O TEMPO PERMANECE

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

A Terra estremece...

O Tempo1 permanece...

Nosso Sol2 envelhece...

O homem se esquece...

 

Pede em vez de fazer,

gela em vez de arder,

junta em vez de varrer,

morre em vez de Viver.

 

E os Deuses, silentes

– porém, sempre presentes –

choram na escuridão!

 

No Átomo-semente,

contudo, adimplente,

 

 

 

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Notas:

1. ... que não é tempo!

2. O Sol formou-se há cerca de 4,57 bilhões de anos atrás quando uma nuvem molecular entrou em colapso. O Sol está aproximadamente na metade da seqüência principal, período no qual, por fusão nuclear, hidrogênio se converte em Hélio.

 

 

 

O Deutério (representado por 2H) é um dos isótopos (isótopos são átomos de um elemento químico cujos núcleos têm o mesmo número atômico, ou seja, contêm o mesmo número de prótons) estáveis do hidrogênio. O núcleo atômico do Deutério é formado por 1 próton e 1 nêutron.

O Trítio (representado por 3H), também conhecido como Trício (do latim Tritium), é o terceiro isótopo (radioativo) do Hidrogênio, e é o menos abundante. O núcleo atômico do Trítio é formado por 1 próton e 2 nêutrons.

Hoje, são conhecidos os seguintes isótopos do Hidrogênio: 1H, 2H, 3H, 4H (sintético), 5H (sintético), 6H (sintético) e 7H (sintético).

Seguindo. No Sol, a cada segundo, mais de 4 milhões de toneladas de matéria são convertidas em energia dentro do centro solar, produzindo neutrinos e radiação solar. Nesta velocidade, o Sol converteu cerca de 100 massas terrestres de massa em energia, desde sua formação até o presente. O Sol ficará na seqüência principal por cerca de 10 bilhões de anos. Em cerca de 5 bilhões de anos, o hidrogênio no núcleo solar esgotará. Quando isto ocorrer, o Sol entrará em contração devido à sua própria gravidade, elevando a temperatura do núcleo solar até 100 milhões de graus kelvins, suficiente para iniciar a fusão nuclear de núcleos de Hélio (partículas alfa), produzindo Carbono, entrando na fase do ramo gigante assimptótico.

 

 

 

O destino da Terra é precário. Como uma gigante vermelha, o Sol terá um raio máximo maior de 250 UA (unidade astronômica = 149.597.870 km), maior do que a órbita atual da Terra. Contudo, quando o Sol se tornar uma gigante vermelha, a estrela terá perdido cerca de 30% de sua massa atual, devido à massa perdida no vento solar, com os planetas se afastando gradualmente do Sol, à medida que o Sol perde massa. Este fator, por si mesmo, provavelmente, seria o suficiente para permitir que a Terra não fosse engolida pelo Sol, visto que a Terra se afastaria o suficiente da estrela, mas pesquisas recentes mostram que a Terra será engolida pelo Sol devido à forças de maré. Mesmo que a Terra não seja incinerada pelo Sol, a água do Planeta evaporará, e a maior parte de sua atmosfera escapará para o espaço. De fato, o Sol gradualmente torna-se mais brilhante com o passar do tempo, mesmo na seqüência principal (10% a cada 1.000.000.000 anos), com sua temperatura de superfície gradualmente aumentando com o tempo. No passado, o Sol foi menos brilhante, sendo que no início possuía 75% da luminosidade atual, uma possível razão pela qual a vida na Terra somente passou a existir nos últimos 1.000.000.000 anos. Em outros 1.000.000.000 anos, o aumento da temperatura fará com que a superfície da Terra se torne quente demais para possibilitar a existência de água líquida, e, portanto, impossibilitará que haja vida na Terra, pelo menos em sua forma atual. A fusão de Hélio sustentará o Sol por cerca de 100 milhões de anos, quando, então, o Hélio, no núcleo solar, esgotará. O Sol não possui massa suficiente para converter Carbono em Oxigênio, e, assim, não explodirá como uma supernova. Ao invés disso, após o término da fusão de Hélio, intensas pulsações térmicas farão com que o Sol ejete suas camadas exteriores, formando uma nebulosa planetária. O único objeto que permanecerá após a ejeção será o extremamente quente núcleo solar, que resfriará gradualmente, permanecendo como uma anã branca com metade da massa atual (com o diâmetro da Terra) por bilhões de anos. Este cenário de evolução estelar é típico de estrelas de massas moderada e baixa.

Tudo bem. Para que isto aconteça, se acontecer da forma como prevê a ciência, zilhões de anos ainda haverão de passar. Entretanto, não esqueçamos: zilhões de anos, no Tempo que não é tempo, escoam mais rápido do que um piscar de olhos de um gato! Deixar para amanhã poderá não dar tempo. O amanhã é hoje!

 

 

 

 

 

 

Nota elaborada a partir das fontes:

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Hidrog%C3%A9nio

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Deut%C3%A9rio

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Tr%C3%ADtio

http://www.webweaver.nu/
clipart/eyes-cats.shtml

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Processo_triplo-alfa

http://en.wikipedia.org/
wiki/Nuclear_fusion

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Unidade_astron%C3%B4mica

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Sol#Poss.C3.ADvel_ciclo_a_longo_termo

 

Música de fundo:

Cycles
Compositora: Gayle Caldwell
Interpretação: Frank Sinatra

Fonte:

http://www.4shared.com/get/eljRgIZA/
Frank_Sinatra_-_Cycles.html