TERRORISMO
O melhor
meio de os Estados Unidos combaterem o terrorismo é deixarem
de ser um dos principais terroristas do mundo.
(Noam Chomsky).
O conflito
palestino-israelense terminou desde o momento em que Israel aceitou
o estabelecimento de um Estado palestino. O que existe agora é
um conflito entre o terrorismo e o antiterrorismo.
(Shimon Perez).
Neste
ano,
assinala-se o septuagésimo
aniversário do Holodomor,1
o genocídio de 1932-33, quando os Soviéticos mataram
10 milhões de Ucranianos... O terrorismo de Estado soviético
matou mais de 8 milhões de ucranianos, na sua tentativa para
eliminar definitivamente a identidade nacional ucraniana.
(Jack
Palance).
Não
pratique o terrorismo; pratique a organização. Não
queime as crianças; dê a elas uma chance de aprender.
A verdadeira resposta para o racismo é a educação.
Não traumatizando e matando. Esteja pronto. Seja qualificado.
Seja alguém. Mereça algo. Isto é 'black power'
(poder
negro)! (James Brown).
Entre
os horrores de um final de século apocalíptico –
que incluem a corrupção moral generalizada e a indiferença
diante da pobreza absoluta – surge da sombra o terrorismo
para mostrar ao mundo o lado mais cruel do homem. (Luis
Carlos Lisboa).
Esses
assassinos cegos consideram-se santos, heróis, pessoas sacrificadas,
que hoje provocam a desgraça com o objetivo de preparar a
felicidade do amanhã. (Gilles
Lapouge).
Por
qual aberração, sob o peso de qual fatalidade, as
religiões do amor se transformam nesse formidável
instrumento de assassinato, de negação do outro, de
desprezo e de ódio? (Gilles
Lapouge).
Em
uma só rodada, um suicida explode um ônibus em Tel-Aviv;
um trem vai pelos ares em Paris; um carro-bomba mata perto de Argel;
vírus de antraz foram espalhados pelas ruas de Tóquio;
no Peru uma mina detona sob um caminhão; na Índia
é uma motocicleta carregada de explosivos; na Colômbia
um ataque à dinamite... O contágio é universal.
Diferenças entre chechenos e russos são resolvidas
em um país báltico. A virtual guerra civil argelina
traslada-se para Paris. Um desequilibrado de Michigan mata em Oklahoma
para se vingar de algo ocorrido no Texas. O ódio anti-semita
explode em Buenos Aires. O vingativo fundamentalismo egípcio
faz ninho onde Paraguai, Argentina e Brasil confluem...
(Editorial jornalístico).
Da
Argentina à Espanha, dos Estados Unidos ao Japão,
nenhum país pode considerar-se a salvo desse inimigo [o
terrorismo] que se move
nas sombras, escolhe suas vítimas ao acaso e já está,
na avaliação de especialistas, na iminência
de ter acesso aos recursos da energia nuclear, com seu poder apocalíptico
de destruição.
(Editorial jornalístico).
Aqueles
que não se engajam na violência em nome da doutrina
não são fiéis e não representam a doutrina,
são criminosos que devem ser punidos. (Dirigente
religioso egípcio).
Não
aceitamos pêsames, e, sim, congratulações. (Cartaz
colocado pela família de um terrorista suicida na entrada
da sua casa para recepcionar as pessoas que foram oferecer condolências).
A
violência de judeus contra não-judeus é sagrada…
(Palavras
de um rabino ultra-ortodoxo, assassinado em 1990, em Nova York,
que costumava ensinar a seus alunos).
Em
fevereiro de 1994, o extremista judeu Baruch2
Goldstein entrou em uma mesquita da cidade de Hebrom, onde uma multidão
de fiéis árabes estava reunida para a oração
da sexta-feira, e disparou diversas rajadas de fuzil, matando 29
pessoas e deixando 125 feridas, antes de ser morto pelos sobreviventes.
No túmulo desse terrorista sanguinário está
escrito: O santo Dr. Baruch
Goldstein, morto quando santificava o nome de Deus.
Os
‘ultras’ judeus e os ‘ultras’ muçulmanos
celebrando com a mesma alegria o trágico acontecimento...
Os loucos de Jeová revelando-se aliados objetivos dos loucos
de Alah, já que uns e outros se opõem violentamente
a uma paz de compromisso e desejam perpetuar uma guerra que chamam
de ‘santa’, convencidos de que ela é comandada
de fato pelo Criador. (Issa
Goraieb).
Em
nome e com a bênção de Deus, a Unidade de Mártires
das Brigadas do Qassam para libertação de prisioneiros
declara sua responsabilidade pela operação de martírio
em Jerusalém.
(Comunicado expedido pela organização extremista Hamas
depois um atentado suicida duplo em um mercado de Jerusalém).
Pelo
mérito de nossa guerra santa e dos combatentes sagrados em
nossas fileiras, levaremos tristeza e horror ao coração
e à casa de todo sionista. (Líder
da Unidade
de Mártires das Brigadas do Qassam).
Nós
somos o grupo que mata, trucida, queima e pilha com a permissão
de Deus.
(Grupo Islâmico Armado - GIA).
O
perfil psicológico de um terrorista nada tem a ver com o
estereótipo de um psicopata. Aliás, não existe
um perfil psicológico claro, pois terroristas não
tem distúrbios mentais – são pessoas comuns,
em geral jovens inseguros com forte desejo de afiliação
a um grupo. Um psicopata não trabalha em equipe e não
tem lealdade aos valores de seu grupo social; sua motivação
é intrinsecamente egocêntrica. Já para um terrorista
suicida, a motivação é altruística –
o gesto de dar a vida pela causa do grupo a que pertence é
valorizado na cultura dos homens-bomba. Em outras palavras, os terroristas
estão convictos de que estão do lado do bem ao atacar
o 'Grande Satã'. O Islamismo tem orientação
pacifista e não respalda a violência, e a barbárie
dos atentados só é passível de justificativa
através de um processo de deformação feita
por segmentos fanáticos, nos preceitos desta religião.
(Marco
Montarroyos Calegaro).
Vivemos
sob o signo do 11 de Setembro. Vale a pena tentar entender o que
aconteceu naquela manhã. A meta dos terroristas que conspiraram
contra as torres gêmeas é restabelecer o califado,
isto é, o império islâmico, uma autoridade máxima,
política e religiosa, que materialize a unidade e a centralização
do mundo muçulmano.
(Demétrio Magnoli).
Se
o terrorismo for a manipulação de condutas mediante
a difusão de ameaças de uma violência ou um
dano ilegítimo, o terrorismo é uma operação
mediática... A primeira operação do terrorismo
mediático é a culpabilização da vítima.
A grande potência terrorista acusa de terrorista o pequeno
país invadido; o Estado terrorista classifica como terrorista
o insurgente que lhe resiste; a transnacional saqueadora desestabiliza
o Governo que não se lhe submete.
(Luis Britto García).
...
A maior arma para combater
o terrorismo é o desarmamento de espíritos... (Luís
Nassif).
______
Notas:
1.
Holodomor ou Golodomor (termo utilizado pela primeira vez pelo escritor
Oleksa Musienko em um relatório apresentado à União
dos Escritores Ucranianos de Kiev, em 1988) é o nome atribuído
à fome de caráter genocida, que devastou principalmente
o território da República Socialista Soviética
da Ucrânia (integrada na URSS), durante os anos de 1932 –
1933. Este acontecimento, também conhecido por Grande
Fome da Ucrânia, representou um dos mais trágicos
capítulos da História da Ucrânia, devido ao
enorme custo em vidas humanas. Apesar de esta fome ter igualmente
afetado outras regiões da URSS, o termo Holodomor é
aplicado especificamente aos fatos ocorridos nos territórios
com população de etnia ucraniana: a Ucrânia
e a região de Kuban, no Cáucaso do Norte. Como tal,
é por vezes designado de Genocídio Ucraniano
ou Holocausto Ucraniano, significando que essa tragédia
seria resultante de uma ação deliberada de extermínio,
desencadeada pelo regime soviético, visando especificamente
o povo ucraniano, enquanto entidade sócio-étnica.
2.
Baruch Goldstein, nascido com o nome Benjamin Carl Goldstein, (1957
– 1994) foi um médico e nacionalista judeu militante
do grupo Kahane Kach responsável pelo assassinato
de 29 muçulmanos que rezavam na Caverna dos Patriarcas em
Hebron em 1994. No dia 24 de Fevereiro de 1994, Goldstein dirigiu-se
ao santuário no Túmulo dos Patriarcas, em Hebrom.
O santuário situa-se acima da Cova de Macpela, local onde,
de acordo com a tradição, se encontram sepultados
Abraão, Sara e Isaque, e que é venerado por judeus,
cristãos e muçulmanos. O santuário possui áreas
distintas reservadas a judeus e a muçulmanos (para estes
trata-se da Mesquita de Ibrahim). Goldstein dirigiu-se ao lado dos
judeus, onde se realizava uma leitura do rolo de Ester, dado que
no dia seguinte se celebraria a festa de Purim (feriado judaico
que comemora a salvação dos judeus persas do plano
de Hamã, para exterminá-los, no antigo Império
Persa tal como está escrito no Livro de Ester, um
dos livros da Bíblia). No exterior, Goldstein ouviu
um grupo de jovens árabes gritar pela morte dos judeus. Passadas
umas horas e enraivecido com o que havia ouvido, entrou na Mesquita
de Ibrahim vestido com uma farda do exército e disparou sobre
os muçulmanos que oravam, matando 29 pessoas e ferindo 125.
Quando a sua arma travou, Goldstein foi atacado pelos árabes
com barras de ferro, acabando por falecer. Yasser Arafat (Cairo,
24 de agosto de 1929 – Clamart, 11 de novembro de 2004) reagiu
ao massacre solicitando a retirada de todos os colonatos judeus
da área de Hebrom e o desarmamento de todos os colonos residentes
na Cisjordânia.
Fontes:
http://resistir.info/venezuela/
terrorismo_mediatico2.html
http://www1.folha.uol.com.br/
folha/livrariadafolha/ult10082u443535.shtml
http://www.cerebromente.org.br/
n14/opinion/terrorista.html
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Baruch_Goldstein
http://pt.wikipedia.org/wiki/Holodomor
http://pt.wikiquote.org/
wiki/Terrorismo
http://www.library.com.br/
Filosofia/terroris.htm