TEMPOS ESTRANHOS1
(Muito Estranhos)
Rodolfo Domenico Pizzinga
Imagem
de vírions de SARS-CoV-2 obtida
por microscópio eletrônico de varredura
(Vírion: partícula viral completa, ou seja,
infecciosa)
Partículas
de SARS-CoV-2 (em amarelo) emergindo de
uma célula humana. Imagem obtida por microscópio
eletrônico de varredura com coloração digital.
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de
Coronavirus Disease 2019.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de SARS-CoV-2.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de afronta e desprezo
pela Ciência.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de desafeição,
desamor, desapreço,
descaso, desconsideração, desdém,
desestima, desinteresse, desrespeito,
desvalorização, frieza, indiferença,
menosprezo, pouco-caso e repulsão
pelo tão sofrido povão brasileiro.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de total desrespeito à .
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de aversão e birra com a .
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de karma
coletivo duríssimo.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de se correr o bicho
pega,
se ficar o bicho come.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de se correr o tsunami apocopa,
se ficar o tsunami mata.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de cobra-d'água de galocha,
capa e chapéu-de-chuva.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de aranha-fedida de sarongue
passeando na Praia de Copacabana.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de onça-pintada despintada.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de vampiro de dieta.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de tamanduá-bandeira desbandeirado.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de boi-bumbá sem bumbá.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de crocodilídeo virando bolsa.
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de feijoada completa
só estar completa
com ambulância de plantão.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de índio recusar o apito de mulher de branco,
e preferir mesmo o colar.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de a Chiquita Bacana,
lá da Martinica,
se vestir com uma
casca de banana-nanica.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de o Baltazar da Rocha lamentar e chorar
por não poder morrer como a Cleópatra: de picadura.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de o Brasilino Roxo dizer:
no Brasil não
há corrupção;
só se for na França.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de a Dona Bela passar 24 horas só pensando naquilo,
e dizer que são os outros que pensam.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de o seu Aldemar Vigário jurar
que Jesus nasceu em Belém... Do Pará.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de o seu Rui Barbosa Sá Silva explicar
que só se entaramela quando fala.
(Confira:
https://www.youtube.com/watch?v=ii0xDGGNTzc
https://www.youtube.com/watch?v=AL2YEeP2vPU
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de o Sandoval Quaresma dizer
que os Três Mosqueteiros (que eram quatro)
só comiam repolho com cerveja,
e, por isto, criaram o famoso lema:
Pum por todos! Todos
por pum!
Lema
Mosqueteirense em Francês:
Pet
vraie meurtrière pour tous!
Tous pour pet vraie meurtrière!
(Pet
vraie meurtrière =
Verdadeiro peido assassino)
Tempos
estranhos, muito estranhos,
em que a famosa economista Maria da Recessão Colares
afirma que o que interessa não interessa,
e que o que não interessa interessa.
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de o Rolando Lero enrol(and)ar o Prof. Raimundo
e captar tudo às avessas.
Rogério Cardoso Furtado – Rolando Lero
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de haver coisas
no ar,
além dos aviões de carreira.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de padre soltar uma ventosidade no elevador
e tossir pra disfarçar.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de segundas, terceiras, quartas, décimas,
vigésimas, trigésimas e enésimas intenções.
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de cretinos vencerem
os beócios.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de onde menos se
espera,
daí é que não sai nada.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de dar de presente um pente para o Kojak.
Telly Savalas
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de deixar como tá
pra ver como é que fica.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de não ter
idéias para mudar
o imbróglio no cerebrogânglio.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de ora fudelhufas de cagahouse,
ora fudehouse de cagalhufas.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de ora fudevu de cassarolê,
ora cassarolê de fudevu.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de ora no cu-da-perua,
ora no cu-do-conde.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de ora no cu-da-mãe-joana,
ora na mãe-joana-sem-cu.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de canetadas anti-republicanas.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de quem manda aqui sou eu.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de cardeal-do-banhado mandar em marechal.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de continência hipotética.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de silêncio acumpliciado.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de conivências dissimuladas.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de um manda, o outro
obedece.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de o tal do Queiroga
tentar explicar o inexplicável,
tentar defender o indefensável,
tentar justificar o injustificável,
tentar dissimular o indissimulável,
de tentar blindar o imblindável,
de
tentar queirogar
o inqueirogável.
Zé Gotinha
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de brotar aos
borbotões.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de desencontros e imprevistos.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de repetecos pecos, furrecos e rabissecos.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de relambóias, carambolas e tranquibérnias.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de maneta ser flagrado
com as calças na mão.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de perneta ser flagrado
dançando um tango argentino.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de cegueta ser flagrado
paquerando a perereca da vizinha.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de lingüinha ser flagrado
discursando contra a Democracia.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de 500.000 mortos.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de UTIs superlotadas.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de hospitais colapsados.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de médicos extenuados.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de enfermeiros esfrangalhados.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de medicamentos esgotados.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de vacinas pra lá de insuficientes.
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de esperanças destroçadas.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de corações despedaçados.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de choros engasgados.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de desesperos entalados.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de desânimos atormentados.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de tristezas desapaziguadas.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de perdas irrecuperáveis.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de perguntas sem respostas.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de porquês sem por quê.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de qual o quê sem qual nem quê.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
onde
tudo é possível,
mesmo sendo antimoral, aético,
anti-republicano
e contrário ao Estado Democrático de Direito.
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de defesa da imunidade
de rebanho.
Tempos
estranhos, muito estranhos,
da mentira orquestrada do negacionismo.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
da piração variada do antivacinismo.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
da irresponsabilidade alucinada da flexibilização.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
da criminalidade alienada de não usar máscara.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
da medievalidade tresloucada do anticomunismo.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
da prenoção aloprada do homofobismo.2
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de panegíricos
exaltados e arrebatados
em favor do tratamento precoce.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de quem é
de direita toma Cloroquina,
quem é de esquerda toma Tubaína.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de maisquerer Cloroquina do que uma vacina.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
em que se nota a
perda de parâmetros,
de reumâmetros, de diâmetros e de tetrâmetros.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
em que se nota o
abandono de princípios,
de mancípios,
de municípios e de particípios.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
em que esta PanCOVIDmia
ora é chamada de gripezinha,
ora é chamada
de
resfriadinho.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
em que doentes morrem
por falta de Oxigênio.
Ora, isto não acontece
nem em filme de horror!
Oxigênio
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de protestos contra o Congresso.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de protestos contra o Supremo.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de protestos contra a imprensa.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de protestos contra os protestos.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
nos quais esta crise interminável
parece ser desejável e indispensável.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de tentativa de
mordaça das idéias.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
com a inversão
de papéis
e a usurpação de funções institucionais.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de passar a boiada
pela porteira arrombada,
e que se dane everybody
macacada.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de incriminar
os inimputáveis.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de, com cara de
santo de pau oco,
mentir descaradamente.
São Zé de Pau Oco
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de cagar e andar
para o povão.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de corrupção
desenfreada na saúde.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de gabinete do
ódio.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de gabinete paralelo.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
em que o cenário
político nacional
é de um ambiente conflituoso.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
porque os deputados
são invioláveis penal e civilmente
no exercício de suas funções
e por palavras, opiniões e votos.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de foro por prerrogativa de função,
(também conhecida como foro especial ou privilegiado).
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de .
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de caveiras indiscretas, maldizentes e linguarudas.
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de constante mudança
de entendimento
sobre as nossas leis.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de
inversão de prioridades
e de
abuso de autoridade e de poder.
— Você
pegou COVID porque quis. Eu não mandei você tomar
(RS)-N'-(7-chloroquinolin-4-yl)-N,N-diethyl-pentane-1,4-diamine?
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de Corte no Bolsa
Família no nordeste.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de mentiras sesquipedais,
vergonhosas e infames
na CPI da COVID-19.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de blindagens impudentes, sórdidas e inadmissíveis
na CPI da COVID-19.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
em que o bravo e generoso povão brasileiro
é tratado como precário debilóide.
Ego Debìlis
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de liberação
da realização
de cultos e de missas,
no pior momento da PanCOVIDmia no País.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de milhares serem contra a vacinação.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de milhares não
se vacinarem.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de milhares não tomarem
a 2ª dose
da vacina.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de sei lá
quantos
furarem a fila para se vacinar.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de profissionais
da saúde
vacinarem as pessoas com peido de dragão.
Sim,
para todos, vacina de vacina, sim;
não, vacina de peido de dragão, não.
Tempos
estranhos, muito estranhos,
em que o dito passa
por não dito,
o não dito passa por
dito,
o que não deve ser dito é dito,
o
que deve ser dito não é dito.
Tempos
estranhos, muito estranhos,
em que o certo passa
por errado,
o errado passa por
certo,
o errado é colorizado,
o certo é encoberto.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de conflitos de
interesses
e de interesse por conflitos.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de inexistência de um
plano definido e concertado para o Brasil.
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de fomentação
de uma ditadura
com roupagem aparentemente democrática.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de proposituras nulas, chulas e esdrúxulas.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de uma cruzada ideológica
de direita,
como se a esquerda fosse a rainha dos demônios.
Rainha dos Demônios
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de discussões
medíocres sobre
as aptidões sexuais dos anjos.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de tentativa de
anulação da oposição.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de culto escandaloso
à personalidade.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de fixação exótica de salvator
patriæ.
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de propostas rocambolescas,
aventurescas, barbarescas e dantescas.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de tutela indesejável,
dependência insultuosa e sujeição vexatória.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de coveiro sem
ser coveiro.
Tempos estranhos, muito
estranhos...
— E daí?
Proibiram que eu te amasse,
proibiram que eu te visse,
proibiram que eu saísse
e perguntasse a alguém por ti!
E
daí? E
daí?
Quem pode parar um Coração?
Quem pode parar a Ascensão?
Quem pode parar a Compreensão?
Quem pode parar a Libertação?
Quem pode parar a Unificação?
Quem pode
parar a Divinização?
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de total desrespeito
à Amazônia.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de total desrespeito ao Pantanal.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de total desrespeito
à vida.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de total desrespeito
ao outro.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de total desrespeito
ao sofrimento.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de total desrespeito
à morte.
Tempos
estranhos, muito estranhos,
de ameaçar por prazer de ameaçar.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de amedrontar por prazer de amedrontar.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de intimidar por prazer de intimidar.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de aterrorizar por prazer de aterrorizar.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de tentar fazer
limonada sem limão.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de tentar fazer marmelada de banana.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de tentar fazer bananada de goiaba.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
de tentar fazer goiabada de Solanum
gilo.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
e o Brasil continua
sangrando.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
geradores de grande
perplexidade nacional.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
jamais visto na história do Brasil,
de aviltamento, humilhação e vexame internacionais.
Tempos estranhos, muito
estranhos,
que reclamam um
freio de arrumação,
para repor as coisas nos
seus devidos lugares,
cada sagüi no seu galho e cada qual no seu quadrado.
Tempos estranhos, muito estranhos...
Quousque tandem dinossauro-bico-de-pato?
Cuidado para não perder o bico!
Cuidado para não virar pato!
Cada qual no seu quadrado!
Por tudo isto
e pelo que não sei ou não me lembrei
– que horroriza, degrada e compromete a todos nós –
invoco a Força Bendita dos Poderes Espirituais Superiores
e requesto para todo o povão brasileiro sofrido:
misericórdia,
proteção,
ajuda,
vacina(s) contra a COVID-19,
mudança de rumo,
desprendimento,
dignidade,
fraternidade,
solidariedade
compreensão
e libertação.
Que esta Noite Negra
se transmute em Aurora,
e que o Dia Aurorado
seja Abençoado para sempre.
Esta feito. Está selado.
_____
Nota:
1. O Ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mendes de Farias Mello, que se aposentará em 12 de julho de 2.021, por completar 75 anos, que é conhecido por usar a expressão tempos estranhos, para se referir a casos de tensão na vida nacional, disse recentemente que o momento atual é estranho em todas as áreas.
Digno Ministro Senhor Marco Aurélio Mello
2. O homofobismo é um “ismo”, isto é, uma ideologia. Aliás, homofobia (que transcende a hostilidade e a violência contra os LGBTQIA+, e se associa a pensamentos e estruturas hierarquizantes relativas a padrões relacionais e identitários de gênero, a um só tempo sexistas e heteronormativos) sempre foi um conceito político-ideológico disfarçado: nunca existiu uma definição de homofobia. Ao não se definir homofobia, se manteve o conceito aberto para evoluções ideológicas que se adaptassem ao “progresso da opinião pública”.
O homofobismo já não é a constatação de um comportamento hostil e agressivo em relação aos gays; antes, passou a ser o juízo do próprio pensamento das pessoas. Como é impossível saber o que alguém pensa em relação ao comportamento dos gays, o homofobismo presume que sabe o que esse alguém pensa. Já estamos no domínio da Inquisição, da STASI ou da KGB.
Segundo se diz, o homofobismo é “um conjunto de emoções negativas”, como por exemplo, “desconforto” em relação a pessoas que têm um determinado comportamento.
Mas, quem decide se esta sensação de desconforto existe ou não não somos nós: existe um procedimento exógeno e alheio à nossa vontade que julga as nossas próprias emoções, em função de uma eventual recusa nossa em relação a um comportamento social que exige um certo mimetismo. Ou seja: “se não amochas, és homófobo”.
A pergunta é esta: vale a pena lidar com o homofobismo de forma racional? Apresentar argumentos racionais que demonstrem a monstruosidade, em termos humanos, que ele está a exigir da sociedade? Fazer ver que as outras pessoas também têm direito à liberdade? Vale a pena?
A resposta é não. Não vale a pena, assim como não vale a pena demonstrar racionalmente a um comunista que o Marxismo não é científico porque não é refutável. Paradoxalmente, a transformação do conceito de homofobia em homofobismo, passou a justificar o exercício da violência sobre os membros do lóbi político homofascista, uma vez que qualquer possibilidade de diálogo racional passa a ser impossível.
Esotericamente, tanto a homofobia quanto o homofobismo são separatividades ou formas medonhas de tentativa de exclusão, e, enquanto houver qualquer forma de separatividade na Terra, a Humanidade não poderá encontrar o Caminho da Compreensão, que conduz à Libertação. Não há nada mais dantesco do que a Grande Heresia da Separatividade, seja em termos de homofobia/homofobismo, seja em termos do que quer que seja.
Nota editada da fonte:
https://espectivas.wordpress.com/2012/05/31/a-
evolucao-da-homofobia-para-o-homofobismo/
Música de fundo:
Homem Com H
Composição: Antônio Barros
Interpretação:Ney MatogrossoFonte:
https://www.youtube.com/watch?v=7cSIkRKy4NQ&t=27s
Páginas da Internet consultadas:
https://espectivas.wordpress.com/2012/05/31/a-
evolucao-da-homofobia-para-o-homofobismo/https://tenor.com/view/skull-gif-5239236
https://www.publicdomainpictures.net/en/
https://www.charlesclinkard.co.uk
http://www.clker.com/clipart-bota-charra.html
https://lessonpix.com/pictures/143955/Oxygen
https://br.pinterest.com/pin/840906561654271549/
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vivemos-tempos-muito-estranhos-no-brasil/https://www.metrofmjuina.com.br
https://www.oliberal.com/colunas/linomar-bahia/
recortes-destes-tempos-estranhos-1.320890https://www.gazetadopovo.com.br
https://talesfaria.blogosfera.uol.com.br/
https://www.conjur.com.br/dl/discurso-
marco-aurelio-mello-durante.pdfhttps://jornaldebrasilia.com.br
https://pt.wikipedia.org/wiki/COVID-19
https://www1.folha.uol.com.br/
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