.

 

O Fogo vivificador, estimulador e destrutor, transmitido, refletido e absorvido é a base de toda vida.

 

Quanto mais refinada e sutil for a forma, melhor receptora de prana será, e, no momento apropriado, oferecerá menos resistência à ação de Kundalini.

 

Tudo se encontra sob a ação da Chama Tríplice do Fogo, e, com o tempo, alcança a perfeição [relativa]. Cada ciclo se origina em outro ciclo ainda não terminado, cedendo seu lugar a outra espiral superior. E assim, se sucedem períodos de aparente e relativa perfeição, que conduzem a períodos de maior perfeição.

 

 

 

LLuz Radiante = Fogo + Calor + Movimento. (Vida Subjetiva se manifestando objetivamente).

 

 

 

 

As principais funções do Corpo Etérico são: 1ª) Receptor de Prana; 2ª) Assimilador de Prana; e 3ª) Transmissor de Prana.

 

Em todo o Universo, imperfeição é gradualmente substituída pela perfeição.5

 

Os centros (vórtices giratórios) localizados entre as omoplatas, acima do diafragma e no baço formam um triângulo etérico radiante, onde é originado o impulso para que ocorra o ulterior deslocamento prânico, que circulará por todo o sistema.

 

 

Vórtice Giratório

 

 

O Corpo Etérico é realmente formado por uma rede de finos canais, que originam um sutil cordão trançado, o qual é parte do elo magnético existente entre os Corpos Físico e Astral, cortando-se no momento da morte ou transição, ao se retirar o Corpo Etérico do Corpo Físico denso.

 

As doenças que afligem o veículo etérico do microcosmo [ser-humano-aí-no-mundo] também fazem padecer o [Corpo Etérico do] Macrocosmo. Esta é a explicação das aparentes dores da Natureza. Estendendo-se esta idéia, o mesmo pode ser dito sobre as condições planetárias e até mesmo as solares.6

 

As doenças do Corpo Etérico podem ser: a) funcionais afetando a absorção de prana; b) orgânicas afetando a distribuição de prana; e c) estáticas afetando a trama considerada estritamente como o "Anel Não Passarás" físico, e como elemento separador entre o físico e o astral. O "Anel Não Passarás" atua como barreira ou linha divisória entre uma existência (centro de vida positiva) e o que se encontra fora dela, seja esta existência um ser-humano-aí-no-mundo, seja um esquema planetário, seja um sistema. O "Anel Não Passarás" atua como um obstáculo ao que é de pouca importância na evolução, porém, não constitui uma barreira para o que é importante no processo evolucional.

 

Devido à nossa herança cármica (sistema errôneo de vida seguido durante milênios e incorreções fundamentais originadas na época lemuriana), tanto a absorção quanto a distribuição de prana são irregulares e desiguais. Todavia, se cuidarmos convenientemente do baço e regularmos inteligentemente nossas condições de vida, muitos problemas de saúde serão eliminados.

 

O equilíbrio planetário é dependente do equilíbrio racial. A distribuição equitativa de prana corre paralelamente ao equilíbrio alcançado pelos seres-humanos-aí-no-mundo, pelas raças, pelo planeta e pelo sistema. [Tudo está interconectado.]

 

Raças inteiras foram influenciadas e certos reinos da Natureza foram perturbados pela congestão etérica planetária ou pela destruição de tecidos etéricos planetários.

 

 

 

Embora a Chave deva ser girada Sete Vezes, um único giro revelará inconcebíveis avenidas de eventual compreensão.

 

 

 

O plano cósmico mais inferior é o físico cósmico – o único que a mente finita [objetiva] do ser-humano-aí-no-mundo pode conhecer. Este plano físico cósmico é composto de matéria diferenciada em sete qualidades, grupos, graus ou vibrações. Estas sete diferenciações constituem os sete planos principais do nosso Sistema Solar.

 

Nosso Sistema Solar está classificado como de quarta ordem porque está posicionado no quarto plano etérico cósmico, contando a partir de cima para baixo.

 

O Plano Búdico ou Intuicional é o ponto ou plano de união para aquilo que, hoje, constitui o ser-humano-aí-no-mundo e, futuramente, constituirá o Super-homem, vinculando o que foi com o que será.

 

As mônadas da Quarta Hierarquia criadora ou mônadas humanas são classificadas em três grupos principais: Mônadas de Vontade, Mônadas de Amor e Mônadas de Atividade.7

 

O Maha Chohan é a Entidade que preside a nossa Hierarquia Planetária, ocupando-se com a civilização, com a cultura intelectual das raças e com a energia inteligente. É o Orientador de todos os Adeptos.

 

O Bodhisattva é o Instrutor dos seres-humanos-aí-no-mundo, dos Adeptos e dos Anjos. Originalmente, este cargo foi ocupado por Buddha, mas, agora, Seu lugar (depois de alcançar a Illuminação) é ocupado pelo Cristo. A tarefa do Bodhisattva está relacionada com as religiões do mundo e com a essência espiritual do ser-humano-aí-no-mundo.

 

O Manu preside a evolução das raças. Constitui o Homem Ideal. Trabalha com as formas mediante as quais se manifesta o Espírito. Destrói e novamente constrói.

 

 

 

 

Quando o ser-humano-aí-no-mundo obtêm [obtiver] consciência do Plano Búdico, eleva [elevará] sua consciência até o Homem Celestial – de cujo corpo é uma célula.8 Isto é [será] logrado na Quarta Iniciação a Iniciação Libertadora. Na Quinta Iniciação, o ser-humano-aí-no-mundo ascende [ascenderá], com o Homem Celestial, ao Plano Átmico (Quinto Plano, do ponto de vista humano). Na Sexta Iniciação, alcança [alcançará], Consciência Monádica e atividade ininterrompida. Na Sétima Iniciação, domina [dominará], toda a esfera material contida no Plano Cósmico Inferior, se evade [evadirá] de todo contato etérico e atua [atuará] no Plano Astral Cósmico.9

 

Funções protetoras do Corpo Etérico: a) atua como separadora e divisora entre o Corpo Astral e o Corpo Físico Denso; e b) permite a circulação ou a afluência da vitalidade ou fluido prânico. Quando o Corpo Etérico desempenha perfeitamente suas funções, protege contra doenças. Neste sentido, a Medicina do futuro será preventiva ao invés de, como hoje, ser curativa.

 

À medida que o tempo passa – entre a Primeira e a Quarta Iniciações graças à ação do Fogo, o Corpo Etérico e o tríplice canal da coluna vertebral são gradualmente limpos e purificados, até que (como dizem os cristãos) se queime toda a "escória" (ocorra a consumição integral de todas as barreiras) e nada impeça a ascensão da Chama do Espírito (prosseguindo, em forma ordenada, a grande tarefa de libertação) —› continuidade da Consciência. O ser-humano-aí-no-mundo terá consumado, assim, conscientemente, sua própria libertação, destruindo, desta forma, a Roda dos Renascimentos [Samsara].10

 

O nosso Sistema Solar é o veículo por meio do qual uma Grande Entidade Cósmica – o Logos Solar (da qual somos o corpo) manifesta inteligência ativa, com o propósito de demonstrar plenamente o aspecto Amor da Sua Natureza. As pulsações do Logos são a fonte do processo evolucional cíclico.

 

A Verdadeira Morte [Morte Iniciática], de acordo com a Lei, acontece quando o objetivo é atingido, por haverem cessado as aspirações inferiores [desejos, cobiças e paixões].

 

O Prâlâya (subjetividade) é a conseqüência inevitável da força estabilizante, que traz equilíbrio aos pares de opostos.

 

 

Quando cessa a Lei da Atração, a conseqüência é desintegração imediata da forma.

 

 

 

 

Os objetivos a serem alcançados em cada vida e em cada encarnação são relativos.11

 

A matéria indiferenciada do Sistema Solar foi matéria inteligente ativa.

 

Cor Violeta   —›  por Transmutação   —›    Cor Azul.

 

 

 

Continua...


 

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Notas:

1. As espirilas são filamentos atômicos que determinam o ritmo, a freqüência, a vibração e a velocidade interna de cada um dos diferentes átomos permanentes dispostos nos planos. Por elas fluem as energias dos mundos ou planos superiores. Cada espirila é animada pela força vital de um plano; hoje, quatro delas estão normalmente ativas. Elas vão sendo ativadas uma por Ronda. A animação abaixo, claro, não está correta; mas, dá uma idéia aproximada do funcionamento das quatro espirilas ativas nesta Quarta Ronda (Ronda intermediária entre a 1ª, a 2ª e a 3ª, de um lado, e a 5ª, a 6ª e a 7ª, de outro lado) – destinada a forjar o reino humano, na qual, há cerca de 13 mil anos, surgiu o Homo sapiens.

 

 

 

 

2. E, em grande parte, isto acontece inconscientemente.

3. Um exercício interessante é, digamos assim, comer raios de Sol. Em dias ensolarados, abra a boca em direção ao Sol, e, por apenas 5 segundos e uma única vez por dia, deixe os raios de Sol penetrarem diretamente em sua garganta. Repito: por apenas 5 segundos e uma única vez por dia. E repito: por apenas 5 segundos e uma única vez por dia .

4. Até que, decorridos 311.040.000.000.000 anos, um novo mahamânvântâra comece a se manifestar. Estes perpétuos grandes ciclos universais nada têm a ver com qualquer big, seja Big Bang, seja Big Crunch.

 

 

5. Todavia, se considerarmos o Universo como sendo ilimitado, as perfeições conquistadas serão sempre limitadas ou relativas, porque não se alcançará nem se conquistará jamais a perfeição absoluta. Uma perfeição obtida será sempre a mãe de uma perfeição mais perfeita, e, como uma espécie de saco sem fundo, até não sei onde e mais um metro e meio. Talvez, a única questão metafísica que nunca será respondida é o porquê de o Universo existir. Poderemos elucubrar e especular o que quisermos, aprender como funcionam suas Leis, conhecer pouco ou muito da sua estrutura, e por aí vai, mas, porque o Universo existe como Universo, mesmo quando nos tornarmos Deuses, sob nenhuma condição e de modo algum, nós saberemos. E por que isto é impossível? Porque só pode(re)mos entender coisas que tenham tido alguma origem, algum começo, alguma finalidade per se, e como o Universo não é proprietário de nenhuma destas coisas, o máximo que poderemos saber e admitir é que Ele existe, que sempre existiu e que para sempre existirá. E por que se pode saber e admitir isto? Simplesmente porque, como explicou o Mestre Alden (Dr. Harvey Spencer Lewis, Ph. D., FRC), para o Ser, nunca houve começo, pois, o nada não pode dar origem à alguma coisa. E, se o nada não pode dar origem à alguma coisa, o nada (que não existe como nada) também não pode ser jazigo de coisa nenhuma. Enfim, o porquê explicadinho, comprovadinho e compreendidinho da existência do Universo como Universo é o Magno Mistério que jamais será decifrado. Eu, particularmente, acho isto ótimo, porque, cada vez que penso nestas coisas, percebo franca e claramente minhas sesquipedais limitações, e me torno um pouco mais humilde e misericordioso. Um exemplo destas sesquipedais limitações diz respeito à estas obras de Alice Ann Bailey que ando estudando e compartindo com vocês. Do que tenho lido e estudado, tenho conseguido compreender, talvez, se tanto, 10%! Por isto, aprenda esta regra: não se preocupe nem se atordoe com as coisas que você não entende, mas, trate de ampliar e de aperfeiçoar o que você entendeu. Eu faço assim. A coisa toda se resume naquela velha sentença: navegar é preciso... Desistir é ser embalsamado vivo!

6. Então, não somos apenas todos Um; tudo é Um, tudo é Unidade. É por isto que tantas vezes afirmei que as dores, as privações, as desarmonias etc. do mesmo são as dores, as privações e as desarmonias etc. do outro. Isto é: o que afeta o mesmo e o outro afeta o Universo inteiro. É bom que nunca esqueçamos: não existe por acaso. Quando as pessoas dizem como isto foi acontecer logo comigo é porque esqueceram ou não sabem que foram elas as causas dos efeitos que estão acontecendo. Mandante e mandatário são igualmente responsáveis. Não há essa coisa de alguém, para se safar das responsabilidades legal ou cósmica da compensação, dizer que estava cumprindo ordens. Fizemos porque quisemos. Quem não quer não faz. Morre, mas, não faz. E acabou-se.

 

 

 

 

7. Em um certo sentido, poderíamos admitir que o necessário karma educativo a ser cumprido por estas mônadas se faz da seguinte forma: Mônadas de Vontade – pela dor; Mônadas de Amor – pelo amor-misericórdia; e Mônadas de Atividade – pela compreensão.

8. Isto é mais um indicativo da Unidade Cósmica.

9. Todas as Iniciações recebidas em Templos de Lojas de qualquer Fraternidade terrena são preparações-transformações educativas para os eventos descritos neste fragmento. Para chegar lá, se tornar um Super-homem, o jivâtma (ou personalidade-alma humana) deverá passar por sete tipos principais ou sete raças-raízes. Atualmente, o ser-humano-aí-no-mundo, de modo geral, vivencia a Quinta Raça ou Ária, e está terminando seu ciclo neste globo, conjuntamente com uma grande parte da Quarta Raça (siberianos, chineses e mongóis) e alguns remanescentes da Terceira Raça (aborígines, australianos e hotentotes). Neste sentido, pode-se compreender que os desconcertos, os desregramentos, as desordens e as violências que assistimos em algumas partes do mundo não são gratuitos. É por isto que não podemos odiar os cruéis, pois, eles, simplesmente, são ignorantes, ou melhor, são mais ignorantes do que nós, se, hipoteticamente, admitirmos que somos menos violentos do que eles. A coisa é mais ou menos assim: estamos para os cruéis e os violentos do mesmo modo que os Mahatmas estão para nós. Você pode imaginar um Mahatma nos odiando porque somos mais ignorantes do que Ele? Ora, se isto fosse possível, Ele não seria um Mahatma, mas, sim, uma Mahaminhoca. Pai, perdoai-os; eles não sabem o que fazem. (Lucas, XXIII: 34). Pai, resguardai-os e Illuminai-os, para que possam entender, progredir e se libertar.

10. Esta libertação da Roda dos Renascimentos diz respeito, particularmente, à Terceira Dimensão. Mas, o apressamento ignorante, imprudente e caprichoso das coisas exporá a eventualidades perigosíssimas aquele que tentar manipular de forma irresponsável os Fogos, principal e maiormente o Fogo da Kundalini (perigo de atiçar descontroladamente o impulso sexual, perigo de uma doença terrível atacar uma parte do corpo, perigo de obsessão, perigo de loucura e até perigo de morte física prematura, podendo esta irresponsabilidade retardar em várias vidas o progresso evolutivo-reintegrador, obrigando o irresponsável a levar muito tempo para reconstruir o que foi destruído e a recapitular o trabalho a ser executado corretamente). Lembre-se: tudo tem um tempo certo e concertado, bonançoso e favorável. Mexer a bangu com Kundalini é como tentar apagar fogo no óleo com água! Nunca se deve utilizar água para apagar incêndio em (tanques de) óleo (incêndio classe B), pois, os riscos de aumento das chamas serão ainda maiores, devido à pulverização do óleo quente provocada pela água. O fato é que, como explica Alice Bailey nesta obra que estamos estudando, se o ser-humano-aí-no-mundo persistir, de vida em vida, nessa linha de ação, negligenciando o seu desenvolvimento espiritual e concentrando seus esforços na manipulação da matéria para fins egoístas, e se, apesar das advertências do seu Eu Interior e de Aqueles que Vigiam continuar a desconcertar irremediavelmente as coisas, poderá acabar se tornando uma alma-perdida [ser-humano-aí-no-mundo-sem-alma] e acarretar sua própria destruição [entropização], o que significará o fim do seu mânvântâra ou ciclo. Poderá haver coisa mais triste e mais caliginosa do que este terrível desastre? Então, por favor: pelo menos, deixe o Fogo da sua Kundalini em paz.

11. Por isto, sempre precisa(re)mos ter paciência e humildade. É aquela velha história do bécher de 250 ml. Em um bécher de 250 ml só cabem 250 ml de água.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.combustol.com.br/conteudo.php?cod=528

http://driverlayer.com/

http://www.netanimations.net/

http://www.gopixpic.com/

http://www.universetoday.com/
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http://commons.wikimedia.org/
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http://computergraphicslevel1.blogspot.com.br/
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http://www.geocities.ws/
rmackrell509/4thsummer08.html

http://ircamera.as.arizona.edu/NatSci102/
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http://teosofiacientifica.blogspot.com.br/2010/05/
continuacao-o-quadro-acima-sintetiza-as.html

http://www.encontroespiritual.org/
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http://glossarioholistico.blogspot.com.br/

http://www.portaldasintese.com.br/
multimidia/JornalASintese_edicao2.pdf

http://www.sanctusgermanus.net/
ebooks/tratado_sobre_fuego_cosmico.pdf

 

Música de fundo:

Love Is a Many-Splendored Thing
Composição: Sammy Fain (música) & Paul Francis Webster (letra)

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.