AS TRÊS PROPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 


A Doutrina Secreta estabelece três proposições fundamentais:

(a) um Princípio Onipresente, Eterno, Ilimitado e Imutável, sobre o qual toda especulação é impossível, porque Ele transcende o poder da concepção humana e só poderia ser distorcido por qualquer expressão ou comparação humanas. Está além dos limites e do alcance do pensamento
e, nas palavras do Mandukya, é impensável e indescritível.

Há uma Realidade Absoluta que antecede todo ser manifestado, condicionado. Esta Causa Infinita e Eterna
vagamente formulada nas idéias de Inconsciente e Incognoscível da Filosofia Européia atual é a Raiz-sem-Raiz de tudo o que foi, é ou será algum dia. Naturalmente, Ela é destituída de quaisquer atributos, e, essencialmente, não possui qualquer relação com o ser manifestado e finito. Ela é a Existencialidade, mais do que o Ser (em sânscrito, Sat), e está além de todo pensamento e de toda especulação.

Esta Existencialidade é simbolizada na Doutrina sob dois aspectos. De um lado, Espaço Absoluto e Abstrato, o que representa pura subjetividade, a única coisa que nenhuma mente humana pode conceber por si mesma nem excluir das suas concepções. De outro lado, absoluto Movimento Abstrato, representando a Consciência Incondicionada. Até mesmo os nossos pensadores ocidentais têm mostrado que a Consciência é inconcebível para nós, se estiver separada da mudança; e é o movimento que melhor simboliza a mudança, a sua característica essencial. Este último aspecto da Realidade Una também é simbolizado pela expressão A Grande Respiração, uma imagem tão clara que não necessita explicações. Assim, o primeiro axioma fundamental da Doutrina Secreta é este Uno Absoluto
A Existencialidade
simbolizado pela Inteligência Finita através da Trindade Teológica.

 

Ultimamente, o filósofo, biólogo e antropólogo inglês Herbert Spencer (Derby, 27 de abril de 1820 Brighton, 8 de dezembro de 1903) tem modificado tanto seu agnosticismo, que chega ao ponto de afirmar que a natureza da Causa Primeira1 que o Ocultismo, de modo mais lógico, vê como sendo derivada da Causa-Sem-Causa, o Eterno e o Incognoscível pode ser essencialmente a mesma Causa da Consciência que brota dentro de nós: em resumo, que a realidade impessoal que permeia o Cosmo é o puro númeno do pensamento. Este progresso da sua parte o coloca muito próximo da Doutrina Esotérica e Vedantina.

Parabrahmam (a Realidade Una, o Absoluto) é o campo da Consciência Absoluta, isto é, aquela Essência que está fora de qualquer relação com a existência condicionada, e da qual a existência consciente é um símbolo condicionado. Mas, uma vez que nós passemos em pensamento para além desta (para nós) Absoluta Negação, surge a dualidade no contraste entre Espírito (ou consciência) e Matéria, Sujeito e Objeto.

O Espírito (ou Consciência) e a Matéria devem, no entanto, ser vistos não como realidades independentes, mas, como as duas facetas ou os dois aspectos do Absoluto (Parabrahmam), que constitui a base do ser condicionado, seja ele subjetivo ou objetivo.

Considerando esta tríade metafísica como a Raiz da qual procede toda manifestação, a Grande Respiração assume o caráter da Ideação Pré-cósmica. Ela é
fons et origo da energia e de toda consciência individual, e dá a inteligência orientadora no vasto esquema da Evolução Cósmica. Por outro lado, a Substância-raiz Pré-cósmica (Mulaprakriti) é aquele aspecto do Absoluto que está na base de todos os planos objetivos da Natureza.

Assim como a Ideação Pré-Cósmica é a raiz de toda consciência individual, assim também a Substância Pré-Cósmica é o substrato da matéria nos vários graus da sua diferenciação.

A partir disto, fica claro que o contraste entre estes dois aspectos do Absoluto é essencial para a existência do Universo Manifestado. Separada da Substância Cósmica, a Ideação Cósmica não poderia se manifestar como consciência individual, já que é só através de um veículo material
2 que a consciência surge como eu-sou-eu, sendo necessária uma base física para focar um raio da Mente Universal em determinado estágio de complexidade. Novamente, separada da Ideação Cósmica, a Substância Cósmica permaneceria como uma abstração vazia, e nenhum surgimento da consciência poderia ocorrer.

O Universo Manifestado, portanto, é permeado pela dualidade, e a dualidade constitui, digamos, a própria essência da sua EX-istência como manifestação. Mas, assim como os pólos opostos do sujeito e do objeto e do espírito e da matéria são apenas aspectos da Unidade Única na qual eles são sintetizados, assim também, no Universo manifestado, há Aquilo que liga o espírito à matéria e o sujeito ao objeto.

Este Algo, atualmente desconhecido para a especulação ocidental, é chamado pelos ocultistas de Fohat. Ele é a Ponte pela qual as Idéias que existem no Pensamento Divino são impressas na substância Cósmica como Leis da Natureza. Fohat é, assim, a Energia Dinâmica da Ideação Cósmica ou, visto do outro ponto de vista, é o meio inteligente, o poder orientador de toda manifestação, o Pensamento Divino transmitido e tornado manifesto pelos Dhyan Chohans,
3 os Arquitetos do mundo visível. Assim, do Espírito (ou da Ideação Cósmica) vem a nossa consciência. Da Substância Cósmica vêm os vários veículos nos quais aquela consciência é individualizada e alcança a autoconsciência ou consciência reflexiva. Enquanto que Fohat, em suas várias manifestações, é elo misterioso entre a Mente e a Matéria, o princípio animador que eletrifica cada átomo, dando-lhe vida.

O seguinte resumo transmitirá uma idéia mais clara ao leitor:

(1) o Absoluto, o Parabrahmam dos vedantinos ou a Realidade una, SAT, é, como diz Hegel, tanto o Absoluto Ser como o Absoluto Não-Ser.

(2) a primeira manifestação é o Logos Impessoal e, em Filosofia, é o Logos Imanifestado, precursor do manifestado. Esta é a Primeira Causa, o Inconsciente dos panteístas europeus.

(3) Espírito-matéria, Vida, o Espírito do Universo, o Purusha e o Prakriti ou o Segundo Logos.

(4) Ideação Cósmica, MAHAT ou Inteligência, a Alma-do-Mundo Universal, o Númeno Cósmico da Matéria, também chamado de Maha-Buddhi.

 

A Doutrina Secreta afirma também:

(b) A Eternidade do Universo
in toto como um plano ilimitado, sendo, periodicamente, cenário de inúmeros Universos que se manifestam e desaparecem incessantemente, chamados de estrelas em manifestação e centelhas da Eternidade. A Eternidade do Peregrino4 é como um piscar do Olho da Autoexistência (Livro de Dzyan). A aparição e a desaparição de Mundos é como o fluxo e o refluxo regulares da maré.

 

Esta segunda afirmação da Doutrina Secreta estabelece a absoluta universalidade daquela Lei da Periodicidade, do fluxo e refluxo, da maré alta e baixa, que a ciência física tem observado e registrado em todos os departamentos da Natureza. Alternâncias como as de Dia e Noite, Vida e Morte, Sono e Despertar são fatos tão comuns, tão perfeitamente universais e sem exceção, que é fácil compreender que neles nós vemos uma das Leis absolutamente fundamentais do Universo.

Além disso, a Doutrina Secreta ensina também:

(c) A identidade fundamental de todas as
[personalidades-]almas com a Alma-Superior Universal, sendo esta última, em si mesma, um aspecto da Raiz Desconhecida, e a peregrinação obrigatória de cada [personalidade-]alma uma centelha da Alma-Superior Universal através do Ciclo da Encarnação (ou da Necessidade), de acordo com a Lei Cíclico-Cármica, durante todo o período. Em outras palavras, nenhum Buddhi (Alma Divina) puramente espiritual pode ter uma existência independente (consciente) antes que a centelha, que surgiu da pura Essência do Sexto Princípio Universal ou Alma Superior tenha: (1º) passado através de cada forma elemental do mundo fenomênico daquele Mânvântâra; e (2º) adquirido individualidade, primeiro por impulso natural, e, depois, por impulsos auto-induzidos e autoplanejados (limitados pelo seu Carma), ascendendo, assim, através de todos os graus de inteligência, desde o Manas mais inferior até o Manas mais elevado, do mineral e do vegetal até o mais Sagrado Arcanjo (Dhyani-Buddha). A doutrina central da Filosofia Esotérica não admite privilégios ou dons especiais no homem, exceto aqueles que tenham sido conquistados por seu próprio Eu através do esforço e do mérito pessoal [Bom Combate] ao longo de toda uma longa série de encarnações. É por isto que os hindus dizem que o Universo é Brahma e Brahmâ, por que Brahma está em cada átomo do Universo, e os Seis Princípios em a Natureza são todos resultados os aspectos diversamente diferenciados do Sétimo e Uno, a única realidade no Universo, seja Cósmico ou microcósmico. E também é por isto que as permutações (psíquicas, espirituais e físicas), no plano da manifestação e da forma, do sexto (Brahmâ, o veículo de Brahma) são vistas por antífrase metafísica como ilusórias e maiávicas. Embora a raiz de cada átomo individual e de cada forma coletivamente seja aquele Sétimo Princípio ou Realidade Una, ainda assim, no seu mundo fenomênico manifestado e na sua aparência temporária, ela não é mais do que uma ilusão passageira dos nossos sentidos.

 

Na sua dimensão absoluta, o Princípio Único, sob seus dois aspectos (de Parabrahmam e Mulaprakriti) é sem sexo, incondicionado e eterno. A sua emanação periódica (manvantárica) ou radiação primária também é una, andrógina e fenomenicamente finita. Por sua vez, quando a radiação ocorre, todas as suas irradiações são também andróginas, tornando-se masculinas e femininas em seus aspectos inferiores. Depois de um prâlâya, seja o prâlâya grande, seja o prâlâya menor (este último deixa os mundos em statu quo5) o primeiro que redesperta para a vida ativa é o Akasha Plástico, o Pai-Mãe, o Espírito e a Alma do Éter, ou o Plano da Superfície do Círculo. O Espaço é chamado de a Mãe, antes da sua atividade cósmica, e Pai-Mãe no primeiro estágio do redespertar. Na Cabala, o Espaço é também Pai-Mãe-Filho. Mas, enquanto para a Doutrina Oriental estes constituem o Sétimo Princípio do Universo manifestado, ou o seu Atma-Buddhi-Manas (Espírito, Alma, Inteligência), a tríade que se ramifica e se divide nos sete princípios cósmicos e humanos, para a Cabala Ocidental dos místicos cristãos, trata-se da Tríade ou Trindade, e segundo os seus ocultistas, o macho-fêmea, Jeová, Jah-Havah. Esta é a única diferença entre as trindades esotérica e cristã. Os místicos e os filósofos, os panteístas orientais e os ocidentais, sintetizam a sua tríade pré-genética na pura Abstração Divina. Os ortodoxos a antropomorfizam. Hiranyagarbha, Hari e Sankara as três hipóstases do Espírito do Supremo Espírito em manifestação (por cujo título Prithivi, a Terra, saúda Vishnu em seu Primeiro Avatar) são as qualidades puramente metafísicas e abstratas de formação, preservação e destruição, e são os três Avasthas (literalmente, hipóstases) Divinos de Aquilo Que Não Morre Com As Coisas Criadas (ou Achyuta, um nome de Vishnu), enquanto o cristão ortodoxo separa sua Divindade pessoal criadora nos três personagens da Trindade, e não admite nenhuma Divindade mais elevada. Esta última, em Ocultismo, é o Triângulo abstrato; para os ortodoxos, é o Cubo Perfeito. O deus criativo ou os deuses agregados são vistos pelo filósofo Oriental como Bhrantidarsanatah falsa compreensão, algo concebido como uma forma material devido a aparências errôneas, o que é explicado como surgindo da visão ilusória da [personalidade-]alma egoísta, pessoal e humana (quinto princípio inferior). Isto foi expresso de maneira bela em uma nova tradução do Vishnu Purana. Aquele Brahmâ em sua totalidade tem essencialmente o aspecto de Prakriti, tanto exteriorizado como não-exteriorizado (Mulaprakriti), e também o aspecto de Espírito e o aspecto de Tempo. O Espírito, o nascido-pela-segunda-vez, é o aspecto principal do Supremo Brahma. O aspecto seguinte é duplo Prakriti tanto exteriorizado como não exteriorizado, e o tempo é o último. Na teogonia órfica, Cronos é descrito como sendo também um deus ou agente gerado.

Neste estágio do redespertar do Universo, o simbolismo sagrado o representa como um Círculo Perfeito com o Ponto (Raiz) no centro.

 

 

 

 

Este signo era universal, portanto, nós o encontramos também na Cabala. A Cabala Ocidental, no entanto, agora nas mãos dos místicos cristãos, o ignora completamente, embora ele seja claramente mostrado no Zohar. Estes sectários começam pelo final, e apresentam como símbolo do Cosmo pré-genético este signo Å, chamando-o de a União da Rosa e da Cruz, o grande mistério da geração oculta, de onde vem o nome rosacruzes (Rosa Cruz)!

No entanto, como se pode ver a partir do mais importante e mais bem conhecido dos símbolos rosacruzes, existe um que nunca até agora foi compreendido nem mesmo pelos místicos modernos. É o símbolo do Pelicano, que rompe e abre seu próprio peito para alimentar seus sete filhotes
o verdadeiro credo dos Irmãos da Rosacruz e um produto direto da Doutrina Secreta Oriental.

 

 

 

 

Brahma (de gênero neutro) é chamado de Kalahansa, o que significa, como explicado por orientalistas ocidentais, o Eterno Cisne ou Ganso, e o mesmo ocorre com Brahmâ, o Criador. Um grande erro, deste modo, fica à mostra. É Brahma (neutro) que deveria ser referido como Hansa-vahana (aquele que usa o cisne como seu Veículo), e não Brahmâ, o criador. Brahmâ é o verdadeiro Kalahansa, enquanto Brahma (neutro) é Hamsa, e Ahamsa, como será explicado no comentário. Deve ser levado em conta que os termos Brahmâ e Parabrahmam não são usados aqui porque eles pertencem à nossa Nomenclatura Esotérica, mas, apenas, porque são mais familiares para os estudantes ocidentais. Ambos são os perfeitos equivalentes dos nossos termos com uma, três e sete vogais, que correspondem ao Todo Uno e ao Uno Todo em Tudo.

Estes são os conceitos básicos sobre os quais está estabelecida a Doutrina Secreta. Não cabe fazer aqui a defesa deles nem dar qualquer comprovação do seu caráter intrinsecamente razoável. Tampouco posso fazer uma pausa para mostrar como estes conceitos estão na verdade contidos
embora demasiado freqüentemente sob aparências enganosas em cada um dos sistemas de pensamento ou sistemas filosóficos dignos deste nome. Uma vez que o leitor tenha obtido uma clara compreensão destes conceitos, e tenha percebido a luz que eles lançam sobre todos os problemas da vida, já não será necessária mais nenhuma justificação deles junto ao leitor, porque sua veracidade será tão evidente quanto a existência do Sol no céu.

 

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Notas:

1. A palavra primeira indica, necessariamente, algo que é o primeiro a ser produzido, o primeiro no tempo, no espaço e em hierarquia, e, portanto, finito e condicionado. O primeiro não pode ser o absoluto, porque é uma manifestação. Portanto, o Ocultismo Oriental chama o Todo Abstrato de Causa Una Sem Causa, a Raiz Sem Raiz, e limita a Causa Primeira ao Logos, no sentido que Platão dá a este termo. (Nota de Helena Petrovna Blavatsky).

2. Chamado em sânscrito de Upadhi. (Nota de Helena Petrovna Blavatsky).

3. Chamados pela Teologia Cristã de Arcanjos, Serafins etc. (Nota de Helena Petrovna Blavatsky).

4. Peregrino é um termo para designar a nossa Mônada (os dois em um) durante seu ciclo de encarnações. É o único princípio imortal e eterno em nós, sendo uma parte indivisível do Todo Integral o Espírito Universal, do qual ela emana e no qual ela é absorvida no final do ciclo. Quando se afirma que a Mônada emana do Espírito Uno, está sendo necessário usar uma expressão inadequada e incorreta, por falta de palavras adequadas. Os vedantinos a chamam de Sutratma (Fio-da-Alma), mas, sua explicação, também, difere um pouco da explicação dos Ocultistas. No entanto, deixamos para os vedantinos a tarefa de explicar a diferença. (Nota de Helena Petrovna Blavatsky).

5. Não são os organismos físicos, e muito menos os seus princípios psíquicos, que permanecem em statu quo durante os grandes prâlâyas cósmicos ou mesmo durante os prâlâyas solares, mas, somente as suas fotografias astrais ou akáshicas. Todavia, durante os prâlâyas menores, uma vez tomados pela Noite, os planetas permanecem intactos, embora mortos, assim como um animal enorme, capturado e soterrado no gelo polar, permanece igual durante eras. (Nota de Helena Petrovna Blavatsky).

 

In: As Três Proposições Fundamentais, Helena Petrovna Blavatsky.

 

 

 

 

Quem não tem o seu balaio de dificuldades?

 

 

 

Vocábulos intrincadíssimos...

Sanscritismos indesvendáveis...

Conceitos complicadérrimos...

Leis Cósmicas impalatáveis...

 

Difícil não significa que é melhor.

Fácil não quer dizer que é pior.

Para o ser, só vale e tem importância

aquilo que ele puder compreender.

 

 

Oh! Tenha a santa paciência! Quem pode entender isso aí?
Isso aí em cima nem o Pedro Bó nem a Terta entenderiam!

 

 

Chico Pantaleão Anysio

 

 

Ao se tentar estudar Esoterismo,

o maismaior de todos os busílis

é a ininteligibilidade dos termos,

que até dá vontade de desistir!

 

Quando estudei a Doutrina Secreta,

eu pensei que iria ficar maluquete.

Todavia, não desisti. Fui até o fim.
(E acabei entendo + do que achava que iria entender.
AUM  MANI  PADME  HUM!)

 

Então, deixo este conselhinho,

fruto da minha experiência pessoal:

por mais difícil que o imbróglio seja,

nunquinha desista. Algo sempre fica.

 

De maneira geral, as dificuldades

são nossas, não dos ensinamentos.

Nós é que ainda somos bestas quadradas.

Mas, nos tornaremos bestas redondas!

 

 

 

 

De tudo isto, uma coisa é certa:

como centelhas da Alma-Superior

fomos, somos e seremos todos Um.

 

Nossa encarnação é uma Necessidade,

pois, só encarnando e compreendendo

alcançaremos a Penúltima Liberdade.

Libertos, devemos Voltar, Servir e Ajudar.
(E mesmo ainda não-libertos, devemos Servir e Ajudar.)

 

Mas, por que Penúltima Liberdade?

Porque no Continuum não-limitado

– para lhufas e para nenhum ser-aí

haverá conclusão, limite ou última.

 

 

Eterno Movimento... Eterna Mudança...
Eterna Peregrinação... Eterna Ascensão...

 

 

É por isto que xongas é ad æternum.

Ad æternum, só o movimento-mudança.

Ad æternum, só a peregrinação-ascensão.

Ad æternum, só a Alma-Superior Universal.
(Desde sempre, unimúltipla e a mesma.)

 

Quanto a tudo isto, não podem triunfar:

1º) qualquer tipo de privilégio;

2º) qualquer conquista sem mérito;

e 3º) qualquer burla da Lei.

 

Quanto a tudo isto, devem existir:

1º) inofensividade e fraternidade;

2º) solidariedade e boa vontade;

e 3º) compreensão da unimultiplicidade.1

 

 

 

Unimultiplicidade

 

 

 

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Nota:

1. Precisamos nos esforçar
    e deixar de torcer o nariz.
    O que adianta se queixar
    e continuar sempre magriz?

    Tudinho é para todos;
    não há qualquer exceção.
    Com ou sem apodos,

   

    Precisamos meter na cabeça:
    sempre fomos Deuses.
    Não devemos tirar da cabeça:
    voltaremos a ser Deuses.

    Mas, isto só acontecerá,
    se lutarmos o Bom Combate.
    E, cada um só realizará,
    se transmutar cada dislate!

 

 

 

 

Música de fundo:

Interstellar
Compositor: Hans Zimmer

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=PaT1xBCSEpE

 

Páginas da Internet consultadas:

http://handbill.us/1942/01/01/no-way-4/

http://francis.naukas.com/

https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/

http://www.upcoming.nl/

https://www.pinterest.co.uk/pin/541909767636995364/

https://kekanto.com.br/

https://giphy.com/

http://illuminati-zeitgeist.com/

 

Direitos autorais:

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