imothy
Francis Leary (22 de Outubro de 1920 - 31 de Maio de 1996) – Mestre
pela Universidade do Estado de Washington e Doutor em Psicologia pela
Universidade da Califórnia, em Berkeley, e conhecido entre seus
amigos e admiradores simples e carinhosamente por Dr. Tim – foi,
entre outras atividades, professor de Psicologia Clínica da Universidade
Harvard e um importante escritor americano e militante das drogas do
século passado, que acabou fazendo do Livro Dos Mortos
(um antigo livro tibetano) a sua bíblia. Ficou famoso como proponente
dos benefícios terapêuticos e espirituais do LSD [Leary
foi membro dos Illuminates of Thanateros (IOT), Ordem que estuda o Caos,
tendo sintetizado o ácido lisérgico–LSD
(C16H16N2O2)
– na verdade uma abreviação da Dietilamida do Ácido
Lisérgico – a partir de cogumelos e, usando esse produto
sintético, fez pesquisas que o levaram a estabelcer o mais completo
quadro de níveis de consciência que se conhece] e pelo
chamamento que fez para que cada um vivesse a vida à sua
maneira, rechaçando as regras e as normas impostas pela
sociedade estabelecida. Leary chegou, inclusive, a ficar conhecido como
o Guru do LSD.
Observação:
quem primeiro sintetizou o LSD25
foi Albert Hoffman, em 1938, um cientista suíço que estudava
alguns alcalóides (substâncias encontradas nos vegetais)
extraídos de fungos que atacam o centeio e os cereais, nos laboratórios
Sandoz Chemical Works, na Suíça. Apesar de o LSD25
ter sido sintetizado em 1938, só em 1943 é que foram descobertos
os seus efeitos alucinogéneos quando Hoffman ingeriu, de forma
não intencional, por trabalhar sem luvas, um pouco desta substância,
e se viu obrigado a interromper o seu trabalho devido aos sintomas alucinatórios
que começou a sentir. O número 25 que aparece na nomenclatura
do LSD25 é devido ao fato
de a Dietilamida do Ácido Lisérgico ter sido isolada na
Suíça pelo Dr. Albert Hoffman no dia 2
de Maio de 1938.
Eu, que não faço
qualquer tipo de julgamento (de nada nem de ninguém), particularmente,
não creio que seja necessário (nem aconselhável)
a utilização de qualquer tipo de droga para que o ser
humano possa alcançar aquilo que comumente é definido
como um estado alterado de consciência (ou de percepção),
pois, na verdade, haveremos todos de compreender que o verdadeiro estado
alterado de consciência é o estado objetivo (Plano Dual-Real
das Quiméricas Ilusões), enquanto o estado místico
(ou espiritual – O Estado), geralmente considerado como alterado,
nada tem de alterado, já que coloca o ser, de acordo com suas
possibilidades meritórias e pessoais, em níveis vários
da Atualidade Universal – sempre atual – porque esta Atualidade
Universal está sempre se atualizando e representa e é
a Verdadeira Realidade. Desnecessário dizer que, com este comentário,
não estou, nem de longe ou subterreamente, fazendo qualquer juízo
de valor das idéias esposadas pelo Dr. Tim. Como disse Aleister
Crowley: Do what thou wilt shall be the whole of the Law.
De qualquer forma deve-se saber que: O LSD25
não leva comumente a estados de dependência, visto que
não produz comportamentos compulsivos. No entanto, para certas
pessoas, os efeitos do LSD25
podem ser considerados como uma "experiência positiva"
ou algo "místico" e estas pessoas podem se apresentar
como dependentes, isto é, não mais conseguem viver sem
a droga. Contudo, se por um lado, o LSD25
pode causar alucinações tanto visuais quanto auditivas
que podem trazer algum tipo de satisfação positiva (boa
viagem), por outro, pode deixar a pessoa extremamente amedrontada (má
viagem ou "bode"). Uma última informação:
O flashback é uma variante dos efeitos a longo prazo
do uso do LSD25.
Semanas ou até meses após a sua utilização,
o usuário poderá passar a
ter, subitamente, todos os sintomas
psíquicos das experiências anteriores sem que tenha feito
uso da droga. A seguir, para concluir definitivamente este tema, apresento
um resumo das reações adversas apresentadas por usuários
do LSD25:
• Sensação
de perda do limite do próprio corpo e do espaço em seu
redor;
• Sensação de que os odores podem ser tocados;
• Sensação de que os sons podem ser vistos;
• Sensação simultânea de alegria e tristeza;
• Sensação de que se pode voar;
• Sensação de pânico e de grande vulnerabilidade;
• Tentativas de suicídio e surgimento de impulsos homicidas;
• Perda de controle sobre os pensamentos; e
• Alucinações que surgem vários meses após
o uso.
Nos meses que antecederam
sua morte (por conseqüência de um câncer na próstata),
Leary escreveu um livro chamado Design For Dying (Projeto
Para Morrer), uma tentativa de mostrar às pessoas uma nova
perspectiva da morte e do próprio morrer. Suas últimas
palavras foram: — Why not? (Porque não?).
Leary foi cremado em
outubro de 1996, e suas cinzas foram transportadas pela espaçonave
Pegasus e liberadas no espaço com o auxílio de um satélite,
junto com as de Gene Roddenberry, criador de Jornada nas Estrelas, e
de outros cientistas e pioneiros em estudos aero-espaciais, tais como
as do físico Gerard O’Neill, da High Frontier Space Station,
e as de Todd Hauley, professor da International Space University. Conhecendo
seu estado (Leary tinha um câncer na próstata em estágio
terminal), disse: — Quando soube que era um doente
terminal fiquei apavorado. Queria agora entrar em um desafio de como
viver uma vida de incapacidade. Como terminar meus dias com dignidade.
Em entrevista à
David Sheef, da Rolling Stone, em 1987, Leary declarou: —
Tenho 67 anos de idade. Eu vivi sete décadas de mudanças
rápidas. Pratiquei o surfe em cada uma das ondas do século
XX com algum sucesso e diversão. Nos anos 40, passei cinco anos
no exército. Nos anos 50, fui um jovem professor, quadrado, com
filhos, casa no subúrbio, bebendo martinis. Nos anos 60, fiz
tudo o que estava na moda: me liguei, pirei e só Deus sabe –
me afastei de tudo. Quais eram as alternativas? Desligar, não
pirar, adotar um conformismo cego? Os anos 70 foram a década
do prisioneiro político. Nixon colocou os dissidentes na cadeia.
Fui o primeiro a ir para a prisão, logo em janeiro de 1970. Mais
tarde, depois do Watergate, chegou a vez da gangue de Nixon. Durante
os seis anos seguintes, assisti a meus perseguidores federais vindo
se juntar a mim, atrás das grades. [Richard Nixon chegou
a chamá-lo de o homem mais perigoso da América.].
Devo esclarecer, por
último, que conheço pouco da vida e da obra de Timothy
Leary, e que os excertos que se seguirão foram todos garimpados
em diversas páginas da Web – a biblioteca digital do Terceiro
Milênio. O fato é que eu não teria condições
de ler, estudar, analisar e escolher fragmentos interessantes do pensamento
de Leary em menos de dois ou três anos para construir este trabalho,
pois sua obra, segundo sei, é monumental, sendo composta, smj,
de 27 livros, de diversas monografias e de 250 artigos. Para produzir
este texto optei, então, por esta forma de pesquisa. Advirto
ainda que, para adaptar o pensamento leariano a este tipo de trabalho,
tive que fazer algumas pequenas edições nos fragmentos,
sem, contudo, alterar em nada o conteúdo das idéias do
pensador.
FRAGMENTOS
Espero
(a morte) com impaciência... Será a experiência final.
A última exploração.
O
objetivo de todo o meu trabalho, por cinco décadas, tem sido
encorajar as pessoas a pensarem por si mesmas e a questionarem a autoridade.
Na última metade de século eu me envolvi, com sucesso,
em cinco revoluções que liberaram as pessoas do controle
de suas mentes.
Nada
de políticos peronistas e burocratas castristas. Nada de doutores
republicanos manipulando notícias contra estúpidos democratas
da mídia. Nada de exploradores capitalistas 'versus' socialistas
da burocracia.
Aquilo
que nós chamávamos de sexo, drogas e 'rock’n’roll'
é aquilo que os russos chamam hoje de perestróica [reestruturação]
e 'glasnost' [transparência informativa].
Na
década de 80 eu gastei dez anos lutando contra computadores primitivos,
para torná-los capazes de incentivar a inteligência e a
criatividade.
Nós
lutamos para converter os inexpressivos 'chips' de CDs em espécies
de fones de olhos. Queremos sistemas para ajudar as pessoas a criar,
eletronizar suas salas, quartos e salas de aula. Queremos lares eletrônicos
em que todos, principalmente os jovens do Terceiro Mundo, possam se
visitar.
O
espírito de liberdade dos anos 60 viverá enquanto as pessoas
pensarem por si mesmas e questionarem a autoridade.
Acredito
que redes de televisão nas mãos de políticos, de
padres e de corporações são a última encarnação
do mal. [Particularmente, e parafraseando um autor com quem concordo,
a Igreja Católica exotérica sempre foi inteiramente desfavorável
a qualquer coisa que pudesse romper com as fronteiras e com as barreiras
da mente e que facilitasse o processo dialético. A Dialética
é um perigo para o poder dominante, qualquer que seja esse poder,
simplesmente porque é libertadora. Isso, segundo a Cúria
Romano-Retrógada, pode levar a realidades múltiplas e
desinteressantes e conduzir a uma visão politeísta e questionadora
do Universo, comprometendo a teologia católica que sempre esteve
comprometida com um único e temido Deus e com uma única
e temida religião. E eu não consigo me esquecer do
e da .].
Contunua o Dr. Tim: Mas acredito que os anarquistas, os 'hippies',
os libertários, os engenheiros do caos e os 'punks' cibernéticos
estejam aprendendo a usar as tevês e os vídeos para fortalecer
as pessoas individualmente.
O
comandante Mao e seu primo Karl Marx são figuras históricas
do século XIX. Foram heróis do passado, ficando entre
o monopólio capitalista e monopólio socialista.
Nos
últimos 20 anos houve nos Estados Unidos muitas culturas diferentes
sobre a droga. Por favor, não as confunda. A cultura das drogas
leves, de 1955 a 1980, era pacífica, humanista, amorosa, pagã,
tolerante, desorganizada e anárquica. Em 80, os cartéis
das drogas pesadas, a facção Reagan-Bush, tudo isso tomou
conta dos Estados Unidos.
A
revolução da contracultura ainda é possível
pela força do cérebro e pela revolução cibernética.
Meu
trabalho sempre visou a fortalecer as pessoas em relação
a elas mesmas e, também, para que questionassem as autoridades.
Nos últimos 40 anos, venho desenvolvendo técnicas para
se aprender a pensar e a conscientizar-se.
Com
o domínio do oitavo circuito do cérebro, é possível
que qualquer pessoa consiga contactar o RNA e o DNA, ou seja, serão
novas formas de revolução.
Os
esforços do Dr. Tim visavam – com toda a ubiqüidade
que os caracterizava – a aumentar, com a comunicação
multimídia, a consciência crítica das pessoas,
para libertá-las, [de tudo], no mundo inteiro.
Não
me considero americano e sim californiano, como os ucranianos que não
se consideram mais mais soviéticos.
Não,
eu não vou me matar. Estou com três cânceres terminais,
tenho o inimigo em mim mesmo. Disse que gostaria de morrer de uma maneira
doce, podendo escolher com quem, onde e como morrer, mas isso não
significa que eu vou me matar. Uma coisa eu tenho a dizer: vou morrer
logo, muito logo, e essa experiência da morte é algo inacreditável.
O último mês de vida é o período mais didático
de toda a sua existência. Junto comigo assisto também à
morte dos Estados Unidos. Bill Clinton é um imperador de um império
em decadência. Os Estados Unidos estão na mesma situação
que a URSS estava no início da década de 90.
As
pessoas que pensam por si mesmas são felizes. Por quê?
Porque elas não têm que culpar ninguém, exceto elas
mesmas. E eu posso mudar a mim mesmo. Eu chamo a Nova Geração
de 'New Breed'. [Nova Linhagen]. Eles combinam o melhor das
contraculturas americana, japonesa e européia. São animados,
autoconfiantes, individualistas, zen-oportunistas, habilidosamente psicodélicos
e super 'high tech'. São tolerantes, não sexistas e globalizantes.
Começaram em 1992 e irão até 2010.
Milhares
de vezes quebrei a lei sobre como usei meu corpo. Gostaria de ter feito
isso mais vezes. Vivi minha vida sem nunca fazer nada em segredo que
não pudesse ser feito publicamente. Toda a sujeira dos militares,
do clero e dos políticos corruptos acontece porque eles fazem
coisas escusas secretamente. O FBI costumava fazer escuta no meu telefone
e eu dizia: Ótimo, talvez assim eles aprendam alguma coisas.
Não
existe nenhum pecado contra Deus ou contra a Humanidade do qual eu não
tenho sido acusado.
Não
tenho medo de nada, com exceção de ficar tão doente
que não possa fazer as coisas sozinho. Na minha idade isso preocupa.
Fiz um contrato com minha mulher: se eu me encontrar nessa situação,
ela fará com que eu vá embora com a mesma dignidade com
a qual tentei conduzir minha vida. Farei o mesmo por ela.
Sou
um dos mais profundos estudiosos da consciência e estudo a questão
da preservação da alma.
Estive
tão envolvido com meu trabalho, o que incluiu ser jogado na prisão,
que não consegui ser um pai tão bom quanto teria sido
desejável.
Se
pudesse fazer meus sonhos se tornarem realidade, para Presidente dos
Estados Unidos votaria em um homem que já provou saber lidar
com a situação: Mikhail Gorbatchov.
No
mês de março de 1965, Timothy Leary foi detido quando,
na companhia de sua filha de dezoito anos, trazia uma partida de marijuana
do México para o Texas. Foi julgado e condenado. Mas encarou
a prisão com um sorriso. — Na certa – disse
ele – converterei ao LSD 80% dos presos e 10% dos guardas.
A uns, ensinarei como deixar de ser criminosos. Aos outros, como deixar
de ser... criminosos.
Uma
vez, estava fazendo amor com minha mulher Barbara e a cama virou uma
nuvem, depois num pântano e, finalmente, transformou-se em um
oceano. No final, nós dois estávamos cobertos de líquido
e eu fiquei com medo de me afogar.
Meu
inimigo é todo machão, general, Schwarzkopf, Shwarzenegger,
todos aqueles que vestem batinas e uniformes.
Sou
o presidente da paranóia e gostaria de ser um tarado, mas não
se pode ter tudo.
Se
eu fosse uma mulher, a primeira coisa que faria era tomar o poder.
Minha
regra básica na vida é não fazer nada de que não
goste. Me mando sempre que estou em uma situação que me
incomode.
Eu
não compraria um carro usado de qualquer político vindo
de qualquer partido.
Meu
pior vício é o cigarro. Adoro fumar.
Em
meu epitáfio mandaria escrever: A ser continuado.
No
início de 1981, os jornalistas ficaram chocados quando
Timothy declarou que a economia americana estava combalida não
pelo preço do petróleo mas, pelos altos preços
da 'cannabis' importada.
O
LSD é, para o ser humano, o mesmo que o cálcio
é para as amebas.
'Turn
on, tune in, drop out'. Se ligue (ative
seu sistema neural e genético); se entregue
(interaja harmoniosamente com o mundo ao redor de você); caia
fora (sugerindo um processo ativo, seletivo de separação
de compromissos involuntários ou inconscientes). Ou: ligar-se,
sintonizar-se, libertar-se. Este é um conselho
clássico para quem segue os ensinamentos socráticos. Porém,
os métodos sobre como se ligar e como se sintonizar estão
mudando.
Uma
experiência psicodélica é uma viagem aos reinos
internos da consciência. O espaço e o nível da experiência
são ilimitados, mas suas características são a
transcendência de conceitos verbais, de dimensões do espaço-tempo
e do próprio ego ou da identidade. Tais experiências da
consciência ampliada podem ocorrer de diversas maneiras, inclusive
espontaneamente. Naturalmente, uma droga não produz a experiência
transcendental em si. Age meramente como uma chave bioquímica
abrindo a mente e livrando o sistema nervoso dos seus estados padrões
ordinários e das suas estruturas condicionantes.
Viver
na plenitude é surfar os limites, até os da própria
morte.
A
realidade não passa de uma opinião. Viver é surfar
o caos: não podemos modificá-lo, mas podemos surfá-lo.
Think
for yourself, question authority. Pense por si mesmo e questione
a autoridade.
O
computador é o LSD dos anos 90.
Meu
conselho – disse o Dr. Tim no leito de morte –
é que você tente saber que imagens povoam e controlam suas
retinas.
O
cérebro não é uma coisa suja que possa ser lavada,
mas, sim, um computador bio-elétrico com mais de trinta bilhões
de células nervosas capazes de realizar 102.783.000 interconexões,
número esse superior ao total de estrelas do Universo. [Tudo
bem. Só não posso me alinhar com a afirmação
de que o número de estrelas do Universo seja inferior a um determinado
número, seja esse número qual for. Quem pode saber esse
número? E se houvesse um número limite para as estrelas
do Universo, significaria que o Universo Total seria limitado, o que,
para mim é um absurdo.].
Somos
formados por DNA para produzir mais DNA. Em outras palavras: por mais
que isso choque os teólogos e os humanistas, somos todos robos
neurogênicos – uma condição da qual não
poderemos escapar enquanto não aprendermos a dominar o nosso
sistema nervoso de forma a reprogramar nossos destinos.
Os
quatro "cérebros" humanos, cujos conteúdos são
progressivamente apagados e reimpressos durante o processo mecanicamente
simples da lavagem cerebral, são: 1 - O circuito de bio-sobrevivência
infantil (ou consciência) que lida com os sinais de perigo-e-segurança;
2 - O circuito da criança mais velha (ou ego) ligado ao movimento
e à emoção; 3 - O circuito simbólico-verbal
do estudante (ou mente) relacionado com a linguagem e o conhecimento;
e 4 - O circuito sócio-sexual do adulto (ou personalidade) ligado
ao comportamento.
O
trabalho de lavagem cerebral é relativamente simples. Consiste,
basicamente, na troca de alguns circuitos robóticos por outros.
Assim que a vítima passa a encarar o reprogramador como a criança
encara seus pais – fornecedores de segurança vital e de
apoio para o ego – qualquer nova ideologia pode ser inculcada
no cérebro. [Esse
é o perigo real das religiões!].
A
grande ironia é que o nosso conceito de realidade é tão
frágil que pode se desfazer em apenas alguns dias, caso não
tenhamos constantes mensagens que nos reafirmem quem somos e que a nossa
realidade continua existindo.
How
you die is the most important thing you ever do.
Como você morre é a coisa mais importante que
você faz na vida.
O
movimento das drogas psicodélicas dos anos 60 e o movimento dos
computadores pessoais dos anos 80 são reflexos internos e externos
de cada um de nós. Simplesmente não se pode entender drogas
psicodélicas a não ser que se entenda alguma coisa sobre
computadores.
Cada
geração tem sua própria arte, seu próprio
meio para expressar seu fascínio pela publicidade, pelo sexo,
pelo significado da vida. Há 15 anos, era lama; há 25
anos, eram bandas de 'rock'; há 35 anos, eram poetas guerrilheiros
em bares 'beatniks'. Hoje, cibercultura.
O
sexo, até hoje, é desconsiderado pela Igreja Católica
como um ato sublime e religioso por si só, sem a reprodução
como finalidade precípua. E a proibição de anticoncepcionais
pelo Papa só endossa esta afirmação.
Acredita-se
que na Grécia antiga, nos ritos de Eleusis, se utilizava um derivado
do Ergot, o mofo do centeio, como um alucinógeno semelhante ao
LSD. Se isso for verdade, gregos ilustres como Platão, que participavam
das cerimônias, utilizavam (ou viam pessoas utilizar) alucinógenos.
Você
acha que o Governo proíbe as drogas porque elas "fazem mal"?
Na verdade, o Governo as proíbe porque elas são contraproducentes
em uma sociedade de zumbis consumistas, de trabalhadores incansáveis,
de corporações sem rosto e de pessoas naturalmente deprimidas
e sem religião. [E, muitas vezes, sem esperança!].
Alucinógenos
não provocam dependência e geralmente são experiências
enriquecedoras. Quase não existe tráfico de LSD simplesmente
porque ele não vicia. A pessoa sequer sente uma vontade reincidente
(como na cocaína, outra droga que não causa dependência
física, apenas uma forte dependência psicológica),
ou seja, drogas seguras não são normalmente traficadas,
e o lugar comum chega a pensar (já me vieram com essa diversas
vezes) que o "Ácido" é muito mais perigoso do
que a cocaína.
Não
prego que todos devam usar drogas. Apenas os xamãs modernos,
os artistas, os intelectuais e as pessoas criativas em geral é
que normalmente se beneficiam, e que arcam o pequeno preço que
algumas drogas cobram. Mas todos temos o direito de experimentar. Todos
temos o direito de saber. (Grifo meu).
Bem,
sou um admirador de Aleister Crowley. Acho que estou realizando muito
da obra que ele iniciou há mais de cem anos... Ele achava que
todos deveriam se conhecer a si mesmos e acreditava em "Faze tu
o que queres, há de ser toda a lei" com amor. Essa frase
é muito poderosa. É uma pena que ele não esteja
vivo para apreciar as glórias daquilo que iniciou.
Será
que algum dia, distante no tempo, nossos descendentes estranharão
a rudimentar utilização que os homens "industrialistas"
fazem dos seus cérebros?
O
corpo da realidade virtual aparece desencarnado e a carne vira uma pura
ficção. O ciberespaço parece poder livrar finalmente
o homem da "escravidão do corpo".
If
you only have one wish, make it big. Se você só tem
um desejo, faça-o grande.
A
ciência é toda uma metáfora.
A
marginalidade é formada por aqueles que estão
"out", isto é, por aqueles que não têm
acesso ao poder estabelecido involuntariamente por miséria, ou
voluntariamente por escolha estético-religiosa. [Também
há o caso da pura alienação.].
As
palavras são o congelamento da realidade.
A
iluminação espiritual pode ser obtida por meio do LSD.
Quem controlar o 'écran' controlará
a consciência.
Um
surfista a mover-se na orla de um tubo. Esse posicionamento é,
para mim, a metáfora da vida – a sua mais alta consciência.
As
mulheres que querem se igualar aos homens demonstram falta de ambição.
Procure
saber exatamente o que você está tomando. Seja consciente
porque todas as drogas lidam exatamente com isso: com a sua consciência.
A
Universalidade do 0 e do 1 através da magia e da religião
– 'yin' e 'yang', 'yoni' e 'lingam', copas e bastões –
é manifestada, hoje em dia, por sinais digitais, os dois bits
por trás da implementação de todos os programas
do mundo em nossos cérebros e em nossos discos operacionais.
Esticando um pouquinho, mesmo a mônada, símbolo da mudança
e do 'Tao', lembra visualmente um 0 e um 1 sobrepostos pela ação
centrífuga da velocidade sempre maior da rotação
da própria mônada, curvando sua linha central.
Quem
controla os teus globos oculares, controla a tua mente.
Tem
poder aquele que controla a luz. É por isso que a TV nos fascina.
WEBSITES
CONSULTADOS
http://www.tognolli.com/html/mid_pacheco.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Timothy_Leary
http://www.fotolog.com/psicodelics
http://groups.msn.com/RaulRockClub/
entendaofazeoquetuqueres.msnw
http://growabrain.typepad.com/growabrain/drugs_lsd/
http://www.levity.com/aciddreams/index.html
http://www.yotor.com/wiki/pt/ti/Timothy%20Leary.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Timothy_Leary
http://www.iot.org.br/
http://www.timothyleary.us/
http://www.tognolli.com/html/mid_arno.htm
http://www.popsubculture.com/pop/bio_project/timothy_leary.html
http://www.tognolli.com/html/mid_al.htm
http://minerva.ufpel.edu.br/~castro/leary.htm
http://www.inf.ufsc.br/barata/cereb2.htm
http://p221.ezboard.com/fentheogenesisfrm10.
showMessage?topicID=1.topic
http://users.lycaeum.org/~sputnik/People/leary.html
http://www.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/quest_drogas/lsd.htm
http://www.adolescente.psc.br/adolescente/drogas/lsd.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Hofmann
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/newswire/archive567.shtml
http://www.leary.com/
http://nogoodgolfers.blogger.com.br/2005_11_01_archive.html
http://orbita.starmedia.com/~dharmabum/leary.htm
Música
de fundo:
Come Together (Música
dos Beatles em homenagem a Timothy
Leary)
Fonte:
http://members.tripod.com/lhome/midi.htm