Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

  quero. Será assim.

Não aceito um não; só sim.

Não admito um só pretexto.

Eu defino qual é contexto.

 

Dane-se quem não gostar

e se a plebe tiver de sangrar.

Eu sou o Estado2; sou a lei.

Afinal, sou ou não sou o rei?

 

Ao rei tudo, inclusive a honra.

O que importa uma desonra

para dar satisfação ao seu rei?

 

Cumpra já minha vontade;

dela depende sua liberdade.

Se não for acatada, matarei.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Ao rei tudo, menos a honra, sentença atribuída a Pedro Calderón de La Barca (17 de janeiro de 1600 – 25 de maio de 1681) e repetida diversas vezes no Congresso Nacional, como, por exemplo, em 1968, pelo deputado Djalma Marinho, líder do Governo da Revolução, ao se manifestar contra o pedido de cassação do também deputado Márcio Moreira Alves.

Em 13 de fevereiro 2007, O Correio de Sergipe publicou a matéria Tirem o Ruy de Lá (vale a pena conferir). Em um dos parágrafos desse texto está escrito: Na Comissão de Constituição e Justiça há uma estatueta de Ruy Barbosa, de pé, ao lado da mesa. Em 1968, quando o Governo e a Arena destituíram Djalma Marinho da presidência e todos os seus representantes na Comissão, a fim de aprovar a licença para processar Márcio Moreira Alves, Djalma Marinho virou de costas a estátua de Ruy e explicou: — É para ele não ficar com vergonha de tudo isso.

2. L’État, c’est moi. (citação apócrifa atribuída a Louis XIV).

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.correiodesergipe.com/
lernoticia.php?noticia=21029

http://ext02.tst.gov.br/pls/no01/no_
noticias.Exibe_Noticia?p_cod_noticia
=2036&p_cod_area_noticia=ASCS

 

Música de fundo:

Rei Leão

Fonte:

http://www.coraldelchiaro.com.br/
midis_casamentos.htm