Conta
a lenda que uma certa mulher muito pobre, de TRINTA E SEIS ANOS DE IDADE,
com uma criança pela mão, ao passar diante de uma CAVERNA,
escutou uma voz misteriosa e melodiosa que lá de dentro lhe dizia:
— Sejam bem-vindos, tu e teu filho. Apanha
apenas o que julgares que necessitas para viver honesta e dignamente,
mas, não te esqueças do SUMO BEM! Lembra-te, também,
deste aviso: Depois que tu saíres, a grande porta de pedra se
fechará. E NÃO PODERÁ SER ABERTA OUTRA VEZ POR
108 ANOS. Portanto, aproveita mais esta oportunidade que te é
ofertada pelo Teu DEUS INTERIOR. Mas, não te esqueças
do SUMO BEM...
A
pobre mulher entrou rapidamente na CAVERNA e lá encontrou riquezas
extraordinárias que ultrapassavam o poder de sua imaginação
limitada.
Fascinada
pelo ouro, pelo dinheiro, pelas jóias, pelas pedras preciosas
e pelas pérolas, esqueceu-se das palavras pronunciadas pela voz
misteriosa e melodiosa, colocou a criança de lado e começou
a amontoar e a guardar ansiosamente tudo o que podia nos bolsos do seu
surrado e roto vestido.
Nem
se deu conta de que, ininterruptamente,
lá dentro reverberava um MANTRA encantador
e transmutativo.
AUM...
AUM... AUM... AUM... AUM...
AUM... |
Enquanto
a pobre mulher maltrapilha recolhia avidamente todos os tesouros que
estavam ao seu alcance, a voz enigmática e harmoniosa preveniu
brandamente:
—
Tu só tens OITO MINUTOS e já dissipaste QUATRO. Não
te esqueças do SUMO BEM!
Esgotados
os OITO MINUTOS, a desfavorecida mulher — abarrotada de ouro,
de dinheiro, de jóias, de pedras preciosas e de pérolas
— correu rapidamente para fora da CAVERNA. Então, a grande
porta de pedra começou a se fechar suavemente... O maravilhoso
som — arrebatador e transmutativo — foi diminuindo à
medida que o Portal da CAVERNA era selado pela grande pedra, até
não ser mais ouvido do lado de fora.
A
agora riquíssima mulher lembrou-se, então, de que seu
amado filho ficara preso no interior da CAVERNA. Recordou-se também
do aviso da voz misteriosa: o grande portal de pedra que selava a entrada
da CAVERNA não se abriria por 108 ANOS. E seu filho não
poderia sair de lá ...
O tempo passa... Sofrimento... O
tempo passa... Remorso... O tempo passa... Desespero... O tempo passa...
Dor... O tempo passa... Angústia... O tempo passa... Pesadelos
permanentes... O tempo passa... Aflição... O tempo passa...
Depressão... O tempo passa... Desalento... O tempo passa... Choro...
O tempo passa... Tremores involuntários e ininterruptos... O
tempo passa... Ansiedade... O tempo passa... Padecimento infindo...
O tempo passa... Amargura... O tempo passa... Insegurança...
O tempo passa... Saudade do filho que não veria jamais... O tempo
passa... Arrependimento... O tempo passa... O tempo passa... O
tempo passa...
A riqueza esvaiu-se rapidamente. O remorso, o desespero
e a amargura foram lancinantes até o último de seus dias.
Viveu ainda 75 longos e dificultosos anos, sendo que os últimos
63 na mais aflitiva penúria. A paupérrima e alquebrada
anciã cruzou o GRANDE PORTAL exatamente no dia em que completou
111 ANOS, sem compreender verdadeiramente porque a porta da CAVERNA
nunca se abrira para ela e sem ver novamente o filho que tanto amava.
Suas últimas palavras foram: — Meu filho, me perdoa.
Meu deus, tende piedade de mim. Eu não sabia o que estava fazendo.
O
mesmo acontece, às vezes, conosco. Temos, aproximadamente, até
CENTO E QUARENTA E QUATRO anos para viver neste Mundo, dos quais nem
sempre utilizamos a metade, e uma VOZ SILENCIOSA sempre nos adverte:
—
NÃO TE ESQUEÇAS DO SUMO BEM! |
O
SUMO BEM pode ser subdividido, para efeito de uma compreensão
preliminar, em dois compartimentos não-estanques (pois, na verdade,
configuram uma unidade indissociável). No que concerne ao aspecto
exterior, o SUMO BEM representa os valores teológico-espirituais
praticados e vividos honestamente, a oração imparcial
e categórica, a vigilância interior, a meditação
harmoniosa, o compromisso com a justiça, a tolerância sincera,
a família, os amigos, o voluntariado, a beleza, a solidariedade,
os atos desinteressados de bondade e de serviço, a compaixão,
a humildade, o respeito à vida e a todos os seres viventes e
aparentemente não-viventes! A peregrinação em busca
da Iniciação também é a face exterior de
uma mesma e única MOEDA, de um mesmo e único CRISTAL,
de uma mesma e única PEDRA. No que concerne ao aspecto interior,
O SUMO BEM é o CAMINHO CONCERTADO – a
SENDA AUTÊNTICA – para a ILLUMINAÇÃO.
O SUMO BEM é a própria ILLUMINAÇÃO
INTERIOR. O SUMO BEM é a RAZÃO E A VONTADE CRÍSTICA
em nós. É a possibilidade de todos nós compreendermos
um dia – O DIA – que o movimento diastólico-sistólico
ininterrupto do Universo, expressão manifesta da (IN)CONSCIÊNCIA
CÓSMICA ABSOLUTA DO UM PRIMORDIAL, acabará por alquimizar
o mais diminuto ser monocelular (uma bactéria, por exemplo) em
homem, quando, então, naquilo que é compreendido e vivenciado
como espaço-tempo, o homem terá realizado que é
D'US. AQUELAS ENTIDADES, por exemplo, que veneramos como MESTRES CÓSMICOS
IMORTAIS (e também os SERES MAIS ELEVADOS) um dia foram deuses
mortais – como nós, hoje – e, também, mais
atrás, seres unicelulares, e, mais atrás ainda, inconscientes
de que poderiam desenvolver uma consciência consciente. Integraram,
como nós um dia integramos, a (in)consciência cósmica
ilimitada. Nós, terráqueos, estamos a meio caminho de
nos tornarmos imortais, como ELES. Só depende de nós.
Quando isto acontecer, para cada um e para todos nós, este Homem–D'US–IMORTAL
que exsurgirá andrógino e mais refinado desta forma vigorante,
não cogitará mais de falar ou de pensar, por exemplo,
em humildade, serviço, bondade, caridade, beleza, justiça
e bem, porque Homem–D'US–IMORTAL sendo, será tudo
isso – e muito mais. TÃO-SOMENTE SENDO E SERVINDO SILENTEMENTE,
amalgamado a um EGRÉGORE HARMÔNICO E UNO, sem, contudo,
perda da autoconsciência conquistada, que se manifestará,
nesta condição, de forma colegiada e harmônica.
O
pensamento está vinculado ao espaço e ao tempo, e estes
– os ilusórios tempo e espaço – subordinados
irrecorrivelmente às diversas categorias e idiossincrasias que
não existem fora do binômio tempo x espaço. Anterior
às palavras e aos atos está o pensamento. O pensamento
é o pai; os atos e as palavras, os filhos. Tão-só
no SILÊNCIO movente-não-movente o pensamento aquieta e
o SUMO BEM poderá ser percebido e o SOM do SILÊNCIO
ouvido.
As
religiões, as crenças em deus e em milagres,
os medos arquetípicos e as condutas paradigmáticas subordinantes
de nada adiantam para os fins ilusório-teológicos acreditados
pela maioria dos entes. O Universo NÃO caminha para um télos.
Pelo contrário, tais convicções estapafúrdicas
inibem e condicionam o fortalecimento de culturas estratificadas (coisificadas)
que se digladiam entre si em nome de criações hipotéticas
e enganosas engendradas pelos integrantes dessas culturas díspares,
tendo como único ponto de convergência a convicção
irracional e impossível de que deus existe e de que
seus deuses são mais importantes do que os dos outros.
Em nome do Cristo Jesus a Igreja de Roma praticou dois mil anos
de terror e morte — [inclusive assassinatos psicológicos]
— com episódios medonhos como a Inquisição,
enquanto os cultos africanos [e o budismo, por exemplo]
jamais fizeram isso. D(d)euses são gerados...
Então: intolerância, preconceito, guerras, matanças,
degolas, horror, terror... Sistemas são desenhados... Resultado:
overheads, sobrevalias, exploração, lucro, mentiras...
Transgressões odiosas e inconcebíveis são praticadas...
Demônios são mentalmente fabricados... Conseqüência:
negócios com deus e em nome de deus são
propostos e aceitos; também tutelas e crimes contra a humanidade
são perpetrados com o presumido consentimento e apoio de deus;
e exigências absurdas são construídas e postas em
execução em nome de uma palavra que nunca foi
sequer ouvida (por esses arautos do caos e da destruição)
e que, presumida — não mais do que presumida — foi
adulterada e estuprada trocentas vezes ao longo da história,
que, em verdade, é estória e não História...
Então, curral de ordenhação, espoliação,
medonha vampirização das fraquezas humanas, venda de títulos
teológicos podres a preço de ouro, massacre de inocentes,
haraquiris, dominação, tortura, matanças... Na
verdade, a síntese de tudo isso não é nada mais
nada menos do que um messianismo psicótico-satânico
hipotético e venenoso praticado em nome de deus, provocando
histericamente nos superdistraídos e nos mais vulneráveis
efeitos psicotomiméticos mentais que podem ocasionar —
semelhantemente a certas substâncias naturais ou sintéticas
— distorções na percepção, deformações
no raciocínio, alterações no humor e desvirtuamento
nas sensações subjetivas e subconscientes das consciências
individuais e coletivas. Durante o sono... No limite, há casos
conhecidos de suicídios individuais e coletivos e de sacrifícios
ritualísticos de seres humanos. A imprensa vira-e-mexe veicula
essas barbaridades. Grande Miguel Torga (1907-1995):
—
LIBERDADE, QUE ESTAIS EM MIM,
SANTIFICADO
SEJA O VOSSO NOME. |
—
O que representam – costuma, por exemplo, perguntar um
certo religioso eletrônico – R$ 30,00 por mês
para que seja realizada a obra de deus? Um Real por dia, um cafezinho!
O que esse embusteiro finge que não sabe, é que, hoje,
os tais R$ 30,00 representam mais do que 10% do salário-mínimo
líquido vigente no Brasil. Mas, para quem ganha um salário-mínimo,
R$ 30,00 é uma fortuna! Essa afronta ao raciocínio mais
débil é engolida por dezenas de milhares de confrades
de sua igreja, na esperança fraudulenta e hipotética
de que estão comprando um lugar no céu
ou no reino de deus. Os que são sócios (pensam
que) têm privilégios especiais! Uma lástima,
uma tristeza, um verdadeiro estelionato teológico impercebido,
pois esses pobres e manipulados confrades, ora patinam no degrau fantasmal
da pistis, ora patinham como eikones no plano inferior
da fantasmagórica eikasia, e, por isso, são vilmente
escorchados. Muitos chegam a passar sérias necessidades para
cumprir as ameaças dissimuladas e contribuem sem poder para que
se faça a ardilosa obra de deus do venha a mim as vossas
economias, mesmo que vocês passem dificuldades ou morram à
míngua, desde que eu possa engordar minha conta bancária
e minhas aplicações no mercado financeiro. A antiqüíssima
LEI DE AMRA, praticada no Egito Antigo, é outra coisa.
Compartir e repartir o pão é outrossim outra coisa. Caridade
é ainda uma terceira coisa. Mas, estes atos também só
terão valor e legitimidade se categoricamente exercitados.
Em
outra dimensão, os membros de uma certa religião, cuja
matriz está sediada nos Estados Unidos da América, estavam
certos da volta do cristo em 1844! Já a ultraconservadora Igreja
Católica encampou um documento ultramontanista (sem novidades
no front) chamado Dominus Jesus, da Congregação
para a Doutrina da Fé, de 6 de Agosto de 2000, no qual impõe
que a única religião verdadeira e autêntica é
a Católica. D. Eugênio de Araújo Sales (22/09/2000),
em Voz do Pastor, informou: Em 16 de Junho, o Papa João Paulo
II havia, 'em consciência certa e com sua autoridade', ratificado
e confirmado o Documento. Resumindo: as demais religiões
são meras usurpadoras ou caminhos enganadores para a conquista
do reino de deus. Ou será que eu entendi mal as palavras de D.
Eugênio: Com imensa dor e sincera estima, a Igreja vê
que muitas comunidades cristãs, diferentemente das Igrejas Ortodoxas,
abandonaram parte da Doutrina e dos Sacramentos, e perderam a certeza
da verdadeira sucessão apostólica. Por isso, não
podem ser chamadas Igreja, num sentido integral e estrito. Resumindo
novamente: são igrejas e/ou religiões lato sensu!
Que coisa mais avernal esse tal de ultramontanismo papal subscritado
de forma preferencial por tão insigne cardeal. No final, abismal
ou abissal, tudo fica tal e qual, quando o fundamental deveria ser a
busca do PRINCIPAL!
Bush
ao fazer seus discursos sobre sua luta contra o terrorismo, sempre termina
com a frase deus proteja a América ou algo equivalente.
Usama Bin Laden, a seu turno, encerra seus discursos dizendo: graça
e gratidão a deus. Sobre estas últimas reflexões,
Carlos Antonio Fragoso Guimarães pergunta: Resta saber em
nome de que deus ambos falam... Do deus dos exércitos, que prefere
rios de sangue e de dor ao perdão e à compreensão?
Não parece haver realmente diferença qualitativa de quem
responde ao terror com terror... Deus é – como bem
diz Vicente Velado, Abade da Ordo Svmmvm Bonvm para o Terceiro Mundo,
já citado anteriormente no tema referente à Inquisição
– uma criação mental do homem. E o homem vem
matando em nome de deus e achando que deus está a seu lado nesses
momentos, como fazem o presbiteriano George W. Bush, os degoladores
do fanatismo fundamentalista islâmico e os sionistas de Ariel
Sharon. Matar com napalm, com armas biológicas (na
guerra bacteriológica, basta meio quilo de toxina do
bacilo Clostridium botulinum — que produz uma paralisia
no nível do sistema nervoso — para matar um bilhão
de pessoas),
com marretas, com picaretas, com facões ou com bombas e metralhadoras
é ASSASSINATO INJUSTIFICADO. Determinadas formas de matança
podem nos parecer mais cruéis do que outras. São mais
cruéis. Sim. Na aparência. Apenas visualmente. O NÃO
MATARÁS – escrito e aceito como um Imperativo Categórico,
mas praticado à larga como imperativo hipotético –
não segrega o motivo nem a forma. NÃO MATARÁS
significa um dever efetivo e katégorikós: NÃO
MATARÁS. Ponto Final. Apenas mais um rápido
comentário: em todos os papéis-moedas brasileiros, em
letras miudinhas, está gravada a frase deus seja louvado!
Aonde iremos parar?
Entrementes... todos, no inexistente tempo, Homens-D'USES-IMORTAIS
serão. Por isso, a OBRA se cumpre em VINTE E UMA ETAPAS distintas!
Não existem direitos adquiridos, não existem milagres
salvadores, não existem indulgências parciais ou plenárias,
nenhum Dominus Jesus poderá salvar ninguém de
nada. Todos os equívocos devem ser compreendidos e compensados.
Estes PRINCÍPIOS MÍSTICOS são IRREDUTÍVEIS.
Contudo, jamais poderão ser assimilados enquanto o ser se deixar
depender do que quer que seja. Enquanto os entes acreditarem que há
no Universo um deus criador, e que esse mesmo Universo e o
homem tiveram um começo (ou início) por obra e vontade
desse deus, criado, em realidade, pela mente humana através
dos evos, a porta da prisão não poderá ser aberta.
Esta prisão só terá fim e a porta só será
aberta quando os entes se dispuserem a encontrar em seus corações
o ÚNICO E VERDADEIRO D'US... Então, como ensinou Lao Tsé,
...o que é imperfeito será aperfeiçoado; O
que é torto será endireitado; O vazio, preenchido; O gasto,
renovado; O insuficiente, aumentado; O excessivo, dissipado... Uma
boa leitura para todos, mas particularmente para os líderes mundiais,
seria os Oitenta e Um Aforismos de Lao Tsé:
talvez aprendessem a governar e a educar de acordo
com as Leis Cósmicas, que são universais quanto à
finalidade e quanto à maneira de operar, pois atuam do mesmo
modo em todos os planos e em todos os reinos.
Não
houve um princípio; portanto, não haverá um télos.
Qualquer doutrina que identifique a presença de metas, de fins
ou de objetivos últimos guiando a Natureza e a Humanidade é
falsa na origem. Só existe uma TELEOLOGIA AUTÊNTICA: O
GRANDE ENCONTRO DO ENTE COM O D'US DE SEU CORAÇÃO. Aí
sim! Algo tem INÍCIO!
No
Prefácio à Primeira Edição da obra The
Rosicrucians their Rites and Mysteries, de Hargrave Jennings (1879)
está escrito: Miracle... never had a place in the world –
only in men's delusions. It is nothing more than a fancy. It never was
anything more than a superstition arising from ignorance. (O milagre
nunca teve lugar no mundo – apenas nas ilusões humanas.
Não é nada mais do que uma fantasia. O milagre nunca passou
de mera superstição originada da ignorância). Não
pode existir, portanto, nenhuma lei sobrenatural. Assim, o que não
é compreendido, muitas vezes, é denominado de milagre.
Em suma: a aceitação do natural como milagre
é o tributo que nossa ignorância tem que pagar por insistir
em permanecer ignorante.
Conspiratoriamente
– por outro lado, mas no mesmo comboio de ilusões e de
fantasias – a cupidez, o egoísmo, a ambição,
o apego aos bens materiais, a lascívia, os prazeres astrais,
as ilicitudes, o apego ao poder, a vaidade, e outras misérias
tenebrosas nos fascinam tanto que a busca do SUMO BEM vai ficando
sempre para trás... para depois. Como visto, há aqueles
que acham que podem comprar, negociar ou se locupletar
do SUMO BEM. Infelizes. Desconhecem o que é o SUMO
BEM. No ocidente, particularmente, dizem-se povos escolhidos,
abençoados e protegidos por deus, contudo nem sequer conseguiram,
por exemplo e minimamente, compreender ainda a Terceira Tentação
de Jesus — Aquele que, contrariamente às suas convicções,
missionou nesta Terra por AMOR CÓSMICO à Humanidade investido
do PODER DO CRESTOS SOLAR. Confundem, inclusive, estas instâncias.
Isto também pode não ter sido bem assim. Mas, admitindo
que tenha sido como está escrito na multiadulterada Santa Bíblia,
fazem – ministros e confrades – exatamente o que Ele repudiou
in limine. Aceitam alegre e cupidamente os castelos de ilusões.
Outros – em nome do mesmo e de outros deuses criados
antropomorficamente à imagem e semelhança do próprio
homem – invadem, submetem, desagregam e matam. Há os que
assassinam a sangue-frio. Informações são adulteradas
para justificar ilicitudes. Mentiras são veiculadas para recrutar
aderentes. Documentos místicos autênticos e arcanos são
classificados e ocultados em porões malcheirosos. O sumo mal
destorce e retorce o SUMO BEM e se apresenta ao mundo travestido
de sumo bem... Só que a serviço do sumo mal! Caramba!
Será que eu estou enlouquecendo? Relendo o que acabei de digitar,
é bem provável que se os tiranos de hoje pudessem enfiariam
cicuta pelo meu... gogó adentro. Como fizeram com Sócrates!
Assim,
acabamos exaurindo o nosso tempo com ficções
e equívocos de entendimento deixando de lado o essencial: Os
Tesouros Ab Imo Corde! A possibilidade da INICIAÇÃO!
A alforria da morte compulsória, amedrontante e inesperada! A
compreensão pessoal realizada do DE ONDE, do COMO,
do PORQUÊ e do PARA ONDE. O SUMO BEM!
Assim, vagueamos a horas mortas como cazumbis
estupidificados na esperança de que se abram os portais do
céu de nossa amimada ignorância. Assassinamos, estupramos,
torturamos, mentimos, fingimos, roubamos, condescendemos, adiamos, julgamos,
condenamos, prevaricamos e, fútil e tolamente, nos consideramos
merecedores da PAZ PROFUNDA e do EXCELSO SUMO BEM, sem sequer
imaginarmos o que é UMA e o que é o OUTRO. Mutatis
mutandis, com a vara que medirmos, seremos medidos. Por nós
próprios. No momento oportuno. Dominus Jesus?
Senhor isto? Senhor aquilo? Então, na hora fatal, a frase que
nunca foi dita é sempre repetida desesperadamente: deus meu,
deus meu, porque me abandonaste? Não. O cálice não
pode ser afastado. Não será. Nossa vontade e nossos queixumes
não serão atendidos. Teremos, todos nós, que sorver
o líquido amaro, contudo amorosamente educativo, até a
última gota. A reciprocidade ou a conjecturável salvação
não podem ser compradas com magias (negras ou brancas)
ou óbolos sacrificiais hipotéticos. A necessidade não
pode ser amenizada ou adulterada com promessas de bom comportamento
ou com recomendações e bênçãos especiais.
Genuflexões e autoflagelações também não
adiantam absolutamente nada. E o SUMO BEM não
se exaure na compreensão-realização no de onde,
no como, no porquê e no para onde. O CAMINHO é ilimitado
e assintótico e estes são apenas os primeiros degraus
de uma escada interminável! Precisamos nos esforçar para
superar nossos terrores e nossas indecisões e pôr os pés
nesses degraus. Não existe salvação alguma de nada
que possa ser vendida ou comprada. Não precisamos de fogueiras
santas para queimar nossas misérias. Nós sempre estivemos,
estamos e estaremos salvos. Só que ainda não sabemos!
Precisamos nos esforçar para superar nossos terrores e indecisões
e... aprender que ESTAMOS TODOS SALVOS! O Universo não tem preferências!
A LEI é a LEI.
Mas,
sucintamente, o que representam — na Lenda do
SUMO BEM — a voz misteriosa
e melodiosa, a mãe de trinta e seis anos, a criança
e a CAVERNA? A voz misteriosa é o SOM DO SILÊNCIO
que quer nos avisar de que só devemos retirar da Natureza o estritamente
necessário para viver dignamente e VIVER DIGNAMENTE. Em tranqüilizadora
paz com as necessidades ordinárias que a encarnação
impõe, estaremos aptos a buscar (e certamente alcançar)
a compreensão do DOCE MISTÉRIO DA VIDA. Esta VOZ é
o OURO LÍQUIDO que circula em nossas artérias e veias.
É o SOM que não se cala em nosso interior. É o
SOM DO SILÊNCIO da PAZ PROFUNDA. Trinta e seis tem por valor secreto
seiscentos e sessenta e seis (1 + 2 + 3 + 4 + 5 + ... + 36 = 666). Trinta
e seis, por sua vez, é o valor secreto de OITO —
a JUSTIÇA. Seiscentos e sessenta e seis simboliza o homem-besta
dominado pelas paixões, pelos desejos e pelas cobiças
— O
ANIMAL NO TEMPO. Seu emblema é a Estrela de Cinco Pontas invertida
com seus dois raios inferiores elevados para o ar. Seu inverso é
999 — o nexo entre o exterior e o interior, entre o Céu
e a Terra — expresso
pela palavra MaTaR, cujo valor pleno é Novecentos e
Noventa e Nove (80 + 409 + 510). A Estrela com uma Ponta para
Cima — o Pentagrama Flamejante.
TETRAGRAMMATON. Em ambos — 666 e 999
— está oculto o NOVE. Mistério!
Em 666, em potência; em 999, em ATO. NOVE —
O EREMITA. NOVE
—
O SILÊNCIO.
A LUZ MAIOR. O PRÓPRIO SUMO BEM que deseja e precisa
ser realizado!
JUSTIÇA
•
• •
• •
• •
COMPREENSÃO |
DEUS-MORTAL
•
• •
• •
• •
HOMEM-IMORTAL |
A
criança é o PEQUENINO que se sacrifica (e muitas vezes
é sacrificado) por COMPAIXÃO e por AMOR à Humanidade.
Sócrates não precisava morrer. Morreu! Jacques
de Molay não precisava morrer. Morreu! Joana D'Arc não
precisava morrer. Morreu! Giordano Bruno não precisava
morrer. Morreu! Ghandi não precisava morrer. Morreu!
A verdade é que nenhum deles morreu, pois só
morrem os que mortos estão. Morrer é continuar morto depois
de morrer e renascer (reencarnar) morto-vivo para poder ter mais uma
oportunidade de aprender a VIVER para alcançar e realizar o SUMO
BEM. Sócrates, de Molay, Joana, Bruno e Ghandi RENASCERAM,
pois não mais estavam mortos. E a CAVERNA —
o que simboliza a CAVERNA? O EU INTERNO que não
é percebido, e é, quase sempre, confundido com nossos
demônios pessoais. Construímos, alimentamos e adulamos
nossos demônios. O tempo passa... O tempo passa... O tempo
passa... e essa legião de demônios se transforma
em um monstro de mil cabeças. É a Medusa que carregamos
dentro. A Medusa, uma das três górgonas, é a dama
(entretanto transmutável) contrária à virtude e
à ética – o Corpo Astral Psicológico
–
cuja cabeça está coberta de serpentes sibilantes. Oh!
Como adoramos nossas Medusas! Lembremo-nos de Perseu que,
ao decapitar
Medusa com a espada de Hermes, colocou
sua cabeça no escudo de Atena como proteção contra
os inimigos. O sangue que escorreu de Medusa foi recolhido por Perseu.
Da veia esquerda saia um veneno mortal; da artéria direita um
remédio universal e ressuscitador. Incongruentemente(?!), Medusa
carregava em seu interior a MEDICINA FILOSOFAL, mas se servia do veneno
da destruição e da morte. Como muitos de nós! Congruentemente.
Não há incongruência no Universo. A incongruência
reside e está
em não
percebermos nossas incongruências! Estupramos nossas vidas e nos
transformamos em abortos de nós próprios! Quanto
tempo precisaremos para nos tornarmos conscientes de que somos DEUSES?
Acabamos, assim, por não ter mais controle
sobre nossos pensamentos, nossas palavras e nossas ações.
Advêm as doenças e os transtornos mentais. Solidão
e dor. Todavia, dentro dessa mesma CAVERNA há
um D'US aprisionado que matamos todos os dias... mas que RESSUSCITA
e RESSURGE todas as manhãs quando acordamos, esperando pacientemente
para ser desocultado e tornado UNO COM CADA UM DE NÓS! Este é
um mistério iniciático exposto sem nenhuma ambigüidade.
A CAVERNA é, portanto, o SANCTUM SANCTORUM,
o SOL no interior de cada um de nós! NELA —
conforme seja nossa escolha — vivenciamos e vivenciaremos
trevas, meras sombras ou LLUZ. É
o Cadinho Eclesiológico
Verdadeiro,
Cristológico
Insubstituível e Alquímico Interno no qual a Crisopéia
Místico-iniciática (Grande Obra, Obra Solar ou Arte Real)
é operada. É nosso dever e nossa tarefa reorientar nossa
Estrela Flamígera. Precisamos girá-la 180º.
Que
jamais nos esqueçamos de que a vida, neste mundo, passa rápido,
e de que a morte (transição ou passagem) pode chegar INESPERADAMENTE.
Durante a vida, as tentações são freqüentes.
As solicitações inferiores, permanentes. As quedas ocasionais.
E o que é projetado das sombras e das trevas é, geralmente,
mais atraente do que AQUILO que é comunicado pela VOZ INAUDÍVEL
e AMIGA que fala permanentemente em nosso coração. O eco
do SUMO BEM! Temos todos que deixar de morrer para poder VIVER.
A morte só é compulsória para quem não quer
VIVER.
Quando
a porta desta vida se fechar, para todos e para cada um de nós,
de nada valerão as lamentações e o choro. Não
há saída: ou aprendemos... ou aprenderemos. Retornaremos
à esta TERRA ABENÇOADA (ou a um outro corpo sideral apropriado)
tantas vezes quantas precisarmos e tantas quantas forem necessárias
para que possamos compreender a FINALIDADE DA VIDA E DA EXISTÊNCIA.
A RODA GIRARÁ ENQUANTO ALIMENTARMOS O RIO QUE A FAZ GIRAR. Talvez
isto se cumpra de outra forma! Outro mistério! De qualquer sorte,
muito demorou para que de um simples elétron-onda pudéssemos
chegar aonde hoje nos encontramos. Repetindo: Precisaremos, afinal,
de quanto tempo para nos tornarmos conscientes de que somos DEUSES?
Portanto,
devemos estar permanentemente atentos para a VOZ INAUDÍVEL E
MISTERIOSA que amorosamente nos alerta para o SUMO BEM, pois,
passamos, geralmente, A TERÇA PARTE DE NOSSAS VIDAS INCONSCIENTEMENTE
DORMINDO! O MÁXIMO QUE CONSEGUIREMOS DE TEMPO EFETIVO —
EM UMA VIDA — PARA APRENDER O QUE É O SUMO BEM
SÃO 96 ANOS!
3/3
- 1/3 = 2/3, isto é: 144 - 48 = 96 |
Mas,
quem consegue viver 144 anos para ter à disposição
96 anos para aprender o que é o EXCELSO SUMO BEM?
Então, muitas encarnações... Muita dor...
Muita reciprocidade... Muitas Sístoles... Muitas Diástoles...
Enfim... LLLLLLLUZ. Neste exato momento
deixo de lado o teclado do computador... e rogo que se manifestem a
RAZÃO e a VONTADE de D'US no INTERIOR de TODOS os ENTES e no
meu PRÓPRIO INTERIOR. Quando a ROSA VERMELHA
se desprender da CRUZ DOURADA, esta CRUZ
terá, então, cumprido seu papel. Outras serão as
cruzes; outras serão as rosas... O Universo está em nós
e nós estamos no Universo.
O
GRANDE ENCONTRO
(MEDITAÇÃO
EM CINCO ETAPAS)
Sugiro
ao Irmão e Amigo leitor deste texto simbólico (inspirado
em um e-mail que recebi e em documentos da Ordem Rosacruz–AMORC
e da Ordo Svmmvm Bonvm–OS+B)
que, como exercício místico-dialético — na
verdade, muito mais do que um mero exercício místico-dialético
— visite, na ordem indicada, os sites abaixo relacionados,
preferentemente com 24 ou 48 horas de intervalo entre as visitas. Como
disse Albert Einstein (1879-1955) — A mente que se abre a
uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.
Eu estou absolutamente convencido de que as mentes daqueles que se dispuserem
a peregrinar – isentos de julgamentos apriorísticos –
pelos sites
recomendados, na ordem indicada e com o intervalo de tempo sugerido,
jamais voltarão ao seu tamanho original.
1º)
http://www.svmmvmbonvm.org/demonexist.htm
2º)
http://www.svmmvmbonvm.org/quartaface.htm
3º) http://svmmvmbonvm.org/congregat.htm
4º)
http://svmmvmbonvm.org/luzintmaq.htm
5º)
http://www.svmmvmbonvm.org/instansuper.htm
Fonte
dos Gifs Animados:
http://groups.msn.com/msjlbnkkemc9/suapginadaweb.msnw
DADOS
SOBRE O AUTOR
Mestre
em Educação, UFRJ, 1980. Doutor em Filosofia, UGF, 1988.
Professor Adjunto IV (aposentado) do CEFET-RJ. Consultor em Administração
Escolar. Presidente do Comitê Editorial da Revista Tecnologia
& Cultura do CEFET-RJ. Professor de Metodologia da Ciência
e da Pesquisa Científica e Coordenador Acadêmico do Instituto
de Desenvolvimento Humano - IDHGE.
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