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Notas:
1. Robert
Fludd (1574 – 1637).
2. Alegoricamente
e segundo a KaBaLa, Adão teve duas esposas: Lilith e Eva.
Eva, como é propalado na tradição mitológica
judaico-cristã, foi feita a partir de uma costela de Adão;
porém Lilith foi gerada da mesma argila com que Deus fez Adão.
Por orgulho e por luxúria, Lilith cansou-se de sempre ficar por baixo
de Adão durante os atos sexuais, e, por este motivo, foi se queixar
com Deus: Fomos criados iguais e devemos fazê-lo em posições
iguais. Como Deus não atendeu às suas reivindicações,
Lilith foi embora do Paraíso, aliando-se aos inimigos do Eterno,
passando a representar todos os desejos inferiores, ocultos e nefastos que
existem em nosso infraconsciente – a Lua Negra. Perdida no mundo,
Lilith terminou se transformando em um demônio perverso que assola
e vampiriza todos os seres humanos que tentam viver o Amor. A partir desta
narração alegórica e ao mesmo tempo ocultista, Lilith
passou a ser apontada como a mãe dos demônios e de todas as
perversidades sexuais, além de ser considerada uma traidora por se
aliar aos anjos caídos. No âmbito da Filosofia Gnóstica,
o inferno da Terra é regido por dois demônios: Lilith e Nahemah.
Nahemah rege as duas primeiras Esferas ou Círculos Dantescos, onde
vibra uma classe de infra-sexualidade ligada ao adultério, às
paixões, à bigamia, à fornicação etc.
Lilith dirige as outras Sete Esferas infernais, onde reina a sexualidade
mais depravada que se possa imaginar. Entretanto, a figura de Lilith, na
antiga Babilônia, era venerada sob os nomes de Lilitu, Ishtar e Lamaschtu.
E Joëlle de Gravelaine afirma: Durante
meus anos de prática astrológica, tenho utilizado a Lua Negra
em todas as minhas análises de mapas natais, como complemento da
interpretação da Lua. Jamais pensei em ignorar esta influência.
A Lua Negra descreve nosso relacionamento com o Absoluto, com o sacrifício
como tal, e mostra-nos como abrimos mão de certas coisas. Em trânsito,
a Lua Negra indica-nos alguma forma de castração ou de frustração,
freqüentemente nos assuntos relacionados ao desejo – uma incapacidade
da psique ou uma inibição em geral. Por outro lado, também
indica nossas áreas de autoquestionamento, nossa vida, nossos trabalhos,
nossas crenças. Acho que isto é importante, pois nos dá
a oportunidade de abrir mão de algo. A Lua Negra mostra onde podemos
deixar que a Totalidade fale dentro de nós, sem atravessar um “eu”
pelo caminho, sem erigir um muro formado pelo nosso ego. Ao mesmo tempo,
ela não nos indica a passividade. Ao contrário, simboliza
a firme vontade de mantermo-nos abertos e confiantes, de deixar que o Mundo
Transcendental infiltre-se em nós, confiando inteiramente nas grandes
leis do Universo – naquilo que chamamos e entendemos como Deus. A
fim de nos preparar para essa abertura, a Lua Negra cria um vazio necessário.
A
Lua Negra percorre o Zodíaco cerca de 40º por ano.
Uma revolução completa demora 8 anos e 10 meses.
Nota
editada das fontes:
http://www.astro.com/astrology/in_lilith_p.htm
http://www.gnosisonline.org/
Magia_Cosmica/lilith_a_lua_negra.shtml
3. Christian
Bernard, 4º Imperator da Ordem
Rosacruz AMORC
para este Segundo Ciclo Iniciático, define a Noite Negra da Alma
da seguinte forma: Posso dizer
que, no plano individual, é um ciclo que corresponde a um questionamento
do ideal seguido até então. Conforme o caso, esse questionamento
pode ter origem em uma série de provações que atravessamos
ou em uma crise interior sem qualquer ligação com o mundo
objetivo. Também pode acontecer que, por razões puramente
psicológicas, o místico se sinta invadido por impulsos interiores
negativos que o levem brutalmente a rejeitar os valores em que acreditava.
(BERNARD, Christian. Assim Seja. Curitiba: AMORC, 1994, p. 93.).
Já o português lisboeta Fernando Martini Bulhões –
que primeiro vestiu o hábito branco dos Cônegos de Santo Agostinho
e depois e definitivamente o hábito marrom dos Franciscanos –
conhecido como Santo António de Pádua, em seus estudos e reflexões
filosóficas apresentou três estágios para o processo
ascensional da consciência: Conticinium
(Conticínio), Media Nox
(Meia-Noite) e Aurora
(Aurora).
4. Tenho
falado muito em LLuz, mas acho que nunca expliquei exatamente o
que entendo por LLuz, por achar que a grafia é
intuitivamente auto-explicativa. LLuz é e não é
Luz; mas, acima de tudo, é Santa Compreensão e Santa Liberdade.
Compreensão e Liberdade que jamais poderão ser conquistadas
ou alcançadas do lado de fora; tão-somente do lado
de dentro é que elas poderão ser sentidas e se manifestar.
E isto é LLuz! A grande questão em aberto é
o que é perfeita e rigorosamente o lado de dentro. Por exemplo,
uma projeção ao Sanctum Celestial é meio que uma projeção
para o lado de fora, mas é estritamente uma vivência
mística do lado de dentro! E um pensamento libidinoso, por
hipótese canal de uma masturbação, é uma espécie
de lado de dentro mental (astral), mas que não é
nada mais nada menos do que um lado de fora orgasmal.
Fundo
musical:
Minuet
String Quintet (Luigi Boccherini)
Fonte:
http://www.sabbatini.com/renato/sabbmus.htm