Paracelso e
Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

Paracelso

 

 

As coisas estão encadeadas; todas as coisas estão ligadas. O céu e a Terra, o ar e a água. Tudo é uma só coisa. Não quatro, não três, não duas, mas uma só coisa. Se não estiverem juntas, algo está incompleto.

 

Paracelso (1493 – 1541)

 

 

 

 

 

Do Pleroma1 Celeste...

 

 

 

O devaneio de multiplicidade

é o causador da iludibilidade.

 

 

mas tudo é dúnia da Unicidade.

Da distração e da obnubilação

procedem o engano e a isolação.

 

 

Estamos em tudo (e nos outros).

Tudo (e os outros) conforma um nó;

o egocentrismo só conseqüentiza pó.

 

 

Por que desaceitar o axiomático?

Por que prosseguir existindático?2

 

 

 

Por que dormitar sobre o fiofó?

 

 

 

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Notas:

1. Resumidamente, o Pleroma se refere à totalidade dos Poderes Cósmicos. A palavra significa plenitude, e é usada em vários contextos místico-teológicos, tanto Gnósticos quanto cristãos, como, por exemplo, por Paulo de Tarso, em Colossenses, II, 9. O Pleroma Celeste é a totalidade de tudo o que é considerado pela nossa compreensão como divino. O Pleroma, muitas vezes, é referido como sendo a LLuz que existe acima do nosso mundo, e é ocupada por seres espirituais que emanaram do Pleroma. Estes seres são descritos como Aeons (seres eternos; por outro lado, Platão usou a palavra aeon para denotar o mundo eterno das idéias, que ele concebia como se estivesse atrás do mundo perceptível, como demonstrado em sua famosa alegoria da caverna) e, algumas vezes, como Arcontes (o termo Arconte era utilizado no Gnosticismo para se referir aos auxiliares diretos do Demiurgo – o Deus Criador que estava entre a raça humana e o Deus Transcendente, que podia ser alcançado apenas através da Gnose, ou seja, tão-somente mediante a Sabedoria Superior, Interna, Espiritual, Iniciática). Jesus é gnosticamente interpretado como um Aeon intermediário que foi enviado – juntamente com a sua contraparte SOPhIa (Gnosticismo) – do Pleroma. Com a ajuda destes seres, a Humanidade, presumidamente, é capaz de se libertar e de recuperar o conhecimento perdido de suas origens divino-primordiais, e, assim, reentrar na posse da Unidade com o Pleroma. O termo é, portanto, um elemento central da Cosmogonia Gnóstica.

2. Existindático = existindo estático.

 

Fundo musical:

The Ballad of Mack the Knife (Die Moritat von Mackie Messer)
Música: Kurt Weill
Letra: Bertolt Brecht
Interpretação: Ray Conniff e sua orquestra

 

Páginas da Internet consultadas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arconte_(gnosticismo)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Aeon_(gnosticismo)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pleroma

http://tentadoramaresia.blogspot.com/
2009/09/estatua-de-sal.html

http://portuguesbrasileiro.istockphoto.com/
stock-illustration-4904966-surreal-tree.php