Mestre
Kuthumi
O
Ocultismo não é uma brincadeira. Exige tudo ou nada.
O processo de autopurificação não é
obra de um momento, nem de meses, mas de anos; e pode se prolongar
por toda uma série de vidas.
Tendes muito que desaprender.
Os estreitos prejuízos de vosso povo vos ligam mais do que
o suspeitais. Tornam-vos intolerantes quanto às minúsculas
ofensas de outrem contra vossos padrões artificiais de propriedade,
e vos dispõem a perder de vista as coisas essenciais. Não
estais ainda aptos a apreciar a diferença entre a pureza
interna e a cultura exterior.
Por
que sois tão desanimados no cumprimento do vosso dever? Amizade,
sentimentos pessoais e gratidão são, indubitavelmente,
nobres sentimentos, porém somente o dever conduz ao desenvolvimento
que tanto ansiais.
A Ciência Oculta é
uma zelosa dama que não permite nem sombra de auto-indulgência.
Acautela-te, amigo, que não
é esta a última de tuas provas. Não fui eu
que as criei, e, sim, tu próprio em tua luta pela Luz e pela
Verdade, contra as obscuras influências do mundo.
Sê
verdadeiro, sê leal aos teus compromissos, ao teu dever sagrado,
ao teu país e à tua própria consciência.
O chelado revela o homem
interno e traz à existência os vícios e as virtudes
adormecidos. O vício latente gera pecados ativos, e é
freqüentemente seguido de insanidade. Sê puro, virtuoso,
vive uma vida santa e serás protegido. Lembra-te, porém,
de que aquele que não for puro como uma criancinha, melhor
lhe será renunciar ao chelado.
É
princípio fundamental em Ocultismo que cada palavra ociosa
é registrada, tanto quanto as cheias de pleno e ardente significado.
A
Justiça Absoluta não diferencia os muitos dos poucos.
Para
descerrardes os portais do mistério, tendes, não somente
que viver uma vida da mais estrita probidade, como aprender a discernir
o verdadeiro do falso. [Por
isto, tenho dito que só a compreensão liberta.]
Meu
dever primário é para com meu Mestre. E o dever é,
para nós, mais forte do que qualquer amizade ou mesmo amor;
pois que, sem este permanente Princípio – o indestrutível
cimento que tem mantido reunidos, por tantos milênios, os
esparsos detentores dos grandes Segredos da Natureza – nossa
Fraternidade ou mesmo nossa própria doutrina há muito
se teriam desagregado em irreconhecíveis átomos.
Que
melhor motivo para recompensa, que melhor disciplina do que o diário
e repetido cumprimento do dever?
O
dever do teosofista [e
de qualquer místico ou espiritualista] é
igual ao do lavrador: abrir os sulcos e semear os grãos o
melhor que puder. O resultado final é com a Natureza –
a escrava da Lei.
Acredita-me, meu discípulo:
o homem ou a mulher colocados pelo carma em meio de pequenos e nítidos
deveres, sacrifícios e atos de bondade, por meio desses,
fielmente cumpridos, se elevará à mais ampla medida
do Dever, do Sacrifício e da Caridade para com toda a Humanidade.
O
Adepto é a rara florescência de uma geração
de pesquisadores. E, para que o indivíduo tal se torne, tem
que obedecer ao impulso interior de sua alma, sem olhar as prudentes
considerações da ciência ou da sagacidade mundanas.
Mestre
Kuthumi
Fonte
das citações:
http://www.levir.com.br/kmsg.
php?msg=Pureza&master=K.H.