Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

TERRORISMO

 

 

 

 

 

O melhor meio de os Estados Unidos combaterem o terrorismo é deixarem de ser um dos principais terroristas do mundo. (Noam Chomsky).

 

O conflito palestino-israelense terminou desde o momento em que Israel aceitou o estabelecimento de um Estado palestino. O que existe agora é um conflito entre o terrorismo e o antiterrorismo. (Shimon Perez).

 

Neste ano, assinala-se o septuagésimo aniversário do Holodomor,1 o genocídio de 1932-33, quando os Soviéticos mataram 10 milhões de Ucranianos... O terrorismo de Estado soviético matou mais de 8 milhões de ucranianos, na sua tentativa para eliminar definitivamente a identidade nacional ucraniana. (Jack Palance).

 

Não pratique o terrorismo; pratique a organização. Não queime as crianças; dê a elas uma chance de aprender. A verdadeira resposta para o racismo é a educação. Não traumatizando e matando. Esteja pronto. Seja qualificado. Seja alguém. Mereça algo. Isto é 'black power' (poder negro)! (James Brown).

 

Entre os horrores de um final de século apocalíptico – que incluem a corrupção moral generalizada e a indiferença diante da pobreza absoluta – surge da sombra o terrorismo para mostrar ao mundo o lado mais cruel do homem. (Luis Carlos Lisboa).

 

Esses assassinos cegos consideram-se santos, heróis, pessoas sacrificadas, que hoje provocam a desgraça com o objetivo de preparar a felicidade do amanhã. (Gilles Lapouge).

 

Por qual aberração, sob o peso de qual fatalidade, as religiões do amor se transformam nesse formidável instrumento de assassinato, de negação do outro, de desprezo e de ódio? (Gilles Lapouge).

 

Em uma só rodada, um suicida explode um ônibus em Tel-Aviv; um trem vai pelos ares em Paris; um carro-bomba mata perto de Argel; vírus de antraz foram espalhados pelas ruas de Tóquio; no Peru uma mina detona sob um caminhão; na Índia é uma motocicleta carregada de explosivos; na Colômbia um ataque à dinamite... O contágio é universal. Diferenças entre chechenos e russos são resolvidas em um país báltico. A virtual guerra civil argelina traslada-se para Paris. Um desequilibrado de Michigan mata em Oklahoma para se vingar de algo ocorrido no Texas. O ódio anti-semita explode em Buenos Aires. O vingativo fundamentalismo egípcio faz ninho onde Paraguai, Argentina e Brasil confluem... (Editorial jornalístico).

 

Da Argentina à Espanha, dos Estados Unidos ao Japão, nenhum país pode considerar-se a salvo desse inimigo [o terrorismo] que se move nas sombras, escolhe suas vítimas ao acaso e já está, na avaliação de especialistas, na iminência de ter acesso aos recursos da energia nuclear, com seu poder apocalíptico de destruição. (Editorial jornalístico).

 

Aqueles que não se engajam na violência em nome da doutrina não são fiéis e não representam a doutrina, são criminosos que devem ser punidos. (Dirigente religioso egípcio).

 

Não aceitamos pêsames, e, sim, congratulações. (Cartaz colocado pela família de um terrorista suicida na entrada da sua casa para recepcionar as pessoas que foram oferecer condolências).

 

A violência de judeus contra não-judeus é sagrada… (Palavras de um rabino ultra-ortodoxo, assassinado em 1990, em Nova York, que costumava ensinar a seus alunos).

 

Em fevereiro de 1994, o extremista judeu Baruch2 Goldstein entrou em uma mesquita da cidade de Hebrom, onde uma multidão de fiéis árabes estava reunida para a oração da sexta-feira, e disparou diversas rajadas de fuzil, matando 29 pessoas e deixando 125 feridas, antes de ser morto pelos sobreviventes. No túmulo desse terrorista sanguinário está escrito: O santo Dr. Baruch Goldstein, morto quando santificava o nome de Deus.

 

Os ‘ultras’ judeus e os ‘ultras’ muçulmanos celebrando com a mesma alegria o trágico acontecimento... Os loucos de Jeová revelando-se aliados objetivos dos loucos de Alah, já que uns e outros se opõem violentamente a uma paz de compromisso e desejam perpetuar uma guerra que chamam de ‘santa’, convencidos de que ela é comandada de fato pelo Criador. (Issa Goraieb).

 

Em nome e com a bênção de Deus, a Unidade de Mártires das Brigadas do Qassam para libertação de prisioneiros declara sua responsabilidade pela operação de martírio em Jerusalém. (Comunicado expedido pela organização extremista Hamas depois um atentado suicida duplo em um mercado de Jerusalém).

 

Pelo mérito de nossa guerra santa e dos combatentes sagrados em nossas fileiras, levaremos tristeza e horror ao coração e à casa de todo sionista. (Líder da Unidade de Mártires das Brigadas do Qassam).

 

Nós somos o grupo que mata, trucida, queima e pilha com a permissão de Deus. (Grupo Islâmico Armado - GIA).

 

O perfil psicológico de um terrorista nada tem a ver com o estereótipo de um psicopata. Aliás, não existe um perfil psicológico claro, pois terroristas não tem distúrbios mentais – são pessoas comuns, em geral jovens inseguros com forte desejo de afiliação a um grupo. Um psicopata não trabalha em equipe e não tem lealdade aos valores de seu grupo social; sua motivação é intrinsecamente egocêntrica. Já para um terrorista suicida, a motivação é altruística – o gesto de dar a vida pela causa do grupo a que pertence é valorizado na cultura dos homens-bomba. Em outras palavras, os terroristas estão convictos de que estão do lado do bem ao atacar o 'Grande Satã'. O Islamismo tem orientação pacifista e não respalda a violência, e a barbárie dos atentados só é passível de justificativa através de um processo de deformação feita por segmentos fanáticos, nos preceitos desta religião. (Marco Montarroyos Calegaro).

 

Vivemos sob o signo do 11 de Setembro. Vale a pena tentar entender o que aconteceu naquela manhã. A meta dos terroristas que conspiraram contra as torres gêmeas é restabelecer o califado, isto é, o império islâmico, uma autoridade máxima, política e religiosa, que materialize a unidade e a centralização do mundo muçulmano. (Demétrio Magnoli).

 

Se o terrorismo for a manipulação de condutas mediante a difusão de ameaças de uma violência ou um dano ilegítimo, o terrorismo é uma operação mediática... A primeira operação do terrorismo mediático é a culpabilização da vítima. A grande potência terrorista acusa de terrorista o pequeno país invadido; o Estado terrorista classifica como terrorista o insurgente que lhe resiste; a transnacional saqueadora desestabiliza o Governo que não se lhe submete. (Luis Britto García).

 

... A maior arma para combater o terrorismo é o desarmamento de espíritos... (Luís Nassif).

 

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Notas:

1. Holodomor ou Golodomor (termo utilizado pela primeira vez pelo escritor Oleksa Musienko em um relatório apresentado à União dos Escritores Ucranianos de Kiev, em 1988) é o nome atribuído à fome de caráter genocida, que devastou principalmente o território da República Socialista Soviética da Ucrânia (integrada na URSS), durante os anos de 1932 – 1933. Este acontecimento, também conhecido por Grande Fome da Ucrânia, representou um dos mais trágicos capítulos da História da Ucrânia, devido ao enorme custo em vidas humanas. Apesar de esta fome ter igualmente afetado outras regiões da URSS, o termo Holodomor é aplicado especificamente aos fatos ocorridos nos territórios com população de etnia ucraniana: a Ucrânia e a região de Kuban, no Cáucaso do Norte. Como tal, é por vezes designado de Genocídio Ucraniano ou Holocausto Ucraniano, significando que essa tragédia seria resultante de uma ação deliberada de extermínio, desencadeada pelo regime soviético, visando especificamente o povo ucraniano, enquanto entidade sócio-étnica.

2. Baruch Goldstein, nascido com o nome Benjamin Carl Goldstein, (1957 – 1994) foi um médico e nacionalista judeu militante do grupo Kahane Kach responsável pelo assassinato de 29 muçulmanos que rezavam na Caverna dos Patriarcas em Hebron em 1994. No dia 24 de Fevereiro de 1994, Goldstein dirigiu-se ao santuário no Túmulo dos Patriarcas, em Hebrom. O santuário situa-se acima da Cova de Macpela, local onde, de acordo com a tradição, se encontram sepultados Abraão, Sara e Isaque, e que é venerado por judeus, cristãos e muçulmanos. O santuário possui áreas distintas reservadas a judeus e a muçulmanos (para estes trata-se da Mesquita de Ibrahim). Goldstein dirigiu-se ao lado dos judeus, onde se realizava uma leitura do rolo de Ester, dado que no dia seguinte se celebraria a festa de Purim (feriado judaico que comemora a salvação dos judeus persas do plano de Hamã, para exterminá-los, no antigo Império Persa tal como está escrito no Livro de Ester, um dos livros da Bíblia). No exterior, Goldstein ouviu um grupo de jovens árabes gritar pela morte dos judeus. Passadas umas horas e enraivecido com o que havia ouvido, entrou na Mesquita de Ibrahim vestido com uma farda do exército e disparou sobre os muçulmanos que oravam, matando 29 pessoas e ferindo 125. Quando a sua arma travou, Goldstein foi atacado pelos árabes com barras de ferro, acabando por falecer. Yasser Arafat (Cairo, 24 de agosto de 1929 – Clamart, 11 de novembro de 2004) reagiu ao massacre solicitando a retirada de todos os colonatos judeus da área de Hebrom e o desarmamento de todos os colonos residentes na Cisjordânia.

 

Fontes:

http://resistir.info/venezuela/
terrorismo_mediatico2.html

http://www1.folha.uol.com.br/
folha/livrariadafolha/ult10082u443535.shtml

http://www.cerebromente.org.br/
n14/opinion/terrorista.html

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Baruch_Goldstein

http://pt.wikipedia.org/wiki/Holodomor

http://pt.wikiquote.org/
wiki/Terrorismo

http://www.library.com.br/
Filosofia/terroris.htm


 

 

 

 

O terrorismo internacional

não poderá ser apaziguado

com invasões, bombas e canhões.

Combater o antinocional com arsenal

e dizimar o exaltado com soldado

sempre haverá de gerar retribuições.1

 

 

 

Por que sangue sobre sangue

e mortos sobre mortos?

Por que gastar zilhões de tostões

Por que tantos comportamentos tortos

se todos nós somos irmãos?

 

 

O passado mais do que nos ensinou,

mas esquecemos e não aprendemos.

E continuamos a esbanjar e a obliterar!

O passado mais do que demonstrou

que efetivamente compensaremos

cada grão que decidirmos destroçar!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Nota:

1. Retribuições educativas e aflitivas.

 

Fundo musical:

Ai Wa Energy

Fonte:

http://br.geocities.com/mimifantasy01/midi.htm